sábado, 4 de junho de 2011

10 Razões Para Amar a Igreja Católica

1. Foi fundada por Pedro, o primeiro Papa da história!

2. O Papa Francisco, nosso atual líder espiritual, é um símbolo de dignidade e humildade! Um exemplo para o mundo!

3. A Igreja Católica é a maior instituição de caridade do mundo, presente em praticamente todos os países ao redor do globo!

4. A Igreja Católica mantém milhares de hospitais, asilos, creches e missões de ajuda aos mais pobres em lugares de extrema privação como a África!

5. São dois mil anos de história - sendo a instituição mais antiga da humanidade ainda em atividade!

6. Maria, nossa mãe, está na Igreja Católica, santa e imaculada!

7. Foi a Igreja Católica que organizou a Bíblia, dando ordem e a dividindo em capítulos e versículos!

8. Durante 15 séculos foi a única Igreja a levar a palavra de Cristo aos quatro cantos do mundo!

9. Sua história está repleta de homens e mulheres que dedicaram sua vida ao cristianismo!

10. Jesus Cristo vive em nossa querida Igreja Católica, ontem, hoje e sempre!

Pablo Aluísio.

As Bruxas

Até o século X a Igreja não levou muito à sério a figura das bruxas. Elas já existiam como personagens de ficção na literatura há muito tempo, geralmente surgindo como antagonistas em contos e fábulas bem comuns na Europa medieval. Só a partir de alguns séculos depois foi que a Igreja começou a entender e associar os atos de bruxaria com heresias. Antes disso porém alguns estudiosos do tema afirmavam que o que era chamado de bruxaria nada mais era do que antigos rituais das religiões pagãs que tinham sobrevivido em cidades e vilas mais afastadas do continente europeu. O culto às forças da natureza provavam bem isso. Era uma espécie de revitalização de antigas deusas como Diana, por exemplo. Assim as autoridades da Igreja católica afirmavam que o ato de bruxaria certamente era um pecado, mas como pura mágica ou crentice não tinha como influenciar o mundo real e nem fazer o mal a quem quer que seja.

Curiosamente em países com influência nórdica começou a surgir a crença teológica que as mulheres que cometiam atos de paganismo estavam na verdade cultuando ao anjo caído, Satanás. Essa nova visão pregava que a bruxaria não era apenas um resquício pagão, mas sim um novo culto, de devoção ao diabo. A partir do século XIII essa visão foi se acentuando.  Em 1258 o Papa Alexandre IV condenou toda prática mística que envolvesse atos de mágica, adivinhação e tentativa de contato com pessoas mortas. Em 1320 o Papa João XXII ficou extremamente preocupado ao ser informado de que atos de bruxaria estavam se espalhando em regiões da França, em especial Toulouse. Ele assim ordenou que autoridades religiosas do Vaticano fossem enviadas até lá para investigar tudo mais a fundo. Mesmo com o combate da Igreja contra esse tipo de prática ela não parecia surtir muito efeito. O Papa Nicolau V ficou extremamente irritado ao descobrir que a adivinhação por cartas ainda era muito comum em feiras mercantis por todo o continente.

Entre os séculos XIV e XV chegaram ao seio da Igreja diversos estudos e tratados sobre a bruxaria na Europa. Eles contavam que as mulheres que se dedicavam a esse tipo de coisa se diziam possuídas pelo próprio demônio, não apenas mentalmente, mas fisicamente também. Algumas iam além dizendo que tinham tido relações sexuais com seres das trevas. Havia também a descrição de inúmeros rituais de magia e feitiços, algo que alarmou a cúpula da igreja. Não era mais apenas uma questão de teologia, de paganismo ou algo semelhante. Era algo mais grave. Muitas mulheres confessaram que faziam parte de comunidades de adoração ao diabo que se reuniam para blasfemar contra Deus, a trindade e Maria, mãe de Jesus. De fato os velhos rituais pagãos tinham se tornado algo mais grave e severo, abraçando o satanismo em seus cultos. Era algo assustador.

Diante de tais relatos o Papa Inocêncio VIII editou a bula papal Summis desiderante affectibus que tinha como objetivo deter a proliferação de cultos satânicos por toda a Europa. Foram criados cargos de inquisitores para procurar, localizar, identificar e prender pessoas acusadas de bruxaria e satanismo pelas nações cristãs. A bula foi imediatamente apoiada por nobres e reis por toda a Europa. O imperador Maximiliano da Áustria, por exemplo, deu total apoio às novas medidas. Nesse mesmo ano foi publicado o livro Malleus Maleficarum, que passou a ser conhecido como "O Martelo das Bruxas" onde se procurava tratar a questão da bruxaria de forma codificada, estudada em cima de casos reais que aconteceram em cidades da Alemanha e Áustria. Esse livro escrito pela dupla de teólogos Krämer e Spengler afirmava que as bruxas existiam, faziam parte de grandes comunidades e que tinham como inspiração maior em suas vidas o próprio Satanás.

Com o livro em mãos qualquer inquisidor poderia identificar uma bruxa real ou um feiticeiro ou mago. Havia métodos de identificação, as principais características desses cultuadores do mal e elementos que provavam sua presença. Ignorar a existência de bruxas, de magia negra e de satanismo era por si só também um ato de heresia. Esse tipo de visão deu origem a uma série de perseguições por todo o continente, atingindo não apenas os católicos, mas também os protestantes que para muitos historiadores foram mais violentos e repressivos do que os próprios membros do catolicismo. Em países onde o protestantismo se disseminou a caça às bruxas deu origem à infame inquisição protestante que levou para a fogueira milhares de pessoas. A Europa passaria assim nas décadas seguintes  por um novo e tenebroso período histórico de consequências imprevisíveis.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

O Comércio da Fé

Eu fico muito entristecido quando vejo pessoas - algumas até queridas, de meu círculo social - usando a fé como fonte de comércio. É o infame comércio da fé. Não preciso apontar o dedo para a Igreja A ou B pois acredito que todos saibam muito bem do que estou dizendo. Exemplos não faltam. É algo que no Brasil perdeu o controle. Mal fecha um mercadinho, um cinema ou uma bodega qualquer e de repente lá temos mais uma Igreja de ocasião, geralmente visando única e exclusivamente o dinheiro dos potenciais fiéis que venham a aparecer. Na revista Veja vi até mesmo o caso de um profissional que atua em Rio e São Paulo que é contratado exclusivamente para dar nomes a Igrejas - geralmente fundadas por ex-comerciantes que viram seu comércio ir a falência. Assim ao invés de abrir um mercadinho ou uma padaria essas pessoas resolvem abrir Igrejas, afinal o custo é baixo - vai se gastar apenas com cadeiras e alguns outros equipamentos - e não haverá qualquer custo com matéria prima uma vez que só se está vendendo fé e essa não tem fornecedor. Além disso não se paga impostos. Por outro lado se terá um dízimo muito atraente todos os meses.

E Jesus onde está? Jesus nesses lugares é apenas uma marca, um chamariz para se atrair mais clientes, digo, fiéis. É uma triste realidade desse país onde vivemos. Desde muito jovem sempre dissociei fé de bens materiais. A fé em Jesus deve ser separada da vida material de cada um. Jesus foi o mais pobre dos homens, e deixou claro que não se pode viver para dois deuses, o verdadeiro Deus e o dinheiro. É triste ver que o Cristianismo em nosso país está virando puro comércio. A tal teologia - ou teoria - da prosperidade prega sucesso material, dinheiro, carro, casa nova. Espiritualidade? Bem pouco, quase nada. Deus nessa visão vira um gerente de banco - você paga a Ele seu dízimo e supostamente Ele lhe retorna sucesso material na vida. Só que no final quem ficam realmente ricos são os tais donos dessas Igrejas. Compram carros de luxo, apartamentos milionários e até aviões. E a mensagem do Cristo? É praticamente ignorada.

Isso muitas vezes me lembra a passagem na Bíblia em que Jesus é tentado por Satã. Esse lhe oferece tesouros, riquezas sem limites, reinos inteiros e Jesus recusa. Será que ainda hoje não conseguiram entender a essência desse trecho? A mensagem de Jesus não é de promessa de vida material desfrutada em riqueza mas sim de vida espiritual plena. Francisco de Assis, o pobrezinho, certamente entendeu a mensagem de Jesus Cristo. Renunciou a todas as riquezas e foi viver na pobreza, ajudando ao próximo. O próprio Jesus afirmou que será mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no reino dos céus! Então porque tanta gente insiste em usar a fé como fonte de riqueza material? Será que nunca compreenderam a verdadeira intenção de Jesus em todos esses trechos em que Ele expôs seu pensamento?

Nesse jogo de comércio da fé os dois lados estão completamente equivocados. O fiel está errado pois entra em um jogo imaginário de barganha com Deus! Ele paga o dízimo e Deus lhe voltará sucesso, riqueza e poder. Já o líder religioso se coloca numa posição muito mais delicada e equivocada ao insistir nessa "troca de favores" e quando fica rico com isso acaba condenando sua própria alma. Não transformem algo tão lindo como a fé em Deus numa bodega comercial. Deus não é comércio, Deus não é dinheiro. É triste ver massas de brasileiros entrando nesse jogo insano. Quem acredita verdadeiramente em Deus sabe que a verdadeira riqueza é a espiritual e não bens e objetos materiais que mais cedo ou mais tarde serão corroídos pelas areias do tempo.

Pablo Aluísio.

Os 10 Erros da Teologia da Prosperidade

Nossos irmãos protestantes infelizmente estão se afundando nessa famigerada falsa teologia que está se disseminando em certas denominações evangélicas. Graças ao bom Deus esse tipo de "barganha" com Deus jamais adentrou os portões da Igreja Católica, que segue firme no caminho do verdadeiro evangelho. O fiel católico pode até mesmo ficar em dúvida sobre do que tudo isso se trata. Afinal o que é a tal falada teologia da prosperidade? Em uma maneira muito simples de explicar podemos dar exemplos do que vem acontecendo. Basta você ligar qualquer canal de TV em horários comprados por certos setores e você facilmente entenderá. Lá estará um religioso prometendo prosperidade e riqueza material em troca de doações para sua Igreja. É grotesco, mas funciona dessa forma mesmo: o fiel paga o dízimo e Deus em troca abençoa a vida dessa pessoa de maneira material, com dinheiro e riquezas. Depois o espectador é bombardeado com depoimentos de pessoas dizendo que eram pobres e ficaram ricas da noite para o dia depois de pagarem fielmente o tal dízimo. Ora, qualquer pessoa minimamente versada na Bíblia sabe que se trata de um erro teológico! Não existe nenhuma passagem no novo testamento que corrobore tal "teologia" (entre aspas, pois não se trata de uma verdadeira teologia). Duvida disso? Vamos dar dez razões bíblicas para demonstrar a falsidade desse tipo de pensamento nada cristão.

1. Jesus nunca prometeu riqueza material
A palavra de Jesus prega a riqueza espiritual, não material. Ele nunca prometeu riqueza na Terra para seus seguidores, pelo contrário, em várias passagens afirmou que não se deve gananciosamente buscar riquezas na Terra pois a verdadeira riqueza está ao lado do Senhor. Sua frase "É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no Reino dos Céus" (Mateus 19:24) é mais do que clara! Seu próprio exemplo de vida já diz tudo. Jesus veio ao mundo como um homem rico e cheio de dinheiro? Não, claro que não, ele veio como o mais pobre e humilde dos homens. Nasceu de forma humilde e viveu de forma humilde, dando exemplo pela palavra e não pelo dinheiro.

2. Jesus nunca pregou uma "barganha com Deus"!
A teologia da prosperidade é baseada numa verdadeira "barganha com Deus". O fiel dá dinheiro pensando estar dando a Deus e em troca esse seria obrigado a lhe dar riqueza material! Um absurdo completo! Deus não quer seu dinheiro, coloque isso na sua cabeça e nem tampouco você comprará a vontade divina. O dinheiro que você dá em sua igreja vai para pastores que ficam ricos prometendo algo que eles não podem prometer em troca. São vendilhões do templo, os mesmos que Jesus Cristo combateu em vida. Certas seitas deixaram de ser casas de orações para se tornarem covis de ladrões - e isso ficou bem claro no que disse Jesus. Só não entende sua palavra quem realmente não quer! ("Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração; vós, porém, a fazeis covil de salteadores." Mateus 21:12-13)

3. Jesus recusou riquezas na Terra
Em uma das passagens mais importantes do novo testamento o próprio Satã vem tentar Jesus no deserto. O que esse lhe oferece? Todas as riquezas do mundo, reinos e palácios sem fim. Ele promete a Jesus prosperidade e riqueza no mundo (o mesmo que oferece a tal teologia da prosperidade). O que Jesus faz após receber essa proposta? Recusa e deixa claro que a verdadeira riqueza vem de Deus apenas, ou seja, ele recusa completamente a tentação de aceitar riquezas no mundo, pois o que ele busca mesmo é a riqueza da alma. Por que então tantos evangélicos se empenham tanto em obter algo que o próprio Jesus, com seu exemplo, recusou de forma veemente? A verdadeira riqueza é a espiritual, da plena comunhão com Jesus e sua palavra e nada mais. (Depois, o Diabo o levou a um monte muito alto e mostrou-lhe todos os reinos do mundo e o seu esplendor. E disse-lhe: "Tudo isto te darei se te prostrares e me adorares". Jesus lhe disse: "Retire-se, Satanás! Pois está escrito: 'Adore o Senhor, o seu Deus, e só a ele preste culto'". Mateus 4)

4. A teologia da Prosperidade é uma corrupção religiosa
 O fiel que se coloca na posição de barganhar com Deus riquezas materiais está ofendendo a divindade frontalmente. Ele está tentando corromper com dinheiro a própria vontade de Deus! É uma forma de corrupção religiosa vil e perigosa que certamente custará a alma de muitos. Deus não é um banco ou um gerente de financiamentos para lhe dar sucesso financeiro na vida. Ele não serão corrompido por seu dinheiro! O próprio Jesus deixou claro que não se pode servir a dois senhores, a Deus e ao dinheiro ao mesmo tempo! Então faça sua escolha de uma vez, seu deus será o dinheiro ou o verdadeiro Deus, cujas riquezas não se encontram nesse mundo e definitivamente não podem ser comprados ou corrompidos? Você quer mesmo continuar a tentar subornar a Deus? Pense muito bem sobre isso! ("Ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro." Mateus 6:24)

5. Templos de ostentação não são obras de Deus
Templos de rica ostentação não fazem parte do verdadeiro cristianismo. É um boa peça de marketing para a teologia da prosperidade mas apenas isso! Em sua época o próprio Cristo condenou tal ostentação e deixou claro que Deus não habita em templos feitos pelos homens, mas em seus próprios corações. A riqueza na Terra, a ostentação e o luxo não fazem parte da obra de Deus, mas de homens gananciosos que usam o nome de Jesus para ganhar cada vez mais dinheiro em cima da fé dos cristãos. Depois da vinda de Jesus os antigos templos, seus rituais e simbolismos perderam a razão de ser. Jesus com a cruz revogou todos esses símbolos e isso ele deixou claro. A cortina do templo foi rasgada de alto a baixo! Quem cultua templos ao invés da verdadeira palavra do Cristo está na realidade cuspindo na cruz, na obra de Jesus. O salvador deixou claro mais de uma vez que o verdadeiro templo de Deus é o corpo de cada cristão verdadeiro. Quem cultua templos está cheio de idolatrias e heresias. E depois procure saber onde Jesus pregou... Foi em templos? Não, foi no meio das pessoas, nas montanhas, nas praias da Galiléia, ao ar livre! Jesus jamais precisou de qualquer tipo de ostentação para passar sua palavra divina em frente! O verdadeiro templo é o Deus que habita em seu coração! (Atos dos Apóstolos 17:24: "O Deus que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens") ( Coríntios 3:16 "Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?")

6. Jesus não conhecerá dos verdadeiros mercadores da fé
Esses mercadores da fé que ludibriam milhares terão que prestar contas a Deus por suas heresias e iniquidades. Deus não os conhecerá quando os encontrar e eles pagarão por suas mentiras e golpes. Você quer mesmo ficar ao lado dessa gente? Sobre os que usam a fé para enriquecer Jesus disse: “Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas!” (Lucas 18:24).

7. A teologia da Prosperidade é uma terrível união de ganâncias
Onde está na Bíblia que o homem tem que buscar a ganância acima de tudo? Em lugar nenhum. Pelo contrário. Mesmo assim a teologia da Prosperidade é um grande encontro de ganâncias humanas. A primeira do próprio pastor e seu líder, que quer acima de tudo o dinheiro dado pelos dizimistas. Campanhas são feitas e membros da igreja são incentivados a dar dízimos de todas as maneiras possíveis. Por outro lado a ganância também está nas atitudes dos membros dessas igrejas que doam esperando receber de volta o mesmo valor duplicado ou triplicado! Maior prova de ganância vinda de todas as partes não existe! Os dois lados - pastores e fiéis - estão afundados completamente na lama da ganância humana! E onde está Deus no meio de todo esse lamaçal? Em lugar nenhum, ambos os lados só estão se enganando mutuamente! ("Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores. Por seus frutos os conhecereis” (Mt 7. 15,16 a).

8. Deus é amor, não dinheiro
Parem de tentar encontrar Deus em notas de dinheiro. Isso é uma forma grotesca de encarar um ser tão grandioso como Deus. Jesus e sua palavra não estão em notas de valor econômico. Deus está no amor, na palavra redentora de Cristo. Quem oferece prosperidade material e riquezas na Bíblia não é Deus, mas o próprio Satã. Pare de procurar por isso pois no final de contas tudo o que encontrará pela frente são os portões do inferno à sua espera!  ("Tende cuidado, para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo” Cl 2.8).

9. A teologia da Prosperidade simplesmente não funciona
Mesmo que você não queira acreditar na essência da palavra de Jesus Cristo e nem queira saber de ter uma verdadeira prosperidade espiritual em sua vida, saiba que a teologia da prosperidade simplesmente não funciona. De cada 100 pessoas envolvidas nessa barganha com Deus, nenhuma consegue realmente prosperidade por causa dessa falsa teologia. As pessoas progridem por seus próprios méritos, trabalho e esforço pessoal em crescer na vida. A imensa maioria dos que acreditam nessa "barganha" com Deus acabam mesmo ficando cada vez mais pobres, ao doarem seus bens para pastores espertos. Deus não quer que você doe sua casa para esses sujeitos, Deus quer que você conserve sua casinha, por mais humilde que seja. Entenda de uma vez por todas: Deus não quer seu dinheiro! Ele é o centro do universo, Senhor de tudo, e não precisa de seus bens e nem dinheiro. Quem deseja isso são os falsos profetas que querem enriquecer a custa dos outros, usando do nome de Jesus para ficarem ricos, imensamente ricos! Com a teologia da prosperidade você ficará mesmo é cada vez mais pobre materialmente, além de espiritualmente comprometido a cada dia. (Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam; Mateus 6:19).

10. Faça caridade em prol dos mais humildes, não para pastores milionários
A caridade que Jesus pregou em sua passagem terrena foi para com os mais pobres e humildes, não para vendilhões milionários do templo. Ajude aos carentes, aos que não possuem nada. Faça a caridade e não transforme esse ato em qualquer tipo de atitude de auto promoção. Ajude ao próximo que realmente necessite de ajuda e não a pastores milionários, donos de jatinhos, helicópteros e mansões! Esse dinheiro não se reverterá a quem realmente precisa. Sua relação com Deus não precisa passar por esse intermediários danosos, verdadeiros mercadores da fé alheia. Você só precisa de Jesus ao seu lado e de mais ninguém. A verdadeira riqueza de Deus vem do coração, é espiritual, nada de riquezas materiais que serão corroídas pelo tempo. ("Se você quer ser perfeito, vá, venda os seus bens e dê o dinheiro aos pobres, e você terá um tesouro nos céus. Depois, venha e siga-me". Mateus 19:21)

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Jesus e a Teologia da Prosperidade

A teologia da prosperidade, muito difundida nos meios protestantes, afirma que Deus lhe dará prosperidade financeira e econômica caso contribua com as igrejas que servem à sua mensagem. É uma troca, o fiel dá o dízimo e Deus em troca lhe dá graças, não espirituais, mas sim materiais. Dinheiro, carros, apartamentos, joias, luxo, enfim, riquezas do mundo material.

É uma barganha com Deus! Alguns líderes protestantes foram além e disseram com todas as palavras que Deus seria obrigado a dar riqueza aos fieis que contribuíam com as denominações evangélicas. Tudo isso tem um nome, é a tal "teologia da prosperidade". Dê dinheiro que receberás em troca muita prosperidade material!

Não precisa ir muito longe para perceber a mediocridade desse tipo de pensamento religioso (ou melhor dizendo, corrupção religiosa). Não faz parte da mensagem de Jesus a promessa de riquezas nesse mundo. Muito pelo contrário, Jesus sempre deixou claro que sua mensagem era de riqueza espiritual! O próprio Nazareno era um homem humilde, que não tinha posses e nem bens materiais. Ele próprio deixou claro que o homem não deveria juntar riquezas na Terra, onde tudo é corroído pelas traças ou levado pelos ladrões.

Jesus também deixou claro que a verdadeira riqueza estava no céu, ao lado do Pai. Esse tesouro obviamente não era composto de dinheiro, joias, carros de luxo e apartamentos na praia. Quem pensa isso está completamente equivocado, chegando a ser grotesco! A teologia da prosperidade vai no fundo da alma do homem e de lá atinge sua ganância em cheio! O puxa não pela mensagem de Deus, mas pela pura e simples ganância! A mensagem subliminar é "Venha, lhe tornarei rico e cheio de posses!". Isso não é bíblico e não há nenhum trecho do novo testamento que pregue algo nesse sentido! Você tem que amar a Deus acima de todas as coisas e não apenas se ele lhe der dinheiro, bens, carros! Se você ainda não entendeu isso, você certamente não entendeu nada da mensagem de Jesus de Nazaré!

Ao contrário da promessa de dinheiro, Jesus ofereceu o céu, a vida eterna. E deixou claro que aquele que o segue deve-se decidir entre amar a Deus ou amar ao dinheiro. Em Mateus 6:24 isso fica cristalino como a graça de Deus, quando Jesus afirma: "Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar a um e amar o outro, ou há de dedicar-se a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas.". Em outro momento o próprio Jesus deixa claro que ele próprio não tinha nem onde descansar sua cabeça durante as noites, ou seja, era um homem sem posses, sem casas, sem dinheiro, mas muito iluminado, pois não estava juntando riquezas nesse mundo em que tudo um dia irá virar pó! Quem ofereceu bens materiais a Jesus nesse mundo foi o diabo, quando resolveu tentar o mestre da Galileia quando Ele estava no deserto, orando e jejuando! Ou seja quem oferece riquezas materiais nas escrituras? Não é Jesus, mas sim o diabo, o anjo caído. Afinal você quer a riqueza espiritual ou a material? Decida se aceita a oferta de Jesus ou a do diabo!

Pablo Aluísio.

A Teologia da Prosperidade e o Anjo Caído

Vou contar aqui uma experiência que vivi no último fim de semana. Fui ao shopping no domingo, mas chegando lá descobri que as portas só seriam abertas dali uma hora! O que fazer para passar o tempo? Pois bem, ali pertinho estava havendo um culto de uma conhecido igreja evangélica, aquela mesma de um pastor bem conhecido no Brasil. Embora eu seja um católico convicto não me senti inibido em entrar lá. Na pior das hipóteses iria ouvir um pouco da palavra de Deus, mesmo vindo da boca de um pastor.

Minha primeira surpresa foi descobrir que havia poucas pessoas no culto. Embora as instalações fossem enormes, havia ali no máximo 25 pessoas. Foi um impacto porque sempre ouvi falar que essas igrejas estavam sempre lotadas. Acho que isso é puro marketing. Havia mesmo quase ninguém, a maioria senhoras. E olha que isso era um domingo! A crise pelo visto chegou por lá. Afinal a tal prosperidade pregada por essa igreja não anda abençoando muitos mesmo, afinal o Brasil passa por uma grande crise.

Quando o pastor começou a pregar não houve surpresas. Era pura teologia da prosperidade. A velha conversa de sempre. Que Deus iria abençoar materialmente todas aquelas pessoas, que elas iriam vestir as melhores vestes, que teriam os melhores carros, apartamentos de luxo. Depois pediu, vejam só, ofertas a Deus. Primeiro disse que as pessoas levantassem o dinheiro para a benção. Depois o obreiro - um garotinho magrinho com óculos grossos - começou a passar uma sacolinha amarela, recolhendo o dinheiro. Quando pensei que estava acabado veio mais pedidos. O pastor disse que aqueles que doassem cinquenta ou cem reais subiriam ao palco, onde seriam presenteadas com o privilégio de usar parte das vestes pastorais.

Depois na saída elas poderiam comprar por também cinquenta reais uma aliança de plástico branca. Elas teriam que trocar a aliança preta pela branca, na saída. Não entendi o propósito. Em qual lugar da Bíblia se afirma que Deus vende alianças de plástico e que elas precisam trocar toda semana? A partir daí pude perceber que tudo o que se dizia sobre a teologia (nem merece essa denominação) da prosperidade é tudo verdade. É tudo uma grande barganha com Deus. Não há espiritualidade ali, apenas busca por favores materiais, riqueza, dada por Deus aos (poucos) fiéis que estavam assistindo àquele culto. Volto a afirmar, quem dá riqueza material em troca de adoração é o anjo caído, está lá nas escrituras. Assim a teologia da prosperidade ao meu entendimento não tem nada a ver com Deus e sua palavra, mas sim com o anjo caído que tentou Jesus no deserto, sem sucesso. E então, você quer seguir a Jesus ou ao anjo caído? Decida o seu lado.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

A Igreja Católica e a Criação das Universidades

O conceito moderno de universidade surgiu através dos esforços da Igreja Católica em organizar os estudos da sociedade durante a época medieval. Sempre ligada a Educação a Igreja começou a usar seu clero, sempre muito preparado e culto, para o ensino de diversas matérias aos jovens. As primeiras universidades da história surgiram assim na Itália. Sob o patrocínio e incentivo do Papado um grupo de bispos, padres, professores e especialistas organizaram os primeiros cursos universitários da humanidade.

A primeira universidade do mundo foi organizada por cardeais católicos na cidade de Salerno. Com a proliferação de doenças e pestes, o Papa achou por bem fundar aquela que seria a primeira universidade moderna de medicina do mundo. Os primeiros livros foram fornecidos pelo Vaticano, retirados diretamente de sua milenar biblioteca. Eram antigos tratados clássicos sobre o corpo humano escrito por pensadores gregos, romanos e árabes. Era necessário aos estudantes o domínio do latim pois esses documentos foram escritos nessa língua.

A ideia da criação de um centro de estudos universais (daí a nomenclatura universidade) deu tão certo que a Igreja Católica resolveu fundar outra, ainda maior e com maiores ambições, na cidade de Bolonha. Essa foi durante muitos anos a principal e maior universidade do mundo na época. Além de medicina a universidade de Bolonha criou o curso de direito para o estudo das leis civis e canônicas. As primeiras turmas foram criadas no século XII e se tornaram referência, vindo jovens de todas as partes da Europa para estudar em seu campus. Tamanha foi a quantidade de alunos que uma cidade inteira foi fundada pela Igreja apenas para abrigar alunos, professores e estudiosos. O saber virava assim uma verdadeira instituição, organizada, com cursos regulares e currículos bem determinados. Não era mais algo solto e aleatório como tinha sido até então.

Depois de Bolonha foi a vez de Paris receber sua primeira universidade que era administrada pela Catedral de Notre Dame. A área de conhecimentos foi ampliada. Além de medicina e direito haveria diversos outros cursos temáticos como artes e teologia, um dos mais procurados da França e Espanha. O modelo bem sucedido de Paris acabou sendo copiado para a criação da universidade de Oxford, na Inglaterra. A língua oficial da Igreja era o latim e foi justamente essa língua a primeira a ser utilizada para a troca de conhecimentos entre as diversas universidades do mundo. Uma vez que os alunos e professores dominassem esse idioma eles poderiam trabalhar e estudar em qualquer uma das universidades católicas da Europa que cultivavam uma língua comum.

Depois dos principais centros do mundo a Igreja Católica virou-se para o leste europeu. Universidades prestigiadas foram fundadas em Praga e Cracóvia. Depois não houve mais limites. Toda grande cidade europeia tinha sua própria universidade. O conhecimento não encontrava mais fronteiras. E por uma trágica ironia do destino os primeiros protestantes, reformadores da doutrina cristã, era formada basicamente por pessoas formadas em universidades católicas, mostrando que o saber adquirido também poderia ser usado para a contestação das ideias teológicas dominantes naquele momento histórico.

Pablo Aluísio. 

Calvino O Torturador

Uma das figuras históricas mais sinistras da reforma protestante foi Calvino. Dono de uma visão completamente fanática da religiosidade, não admitia qualquer contestação ao seu modo de pensar. Todo aquele que ousasse divergir de sua ideologia e teologia era imediatamente preso e levado para calabouços imundos, escuros e infectos onde todo tipo de tortura era praticada. Calvino dizia que para purificar a alma era necessário destruir o corpo e nesse aspecto ele se tornou notoriamente infame. Calvino, ao lado de Lutero, acabou se tornando um dos ícones da chamada inquisição protestante, ou como é mais conhecida em países de língua inglesa, a caça às bruxas.

Quem quisesse escapar das câmaras de tortura de Calvino e seus seguidores fanáticos tinha que respeitar uma estrita regra moral que não admitia nenhuma exceção. Calvino determinava que os protestantes não poderiam dançar, pois a dança era encarada como a manifestação de Satã na Terra. Cantar também era proibido, a não ser que fossem cânticos religiosos e mesmo assim a letra e melodia teriam que ser aprovadas pelos censores calvinistas. Caso alguém fosse visto cantarolando publicamente qualquer outra música fora dessa lista de aprovação era imediatamente aprisionado e levado para o calabouço pois para Calvino ali também estaria a manifestação do diabo. Uma sessão de tortura era o recomendado. De preferência com a quebra de todos os dentes e o esmagamento da língua do torturado para que ele nunca mais cantasse sem permissão dos protestantes.

Para controlar a sociedade como um todo Calvino incentivava a espionagem e a traição. Todos deveriam contar para as autoridades protestantes o menor desvio de conduta dos membros da comunidade. Se alguém fosse vista flertando com outra pessoa tal fato deveria ser imediatamente comunicado a ele. Beijos então, nem pensar. Se alguém fosse visto beijando alguma jovem seriam ambos levados para os ferros, as correntes subterrâneas dos calabouços controlados pelos protestantes de Calvino. Assim a vida pessoal e privada praticamente inexistia. Todo mundo tinha que dar satisfação para todo o mundo de quem estava interessado, apaixonado, namorando, etc...

Aos que não submetessem ao império de terror de Calvino só sobrava mesmo a câmara de torturas de sua propriedade. Ele era conhecido por ser absolutamente cruel nas torturas que promovia. Até mesmo chumbo quente e derretido era jogado nas cabeças de seus prisioneiros. Mãos eram amputadas, dentes quebrados com marretas, pessoas eram penduradas de ponta cabeça e não faltava também a cadeira do dragão - uma cadeira de metal cheia de pontas perfurantes da carne humana. Para as pessoas comuns ele era visto como um monstro, mas seus inúmeros escritos sobreviveram e deram a Calvino uma posição de destaque dentro do protestantismo. O que poucas pessoas sabem até hoje é que por trás daqueles textos existia uma pessoa absolutamente cruel e sádica, nada condizente com os valores que hoje entendemos como verdadeiramente cristãos.

Pablo Aluísio.