segunda-feira, 27 de novembro de 2017

O Mundo em Seus Braços

Título no Brasil: O Mundo em Seus Braços
Título Original: The World in His Arms
Ano de Produção: 1952
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Raoul Walsh
Roteiro: Borden Chase, Horace McCoy
Elenco: Gregory Peck, Ann Blyth, Anthony Quinn
  
Sinopse:
O Capitão Jonathan Clark (Gregory Peck) lidera uma tripulação de veleiros que realiza viagens periódicas até o distante Alaska. O objetivo é trazer novas cargas de peles de focas para serem vendidas nas grandes cidades americanas. De volta a San Francisco ele resolve se hospedar em um hotel chique e luxuoso. Sua intenção é vender sua carga e aproveitar seus dias de folga com muitas festas, bebidas e mulheres. Nesse ínterim é procurado por uma condessa russa, Marina Selanova (Ann Blyth), que deseja contratar seus serviços para viajar até o Alaska, onde seu tio é governador. Clark não se anima muito com a ideia, afinal de contas ele detesta russos em geral. O que ele definitivamente não contava era se apaixonar perdidamente pela amável e linda nobre.

Comentários:
Aventura com doses de humor marcam esse "The World in His Arms". O diretor Raoul Walsh obviamente se inspirou nos antigos filmes de Michael Curtiz, estrelados pelo astro Errol Flynn, para criar sua obra. O contexto histórico vai até o século XVIII, quando os Estados Unidos começavam a pensar seriamente em comprar o vasto território do Alaska da Rússia Czarista. O personagem interpretado por Gregory Peck é um americano que vai até lá para caçar e depois vender as peles das focas no continente. Isso claro o coloca em confronto com autoridades russas que ainda dominavam a região. O roteiro porém não tem muita preocupação em ser historicamente correto. Ao invés disso aposta mesmo no romance do capitão com a condessa. Ela é interpretada pela linda atriz Ann Blyth que havia se destacado em filmes como "Alma em Suplício" (1945), "Mildred Pierce" (também de 1945, quando arrancou uma indicação ao Oscar) e "O Grande Caruso" (1951). Ann era inegavelmente talentosa, mas aqui com forte maquiagem, só consegue mesmo ser um bibelô de luxo na tela. Já Peck passa por um sufoco para não ser ofuscado pela vigorosa interpretação de Anthony Quinn. Ele interpreta um navegador português, falastrão e expansivo, que vira e mexe tenta passar a perna no personagem de Gregory Peck. A personalidade do personagem de Quinn acaba sendo uma das coisas mais divertidas do filme, principalmente quando solta algumas palavras em nosso idioma, tudo claro com aquele sotaque macarrônico que torna tudo ainda mais engraçado. A produção é boa, com cenas gravadas usando o sistema de Back Projection, ou seja, os atores atuavam em estúdio, com cenas do Alaska sendo projetadas em uma tela atrás deles. Na época isso era bem comum, até porque levar toda uma equipe de filmagem até aquela região distante e fria seria impensável. Enfim é isso. Um filme sem maiores pretensões a não ser o puro divertimento. Aventura, humor e cenas de mar para os que adoram esse tipo de produção.

Pablo Aluísio.

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