quarta-feira, 19 de abril de 2017

Filmes no Cinema - Edição XII

Quinta-feira é dia de dar uma olhada nos lançamentos da semana nos cinemas brasileiros. Hoje temos um excelente novo filme de guerra chegando nas telas. Estamos falando de "Dunkirk" de Christopher Nolan. Depois de realizar a mais aclamada trilogia do Batman nos cinemas, Nolan volta suas atenções para a II Guerra Mundial. O cenário é Dunquerque, quando as forças aliadas sofreram uma de suas mais pesadas derrotas, precisando se retirar às pressas antes de todos serem mortos pela máquina de guerra da Alemanha nazista. O roteiro explora a história de três diferentes personagens. Um piloto de caças interpretado por Tom Hardy, um jovem soldado no meio do campo de batalha e um jovem inglês civil que se vê no meio do fogo cruzado, sem esperar por isso. "Dunkirk" está sendo muito elogiado pela crítica internacional. É um bem-vindo retorno aos filmes de guerra, que andavam sumidos dos cinemas nos últimos anos. Que seja o primeiro de muitos que virão.

Os demais filmes que estão sendo lançados são produções menores, sem a massificação de marketing que está sendo usado na produção de Nolan. Kevin Spacey é nome mais famoso do elenco de "Em Ritmo de Fuga". Essa é uma fita policial onde se explora um grupo de assaltantes profissionais. Doc (Spacey) é o chefão. Ele contrata um motorista para dirigir os carros durante as fugas, mas o sujeito não é dos mais comuns. Ele quer ir embora da quadrilha, algo que não será tão fácil como pensa ser.

Já "O Reencontro" é indicado para quem gosta de filmes europeus. Essa produção francesa, com toques de humor e romance, mostra a vida de Claire (Catherine Frot). Ela é uma mulher solitária que vive de realizar partos na cidade onde mora. Sua vida muda quando conhece Béatrice (Catherine Deneuve), que no passado foi amante de seu pai. O grande atrativo desse filme francês é a presença de Catherine Deneuve, considerada um mito do cinema europeu. Fazia tempo que a atriz havia atuado em um filme e seu retorno às telas é sempre um grande atrativo para ir ao cinema nesse fim de semana. Outro filme realizado na França que está sendo lançado nos cinemas brasileiros é o documentário "Foucault Contra Si Mesmo". Aqui vários acadêmicos discutem a importância da obra de Michel Foucault. Uma boa pedida para universitários da área de humanas.

Finalizando as dicas, aqui vão mais duas opções para fugir um pouco do cinema comercial americano. "Esteros" é uma produção argentina que conta a história de dois amigos que se reencontram muitos anos depois. Nesse reencontro eles relembram as velhas histórias do passado ao mesmo tempo que descobrem existir um sentimento maior os envolvendo. E para quem gosta de cinema nacional fica a dica final de "Love Film Festival". O elenco traz Leandra Leal interpretando uma roteirista que se apaixona por um ator durante um festival de cinema. Ao longo dos anos eles voltariam a se reencontrar (em outros festivais) sempre reacendendo a chama da paixão. Uma boa opção para quem deseja ver romance em uma produção brasileira nesse fim de semana.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 18 de abril de 2017

O Regresso

O filme se passa em uma América colonial, praticamente inexplorada pelo homem branco. No velho oeste essas regiões remotas eram exploradas principalmente por caçadores, muitos deles atrás de peles. O problema é que esse era um território dominado por tribos nativas hostis, que, como era de se esperar, recebiam o homem branco da forma mais violenta possível. Leonardo DiCaprio interpreta Hugh Glass, um desses pioneiros que arriscavam a própria vida para explorar o oeste mais selvagem e bravio que você possa imaginar. O roteiro enfoca justamente aspectos da dura vida desses homens nessas lindas, mas mortais regiões. O lado mais romântico dos filmes de western é deixado de lado. A intenção do diretor Alejandro G. Iñárritu foi criar uma obra realista, tanto do ponto de vista histórico, como também humano.

Os nativos são vistos da forma como eram, sem qualquer tipo de revisionismo. Tanto o homem branco que ia para esses lugares, como os indígenas, estavam em uma luta de civilizações. Essa visão politicamente correta que impera nos dias atuais é uma mera visão acadêmica, sem muita ligação com a brutalidade que imperava naqueles tempos. E é esse realismo brutal que marca a maior qualidade desse filme. Além de mostrar a luta entre os homens há também um conflito ainda mais evidente e violento: a luta entre o homem versus a natureza. Essa foi brilhantemente retratada no ataque do urso cinzento contra o personagem de DiCaprio. Poucas vezes uma ataque de uma fera foi tão bem reproduzido nas telas como aqui. Uma cena para não esquecer. Por fim há todos os méritos puramente cinematográficos desse filme. A fotografia é extremamente bem realizada, conseguindo captar toda a beleza da região onde a produção foi realizada. O elenco é dos melhores, não apenas por DiCaprio, em uma atuação extremamente física (que lhe rendeu o tão cobiçado Oscar) como também pelo vilão, em momento inspirado de Tom Hardy (sim, o próprio Mad Max em uma de suas maiores interpretações). O sujeito não tem quaisquer valores morais ou éticos. No ocaso de um mundo que estava prestes a mudar para sempre, o diretor Alejandro G. Iñárritu conseguiu criar mais uma obra prima de sua filmografia.

O Regresso (The Revenant, Estados Unidos, 2015) Direção: Alejandro G. Iñárritu / Roteiro: Mark L. Smith, Alejandro G. Iñárritu / Elenco: Leonardo DiCaprio, Tom Hardy, Will Poulter / Sinopse: Caçador de peles tenta sobreviver em uma região distante e inóspita do velho oeste americano. Para isso ele precisará enfrentar tribos nativas violentas e ataques de feras selvagens.

Pablo Aluísio.

O Ataque

Título no Brasil: O Ataque
Título Original: White House Down
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Roland Emmerich
Roteiro: James Vanderbilt
Elenco: Channing Tatum, Jamie Foxx, Maggie Gyllenhaal

Sinopse:
Um grupo terrorista se faz passar por equipe de manutenção e entra no forte sistema de segurança da Casa Branca. Uma vez lá seu objetivo é fazer de refém o próprio presidente dos Estados Unidos. Para isso porém terão que passar por cima de Cale (Channing Tatum), um ex-militar de elite que está na Casa Branca ao lado da filha fazendo um tour turístico. Filme indicado ao MTV Movie Awards na categoria de Melhor Herói (Channing Tatum). Filme também indicado aos prêmios People's Choice Awards (Melhor Thriller de ação) e Teen Choice Awards (Melhor Filme do verão).

Comentários:
É mais um daqueles filmes de ação genéricos que são produzidos para os cinemas comerciais do grande circuito. Nada de muito original no roteiro. A produção só se destaca mesmo por ter um elenco muito acima da média e por ser tecnicamente muito bem realizada, com vários efeitos visuais de excelente nível técnico. Não espere por muita sutileza já que a direção foi assinada por Roland Emmerich, um cineasta que segue os passos de seu mestre Michael Bay, o rei das explosões gratuitas. O argumento é obviamente bem absurdo o que irá exigir do espectador uma certa cumplicidade - afinal de contas encarar uma invasão na Casa Branca com o sistema de segurança que deve existir por lá não é uma coisa simples de aceitar. Jamie Foxx e Maggie Gyllenhaal deixam por um momento o cinema mais sério e abraçam essa diversão sem maiores compromissos. Já Channing Tatum segue sua sina de tentar virar um astro do primeiro time - algo que acredito jamais acontecerá pois o sujeito é desprovido de carisma e talento. Melhor teria sido escalar outro elenco. A cantora Madonna que recentemente disse que queria explodir a Casa Branca bem que poderia ter participado do elenco, como uma terrorista maluca! Iria cair muito bem!

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 17 de abril de 2017

Feminino Cangaço

Título no Brasil: Feminino Cangaço
Título Original: Feminino Cangaço
Ano de Produção: 2016
País: Brasil 
Estúdio: Centro de Estudos Euclydes da Cunha
Direção: Lucas Viana e Manoel Neto
Roteiro: Lucas Viana e Manoel Neto
Elenco: Vários
  
Sinopse:
Documentário que procura mostrar como foi a presença feminina durante o auge do Cangaço no nordeste brasileiro na primeira metade do século XX. Através de várias entrevistas o período histórico é reconstruído, mostrando como as mulheres participaram de um movimento que até aquele momento era dominado apenas pelos homens, os chamados cangaceiros.

Comentários:
Esse é um documentário muito interessante porque resgate a figura, muitas vezes desconhecida, da cangaceira nordestina. Quando se fala em cangaço se lembra imediatamente de Virgulino Ferreira, o Lampião. Pois é justamente no estudo em seu bando que conhecemos a presença de várias mulheres que entraram para o mundo do cangaço. Não apenas Maria Bonita, a esposa do capitão, mas também de Dadá, a mulher de Corisco, e várias outras. O curioso é que o espectador acaba descobrindo que as mulheres cangaceiras eram muito mais independentes e donas de si, do que as demais mulheres da época. Elas não faziam serviços domésticos dentro do grupo e tampouco cozinhavam para o bando. Tinham suas próprias armas e se defendiam sempre que era necessário. Em algumas situações se tornavam as líderes, como no caso de Dadá, que assumiu o bando de seu marido Corisco após ele se ferir gravemente durante um confronto com as chamadas volantes, as forças policiais que caçavam os cangaceiros pelo sertão nordestino. O filme também mostra o lado negativo dessa vida. Muitas mulheres foram mortas em combate e as que sobreviveram deixam claro que esse não era o melhor modo de uma mulher viver na época. Elas não podiam criar seus filhos, que eram dados para outras pessoas, fazendeiros e vaqueiros por onde passavam. Havia também o chamado rapto, quando cangaceiros raptavam mulheres à força para segui-los pelos sertões. Enfim, um documentário bem realista daquele período histórico, mostrando não apenas o lado bom dessa presença feminina (como o desenvolvimento de uma verdadeira "moda" nas roupas dos cangaceiros) como também seu lado cruel e violento. O documentário está disponível para se assistir no Youtube no canal do CEEC. Basta acessar para conferir. De nossa parte deixamos a recomendação.

Pablo Aluísio.

Em Busca da Verdadeira Cruz

Título no Brasil: Em Busca da Verdadeira Cruz
Título Original: The Quest for the True Cross
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: Discovery Channel
Direção: Justin Cartright
Roteiro: Justin Cartright
Elenco: Dr. Carsten Peter Thiede, Matthew D’Ancona, Jim Hertwight

Sinopse:
Documentário do canal Discovery que procura discutir a veracidade histórica do "Titulus Crucis", a inscrição feita em madeira que o governador Pôncio Pilatos mandou colocar em cima da cruz de Jesus Cristo. Um artefato que se diz o original se encontra em uma igreja católica localizada na Itália. Seria esse o verdadeiro objeto histórico? Para se chegar na resposta a essa pergunta o documentário ouve especialista, historiadores e arqueólogos dos tempos bíblicos. A conclusão a que chegam não deixa de ser surpreendente.

Comentários:
Muito bom esse documentário que revela a veracidade histórica de uma relíquia muito famosa entre os cristãos. Em uma igreja romana se encontra aquele que teria sido parte da inscrição "Jesus, Rei dos Judeus" que Pilatos havia mandado colocar na cruz de Jesus. Esse objeto histórico teria sido trazido a Roma imperial por Helena, mãe do imperador Constantino. Ela teria ido até Jerusalém e entre outras coisas teria descoberto a verdadeira cruz de Cristo. O lugar onde hoje se situa essa igreja foi no passado a casa de Helena, nos arredores de Roma. Teria esse objeto alguma validade histórica real? Historiadores renomados e especialistas em escrita dos tempos da dominação romana na Judeia afirmam que sim! Esse aliás é o grande atrativo desse documentário, pois ao contrário de muitos outros, esses especialistas defendem que o artefato seria real e não fruto de uma falsificação da Idade Média. A pesquisa só não se tornou completa por causa das restrições da própria igreja, não não autorizaria a retirada de material do titulus para pesquisa em laboratório. Mesmo assim tudo se caminha para a autenticidade dessa verdadeira relíquia sagrada dos tempos da paixão de Jesus Cristo.

Pablo Aluísio.

domingo, 16 de abril de 2017

Tarzan

Título no Brasil: Tarzan
Título Original: Tarzan
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Walt Disney Pictures
Direção: Chris Buck, Kevin Lima
Roteiro: Tab Murphy, Bob Tzudiker
Elenco: Tony Goldwyn, Minnie Driver, Glenn Close, Nigel Hawthorne, Lance Henriksen, Rosie O'Donnell
  
Sinopse:
Após um acidente de avião, o único sobrevivente da queda, um garotinho de uma aristocrata família inglesa, passa a ser criado na selva por macacos. Os anos passam e ele vira uma lenda da floresta, conhecido como Tarzan, o Rei dos macacos. Além de lidar com os perigos do meio onde vive, Tarzan precisará ainda superar um grupo de vilões, enquanto protege Jane, sua amada. Filme vencedor do Oscar e do Globo de Ouro na categoria de Melhor Música Original ("You'll Be In My Heart" de Phil Collins).

Comentários:
A Disney só entra no jogo para ganhar. Duvida disso? Então não deixe de conferir essa animação "Tarzan" do final dos anos 90. O estúdio investiu incríveis 130 milhões de dólares no desenho, um orçamento digno de qualquer superprodução de Hollywood. Isso porém não bastou. O estúdio deslocou um grupo de animadores para a África, para que eles capturassem os movimentos e modo de agir dos primatas. Isso seria utilizado não apenas nos personagens animais do filme, mas também no próprio Tarzan, uma vez que se ele havia sido criado por macacos, nada melhor do que agir como um! Como sempre gosto de escrever, elogiar o absurdo padrão de qualidade dos estúdios Disney é meio como chover no molhado. Tudo é tão perfeito, tão bem realizado, que não sobram espaços para a crítica. Nem em relação ao próprio roteiro há o que criticar. Os escritores optaram pela fidelidade ao texto original do escritor Edgar Rice Burroughs que criou Tarzan em seu livro "Tarzan of the Apes". Assim estão lá a recriação histórica, os figurinos de época, tudo, mas tudo mesmo, perfeito. O diretor Chris Buck é o mesmo de outra animação muito querida da Disney, "Frozen: Uma Aventura Congelante". Nesse campo de animações para o cinema ele é seguramente um dos melhores diretores do mundo. Simplesmente genial.

Pablo Aluísio.

8mm - Oito Milímetros

Título no Brasil: 8mm - Oito Milímetros
Título Original: 8MM
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos, Alemanha
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Joel Schumacher
Roteiro: Andrew Kevin Walker
Elenco: Nicolas Cage, Joaquin Phoenix, James Gandolfini
  
Sinopse:
O detetive particular Tom Welles (Nicolas Cage) é contratado por uma rica senhora, agora viúva, que descobriu um material perturbador no cofre do marido falecido. É um filme e ao que tudo indica ele traz cenas reais de um assassinato. Ela quer descobrir a origem e a veracidade das filmagens. Cabe a Welles agora investigar, indo para o submundo da pornografia e criminalidade da cidade. Filme indicado ao Urso de Ouro do Berlin International Film Festival.

Comentários:
O cineasta Joel Schumacher sempre foi conhecido pela irregularidade em sua filmografia. Ele tanto conseguiu dirigir bons filmes, como verdadeiras bombas ao longo de sua carreira. Esse aqui fica no meio termo. Na verdade pode-se considerar até um bom filme, principalmente por explorar um tema bem complicado, o submundo dos chamados "snuff films", filmes trazendo imagens reais de crimes como assassinatos, estupros, etc. Algo direcionado mais para um público bem doentio. Ao ser contratado por uma viúva rica ele cai fundo no pior submundo de Los Angeles e lá descobre todos os tipos de perversões e taras sexuais. Além do bom roteiro outro aspecto que chama a atenção nessa produção é o elenco de apoio. Não é para menos, temos aqui um ótimo Joaquin Phoenix, em um papel bem estranho e fora dos padrões e James Gandolfini, da série de sucesso "Família Soprano" como um sujeito bem desprezível. Em suma, " 8mm - Oito Milímetros" é um bizarro passeio pelo submundo da alma humana, algo que acaba destruindo até mesmo a vida familiar e profissional do detetive, protagonista da fita. Entre os vários filmes de Joel Schumacher esse é certamente um dos que valem a pena ser conhecidos, embora não seja indicado para pessoas de estômagos fracos.

Pablo Aluísio.

sábado, 15 de abril de 2017

Vivendo no Limite

Título no Brasil: Vivendo no Limite
Título Original: Bringing Out the Dead
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Martin Scorsese
Roteiro: Paul Schrader
Elenco: Nicolas Cage, Patricia Arquette, John Goodman, Ving Rhames, Tom Sizemore, Marc Anthony
  
Sinopse:
Baseado no livro escrito por Joe Connelly, o filme conta a história de Frank Pierce (Nicolas Cage), um paramédico que começa a perder sua sanidade durante intensos e prolongados plantões noturnos trabalhando em uma ambulância pelas ruas mais pobres de Nova Iorque. Em pouco tempo começa a ter alucinações com pacientes que tentou salvar, mas que morreram sob seus cuidados. Filme indicado ao Florida Film Critics Circle Awards.

Comentários:
Esse é um dos filmes mais diferentes de Martin Scorsese. Durante anos o diretor teve problemas com cocaína, assim ele resolveu imprimir um ritmo alucinado ao seu filme, com um roteiro completamente insano, mostrando a rotina de um paramédico literalmente vivendo no limite (em caso raro de título nacional bem adequado). Hoje em dia o filme é pouco lembrado, mesmo para os admiradores do cinema de Scorsese. O filme fez pouco sucesso, para o estúdio foi um fracasso de bilheteria, mas mesmo assim teve boa recepção por parte da crítica. Certamente não é dos mais brilhantes trabalhos do cineasta, que aqui procurou por um roteiro mais convencional, embora inove na forma como ele mostra a estória do protagonista de uma maneira em geral. Nicolas Cage está bem no papel, principalmente por explorar um personagem na tênue linha entre a loucura e a sanidade. Com os olhos esbugalhadas, cara de quem não está entendendo muito o que está acontecendo ao redor, ele conseguiu atuar muito bem. No geral é um filme na média, o que se tratando de Martin Scorsese acaba sendo muito pouco.

Pablo Aluísio.

Atomica

Título no Brasil: Atomica
Título Original: Deep Burial
Ano de Produção: 2017
País: Estados Unidos
Estúdio: Lifeboat Productions
Direção: Dagen Merrill
Roteiro: Kevin Burke, Federico Fernandez-Armesto
Elenco: Tom Sizemore, Sarah Habel, Dominic Monaghan, Phil Austin, Tony Doupe, Hahn Cho
  
Sinopse:
Após um desastre nuclear de proporções globais, uma empresa americana instala estações de descontaminações nas chamadas zonas vermelhas (onde a radiação nuclear se torna mortal para qualquer ser humano). Após uma dessas estações apresentar problemas de comunicação com a base, uma engenheira é enviada para descobrir o que estaria acontecendo lá. Acaba descobrindo algo bem sinistro naquelas instalações.

Comentários:
Essa ficção "Deep Burial" explora não o espaço, mas sim o nosso próprio planeta, devastado em um futuro de contaminação radiotiva. Basicamente o roteiro explora apenas três personagens, todos eles isolados em uma estação remota de descontaminação nuclear do ambiente. A protagonista é uma jovem engenheira chamada Abby (Sarah Habel). Inexperiente, ela chega na estação e encontra apenas um zelador, Robinson (Dominic Monaghan). O engenheiro da estação Dr. Zek (Tom Sizemore) está desaparecido. Após alguns dias, tentando recuperar o sistema de comunicação daquela estação, Abby consegue localizar Zek, no meio da zona vermelha, prestes a morrer. Ela o traz de volta e então cria-se uma situação de tensão. O engenheiro afirma que o zelador não é quem diz ser, mas sim um terrorista. Já Robinson diz que está falando a verdade e que Zek enlouqueceu ao ser exposto à radiação, se tornando um psicótico. Quem afinal estaria falando a verdade? O roteiro se baseia justamente nessa dúvida até o fim, até a última cena. Os efeitos especiais são apenas medianos. Toda a trama se passa dentro da estação, então temos quase um teatro filmado. Três personagens, sendo que um deles está dizendo a verdade, enquanto o outro é um psicopata pronto para tudo. O veterano Tom Sizemore segura a onda no quesito atuação já que a jovem atriz Sarah Habel é bem fraca. Melhor se sai Dominic Monaghan com seu personagem, que tanto pode ser um zelador falando a pura verdade, como um psicótico terrorista perigoso. Assista para conferir e descobrir.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 14 de abril de 2017

As Vantagens de Ser Invísivel

Título no Brasil: As Vantagens de Ser Invísivel
Título Original: The Perks of Being a Wallflower
Ano de Produção: 2012
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Stephen Chbosky
Roteiro: Stephen Chbosky
Elenco: Emma Watson, Nina Dobrev, Logan Lerman, Paul Rudd
  
Sinopse:
Durante os anos 80 o introvertido Charlie (Logan Lerman) chega em um novo colégio. Como novato ele sente dificuldades em se enturmar para fazer novas amizades. A salvação vem com dois alunos que parecem fora do comum, mas logo se mostram bem colegas dele. Ela se chama Sam (Emma Watson) e ele Patrick (Ezra Miller). Juntos acabam formando um grupinho de amigos para atravessar essa fase tão complicada da vida chamada adolescência. 

Comentários:
Filmes sobre adolescentes americanos sempre são problemáticos. Ou são comédias debiloides ou então fitas de pura vulgaridade, pura desculpa para mostrar jovens seminuas e muita nudez gratuita. Só na década de 1980 é que surgiram bons filmes no gênero, justamente aqueles assinados pelo mestre John Hughes. Talvez por essa razão o enredo de "The Perks of Being a Wallflower" se passe justamente nesse momento histórico. O diretor obviamente busca uma identificação com aqueles filmes. Cada um dos personagens procura retratar jovens reais e não caricatos, como já estamos acostumados a ver. O drama de Charlie talvez seja o mais complicado de superar. Além da timidez e da falta de jeito com as garotas ele ainda tem que superar uma série de sintomas que podem indicar o surgimento de algum tipo de problema mental. Para Patrick a situação é ainda mais delicada já que ele é gay e namora às escondidas o principal atleta da escola. Se descobrirem certamente ele passará por uma situação extremamente comprometedora - isso para não dizer perigosa. O diretor e roteirista Stephen Chbosky realizou um bom filme, honesto e correto dentro de suas possibilidades. Além disso traz a cultuada (pelo menos entre os adolescentes) Emma Watson, aqui tentando se livrar um pouco do estigma de ter sido uma das protagonistas da franquia Harry Potter.

Pablo Aluísio.

Punho de Ferro

Título no Brasil: Punho de Ferro
Título Original: Iron Fist
Ano de Produção: 2017
País: Estados Unidos
Estúdio: Marvel Television
Direção: John Dahl, Farren Blackburn
Roteiro: Gil Kane, Roy Thomas, Scott Buck
Elenco: Finn Jones, Jessica Henwick, Jessica Stroup, Tom Pelphrey, David Wenham, Wai Ching Ho
  
Sinopse:
Após ser dado como morto, desaparecido por anos, Danny Rand (Finn Jones) volta para Nova Iorque, para descobrir o que aconteceu com a empresa que um dia pertenceu ao seu pai. Ele reencontra pessoas de seu passado, mas todas elas se recusam a acreditar que ele é de fato o garoto Danny, que supostamente teria morrido de um acidente aéreo, junto de seus pais, há muitos anos! Agora Danny precisará provar sua verdadeira identidade, ao mesmo tempo em que tenta sobreviver aos atentados de todos aqueles que desejam sua morte.

Comentários:
Nova série da Marvel que está sendo exibida pelo Netflix. É a tal coisa, nunca tivemos uma onda tão grande de adaptação dos quadrinhos como agora. Primeiro no cinema e agora no mundo das séries. Esse "Iron Fist" na verdade faz parte de um pacote maior de adaptações de personagens secundários do universo Marvel. São heróis que muito provavelmente não teriam a popularidade necessária para estrelar uma super produção de Hollywood, assim eles foram parar nas séries. "Punho de Ferro" foi criado para aproveitar a onda de filmes de artes marciais durante os anos 60. Sua influência vem dos filmes com o mito Bruce Lee. Embora seja um personagem com longa bagagem, ele nunca foi muito popular, nem nos Estados Unidos. É um daqueles heróis criados pela Marvel que ficaram pelo meio do caminho. Ele chegou a ter sua própria revista, que depois foi cancelada. Nessa série tenta-se contar as origens do herói. Danny Rand (Finn Jones) passou anos no oriente, onde se tornou um mestre em artes marciais. De volta aos Estados Unidos ele é tratado quase como um morador de rua, pois se veste de forma simples, com roupas surradas, sem calçados. 

Ele é o verdadeiro herdeiro de uma grande corporação, por isso há muitos interesses em eliminá-lo, já que há muitos anos ele foi dado como morto. Os fãs de quadrinhos andam reclamando dessa adaptação (o que não é novidade pois eles sempre reclamam). Muitos afirmam que a série (que em sua primeira temporada apresenta 13 episódios) não tem uma boa produção. Reclamam ainda que os episódios enrolam demais, nunca chegando em lugar nenhum. A pior crítica porém vem das cenas de ação. Há quem afirme que as cenas com lutas marciais são decepcionantes, o que em termos de "Punho de Ferro" é um problema e tanto. De minha parte não penso dessa forma. Acabei gostando do episódio piloto. Sim, as coisas acontecem no seu devido tempo, mas isso nem sempre é um defeito de roteiro. Provavelmente o ritmo esteja lento demais para quem acompanha quadrinhos, porém para séries não vi maiores problemas. Muitos vezes os roteiristas precisam apresentar o herói para o público que não o conhece dos gibis. Isso leva tempo. Por isso deixo aqui o benefício da dúvida, pois com o tempo todos esses problemas podem ser superados. É esperar para ver.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 13 de abril de 2017

Cinquenta Tons Mais Escuros

Depois que esse filme acabou fiquei com aquela sensação de que ele foi bem mais leve e convencional do que o primeiro. Claro que as mentes de muitas mulheres que são loucas por esses livros da autora E.L. James ainda precisam ser estudadas (como alguém pode amar um protagonista que espanca as mulheres e as chamam de submissas?), mas de um modo em geral achei a trama desse segundo filme bem mais sensata e equilibrada. Não há tanta violência e nem absurdos como vimos na primeira estória. O bilionário Christian Grey (Jamie Dornan) continua um doente que adora misturar prazer sexual com violência física, porém nesse segundo livro a autora o suavizou bastante, talvez por causa das inúmeras críticas que recebeu. Ele ainda gosta de dar uns tapas na namorada Anastasia Steele (Dakota Johnson), mas sem tortura e sadismo. O sujeito aliás está mais romântico, parece ter mais sentimentos e até pensa em casamento! Os tempos mudaram mesmo...

E é justamente por ter pegado mais leve que essa continuação funciona melhor. O romance do casal parece ser mais normal, sem insanidades violentas exageradas e inoportunas. Grey ainda tem muito a esconder da namorada, mas tirando seu passado traumático de lado ele surge como um namorado mais normal, diria até convencional. Claro que suas demonstrações de riqueza ainda pipocam aqui e acolá (parecendo que as mulheres, apesar de todos os avanços, ainda possuem um fetiche por homens ricos e poderosos). Darwin explicaria. Mesmo assim, com esse revés (que tem grande fundo de verdade no mundo real), o fato é que a trama é bem mais fluída, redonda e funcional. Ainda continua sendo um filme feito e direcionado essencialmente para o público feminino. Para os homens pode até vir a funcionar se você tiver um pouquinho de paciência. Muitos vão achar alguns momentos piegas demais (e realmente são), porém como é uma estória de transição as coisas ainda vão se encaixando para serem solucionadas na terceira parte da franquia, no já anunciado "Cinquenta Tons de Liberdade", com previsão de chegar nos cinemas em 2018 ou 2019. Assim temos que ter, como já escrevi, um pouco da paciência para assistir tudo. No final das contas não aborrece e nem chateia. Apenas serve como passatempo.

Cinquenta Tons Mais Escuros (Fifty Shades Darker, Estados Unidos, 2017) Direção: James Foley / Roteiro: Niall Leonard / Elenco: Dakota Johnson, Jamie Dornan, Kim Basinger, Eric Johnson, Marcia Gay Harden, / Sinopse: Após as experiências traumáticas vistas no primeiro filme a jovem Anastasia Steele (Dakota Johnson) resolve dar uma nova chance para o bilionário Christian Grey (Jamie Dornan). Ele parece mais equilibrado e sensato, mas será que uma volta aos seus braços realmente daria certo?

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 12 de abril de 2017

Dinheiro Sujo

O filme começa mostrando a rotina dessa jovem mãe chamada Chloe (Alice Eve, muito bonita). Ela cria a filha sozinha, no limite do possível, trabalhando e morando em um motel de beira de estrada. A curadora da infância está no pé dela pois aquele definitivamente não é um ambiente para se criar uma garotinha. O problema é que Chloe não tem dinheiro para alugar uma casa ou um apartamento em outro lugar. A vida é dura. A maioria dos que frequentam o motel são prostitutas e seus clientes, o que significa que de vez em quando há confusões e brigas dentro dos apartamentos. Uma noite chega para se hospedar um estranho sujeito conhecido como Topo (Bryan Cranston), um homem de poucas palavras. Ele parece ter problemas de visão, porém não deixa o jeito misterioso de ser. Ele se hospeda em um dos quartos. Seu parceiro aluga outro, mas acaba no meio de uma enorme confusão com uma garota de programa.

Topo e seu partner são criminosos que precisam levar um "pacote" para uma quadrilha, só que na confusão com a garota que o sujeito levou para o quarto tudo se complica. Ele é esfaqueado, a garota morre com um tiro no peito e a polícia chega. Topo precisa sair dali para continuar sua tarefa, mas a polícia acaba levando o carro apreendido, com toda a grana dentro. A pobre Chloe acaba assim no meio do caos, ao ser levada como refém. Tanta coisa assim acontece apenas nos trinta minutos iniciais de filme, depois começa um jogo mortal em busca do dinheiro que Topo precisa entregar para sua quadrilha, com direito a mortes, acerto de contas e traições. Gostei bastante desse thriller policial, principalmente pelo roteiro eficiente que nunca deixa o ritmo cair. Há sempre uma situação de tensão no ar e a duração certa do filme (com pouco mais de 80 minutos) prende a atenção do espectador, do começo ao fim, sem momentos de tédio ou aborrecimento. Como não poderia deixar de ser o grande destaque no elenco vai para Bryan Cranston, o Walter White de "Breaking Bad". Ele interpreta esse criminoso frio que está ficando quase que completamente cego. Mesmo assim ele precisa entregar o "pacote" para o filho do chefão da quadrilha onde presta "serviços". Outro destaque vai para a gatinha Alice Eve, que mais parece a irmã mais velha de Sarah Jones. Sua personagem, uma sofrida mãe que cria a filha sozinha, não é tão inocente e frágil como se pensa. Então é isso, um bom filme policial onde todos estão do lado errado da lei. Vale conferir.

Dinheiro Sujo (Cold Comes the Night, Estados Unidos, 2013) Direção: Tze Chu / Roteiro: Tze Chun, Oz Perkins / Elenco: Bryan Cranston, Alice Eve, Ursula Parker, Logan Marshall-Green  / Sinopse: Chloe (Eve), a funcionária de um motel, cai nas mãos de um perigoso criminoso, Topo (Cranston), que precisa recuperar o dinheiro de sua quadrilha após a polícia levar o carro onde estava todo a grana dos criminosos que ele deveria entregar.

Pablo Aluísio.

O Atirador

Série: O Atirador
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Simon Cellan Jones, entre outros
Roteiro: John Hlavin, Simon Cellan Jones, entre outros
Elenco: Ryan Phillippe, Shantel VanSanten, Cynthia Addai-Robinson, Eddie McClintock, Omar Epps, David Marciano
  
Episódios Comentados:

Shooter 1.01 - Point of Impact 
A série acompanha a história do veterano de guerra Bob Lee Swagger (Ryan Phillippe). Durante a invasão americana no Iraque (operação Tempestade do Deserto) ele se tornou um exímio franco atirador dos Marines. Agora está longe da carreira militar, curtindo a vida ao lado da mulher e sua pequena filha, uma garotinha de oito anos. Para não perder a mira faz incursões na floresta, procurando manter a prática dos tempos em que era um fuzileiro naval. Sua paz e tranquilidade são quebradas quando ele é procurado por um agente da CIA, um sujeito que tem a responsabilidade de manter a segurança do presidente dos Estados Unidos.

Há pouco a agência de inteligência detectou a presença de um sniper estrangeiro dentro do país e todos temem pela vida do líder na nação. Durante sua campanha militar Bob Lee enfrentou esse mesmo atirador, aliás foi ferido por ele. Por isso se torna a pessoa ideal para enfrentá-lo. Essa é basicamente a premissa da série. Confesso que gostei desse primeiro episódio, embora tenha algumas críticas sobre o ritmo do roteiro, que muitas vezes me pareceu apressado demais, tentando fisgar o espectador de todo jeito. Mesmo com esse problema até que me diverti. A série é produzida pelo ator Mark Wahlberg que também interpretou um sniper das forças armadas no cinema. Acredito que promete, acima de tudo, uma vez que uma segunda temporada já está em produção para exibição no mercado americano. Pelo visto o público de lá gostou bastante. Enfim, vale a pena acompanhar.

Shooter 1.03 - Musa Qala  
No episódio anterior o sniper (atirador de elite) Bob Lee Swagger (Ryan Phillippe) conseguiu escapar da prisão. E nem precisa esclarecer que todos querem pegá-lo, desde o FBI, passando pela CIA e pela agência de segurança nacional. Se torna imperioso para todos eles colocarem as mãos em Bob Lee. Porém como ele é treinado para desaparecer no meio da multidão isso vai ficando cada vez mais complicado. Uma possibilidade é forjar a própria morte, algo que ele faz assim que possível. Ele se deixa filmar em um mercadinho de conveniência e depois seu paradeiro numa cabana na floresta é localizado. Tudo fachada. Ele cria um ambiente onde sua morte é praticamente confirmada. O que o bem treinado atirador porém deseja é justamente isso, que todos pensem que ele está morto. Enquanto isso contando com a ajuda da agente Memphis ele pretende provar sua inocência, ao mesmo tempo em que localiza os responsáveis por tudo o que aconteceu. / Shooter 1.03 - Musa Qala (Estados Unidos, 2016) Direção: Roxann Dawson / Roteiro: John Hlavin, Adam Fierro / Elenco: Ryan Phillippe, Shantel VanSanten.

Shooter 1.04 - Overwatch  
Muito bom esse episódio. Bob Lee Swagger (Ryan Phillippe) forjou sua morte no episódio anterior e isso lhe traz uma certa liberdade em seu raio de ação. O roteiro então bifurca o enredo do episódio. Mostrando a atualidade, onde Bob Lee procura se aliar a uma agente do FBI para ter uma fonte no governo e o passado, quando somos levados até uma operação no Afeganistão. Bob Lee está em uma missão complicada, quando um grupo dos marines entram em um vilarejo onde está um procurado líder terrorista. Inicialmente todos pensam em contar com a colaboração dos moradores, mas essa premissa logo se mostra frágil quando todos são emboscados, desarmados e ficam à mercê dos terroristas. Apenas um tiro certeiro dado por Bob Lee pode contrabalancear as forças. Nesse episódio também se vai desvendando a participação da CIA em tudo o que está acontecendo. E essa interferência da agência de inteligência do governo americano começou há muito tempo atrás. / Shooter 1.04 - Overwatch (Estados Unidos, 2016) Direção: Cellan Jones / Roteiro: John Hlavin, T.J. Brady / Elenco: Ryan Phillippe, Shantel VanSanten, Cynthia Addai-Robinson.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 11 de abril de 2017

Bruxa de Blair

Título no Brasil: Bruxa de Blair
Título Original: Blair Witch
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Lionsgate Films
Direção: Adam Wingard
Roteiro: Simon Barrett
Elenco: James Allen McCune, Callie Hernandez, Corbin Reid, Brandon Scott, Wes Robinson, Valorie Curry
  
Sinopse:
Um grupo de jovens decide viajar até a cidade de Burkittsville para adentrar na sombria floresta de Black Hills Forest. A irmã de um dos jovens desapareceu nesse mesmo lugar há muitos anos e ele precisa descobrir o que aconteceu a ela. Há a velha lenda de uma bruxa que havia sido morta na região, mas ele definitivamente não acredita em nada disso. Portando aparelhos de gravação de última geração ele pretende localizar a garota desaparecida, ao mesmo tempo em que tem a intenção de desmistificar tudo da velha lenda local.

Comentários:
Muita gente andou pensando que esse seria um remake do primeiro filme "A Bruxa de Blair", mas não! Esse filme não é um remake, mas sim uma espécie de continuação. Seu nome correto deveria ser "A Bruxa de Blair III", pois é uma continuação da estória dos filmes anteriores, porém por motivos comerciais os produtores não quiseram seguir por esse caminho. O filme segue basicamente o mesmo estilo da produção original, ou seja, vários jovens com câmeras na mão, filmando tudo o que lhes acontece dentro da floresta onde supostamente vive uma bruxa amaldiçoada. No geral não é um filme muito assustador. O impacto do primeiro filme há muito passou, dessa maneira o que temos aqui é mais um genérico do estilo mockumentary. As situações não são particularmente originais, nem bem boladas e nem muito menos assustadoras. A tal bruxa novamente fica à espreita e quase nunca aparece frontalmente. Aqui ainda usaram um pouco de computação gráfica para mostrá-la em momentos breves, mas a tal criatura, a bruxa, não consegue ser nem muito aterrorizante. O filme assim só tem um mérito: é melhor filmado do que o primeiro, com enquadramentos melhores e imagem melhor. Fora isso, nada de muito importante. É uma continuação que tenta ser diferente, mas que no final apenas repete o primeiro filme. Em suma, mais do mesmo, sem muitas novidades.

Pablo Aluísio.