Título no Brasil: Pagaram com o Próprio Sangue
Título Original: Dragoon Wells Massacre
Ano de Produção: 1957
País: Estados Unidos
Estúdio: Allied Artists Pictures
Direção: Harold D. Schuster
Roteiro: Warren Douglas, Oliver Drake
Elenco: Barry Sullivan, Dennis O'Keefe, Mona Freeman
Sinopse:
A sexta cavalaria do exército americano é emboscada por guerreiros nativos selvagens em um despenhadeiro no meio do deserto do Arizona. Acuados, os soldados lutam pela própria sobrevivência mas apenas o Capitão Matt Riordan (Dennis O'Keefe) consegue escapar da chacina. Depois de recuperado é enviado novamente para a mesma região só que com uma missão muito mais perigosa: atravessar o território Apache escoltando um grupo de prisioneiros perigosos formado por assassinos e pistoleiros.
Comentários:
Costumo dizer que filmes sobre cavalaria sempre são no mínimo bons! E se foram realizados nos anos 1950 a coisa só tende a melhorar. Esse "Dragoon Wells Massacre" é de fato um dos mais realistas já feitos. Na época chegou a ser acusado de ser forte e violento demais. Revisto hoje em dia se mostra muito bem realizado e até mesmo atual. É brutal? Sim, mas aquela época era de brutalidade extrema! Os soldados da cavalaria não se apresentam como galãs com cabelos impecáveis mas ao contrário, surgem sujos, maltrapilhos e no limite de sua tolerância com tudo o que acontece ao redor. Os Apaches também se revelam como assassinos sem nenhum senso de misericórdia - uma visão que se apresenta muito mais adequada aos fatos históricos, fugindo da armadilha da imagem do "bom selvagem" que iria imperar no cinema americano nos anos que viriam. Os Apaches desse faroeste roubam, matam e estupram suas vítimas. Depois promovem rituais de sangue, tirando seus escalpos. Uma verdadeira barbaridade! E como na época da colonização rumo ao oeste americano não havia outra maneira de lidar com esses guerreiros os soldados da cavalaria nem pensam duas vezes e passam chumbo quente em quem aparecer com pele vermelha pela frente! O resultado é um western com muitas cenas de batalhas e conflitos no meio de um deserto empoeirado e hostil. Um programão para os fãs de faroeste, sem dúvida.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 28 de novembro de 2023
Quando as Pistolas Decidem
Título no Brasil: Quando as Pistolas Decidem
Título Original: The Oklahoman
Ano de Produção: 1957
País: Estados Unidos
Estúdio: Allied Artists Pictures
Direção: Francis D. Lyon
Roteiro: Daniel B. Ullman
Elenco: Joel McCrea, Barbara Hale, Brad Dexter
Sinopse:
O Dr. John M. Brighton (Joel McCrea) é um médico idealista que resolve ir até as fronteiras mais distantes do oeste para com sua profissão ajudar as comunidades mais afastadas e isoladas. Depois que sua esposa morre precocemente sua mentalidade solidária se torna ainda mais forte e ele resolve então morar numa pequena cidade do Oklahoma ao lado de sua filha. A região porém passa por um momento de conflito, agravado pela descoberta de petróleo em terras indígenas.
Comentários:
Ao lado dos pistoleiros, cowboys, índios e xerifes, o cinema americano procurou também destacar o idealismo de certos profissionais liberais como médicos na colonização do velho oeste. Esse certamente não foi o primeiro filme com esse tipo de tema a que assisti. De certa forma era algo até recorrente. Afinal de contas dentro do subconsciente do pioneiro americano certamente ficou a imagem desses corajosos homens que foram para uma terra hostil para basicamente ajudar ao próximo. McCrea está ótimo em seu personagem. Ele tinha uma imagem perfeita para esse tipo de papel. Um médico honesto e íntegro no meio de um conflito de pessoas sem qualquer ética pessoal, que nutriam apenas o desejo de ficarem ricos, seja de que forma fosse. O filme em si só não é melhor por causa dos modestos recursos da Allied Artists Pictures, um pequeno estúdio que já não existe mais, que produzia muitos westerns B durante os anos 50 e 60. Alguns bons, outros bem medíocres. Esse pelo menos se enquadra no primeiro grupo. No geral temos um bom faroeste, plenamente valorizado por seu enredo, muito interessante e relevante para o gênero.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Oklahoman
Ano de Produção: 1957
País: Estados Unidos
Estúdio: Allied Artists Pictures
Direção: Francis D. Lyon
Roteiro: Daniel B. Ullman
Elenco: Joel McCrea, Barbara Hale, Brad Dexter
Sinopse:
O Dr. John M. Brighton (Joel McCrea) é um médico idealista que resolve ir até as fronteiras mais distantes do oeste para com sua profissão ajudar as comunidades mais afastadas e isoladas. Depois que sua esposa morre precocemente sua mentalidade solidária se torna ainda mais forte e ele resolve então morar numa pequena cidade do Oklahoma ao lado de sua filha. A região porém passa por um momento de conflito, agravado pela descoberta de petróleo em terras indígenas.
Comentários:
Ao lado dos pistoleiros, cowboys, índios e xerifes, o cinema americano procurou também destacar o idealismo de certos profissionais liberais como médicos na colonização do velho oeste. Esse certamente não foi o primeiro filme com esse tipo de tema a que assisti. De certa forma era algo até recorrente. Afinal de contas dentro do subconsciente do pioneiro americano certamente ficou a imagem desses corajosos homens que foram para uma terra hostil para basicamente ajudar ao próximo. McCrea está ótimo em seu personagem. Ele tinha uma imagem perfeita para esse tipo de papel. Um médico honesto e íntegro no meio de um conflito de pessoas sem qualquer ética pessoal, que nutriam apenas o desejo de ficarem ricos, seja de que forma fosse. O filme em si só não é melhor por causa dos modestos recursos da Allied Artists Pictures, um pequeno estúdio que já não existe mais, que produzia muitos westerns B durante os anos 50 e 60. Alguns bons, outros bem medíocres. Esse pelo menos se enquadra no primeiro grupo. No geral temos um bom faroeste, plenamente valorizado por seu enredo, muito interessante e relevante para o gênero.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 27 de novembro de 2023
O Rochedo de Gibraltar
Título no Brasil: O Rochedo de Gibraltar
Título Original: Rocket Gibraltar
Ano de Produção: 1988
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Daniel Petrie
Roteiro: Amos Poe
Elenco: Burt Lancaster, Suzy Amis, Patricia Clarkson, Frances Conroy, Sinéad Cusack, John Glover
Sinopse:
Levi Rockwell (Lancaster) é um velho patriarca que decide reunir em seu aniversário todos os membros de sua grande família. Só que muitos deles estão passando por problemas em suas vidas. Usando de sua sabedoria adquirida pelos anos o velho Levi então decide ajudar cada um deles.
Comentários:
O tempo só fez bem para a carreira de Burt Lancaster. No começo de sua história em Hollywood ele era um jovem atlético, com origens no circo, que encarava qualquer cena de ação e aventura sem problemas. Conforme os anos foram passando Lancaster foi deixando esse tipo de filme de lado, assumindo riscos, atuando em dramas mais sofisticados, filmes com muita qualidade artística. E na velhice ele abraçou produções ainda mais relevantes, dramas sentimentais, com roteiros que procuravam passar belas mensagens sobre a natureza humana. Esse filme foi realizado com Burt Lancaster perto de anunciar sua aposentadoria do cinema, após décadas de trabalho árduo. É um filme sensível, muito bem conduzido, que mais uma vez coroou a filmografia desse grande ator e astro do cinema americano em seus anos dourados. Seja você admirador ou não de seus primeiros filmes esse é um item indispensável para se ter na coleção. É um mergulho na natureza humana e nas relações familiares.
Pablo Aluísio.
Título Original: Rocket Gibraltar
Ano de Produção: 1988
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Daniel Petrie
Roteiro: Amos Poe
Elenco: Burt Lancaster, Suzy Amis, Patricia Clarkson, Frances Conroy, Sinéad Cusack, John Glover
Sinopse:
Levi Rockwell (Lancaster) é um velho patriarca que decide reunir em seu aniversário todos os membros de sua grande família. Só que muitos deles estão passando por problemas em suas vidas. Usando de sua sabedoria adquirida pelos anos o velho Levi então decide ajudar cada um deles.
Comentários:
O tempo só fez bem para a carreira de Burt Lancaster. No começo de sua história em Hollywood ele era um jovem atlético, com origens no circo, que encarava qualquer cena de ação e aventura sem problemas. Conforme os anos foram passando Lancaster foi deixando esse tipo de filme de lado, assumindo riscos, atuando em dramas mais sofisticados, filmes com muita qualidade artística. E na velhice ele abraçou produções ainda mais relevantes, dramas sentimentais, com roteiros que procuravam passar belas mensagens sobre a natureza humana. Esse filme foi realizado com Burt Lancaster perto de anunciar sua aposentadoria do cinema, após décadas de trabalho árduo. É um filme sensível, muito bem conduzido, que mais uma vez coroou a filmografia desse grande ator e astro do cinema americano em seus anos dourados. Seja você admirador ou não de seus primeiros filmes esse é um item indispensável para se ter na coleção. É um mergulho na natureza humana e nas relações familiares.
Pablo Aluísio.
Estranhas Coisas de Paris
Título no Brasil: Estranhas Coisas de Paris
Título Original: Elena et les hommes
Ano de Produção: 1956
País: França, Itália
Estúdio: Franco London Films, Les Films Gibé
Direção: Jean Renoir
Roteiro: Jean Renoir, Jean Serge
Elenco: Ingrid Bergman, Jean Marais, Mel Ferrer, Jean Richard, Juliette Gréco, Pierre Bertin
Sinopse:
A princesa Elena Sokorowska (Ingrid Bergman) é uma nobre arruinada financeiramente que precisa arranjar um casamento para sair da pobreza. Acaba encontrando um velho industrial, mas ao mesmo tempo acaba também se apaixonando por um general amado pelo povo de Paris.
Comentários:
A atriz sueca Ingrid Bergman fez história em Hollywood. Basta lembrar de "Casablanca" para entender bem isso. Era uma bela e talentosa dama do cinema americano, só que nos anos 50 ela brigou com alguns estúdios e decidiu ir para a Europa rodar novos filmes por lá. Não foi uma boa ideia. Na França fez essa comédia romântica chamada "Elena et les hommes". O filme pode ser definido como um desastre em sua carreira. Com um roteiro bobo, machista, sem graça, Bergman tentou brilhar mais uma vez, mas tudo o que conseguiu foi ficar constrangida com a falta de qualidade artística do filme. O que era para ser algo mais sofisticado, acabou apelando para o pastelão e o humor físico. Ter uma atriz tão fina e educada no meio dessa bobagem toda acabou sendo muito embaraçoso. Os figurinos luxuosos tenta captar o glamour de Hollywood, mas falha nisso também. O diretor Jean Renoir só conseguiu rodar uma boa cena, logo a primeira, bem no meio de uma multidão pelas ruas de Paris. Depois disso o filme não acerta em quase nada. É lamentável que a querida Ingrid Bergman tenha entrado em um filme tão inexpressivo. Uma mancha em sua excelente filmografia.
Pablo Aluísio.
Título Original: Elena et les hommes
Ano de Produção: 1956
País: França, Itália
Estúdio: Franco London Films, Les Films Gibé
Direção: Jean Renoir
Roteiro: Jean Renoir, Jean Serge
Elenco: Ingrid Bergman, Jean Marais, Mel Ferrer, Jean Richard, Juliette Gréco, Pierre Bertin
Sinopse:
A princesa Elena Sokorowska (Ingrid Bergman) é uma nobre arruinada financeiramente que precisa arranjar um casamento para sair da pobreza. Acaba encontrando um velho industrial, mas ao mesmo tempo acaba também se apaixonando por um general amado pelo povo de Paris.
Comentários:
A atriz sueca Ingrid Bergman fez história em Hollywood. Basta lembrar de "Casablanca" para entender bem isso. Era uma bela e talentosa dama do cinema americano, só que nos anos 50 ela brigou com alguns estúdios e decidiu ir para a Europa rodar novos filmes por lá. Não foi uma boa ideia. Na França fez essa comédia romântica chamada "Elena et les hommes". O filme pode ser definido como um desastre em sua carreira. Com um roteiro bobo, machista, sem graça, Bergman tentou brilhar mais uma vez, mas tudo o que conseguiu foi ficar constrangida com a falta de qualidade artística do filme. O que era para ser algo mais sofisticado, acabou apelando para o pastelão e o humor físico. Ter uma atriz tão fina e educada no meio dessa bobagem toda acabou sendo muito embaraçoso. Os figurinos luxuosos tenta captar o glamour de Hollywood, mas falha nisso também. O diretor Jean Renoir só conseguiu rodar uma boa cena, logo a primeira, bem no meio de uma multidão pelas ruas de Paris. Depois disso o filme não acerta em quase nada. É lamentável que a querida Ingrid Bergman tenha entrado em um filme tão inexpressivo. Uma mancha em sua excelente filmografia.
Pablo Aluísio.
domingo, 26 de novembro de 2023
Imperador Romano Otão
Depois da morte do imperador Galba subiu ao poder Otão. Ele não pertencia a nenhuma família tradicional romana. Não era um Patrício, membro da mais alta classe social do império. Muitos senadores o consideravam apenas um plebeu oportunista. E a classificação de assassino jamais deixou de manchar sua reputação, afinal ele era apontado como o principal conspirador da morte do imperador Galba e não poderia continuar no poder. Em pouco tempo o exército romano se aliou ao Senado para tramar a morte de Otão que de fato só ficaria três meses no poder absoluto, sendo morto logo em seguida.
Essa foi uma fase de guerra civil em Roma. Com o fim da dinastia de Júlio César o título de imperador passou a ser disputado por generais e políticos e a arma para se chegar ao trono era a violência, a força bruta. O general que tivesse mais legiões ao seu lado vencia a luta para ser o novo imperador. Otão teve força no começo, quando Galba foi assassinado, mas não tinha homens suficientes para enfrentar as outras legiões que marchavam de volta a Roma para entronar seus próprios generais. Em apenas 1 ano o império teve três imperadores, sendo assassinados pelos que o sucediam.
Otão tinha conseguido se tornar imperador porque contou, em um primeiro momento, com o apoio da guarda pretoriana, mas essa ligação era frágil. Ele vinha de uma família de bajuladores. Não tinha nobreza familiar. Seu pai havia caído nas graças do imperador Cláudio após contar ao imperador que havia um plano para matá-lo. Com a prisão dos conspiradores ele ganhou cargos importantes. Otão foi criado dentro do palácio imperial e era amigo de infância e juventude do jovem Nero que um dia também iria se tornar imperador romano. Por essa razão ele era visto pelo Senado como um homem de Nero que não poderia continuar no poder. Tinha que ser morto.
Quando Nero foi morto e Galba o sucedeu, Otão participou das conspirações para matar o idoso imperador. Claramente agia por vingança pela morte de Nero. Era considerado tão sórdido quanto Nero e tentava vingar a morte do amigo. Após 3 meses no poder se viu cercado por legiões que tinham voltado da Germânia onde combatiam os bárbaros. Eram guerreiros experientes no campo de batalha. Voltavam para matar ou morrer. Abandonado pela guarda pretoriana que não tinha como enfrentar os legionários fora do palácio, Otão decidiu se matar, caindo em cima de sua própria espada. Sua cabeça foi cortada e jogada aos pés daquele que iria se tornar o novo imperador de Roma, Vitélio.
Pablo Aluísio.
Papa Linus
No decorrer dos séculos muito foi perdido em termos de precisão histórica da Igreja. O Papa Lino foi o segundo Papa da história da Igreja Católica. Foi o sucessor de Sâo Pedro, considerado o primeiro Papa por ter sido o fundador da Igreja de Jesus Cristo. Como grande parte dos escritos originais se perderam nesses séculos pouca coisa segura há para se desvendar sobre esse segundo Bispo de Roma, Lino. Sabe-se que nasceu na Toscana, filho de um homem chamado Herculano. Foi um dos primeiros a se converter ao cristianismo. Na época a nova crença era considerada uma religião perigosa e subversiva pelos imperadores romanos. Há controvérsias se Lino teria conhecido ou andado ao lado de Pedro, mas pode-se afirmar com certeza que ambos viveram no mesmo tempo e na mesma cidade, foram contemporâneos. Como a igreja ainda era uma instituição perseguida não se sabe com precisão quando começou seu pontificado. Não havia documentos escritos para evitar execuções dos líderes do movimento.
Para alguns historiadores porém Lino não seria o único a ostentar o título de Bispo de Roma em sua época. Ao que tudo indica o poder de se levar adiante a palavra de Cristo em um império que a oprimia pertencia a três homens diferentes, Lino, Anacleto e Clemente. Segundo ainda tradições antigas Pedro teria passado a missão de levar em frente a igreja de Roma diretamente a Clemente, só que esse tinha pouca ambição de ostentar esse título (não se sabe se sua atitude partia de um certo temor de ser morto por autoridades imperiais ou por pura modéstia pessoal). Assim Clemente por ser muito modesto retirou-se logo dessa função. Anacleto por sua vez desapareceu subitamente dos poucos registros que sobreviveram, ficando claro que a partir de determinado momento coube a Lino a condução da Igreja logo após as mortes de Pedro e Paulo.
Não se sabe também com precisão por quanto tempo Lino foi Papa. Há um certo consenso de que ele teria ficado no trono de Pedro por onze anos e oito meses. Apesar da perseguição das autoridades seu pontificado foi considerado pacífico e administrativamente organizado. Ele escreveu um dos primeiros documentos da Igreja, um regulamento que proibia as mulheres cristãs de irem aos cultos sem o véu. Depois que Nero descobriu que Lino era o suposto líder da nova Igreja que nascia, resolveu que ele deveria ser martirizado. Segundo algumas fontes Lino foi morto no ano 78, sob as ordens do cônsul Saturnino. Existe uma lenda que Lino teria feito um exorcismo em sua filha, expulsando um demônio evocando o poder de Jesus.
De qualquer maneira, mesmo sem confirmação histórica precisa, o fato é que o Papa Lino teria deixado uma obra escrita em grego sobre os martírios de São Pedro e de São Paulo, contando também parte de suas histórias. Tal obra teria sido de imensa importância histórica hoje em dia, mas certos estudiosos acreditam que eles sofreram adulterações ao longo da história, sendo os escritos originais perdidos para sempre. A tradicional história do conflito entre São Pedro e Simão, o Mago, teria sido tirado do livro original de Lino. Outra suposição é que os textos teriam sido queimados por autoridades romanas que estavam decididas a destruir o movimento cristão em Roma. Em termos históricos o pontificado de Lino coincide com a invasão e destruição do templo de Jerusálem pelo imperador romano Tito, um fato que causou grande comoção entre os cristãos de Roma. A luta de Lino nos primórdios do cristianismo lhe valeu a canonização. Hoje o Papa é reconhecido pela Igreja Católica como São Lino.
Pablo Aluísio.
sábado, 25 de novembro de 2023
O Quinto Elemento
Título Original: The Fifth Element
Ano de Lançamento: 1997
País: França, Reino Unido
Estúdio: Gaumont Films
Direção: Luc Besson
Roteiro: Luc Besson, Robert Mark Kamen
Elenco: Bruce Willis, Gary Oldman, Milla Jovovich, Chris Tucker, Ian Holm, Luke Perry
Sinopse:
Nesse filme, cuja história se passa no ano de 2225, o ator Bruce Willis interpreta um motorista de táxi que se vê envolvido numa grande conspiração envolvendo grandes corporações após ajudar uma jovem que parece estar fugindo, lutando por sua vida a todo custo. Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor efeitos sonoros (Mark A. Mangini).
Comentários:
Tive a oportunidade de assistir no cinema, o que foi o ideal pois esse é um daqueles filmes em que o visual conta muito, ou melhor dizendo, conta tudo! E o que temos aqui é exatamente isso. Um filme visualmente belíssimo, contando cm figurinos extremamente bem elaborados, assinados por renomados estilistas de Paris, cenários futuristas originais e uma produção realmente de encher os olhos. Inclusive a direção de arte dessa ficção é de fato uma das melhores dos últimos 30 anos. Infelizmente o mesmo não se pode dizer de seu roteiro. Aqui o diretor se baseou em uma história original, criada por ele mesmo. É uma variação de velhas mitologias que já bem conhecemos, tudo misturado com uma certa paranoia sobre os avanços da ciência, principalmente em relação ao tema da tecnologia de manipulação genética. Funciona pouco nesse aspecto. Em suma, "O Quinto Elemento" é um filme lindo de se assistir, mas sem muito conteúdo por trás de toda aquela beleza cinematográfica que vemos na tela.
Pablo Aluísio.
Eles Matam, Nós Limpamos
Título Original: Curdled
Ano de Lançamento: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Tinderbox Films
Direção: Reb Braddock
Roteiro: Reb Braddock
Elenco: William Baldwin, Angela Jones, Bruce Ramsay
Sinopse:
Uma jovem latina, imigrante ilegal nos Estados Unidos, passa a trabalhar numa empresa que limpa a cena de crimes sangrentos. Para ela em especial parece ser o emprego ideal já que ela sempre curtiu essas histórias macabras envolvendo assassinos em série.
Comentários:
Filme bacaninha de humor negro que chegou a ser até mesmo bem indicado e elogiado pela crítica em seu lançamento, lá nos hoje distantes anos 90. Eu aluguei o filme em VHS e não me arrependi. Apesar de não ser nada espetacular ou excepcional, essa foi uma daquelas produções independentes e despretensiosas da época que ousaram investir no novo, no inusitado, tudo feito com bom humor, mesmo que esse humor fosse mesmo bem negro, por causa das cenas de assassinatos, etc. E o mais interessante de tudo é que o roteiro foi escrito baseando-se na história real de uma imigrante colombiana que foi morar nos Estados Unidos nos anos 80. E sim, existem mesmo empresas de limpeza em Los Angeles especializadas em crimes violentos. No comercial as empresas prometem limpar todo o sangue, não deixar nada para trás! Pois é, nesse mundo existe de tudo mesmo!
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 24 de novembro de 2023
Sob a Pele do Lobo
Título Original: Bajo la piel de lobo
Ano de Lançamento: 2017
País: Espanha
Estúdio: Crea SGR
Direção: Samu Fuentes
Roteiro: Samu Fuentes
Elenco: Mario Casas, Irene Escolar, Ruth Díaz, Kandido Uranga, Josean Bengoetxea, Armando Aguirre
Sinopse:
Um caçador de lobos e animais selvagens, que vive numa cabana no alto de uma montanha gelada, aceita a oferta do pai de uma mulher viúva que praticamente a vende para que ela seja sua mulher. Só que ela não dura muito no meio selvagem. Assim ele acaba fazendo outro negócio com o velho homem, levando dessa vez para sua casa sua filha mais jovem, a caçula.
Comentários:
Esse filme é mais profundo do que muita gente pode pensar. Sim, o protagonista é um tipo rude, bruto, visceral. Ele precisa ser assim para sobreviver no meio em que vive. Entretanto o que temos aqui é quase um painel sociológico da própria existência do homem no meio ambiente hostil. Vivendo entre lobos, mais cedo ou mais tarde, o homem também se tornará um lobo. Obviamente muita coisa chocará nesse enredo. O homem que "compra" não apenas uma, mas duas esposas, do mesmo pai que as vende. A nada sutil forma de explorar sexualmente as mulheres, as tratando como objetos. A falta de comunicação entre homem e mulher retratado nos diálogos quase inexistentes no filme. E é claro, o isolamento do meio natural, onde o homem vira bicho rapidamente. No fundo, no fundo, é um olhar social sobre o homem e o meio onde ele vive. É uma história de certa maneira banal e igualmente visceral, tal como a existência humana desde os seus primórdios.
Pablo Aluísio.
Terror nas Profundezas
Título Original: Deep Fear
Ano de Lançamento: 2023
País: Reino Unido
Estúdio: Netflix
Direção: Marcus Adams
Roteiro: Robert Capelli Jr, Sophia Eptamenitis
Elenco: Mãdãlina Ghenea, Ed Westwick, Macarena Gómez, Masgueirto Bolonha, Alice Gomez
Sinopse:
Uma jovem navegando em um veleiro em uma região que vai ser atingida por forte tempestade, ajuda duas pessoas em alto-mar cuja embarcação naufragou. Apesar da boa vontade e humanidade ela se dá mal. As pessoas são traficantes de drogas que logo a tornam refém. Ela terá que mergulhar para trazer a droga de volta. O problema é que há um grande tubarão branco nadando por ali.
Comentários:
Não gostei desse filme e as razões são muitas. De todos os subgêneros cinematográficos, provavelmente (com alta dose de certeza nessa afirmação) os filmes de tubarões devem ser os mais saturados que existem. E nem estou falando daquelas tralhas que passam em canais como Space e SYFY. Estou me referindo até mesmo a produções médias, em que se tenta disfarçar ainda a apelação, se apoiando em um roteiro minimamente decente. E verdade seja dita, embora o tubarão desse filme faça seu lanchinho diário, o fato é que ele nem é o principal "personagem" em cena. No quadro geral, apesar de ter feito relativo sucesso na Netflix, esse é um filme no estilo mais do mesmo. Pode até entreter os menos exigentes. Para quem tem anos de cinefilia, vai soar bem cansativo e chato mesmo. Melhor rever o clássico de Spielberg, aquele pelo menos foi o original.
Pablo Aluísio.
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