terça-feira, 16 de dezembro de 2014

O Solar Maldito

Título no Brasil: O Solar Maldito
Título Original: House of Usher
Ano de Produção: 1960
País: Estados Unidos
Estúdio: MGM
Direção: Roger Corman
Roteiro: Richard Matheson
Elenco: Vincent Price, Mark Damon, Myrna Fahey

Sinopse:
Após uma longa viagem, Philip (Mark Damon) chega à mansão Usher em busca de sua amada, Madeline (Myrna Fahey). Ao chegar, no entanto, ele descobre que Madeline e seu irmão Roderick Usher (Vincent Price) foram atingidos por uma misteriosa doença: os sentidos de Roderick tornaram-se dolorosamente agudos, enquanto Madeline ficou catatônica. Naquela noite, Roderick diz a seu convidado de uma antiga maldição da família Usher: sempre que há mais de um filho Usher, todos os irmãos ficam enlouquecidos e sofrem mortes horríveis. À medida que os dias passam, os efeitos da maldição parecem se confirmar.

Comentários:
Para um fã do universo fantástico nada seria mais adequado, com um trio e tanto nos créditos. O roteiro foi baseado na obra do soturno Edgar Allan Poe, com direção de Roger Corman e liderando o elenco o cultuado Vincent Price! Só isso já seria motivo suficiente para assistir ao filme. Some-se a isso o nostálgico e muito charmoso clima vintage e você terá uma pequena obra prima em mãos. Price está novamente soberbo em sua caracterização típica, a do sujeito sinistro com gestos e figurino nobres. Para contracenar com ele o estúdio escalou o galã Mark Damon, nada talentoso, e a atriz Myrna Fahey cuja beleza me lembrou muito Elizabeth Taylor em seus anos de auge. A direção de arte também chama a atenção com suas enormes casas sinistras envoltas em eterna neblina e os cenários góticos. Até as catacumbas são bem feitas. O filme ganharia muito se fosse preto e branco, para combinar bem mais com o enredo macabro, mas mesmo colorido funciona muito bem. Um pequeno clássico de terror que não pode faltar em sua coleção.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Tubarão de Malibu

Título no Brasil: Tubarão de Malibu
Título Original: Malibu Shark Attack
Ano de Produção: 2009
País: Estados Unidos
Estúdio: Insight Film Studios
Direção: David Lister
Roteiro: Keith Shaw
Elenco: Renee Bowen, Remi Broadway, Joel Amos Byrnes

Sinopse:
Após um tsunami seis tubarões pré-históricos são libertados e entram no oceano Pacífico, se dirigindo para a praia de Malibu, famoso point de verão da costa oeste dos Estados Unidos. Imensos e vorazes, eles logo começam a atacar os seres humanos que encontram pela frente! Apenas um pequeno grupo de salva-vidas corajosos se dispõe a enfrentar essa terrível ameaça mortal dos mares!

Comentários:
Mais um telefilme de tubarão para a tv a cabo. Esse aqui segue a linha absurda e tosca dos últimos filmes que estão sendo lançados. A questão é que com o avanço da computação gráfica e seu acesso mais fácil os produtores de filmes trashs acabaram encontrando a ferramenta ideal. Basta criar meia dúzia de cenas no computador, contratar um pequeno grupo de atores - todos desconhecidos - e pronto, está feito mais um filme com tubarões malvadões. Para não ficar tudo repetido eles vão mudando o design dos bichos. Aqui o estilo é totalmente caricato pois os tubarões possuem um visual de Frankestein dos mares, com dentes para fora, cegos e com jeito de devoradores vorazes. Mas não vá se animando, tudo é bem mal feito, nada animador. A única coisa boa vem do elenco, pois as duas atrizes são gatinhas, loirinhas de olhos azuis, que vão deixar a experiência de assistir esse abacaxi menos trágica.

Pablo Aluísio.

Vampiro das Estrelas

Título no Brasil: Vampiro das Estrelas
Título Original: Not of This Earth
Ano de Produção: 1988
País: Estados Unidos
Estúdio: Miracle Pictures, Pacific Trust
Direção: Jim Wynorski
Roteiro: R.J. Robertson, Jim Wynorski
Elenco: Traci Lords, Arthur Roberts, Lenny Juliano

Sinopse:
Uma civilização extraterrestre precisa de sangue humano para seu planeta e por isso envia um de seus membros para roubar esse importante recurso natural dos humanos. Seus planos porém esbarram numa astuta enfermeira que fará de tudo para atrapalhar e e lutar contra a ameaça alienígena.

Comentários:
Trash por trash esse aqui se destaca por ser assumidamente péssimo. Pense bem, o diretor Jim Wynorski assinou coisas como "A Volta do Monstro do Pântano" e "O Devorador de Ossos", então filmes desse estilo são sua especialidade. Aqui ele se inspirou em outro clássico do gênero chamado "Emissário de Outro Mundo", de Roger Corman. O roteiro segue seus passos e é tão obtuso quanto o filme original. No elenco quem se destaca é Traci Lords, aquela garota que colocou o mercado adulto em pânico após estrelar uma série de filmes eróticos quando ainda era menor de idade. Muitos produtores foram presos por isso. Depois da confusão ela entrou para o cinema convencional, ou quase isso, estrelando pequenas produções Z como essa. Enfim, se você tiver curiosidade de assistir um trash feito nos anos 80 com jeitão de produção com marcianos dos anos 50, eis aqui está uma boa dica (ruim) para o fim de semana.

Pablo Aluísio.

domingo, 14 de dezembro de 2014

Love, Marilyn

Esse ótimo documentário "Love, Marilyn" está sendo exibido pela TV a cabo brasileira, no canal HBO. Eu indico por várias razões. Uma delas, a principal, é que toda a linha de diálogos foi escrita em cima de textos esparsos que Marilyn deixou em vida. Quem dá voz aos pensamentos mais íntimos da atriz são atores de ponta em Hollywood tais como Elizabeth Banks, Glenn Close, Ellen Burstyn e até Lindsay Lohan! Isso porém não é tudo. As opiniões de escritores, diretores e demais pessoas que conviveram com a atriz também surge em cena, interpretados por atores do naipe de um F. Murray Abraham, Ben Foster e Adrien Brody. Tudo de muito bom gosto e sofisticação.

A Marilyn Monroe que surge desses escritos revela uma personalidade complexa e dúbia. Ora escreve como uma garotinha inocente e assustada, ora como uma garota esperta, inteligente e astuta. Não me admira que seja assim. Pessoas que conviveram com Marilyn pessoalmente afirmam que isso era um traço muito claro de seu modo de ser. Ela poderia ir do choro ao ódio, da inocência completa à simulação, em questão de segundos. Além disso era capaz de passar a perna em sujeitos que eram ditos e considerados verdadeiros intelectuais, enquanto que ela, com sua imagem de "loira burra" se mostrava sagaz!

O que poucas pessoas sabem é que Marilyn na verdade não era apenas uma leitora voraz mas uma escritora também. Ela tinha sempre ao lado um caderninho ou uma agenda onde escrevia coisas que achava importantes, seja um lembrete sobre algo do dia a dia, seja uma frase inteligente que ouvira. Depois começou a criar o hábito de também escrever seus próprios pensamentos e é justamente em cima deles que o filme foi construído. Também temos que elogiar e louvar o trabalho desses grandes nomes do teatro e cinema americanos que participaram desse documentário. Estão em grande forma. Até a celebridade Lindsay Lohan está bem, vejam só!  Enfim, tudo do melhor bom gosto embalado com ótimo conteúdo. Não vá perder!

Love, Marilyn (Idem, EUA, 2012) Direção: Liz Garbus /  Roteiro: Liz Garbus / Elenco: F. Murray Abraham, Elizabeth Banks, Adrien Brody, Glenn Close, Ellen Burstyn, Lindsay Lohan, Ben Foster / Sinopse: Documentário em que atores e atrizes famosos de Hollywood da atualidade contam e dão voz a pensamentos e escritos de Marilyn Monroe.

Pablo Aluísio.

sábado, 13 de dezembro de 2014

Ligeiramente Grávidos

Título no Brasil: Ligeiramente Grávidos
Título Original: Knocked Up
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Judd Apatow
Roteiro: Judd Apatow
Elenco: Seth Rogen, Katherine Heigl, Paul Rudd

Sinopse:
O filme narra a estória do casal improvável formado por Allison Scott (Katherine Heigl) e Ben Stone (Seth Rogen). Eles se conhecem de forma casual e após passarem uma noite juntos tudo parece terminar por ali mesmo. Afinal tudo não passara de uma aventura de uma noite apenas. Para surpresa de Allison porém ela fica grávida desse encontro fugaz, o que irá mudar completamente sua vida dali por diante.

Comentários:
Comédia romântica que fez bastante sucesso em seu lançamento. O roteiro brinca com as consequências indesejáveis de um mero encontro casual. Dois adultos resolvem passar a noite juntos e nada mais, só que ela fica grávida! Como agora levar em frente um relacionamento de duas pessoas tão diferentes? Allison (Katherine Heigl) é determinada, tem ambições de vida e deseja vencer na carreira. Ben (Rogen) é, em última análise, um "meninão", um sujeito que apesar da idade nunca cresceu de fato, preferindo passar o dia de bobeira, fumando maconha na frente da TV, rindo de programas estúpidos. Allison é loira e linda, Ben é um debochado fanfarrão, pouco preocupado em construir uma vida profissional ou algo parecido. Apesar do tema interessante, que enfoca casais incompátiveis que precisam viver juntos por circunstâncias alheias, o roteiro nunca avança muito na questão, preferindo se contentar em fazer humor sobre tudo o que acontece e das diferenças de personalidade dos personagens principais. Também é bastante ingênuo ao apostar que uma união assim daria certo (não se engane, na vida real isso jamais iria longe!). O que sobra no final das contas é a beleza da atriz Katherine Heigl e o estilo de humor grosseirão de Seth Rogen, que definitivamente não é para todos os públicos. 

Pablo Aluísio.

Maluca Paixão

Título no Brasil: Maluca Paixão
Título Original: All About Steve
Ano de Produção: 2009
País: Estados Unidos
Estúdio: Fox 2000 Pictures, Radar Pictures
Direção: Phil Traill
Roteiro: Kim Barker
Elenco: Sandra Bullock, Bradley Cooper, Thomas Haden Church

Sinopse:
Mary Horowitz (Sandra Bullock) é uma solteirona que vive de fazer palavras cruzadas para um jornal de sua cidade. Seus pais querem que ela se case e para isso armam um encontro dela com o cinegrafista bonitão Steve (Bradley Cooper). O que era para ser um encontro meramente casual acaba virando a cabeça da moça, que fica literalmente obcecada por Steve, indo atrás dele pelo país afora! Perseguição pouca é bobagem!

Comentários:
Foi tão massacrado essa comédia em seu lançamento que pensei que seria um abacaxi fenomenal. Ok, é uma bobeirinha mesmo, mas vamos ser sinceros, uma bobagem até divertida! Claro que ninguém deve ir assistir a filmes como esse esperando uma obra de arte cinematográfica, pelo contrário, você tem que ir sabendo bem o que vai encontrar: roteiro sem noção, atores que parecem se divertir mas do que atuar e aquelas coisas bem bobocas de comédias americanas. Aqui eu destaco o personagem do repórter canastrão que sonha um dia ser âncora de um grande jornal na emissora em que trabalha, ao mesmo tempo que é enviado para cobrir as notícias mais ridículas e constrangedoras (como a garotinha que nasceu com três pernas!). Uma das cenas mais ridicularmente engraçadas do filme é protagonizada justamente por ele, Hartman (Thomas Haden Church), quando um cavalo cai no chão e ele pensa que ele foi abatido por tiros! É tão nonsense que fará você rir mesmo, acredite! Enfim, o filme é uma abobrinha daquelas! Sandra Bullock foi vencedora do Framboesa de Ouro de pior atriz por esse filme e seguindo a "filosofia" sem noção de todo o filme foi lá pegar seu "prêmio"! Quer coisa mais divertida do que essa?

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Cinco Anos de Noivado

Título no Brasil: Cinco Anos de Noivado
Título Original: The Five-Year Engagement
Ano de Produção: 2012
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures, Relativity Media
Direção: Nicholas Stoller
Roteiro: Jason Segel, Nicholas Stoller
Elenco: Emily Blunt, Jason Segel, Kevin Hart, Alison Brie, Rhys Ifans

Sinopse:
O filme mostra a conturbada estória do casal formado por Violet (Emily Blunt) e Tom (Jason Segel). Eles certamente são apaixonados, se adoram e tudo mais, como manda a cartilha dos pombinhos que se amam. O problema é que nunca conseguem se casar, ficando em um eterno noivado que parece não ter fim. Sempre que estão prestes a se casar algo acontece e tudo vai por água abaixo. Agora, perto de completar cinco anos de noivado a noiva Violet está completamente desesperada para colocar um fim no tormento e vai tentar se casar de todo jeito, seja da maneira que for...

Comentários:
Embora hoje em dia o casamento seja visto por muitos como algo cafona e ultrapassado, o fato é que para muitas mulheres ele ainda é um sonho a se realizar (muitas vezes a todo custo). Como é tradicional, entre o namoro e o casamento, surge aquela fase de noivado, onde o casal supostamente firma compromisso perante a sociedade. Assim o noivado é claramente um momento de transição dentro do relacionamento, o passo que antecede a subida ao altar para o casamento, esse sim (espera-se) definitivo. O noivado é obviamente algo para ser rápido e não durar anos e anos... é justamente em cima disso que essa comédia romântica “Cinco Anos de Noivado” se desenvolve. A questão é que essas comédias românticas sobre casamento parecem nunca sair de moda, todos os anos são produzidas várias delas, provando que são comercialmente muito bem sucedidas. Essa aqui pelo menos conta com algumas novidades dignas de nota como a presença de Emily Blunt no elenco. Ela não é uma atriz comum nesse tipo de filme. O ator Jason Segel é completamente sem sal e não acrescenta muito, o que é uma pena pois Emily Blunt parece interessada em cena. Ela obviamente acreditou na produção mas não encontrou um bom parceiro para isso. Provavelmente Segel só tenha sido escalado por ser também autor do roteiro. Enfim, “Cinco Anos de Noivado” serve como diversão ligeira para mulheres que já não agüentam mais a indecisão de seus companheiros que nunca transformam a fase de noivado em casamento. Caso seja o seu caso passe para ele, quem sabe assim o tal sujeito não se toca e resolve a situação de uma vez por todas.

Pablo Aluísio.

Voando Alto

Título no Brasil: Voando Alto
Título Original: View from the Top
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: Miramax Films
Direção: Bruno Barreto
Roteiro: Eric Wald
Elenco: Gwyneth Paltrow, Christina Applegate, Kelly Preston

Sinopse:
O sonho de Donna Jensen (Gwyneth Paltrow) é se tornar comissária de bordo pois ela entende que essa é a melhor profissão do mundo, muito glamourosa e chic, cruzando os céus do mundo, conhecendo inúmeros países e tudo mais. Para isso ela decide reunir todos os esforços para se tornar uma aeromoça bem sucedida, mas assim que entra na escola de formação começa a conhecer as dificuldades da função, entre elas ter que conviver com concorrentes que jogam sujo como Christine (Christina Applegate).

Comentários:
Uma tentativa de transformar Gwyneth Paltrow em uma estrela pop. Só que não deu certo. Na verdade esse filme dirigido pelo brasileiro Bruno Barreto é muito frio, gélido e sem emoção. Parece uma balinha de drops daquelas refrescantes que você chupa e depois gospe fora. Não alimenta, não é nutritivo do ponto de vista cultural, não é nada no final das contas. Aliás me admira muito que a Miramax, que sempre primou por filmes relevantes e pertinentes, tenha produzido uma bobeirinha desse quilate. O roteiro é tão destituído de carga dramática que o bocejo logo se impõe. A única coisa boa que leva o espectador (pelo menos o espectador masculino hetero) a segurar as pontas até o final é o trio de lindas (e loiras) atrizes. Não acho a Gwyneth Paltrow muito sexy mas a Kelly Preston sem dúvida é uma beldade (pena que seja casada com o dúbio Travolta). A Christina Applegate obviamente já teve dias melhores quando era adolescente e linda na sitcom de bobagens "Um Amor de Família". Hoje em dia ainda é uma mulher interessante mas os anos de beleza estonteante ficaram para trás. Em suma, aqui temos realmente uma comédia de costumes inofensiva.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Superman & Shazam!

Título no Brasil: Superman & Shazam!
Título Original: Superman / Shazam! - The Return of Black Adam
Ano de Produção: 2010
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros, DC Entertainment
Direção: Joaquim Dos Santos
Roteiro: Michael Jelenic
Elenco: Zach Callison, James Garner, Josh Keaton

Sinopse:
São quatro estórias independentes com alguns personagens da galeria da DC Comics, entre eles o Superman, Capitão Marvel, Spectre, Arqueiro Verde e Jonah Hex. Todos os episódios fazem parte da série animada DC Showcase.

Comentários:
DVD que foi lançado nos Estados Unidos trazendo quatro episódios, com em média 15 minutos cada. No primeiro acompanhamos o surgimento do Capitão Marvel, na realidade um garoto de boa índole que ganha poderes especiais de um mago ancestral chamado Shazam! Ele terá que enfrentar um vilão chamado Adão Negro que está disposto a destruir o planeta. Ao seu lado contará com a ajuda muito preciosa do Superman. Na segunda estória um produtor rico e famoso é morto misteriosamente. Para vingar sua morte surge um estranho ser espiritual chamado Spectre que não vai descansar enquanto não levar a alma de todos os envolvidos no crime para o inferno. A terceira estória conta com o Arqueiro Verde, que tentará salvar uma princesa da morte, pois todos querem sua cabeça para assim evitar que ela suba ao trono como a nova rainha de um país distante. Finalizando o DVD o espectador é levado ao velho oeste onde encontra o infame pistoleiro Jonah Hex que enfrentará uma prostituta especialista em matar seus clientes para roubá-los. No geral são animações muito boas, com um belo primor técnico, típico dos lançamentos da Warner / DC. Vale a pena ter na sua coleção.

Pablo Aluísio.

O Que Será de Nozes?

Título no Brasil: O Que Será de Nozes?
Título Original: The Nut Job
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos, Canadá, Coréia do Sul
Estúdio: Gulfstream Pictures
Direção: Peter Lepeniotis
Roteiro: Lorne Cameron, Peter Lepeniotis,
Elenco: Will Arnett, Brendan Fraser, Liam Neeson, Katherine Heigl 

Sinopse:
Surly (Will Arnett) é um esquilo esperto, mas individualista, que após uma confusão com um carrinho em seu parque acaba ocasionando a destruição de todo o depósito de comida dos bichinhos da região onde mora. Banido do parque ele precisa agora se virar na cidade grande, algo que não será nada fácil. Filme indicado ao prêmio da Canadian Cinema Editors Awards na categoria melhor edição em animação.

Comentários:
Essa pequena animação, uma produção conjunta entre três países - Estados Unidos, Canadá e Coréia do Sul - surpreende não por sua qualidade técnica ou pelo roteiro, mas sim pelo quarteto de astros do cinema americano que reuniu! Imagine ouvir dublando os esquilos esse grupo de atores e atrizes populares de Hollywood, a começar pelos comediantes Will Arnett (bastante conhecido nos Estados Unidos pelo programa Saturday Night Live), Brendan Fraser (nosso velho conhecido da franquia "A Múmia" e tantos outros filmes). Completando temos o herói de ação Liam Neeson (complicado entender o que estaria fazendo aqui) e Katherine Heigl (estrela de Grey´s Anatomy, tentando se agarrar ao cinema após alguns fracassos em seu gênero preferido, a das comédias românticas). Alguns observadores mais cínicos poderia até dizer que todos eles estão de alguma forma em declínio na carreira, mas isso seria apenas parte da verdade uma vez que participar de animações no mercado americano não é sinônimo de decadência artística. De uma forma ou outra, se concentrando apenas no filme em si, temos que chamar a atenção para o fato de que não é das animações mais inspiradas ou talentosas. O traço lembra animações tradicionais mais antigas, embora tenha sido realizado por computação gráfica. No geral o resultado final se mostra apenas mediano.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Cherry Tree

Título Original: Cherry Tree
Título no Brasil: Ainda não definido
Ano de Produção: 2015
País: Irlanda
Estúdio: Irish Film Board
Direção: David Keating
Roteiro: Brendan McCarthy
Elenco: Naomi Battrick, Anna Walton, Patrick Gibson, Sam Hazeldine
  
Sinopse:
A vida da jovem adolescente Faith (Naomi Battrick) desaba quando ela descobre que seu pai está sofrendo de um raro tipo de câncer que só lhe dará mais três meses de vida. Desesperada ela procura por alguma saída. Essa vem pela sua professora de educação física Sissy (Anna Walton). Adepta de magia negra e rituais de bruxaria, Sissy oferece para sua aluna Faith a cura para seu paí. Isso porém terá que ter uma contrapartida, um pacto macabro com o próprio senhor das trevas.

Comentários:
Filme de terror irlandês sobre bruxas. Bruxas modernas, é bom frisar. A estória se passa em um velho vilarejo do interior da Irlanda. O lugar tem a fama de ter sido no passado um centro de adoração a Satã. Havia uma irmandade de bruxas que realizava sacrifícios à sombra de uma velha árvore cerejeira. Isso porém foi séculos atrás. Agora a região está mais desenvolvida e moderna. Isso não significa que adeptas desses antigos rituais pagãos tenham deixado de lado suas crenças. De tempos em tempos elas voltam à ativa. Agora encontram uma pessoa ideal, justamente a garota Faith. Ela só tem 16 anos, tem um pai condenado pela medicina e o mais importante de tudo: ainda é virgem. O diretor David Keating e o roteirista Brendan McCarthy parecem ter algum tipo de obsessão com lacraias. Esse inseto peçonhento (do gênero Scolopendra) é usado o tempo todo nos rituais de magia negra. O filme como um todo é apenas na média (na verdade um pouquinho abaixo dela). Há uma falta de desenvolvimento dos personagens, procurando-se ao invés disso investir mais nas cenas de rituais. Há uma ou outra locação mais interessante, como uma velha casa com um enorme porão medieval, mas nada muito além disso. Não chega a assustar e nem causar medo. Vale apenas como curiosidade por ser uma produção irlandesa, algo que não estamos muito acostumados a assistir no Brasil. Sim, tem algumas boas ideias, mas no geral não chega em nenhum momento a inovar.

Pablo Aluísio.

Os Gatões - Uma Nova Balada

Título no Brasil: Os Gatões - Uma Nova Balada
Título Original: The Dukes of Hazzard
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Jay Chandrasekhar
Roteiro: John O'Brien
Elenco: Seann William Scott, Johnny Knoxville, Jessica Simpson, Burt Reynolds

Sinopse:
(Seann Williams Scott) e Luke (Johnny Knoxville) são dois irmãos caipirões do sul dos Estados Unidos que decidem se unir à sua prima gostosona Daisy (Jessica Simpson) e ao tio casca grossa Jesse (Willie Nelson) para salvar a sua querida cidade natal, Hazzard, que está caindo nas garras de um sujeito corrupto e sem ética, Hogg (Burt Reynolds).

Comentários:
Esse tipo de filme sempre me lembrou as antigas produções estreladas por Burt Reynolds nos anos 70. É aquele tipo de filme que nunca se leva à sério e é dirigido para um nicho mais popularesco do mercado americano, encontrando seu público ideal nos estados do Sul - por isso há tantas referências simpáticas para a caipirada de lá! Na verdade é um remake de uma série de TV dos anos 70 (óbvio!) que tenta manter o velho espírito da coisa. Claro que se trata de uma bobagem, um besteirol sem tamanho, mas que no final das contas foi salvo pelo bom humor e por ser assumidamente um produto idiota - percebam que quando isso acontece geralmente a mediocridade reinante acaba se salvando e o mais importante de tudo, se justificando. Para os marmanjos de plantão o elenco traz a bela Jessica Simpson, que faz o estilo loira brega e vulgar, muito popular entre os americanos. Ela até dá uma canja com a canção "These Boots Are Made For Walkin" que fez sucesso nas rádios ianques. Diante de tudo isso, já está bom demais da conta. Veja, desligue o cérebro e procure se divertir, de preferência tomando uma cerveja gelada.

Pablo Aluísio.

Tim Maia

Título no Brasil: Tim Maia
Título Original: Tim Maia
Ano de Produção: 2014
País: Brasil
Estúdio: Globo Filmes
Direção: Mauro Lima
Roteiro: Mauro Lima, Antônia Pellegrino
Elenco: Robson Nunes, Babu Santana, Alinne Moraes

Sinopse:
Cinebiografia do cantor brasileiro Tim Maia. Nascido numa humilde família da zona norte do Rio de Janeiro ele sonhava desde muito jovem em se tornar um cantor de rock. No final dos anos 1950 decide ir embora para os Estados Unidos, onde passa por inúmeras dificuldades financeiras. O lado bom e positivo vem do fato de ter tido contato direto com a soul music negra daquele país. De volta ao Brasil vai atrás de seu antigo parceiro de banda, o cantor Roberto Carlos, que estava se tornando o ídolo musical mais popular das paradas de sucesso. Com a ajuda de Roberto, Tim finalmente encontra o caminho da fama, do sucesso e da fortuna.

Comentários:
Como li o livro "Vale Tudo" escrito por Nelson Motta fico bem à vontade para analisar esse filme. Obviamente que toda cinebiografia se torna superficial pois é impossível retratar em um filme toda uma vida, principalmente de artistas. Geralmente um aspecto ou outro se torna o principal foco desse tipo de filme. Aqui o diretor e seu roteirista optaram por mostrar o lado doidão de Tim Maia. Assim o espectador encontrará um sujeito completamente obsessivo pela frente, uma pessoa que parecia cheirar, fumar e consumir todos os tipos de drogas, com muito excesso! Tudo bem que o Tim Maia de fato era usuário de drogas, o problema é que o filme não parece sair disso. Ele certamente tinha esse lado em sua vida, mas não era o único. O verdadeiro Tim Maia também era uma pessoa generosa, que levava crianças órfãs para passarem o domingo em sua mansão, brincando na piscina. Também ajudava outros artistas com problemas financeiros. Nada disso surge na tela. Essa coisa meio infantilóide de se focar apenas em um lado louco da vida do cantor algumas vezes se torna cansativa. O livro do Nelson Motta é muito bem escrito, fazendo com que o leitor não queira largar suas páginas e mostra esse lado das drogas também, mas igualmente mostra outras facetas de Tim, como seu jeito bem humorado de ser e outros aspectos de sua personalidade. O filme porém se mostra muito obcecado em mostrar apenas um lado mais sensacionalista e o menos lisonjeiro, diga-se de passagem. Além disso por questões dramáticas o roteiro cortou várias mulheres da vida de Tim, procurando concentrar aspectos de várias delas em apenas uma figura, a da Janaína (Alinne Moraes). No saldo geral porém "Tim Maia" ainda se mostra um bom filme, meio unilateral, é verdade, mas mesmo assim um bom programa. Deveria haver um cuidado melhor, principalmente na apresentação de suas melhores canções, mas ainda que se deixe levar por esses pequenos defeitos, vale a pena assistir e conhecer

Pablo Aluísio.

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Ele Não Está Tão a Fim de Você

Título no Brasil: Ele Não Está Tão a Fim de Você
Título Original: He's Just Not That Into You
Ano de Produção: 2009
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Ken Kwapis
Roteiro: Abby Kohn, Marc Silverstein
Elenco: Jennifer Aniston, Jennifer Connelly, Morgan Lily

Sinopse:
Gigi Haim está começando a ficar desesperada pois os anos passaram e ela ainda não encontrou seu príncipe encantado. Seu último relacionamento foi com o agente imobiliário Conor Barry. O problema é que ela ficou esperando por seu telefonema seguinte e nada aconteceu! Ele simplesmente não ligou mais. Sem pensar direito Gigi decide então partir para o tudo ou nada em sua vida amorosa, mas será que isso realmente valerá a pena? Filme indicado aos prêmios People's Choice Awards e Teen Choice Awards.

Comentários:
Comédia romântica bem mediana (estou sendo gentil e generoso, entenda bem) que foi produzida pela atriz Drew Barrymore. Eu certamente não tinha planos de ir conferir esse filme no cinema, mas me recordo que a programação estava tão ruim na ocasião que acabei conferindo na telona (para depois pintar aquele leve sentimento de arrependimento e dinheiro perdido). O problema das comédias românticas americanas é que elas deixaram de surpreender. Como tem um público certo e cativo os roteiristas nem se importam em arriscar muito, apostando cada vez mais em fórmulas já testadas antes (e que hoje em dia soam completamente saturadas). Assim as personagens que vão surgindo na tela são estereótipos e clichês de mulheres: a desesperada que morre de medo de não casar, a gostosona que faz de gato e sapato os homens, a insegura, a romântica e por aí vai. Tudo bem chato e repetitivo.Talvez traga algum interesse para a mulherada, já para os homens será mesmo uma má ideia, afinal comédias românticas já são complicadas de suportar, imagine as sem originalidade ou imaginação.

Pablo Aluísio.

Uma Cilada Para Roger Rabbit

Título no Brasil: Uma Cilada Para Roger Rabbit
Título Original: Who Framed Roger Rabbit
Ano de Produção: 1988
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures, Amblin Entertainment
Direção: Robert Zemeckis
Roteiro: Gary K. Wolf, Jeffrey Price
Elenco: Bob Hoskins, Christopher Lloyd, Kathleen Turner, Charles Fleischer, Joanna Cassidy

Sinopse:
Anos 1940. Embora Roger Rabbit (Charles Fleischer) seja um dos grandes astros de seu estúdio de animação, ele não se sente feliz. Ultimamente anda depressivo e triste por causa de seu conturbado relacionamento com Jessica Rabbit (Kathleen Turner). Para contornar toda essa situação o estúdio resolve contratar os serviços de um detetive particular, Eddie Valiant (Bob Hoskins), o que dará origem a inúmeras confusões. Filme vencedor do Oscar nas categorias de Melhores Efeitos Especiais, Melhores Efeitos Sonoros e Melhor Edição.

Comentários:
Hoje em dia pode até ser visto apenas como uma divertida mistura de animação com atores reais, mas o fato é que esse filme foi um marco e tanto em termos de avanços tecnológicos na época. Nunca, em nenhum período histórico do cinema, havia se conseguido chegar em tamanha perfeição técnica, fruto da entrada da tecnologia digital na produção de filmes. Outro fato que chama bastante a atenção foi a união - pela primeira e única vez na história - de praticamente todos os grandes estúdios de animação de Hollywood para a realização de apenas um filme. Todos eles cederam os direitos de seus personagens e assim o espectador é presenteado com uma vasta galeria de personagens da Disney, da Warner, da MGM clássica e tantos outros que desfilam pela tela. A supervisão foi dada ao genial cartunista Richard Williams, o criador da Pantera cor de rosa. A Academia inclusive lhe concedeu um prêmio especial por esse trabalho e pelo conjunto de sua obra que é realmente maravilhosa. Curiosamente o enredo procura explorar uma estória de detetives numa Hollywood dos anos 1940, onde havia charme e glamour em abundância diante das telas e muita decadência e crime por trás delas. Um exemplo perfeito disso pode ser encontrado na personagem de Jessica Rabbit, tão sensual e perigosa como uma mulher fatal dos filmes noir daquela década. A personagem dublada com sensualidade á flor da pele pela atriz Kathleen Turner acabou fazendo mais sucesso que o próprio coelho protagonista. Inicialmente a animação seria dirigida pelo próprio Steven Spielberg, mas no último momento ele resolveu deixar a direção a cargo de seu pupilo Robert Zemeckis. Com ótimo elenco, primazia técnica e um roteiro saborosamente nostálgico, "Who Framed Roger Rabbit" é realmente uma das melhores animações de todos os tempos.

Pablo Aluísio.