domingo, 22 de outubro de 2023

Um Broto Legal

Título no Brasil: Um Broto Legal
Título Original: Um Broto Legal
Ano de Lançamento: 2022
País: Brasil 
Estúdio: Laffilmes
Direção: Luís Alberto Pereira
Roteiro: Dimas Oliveira Junior, Luís Alberto Pereira
Elenco: Marianna Alexandre, Murilo Armacolo, Mylena Alves, Felipe Folgosi, Alana Oliveira

Sinopse:
Esse filme resgata a história dos irmãos Celly e Tony Campello. Eles fizeram parte do grupo de artistas pioneiros no Brasil que cantavam versões nacionais para rocks americanos e se tornaram estrelas de popularidade em sua época, vendendo muitos discos, liderando as paradas de sucesso. 

Comentários:
Eu sempre gostei da Celly Campello. Inclusive na casa de meus pais havia discos dela, então eu já ouvia seus maiores sucessos desde a minha infância. A Celly tem uma história muito singular na música brasileira. Ela surgiu em um tempo em que as gravadoras nacionais não apostavam em discos de rock. Nem havia roqueiros brasileiros na época. Era algo fora da rota. Só que com seu carisma a graciosidade ele foi colecionando grandes sucessos como "Estúpido Cupido", "Broto Legal" e "Banho de Lua". Músicas juvenis, até mesmo meio bobinhas, mas que tinham um charme inegável. Curiosamente ela largou tudo no auge da fama e do sucesso para se casar! Esse também foi um retrato revelador de como a mulher era de certa maneira estigmatizada pelo conservadorismo machista da época. Ao invés dela seguir em frente, com sua própria carreira artística, acabou indo pelo caminho de se tornar uma tradicional dona de casa do interior de São Paulo. Algo complemente impensável para os dias de hoje. De qualquer forma o filme merece os meus aplausos por resgatar a história dela e nos fazer ouvir novamente esses deliciosos hits de um tempo em que o rock era muito mais pueril e inocente. 

Pablo Aluísio.

sábado, 21 de outubro de 2023

Bobby Kennedy Para Presidente

Título no Brasil: Bobby Kennedy Para Presidente
Título Original: Bobby Kennedy for President
Ano de Lançamento: 2018
País: Estados Unidos
Estúdio: RadicalMedia
Direção: Dawn Porter
Roteiro: Dawn Porter
Elenco: Bobby Kennedy, John F. Kennedy, Lyndon B. Johnson, Richard Nixon, Martin Luther King (em imagens de arquivos). 

Sinopse:
Esse documentário conta a história do político norte-americano Bobby Kennedy. Irmão do presidente John Kennedy, ele tentou se eleger presidente após a morte de seu irmão, mas acabou sendo assassinado em plena campanha eleitoral em 1968. Um crime político que até hoje em dia desperta muitas dúvidas. 

Comentários:
Esse documentário é muito bom. Começa com pinceladas sobre a juventude de Bobby, passando pela sua fase como procurador geral, mostrando a morte do irmão, sua eleição a senador e finalmente sua campanha para a presidência, onde acabou sendo morto a tiros no hotel Ambassador após um discurso de campanha. O documentário assume a defesa de Bobby, o mostrando como um homem honesto e de valor. Pode realmente ser que ele fosse mesmo um político bem intencionado, mas em relação aos Kennedy eu sempre fico com um pé atrás. Até mesmo pelo que sei de seu envolvimento com Marilyn Monroe (que o documentário obviamente ignora), entendo que ele também mentia e tinha uma vida dupla. Só que os realizadores aqui não quiseram macular sua memória em nenhum nível. Então a imagem passada é realmente de um homem de muito valor pessoal e político. De qualquer forma algo é inegável em relação a esse documentário: é realmente muito bem produzido, bem roteirizado, resgatando imagens históricas (e algumas inéditas) da vida de Bobby. Assim fica mais do que bem recomendado. 

Pablo Aluísio.

O Monstro ao Lado

Título no Brasil: O Monstro ao Lado
Título Original: The Devil Next Door
Ano de Lançamento: 2019
País: Estados Unidos
Estúdio: Netflix
Direção: Yossi Bloch, Daniel Sivan
Roteiro: Yossi Bloch, Daniel Sivan
Elenco: Yoram Sheftel, Eli Rosenbaum, Michael Shaked

Sinopse:
Um senhor idoso, já avô, morador dos arredores de Cleveland é levado a julgamento em Israel, acusado de ser um infame assassino e genocida, guarda de um campo de extermínio alemão durante o III Reich. Procurado há décadas ele passa a ser apontado como o criminoso de guerra nazista conhecido como Ivan, o Terrível.

Comentários:
Imagine morar em uma bela cidade dos Estados Unidos, bem arborizada, sossegada e de repente descobrir que aquele pacato senhor idoso que mora ao lado de sua casa é um criminoso nazista procurado internacionalmente. É justamente essa história real que esse documentário histórico resgata. O tal senhorzinho era na verdade um carrasco nazista que atuou em campos de concentração, um sujeito sádico que controlava as temidas câmaras de gás onde milhões de judeus e demais membros de minorias foram executados de forma bárbara durante o regime de Hitler. Não deixa de ser arrepiante. E o pior de tudo é chegar ao final e saber que ainda hoje em dia pairam dúvidas sobre a real identidade desse nazista. Infelizmente alguns desses monstros da SS realmente esconderam bem suas trilhas após fugirem de uma Alemanha nazista destruída ao final da Segunda Guerra Mundial. Filme por demais interessante, mostrando os detalhes dessa caçada a esse nazista impiedoso, sádico e cruel. 

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 20 de outubro de 2023

Colheita Sombria

Título no Brasil: Colheita Sombria
Título Original: Dark Harvest
Ano de Lançamento: 2023
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: David Slade
Roteiro: Michael Gilio, Norman Partridge
Elenco: Casey Likes, Emyri Crutchfield, Dustin Ceithamer

Sinopse:
Na década de 1950, em uma pequena cidade no meio oeste dos Estados Unidos, um grupo de jovens colegiais participa de um bizarro ritual onde eles entram em um grande milharal em volta da cidade para caçar e destruir uma criatura sobrenatural que aparece por lá todos os anos na noite de Halloween (Dia das Bruxas).

Comentários:
O filme é bem produzido. Foi bancado pelo tradicional estúdio MGM. Só que o problema aqui é de roteiro mesmo. A ideia que sustenta toda a história do filme é esdrúxula demais para alguém comprar. Quem em sã consciência iria acreditar nesse ritual que o filme tenta empurrar ao espectador todo o tempo? Que tipo de pais iria enviar com muito orgulho e gosto seus próprios filhos em idade colegial para lutar contra uma criatura sobrenatural no meio do milharal? E tudo por causa da "honra" de ser o salvador da cidade? Pior do que isso, só a lenda de que se o tal monstro chegar na igreja da cidade será o fim de tudo. E para não soar tudo tão absurdo como já é, ainda inventaram como prêmio um corvette novinho e vermelho para o vencedor. Pura besteira! E para finalizar o que já não era bom, ainda há concessões para a cultura woke que impera em filmes e séries atualmente. Só que o filme se passa nos anos 50, então temos outro problema de contexto histórico por aqui. Enfim, bem produzido, mas com história mal contada e nada convincente. 

Pablo Aluísio.

Noite das Bruxas Macabra

Título no Brasil: Noite das Bruxas Macabra 
Título Original: Mischief Night
Ano de Lançamento: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: October County Films
Direção: Travis Baker
Roteiro: Travis Baker
Elenco: Brooke Anne Smith, Marc Valera, Nikki Limo

Sinopse:
Na noite de Halloween (Dia das Bruxas) uma jovem babá descobre apavorada que a casa onde está trabalhando foi invadida por um criminoso armado com uma faca. Tentando manter a criança que está cuidando em segurança, ela tenta conversar e dialogar com o invasor. 

Comentários:
Puxa vida, que filme ruim! Eu até entendo que esse roteiro quis criar um pouco mais de conteúdo para os personagens, apostando em longos diálogos entre os dois, a babá e o assassino invasor da casa. Só que tudo vai por água abaixo quando se descobre que o elenco é bem ruim. A jovem atriz Brooke Anne Smith então nem se fala. Ela é bonitinha, tem bom visual, mas não consegue falar uma linha de diálogo que soa convincente. Dicção péssima, por isso tente assistir o filme legendado mesmo para tentar entender o que ela diz. Essa aí se enquadra na categoria "bonitinha, mas ordinária". E assim o filme vai, nessa longa e logo tediosa conversa entre os dois. Como não tem um elenco bom logo se torna muito cansativo, apesar de ser curto na duração. Tem que ter muita paciência para chegar ao final. E se você estiver em busca de terror, esqueça. O filme naufraga nisso também. Enfim, um filme B sem salvação. 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 19 de outubro de 2023

Estranha Obsessão

Título no Brasil: Estranha Obsessão
Título Original: The Fan
Ano de Lançamento: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: TriStar Pictures
Direção: Tony Scott
Roteiro: Peter Abrahams, Phoef Sutton
Elenco: Robert De Niro, Wesley Snipes, Ellen Barkin, John Leguizamo, Benicio Del Toro, Patti D'Arbanville

Sinopse:
Nesse thriller de suspense o ator Robert De Niro interpreta Gil Renard, um vendedor fracassado de meia idade. Quando tudo desmorona em sua vida pessoal e profissional ele se volta para o fanatismo que sempre teve pelos esportes, criando uma obsessão em torno de um atleta que passa a ser alvo de sua insanidade doentia. 

Comentários:
Bom filme, com roteiro muito bem desenvolvido em torno da saúde mental do principal personagem, aqui sendo vivido pelo sempre bom Robert De Niro. Ele aliás tem mesmo um longo histórico de intepretação de personagens mentalmente perturbados. Basta lembrar do motorista de táxi de Nova Iorque em "Taxi Driver", um dos grandes clássicos de sua rica filmografia. Aqui ele dá vida a essa outra pessoa que percebe que tudo está desmoronando ao seu redor. Chegando numa determinada idade ele finalmente vê que tudo foi em vão. Assim cria um foco obsessivo e violento com seu fanatismo esportivo e as coisas ruins sobram para um atleta que parecia alheio a tudo isso. Um bom retrato de uma pessoa vazia, que só consegue extravasar suas frustações da pior forma possível, com muito ódio e violência sem freios. A direção é de Tony Scott, irmão de Ridley, que se matou precocemente. Sempre considerei ele um cineasta dos mais talentosos de sua geração em Hollywood. 

Pablo Aluísio.

O Pentelho

Título no Brasil: O Pentelho
Título Original: The Cable Guy
Ano de Lançamento: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Ben Stiller
Roteiro: Lou Holtz Jr.
Elenco: Jim Carrey, Matthew Broderick, Jack Black, Ben Stiller, Leslie Mann, Eric Roberts

Sinopse:
Após pedir pelos serviços de instalação de sua TV a cabo, Steven M. Kovacs (Matthew Broderick) se vê envolvido em problemas com o rapaz que foi até sua casa fazer o serviço. O tal sujeito parece um tanto estranho e esquisito, mostrando sinais de comportamento psicótico e constrangedor. Agora ele vai tentar arranjar um jeito de tirar esse sujeito pentelho de sua vida, de uma vez por todas!

Comentários:
Esse filme é meio esquisito, vamos falar a verdade. Numa rápida olhada parece ser mais uma daquelas comédias malucas do Jim Carrey, mas olhando com mais atenção esse roteiro tem muito mais nuances de suspense e insanidade do que se pode perceber à primeira vista. E é justamente isso que o deixa fora do habitual na filmografia do ator e comediante canadense. Há um aspecto de insanidade e desconforto em cada cena. Vamos colocar as cartas na mesa, esse personagem do Carrey é um psicótico e nem sempre seus atos são divertidos ou engraçados. Há um elemento de psicopatia violenta aqui, por mais incrível que isso possa parecer. Talvez por isso o filme tenha sido bastante criticado na época de seu lançamento original. Não que Jim Carrey fosse se importar com isso. Ganhando milhões de dólares por filme, ele continuou na mesma, com muitas caretas e exageros. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 18 de outubro de 2023

Elvis '56

Título no Brasil: Elvis '56
Título Original: Elvis '56
Ano de Lançamento: 1987
País: Estados Unidos
Estúdio: Lightyear Entertainment
Direção: Alan Raymond, Susan Raymond
Roteiro: Alan Raymond, Susan Raymond
Elenco: Elvis Presley, Scotty Moore, Bill Black, DJ Fontana, The Jordanaires, Ed Sullivan, Steve Allen (em arquivos de imagens). 

Sinopse:
Em precioso trabalho de resgate e registro histórico os realizadores desse documentário foram atrás das imagens capturadas de Elvis Presley se apresentando em diversos programas de televisão nos Estados Unidos durante o ano de 1956, considerado o primeiro de grande sucesso de sua carreira. 

Comentários:
Houve um tempo em que ter acesso às imagens de Elvis se apresentando na televisão americana durante os anos 50 era algo extremamente complicado e raro de se encontrar. Claro que hoje em dia tudo pode ser visto pelo Youtube, mas naqueles anos 80 não existia nem a Internet. Então foi muito bacana quando esse documentário foi lançado em VHS no Brasil. Era material de relevância ímpar para quem curtia as origens e a história do rock. E nem preciso dizer que para os fãs de Elvis era algo muito precioso de se assistir. O único problema é que a distribuidora nacional não caprichou muito na edição nacional. Eu me recordo que a qualidade das imagens não era boa, mas ainda assim se tornou uma fita relativamente fácil de encontrar nas locadoras brasileiras. E o Elvis que encontramos aqui era o jovem Elvis roqueiro, com cabelos loiros, chocando a América conservadora com sua música que, naqueles tempos, era considerada selvagem, que levava os jovens para a delinquência juvenil. Enfim, essas cenas certamente não deixam de ser um registro histórico importante do que estava acontecendo culturalmente entre os jovens naqueles rebeldes anos 50, os tempos da brilhantina. 

Pablo Aluísio.

Um Tributo a Jim Morrison

Título no Brasil: Um Tributo a Jim Morrison
Título Original: No One Here Gets Out Alive
Ano de Lançamento: 1981
País: Estados Unidos
Estúdio: Elektra Films
Direção: Gordon Forbes III
Roteiro: Gordon Forbes III
Elenco: Jim Morrison (arquivos de imagens), Ray Manzarek, Robby Krieger, John Densmore, Paul A. Rothchild, Jerry Hopkins

Sinopse:
O documentário "No One Here Gets Out Alive: A Tribute to Jim Morrison" relembra a vida e a obra do cantor Jim Morrison. Dez anos após a morte do vocalista dos Doors, os membros restantes do grupo oferecem uma visão única dessa lenda do rock and roll.

Comentários:
Esse documentário foi lançado em VHS no Brasil durante a década de 1990, quando o assisti. Nada de muito grandioso em termos de produção, mas traz aspectos importantes como o depoimento de todos os membros dos Doors. Estavam vivos e ainda ativos musicalmente. Cada um resgata Jim Morrison em suas lembranças. Quando esse filme foi produzido, o mundo estava lembrando os 10 anos da morte do jovem cantor que se notabilizou nos anos 60 por causa de sua poesia e suas polêmicas apresentações ao vivo, algumas delas que resultaram em longos e penosos processos, o que fez o artista se mandar para Paris onde curtiu a atmosfera mais cultural da cidade e também as rotas marginais do submundo para viciados em drogas. Acabou tendo uma overdose na banheira em seu apartamento na cidade. Um trágico fim para um artista que era muito talentoso, mas igualmente autodestrutivo ao extremo. 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 17 de outubro de 2023

Marlon Brando - The Appaloosa

Em 1966 o ator Marlon Brando aceitou o convite do diretor Sidney J. Furie para atuar no faroeste "The Appaloosa". No Brasil o filme acabou recebendo o título de "Sangue em Sonora". Não foi um filme fácil de se fazer. Toda a equipe técnica e elenco tiveram que se deslocar até St. George, no deserto de Utah, para rodar algumas cenas.

O lugar era desolado e de difícil acesso. Marlon Brando odiou a região por ser seca demais e quente além da conta. Para ele também era insuportável ter que ficar longe da Califórnia. Por isso após algumas semanas de filmagens todos retornaram.

O filme seria completado no Arizona, que ficava na fronteira da Califórnia, bem mais perto de Los Angeles, onde o ator havia fixado sua residência. Foi uma jogada de sorte porque anos depois se descobriu que o lugar onde eles estavam filmando tinha sido usado para testes nucleares. Caso tivessem ficado mais tempo por lá Brando poderia ter o mesmo destino de John Wayne que morreu de câncer, para muitos decorrência dele ter filmado naquela mesma região anos depois. Era uma terra com altos índices de radiação.

"The Appaloosa" foi recebido com uma certa frieza por parte dos críticos. O fato é que Marlon Brando tinha atuado em tantas obras primas ao longo dos anos em sua carreira, que tudo o que tivesse seu nome no cartaz era esperado com ansiedade.Quando surgia um filme tecnicamente apenas mediano, bem realizado, mas normal, criava uma certa insatisfação entre seus admiradores. O normal não era definitivamente bem aceito em se tratando de Marlon Brando. Todos esperavam pelo excepcional. Talvez por isso o ator tenha sido esquecido na temporada de premiações. Ao invés de seu nome ser indicado ao Globo de Ouro, quem acabou levando a nomeação foi John Saxon, seu companheiro de tela. Isso mesmo todos sabendo que atuação de Brando havia sido muitas vezes superior. Uma espécie de "punição" por ele ter feito um filme tão convencional.

Pablo Aluísio.