segunda-feira, 14 de agosto de 2023

Demônios de São Petersburgo

Demônios de São Petersburgo
Quando jovem, o escritor Fyodor Dostoyevsky acabou se envolvendo com um grupo revolucionário russo que lutava contra a monarquia. Eles queriam derrubar o regime Romanov. Não deu certo. Dostoyevsky foi preso e enviado para a congelante Sibéria onde amargou dez anos numa prisão de trabalhos forçados. A história desse filme começa quando encontramos Dostoyevsky já na velhice. Ele luta pela sobrevivência, sempre sendo explorado por editores gananciosos que no fundo querem apenas controlar seus direitos autorais. Desde sempre escritores são explorados, infelizmente esse é um capítulo que se repete ao longo da história. Para facilitar e agilizar seu novo romance ele então contrata uma jovem secretária. Enquanto ele dita, ela vai escrevendo a história. E ele fica emocionalmente envolvido com ela, pra variar...

Seu mundo vira do avesso novamente quando um jovem surge em seu caminho. O rapaz tem os mesmos ideais que tinha o jovem Dostoyevsky, só que os anos de experiência na prisão quebraram sua alma. Mesmo assim, sem refletir muito e indo pelos valores que ele tanta prezava em seus tempos de juventude, o velho Dostoyevsky acaba se envolvendo um pouco demais nessa nova luta revolucionária. Bom filme, valorizado pelo bom desempenho dos atores e por um detalhe que não deve passar em branco para quem for assistir essa produção cinematográfica. A trilha sonora foi assinada pelo talentoso Ennio Morricone. Mais simbólico do que isso para quem ama cinema, impossível. 

Demônios de São Petersburgo (I demoni di San Pietroburgo, Rússia, Itália, 2008) Direção: Giuliano Montaldo / Roteiro:Andrey Konchalovskiy, Paolo Serbandini, Monica Zapelli / Elenco: Predrag 'Miki' Manojlovic, Carolina Crescentini, Roberto Herlitzka / Sinopse: Na velhice o escritor Dostoyevsky encontra um grupo de jovens revolucionários e isso novamente acende seus ideais dos tempos de sua própria juventude. 

Pablo Aluísio.

domingo, 13 de agosto de 2023

Sem Fôlego

Título no Brasil: Sem Fôlego
Título Original: Brooklyn Boogie
Ano de Lançamento: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Miramax
Direção: Paul Auster, Wayne Wang
Roteiro: Paul Auster, Wayne Wang
Elenco: Harvey Keitel, Lou Reed, Michael J. Fox, Roseanne Barr, Lily Tomlin, Jim Jarmusch

Sinopse:
Uma pequena loja de cigarros do bairro no Brooklyn em Nova Iorque vira palco de encontros entre pessoas que moram nessa região da grande cidade norte-americana. Indicado ao American Comedy Awards.

Comentários:
Filmes como esse fizeram a fama da companhia cinematográfica Miramax. A empresa se propunha a fazer um tipo de cinema mais independente, mais intelectualizado. Em poucas palavras, um tipo de cinema mais cult. A força vinha do diálogos, das improvisações dos atores, do clima mais descontraído. E tudo isso você encontrará nessa produção. Como era uma proposta muito interessante para a época, nomes conhecidos de Hollywood acabaram aceitando fazer parte desse elenco. É o tipo de filme mais indicado para cinéfilos e mais indicado ainda para quem é de Nova Iorque. Isso porque a grande protagonista do filme é justamente a própria cidade. Os personagens debatem, discutem, contam casos aleatórios, curiosos, tudo o que faz Nova Iorque ser a big apple. As boas atuações e uma direção inspirada garantem a qualidade do filme. Certamente é um bom filme para quem gosta do cinema independente norte-americano.

Pablo Aluísio.

Dois Espiões e um Bebê

Título no Brasil: Dois Espiões e um Bebê
Título Original: Undercover Blues
Ano de Lançamento: 1993
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Herbert Ross
Roteiro: Ian Abrams
Elenco: Kathleen Turner, Dennis Quaid, Stanley Tucci, Fiona Shaw, Larry Miller, Tom Arnold

Sinopse:
Uma dupla de ex-espiões, marido e mulher, chega a Nova Orleans em licença maternidade com sua filha. Lá eles são incomodados por assaltantes, a polícia e seu chefe do FBI, que quer que eles façam apenas mais um trabalho.

Comentários:
Nos anos 90 houve uma modinha de filmes com bebês. Isso foi causado basicamente pelo sucesso de bilheteria de dois filmes, "3 solteirões e um bebê" e "Olha quem está falando". Depois dos milhões de dólares arrecadados nos cinemas, todos os estúdios correram para lançar seu filme com bebês fofinhos. Esse foi um deles e segue basicamente na mesma linha. A diferença é que essa produção oportunista é muito ruim. Se os outros filmes já eram bobinhos, esse aqui extrapolou todos os limites. Não apenas bobinho, mas também chato demais. A única coisa que salva é a presença de Kathleen Turner. Ela ainda estava na sua fase de mulher bonita. Muito atraente. Pena que o papel era tão idiota que até sua beleza foi estragada na tela. Quando um filme é ruim, pouca coisa consegue se salvar.

Pablo Aluísio.

sábado, 12 de agosto de 2023

Disputa em Família

Título no Brasil: Disputa em Família
Título Original: Steal Big Steal Little
Ano de Lançamento: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Andrew Davis
Roteiro: Andrew Davis
Elenco: Andy Garcia, Alan Arkin, Rachel Ticotin, Joe Pantoliano, David Ogden Stiers, Holland Taylor

Sinopse:
Ruben e Robby são irmãos gêmeos, adotados por Mona, uma das mulheres mais ricas - e excêntricas - de Santa Bárbara. Ruben é dedicado a Mona, mas Robby é mais dedicado ao dinheiro dela. Quando ela morre os irmãos começam uma disputa por sua herança. 

Comentários:
Bom, se você gosta do ator Andy Garcia então esse é certamente seu filme, isso por uma razão bem simples: Ele interpreta papel duplo, a de dois irmãos que acabam disputando com unhas e dentes a enorme riqueza deixada em herança por sua mãe adotiva. O filme obviamente com um roteiro desses tem doses fartas de bom humor e principalmente de humor negro. No final das contas quem sai ganhando é o espectador pelo bom trabalho de Andy Garcia (principalmente) e de todo o elenco secundário. Eu sempre achei que ele foi subestimado na sua carreira em Hollywood, provavelmente por ter origens latinas, pois é fato que o preconceito sempre existiu dentro da sociedade norte-americana. De qualquer forma esse é seguramente um bom filme dos anos 90 que assisti em VHS naqueles tempos das locadoras de vídeo. 

Pablo Aluísio.

Fiel, mas nem Tanto

Título no Brasil: Fiel, mas nem Tanto
Título Origina: Faithful
Ano de Lançamento: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Paul Mazursky
Roteiro: Paul Mazursky
Elenco: Cher, Chazz Palminteri, Ryan O'Neal, Amber Smith, Paul Mazursky, Mark Nassar

Sinopse:
Uma dona de casa deprimida cujo marido está tendo um caso com sua amante pensa em suicídio, mas muda de ideia quando enfrenta a morte por um assassino contratado por ele para matá-la. Depois disso ela quer dar a volta por cima e parte para cima do marido infiel, afinal paciência e compaixão tem limites! Que o mais forte sobreviva! 

Comentários:
Justiça seja feita, a cantora Cher ate que fez bons filmes em Hollywood. Mas como todo artista que tenta fazer a transição do mundo da música para o mundo do cinema, isso nem sempre a livrou de pagar micos cinematográficos. Esse filme aqui não chega a ser um momento de vergonha dela no cinema, mas é inegavelmente uma comédia bem fraquinha, tanto que quase ninguém lembra mais da existência dessa produção. Assisti na época, alugando a fita em VHS pois o filme não foi lançado comercialmente nos cinemas brasileiros. Com muito força vale como passatempo ligeiro. De uma forma ou outra uma coisa é inegável: é o filme mais fraco da carreira do bom diretor Paul Mazursky.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 11 de agosto de 2023

Expedição ao Ártico

Expedição ao Ártico
Filme baseado numa história real que aconteceu no século XIX. Uma expedição russa foi enviada até os confins do Ártico com objetivos estritamente científicos. Eles teriam que colocar marcos de medição em grandes colinas para medir a esfera de curvatura do planeta Terra. Só que ir naquele deserto gelado e inóspito era para poucos! Havia muitos perigos e desafios. Era realmente uma verdadeira aventura de sobrevivência. E havia também uma certa tensão política com os suecos que também disputavam a posse de grandes porções de território naqueles domínios do Polo Norte. 

O cinema russo atualmente é muito bom, muito bem produzido. Se não fosse pela língua russa o espectador poderia pensar muito bem estar assistindo a um filme norte-americano ou europeu. Produção realmente excelente! Claro, isso foi antes dos embargos econômicos promovidos pelo Ocidente após a invasão russa na Ucrânia, mas de qualquer modo, quando as coisas estavam normais, os cineastas russos não tinham mesmo do que reclamar contra o governo de Putin. Como grande parte do dinheiro dessas produções contavam com dinheiro público, o apoio do Kremlin era fundamental. Mas enfim, o que vale a pena salientar é que os filmes são bons e para o espectador isso é o mais importante. 

Expedição ao Ártico (Arkhipelag, Rússia, 2021) Direção: Alexey Telnov / Roteiro: Mikhail Malakhov, Alexey Telnov / Elenco: Dmitriy Palamarchuk, Marina Petrenko, Andrey Merzlikin / Sinopse: Uma equipe russa é enviada para o Ártico para medir a curvatura do planeta Terra e nessa expedição enfrenta todos os tipos de desafios e aventuras. 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 10 de agosto de 2023

Transformers: O Despertar das Feras

Transformers: O Despertar das Feras
Sempre que a indústria de brinquedos nos Estados Unidos lança uma nova linha, uma nova coleção dos bonecos Transformers, um novo filme dessa franquia chega aos cinemas. Os filmes assim se tornaram peças de promoção dos brinquedos e esses, por sua vez, ajudam a vender entradas de cinema. Uma indústria ajuda à outra nesse processo de publicidade cruzada. Até aí tudo bem, faz parte do jogo capitalista de vendas. Só que dessa vez o incansável Michael Bay jogou a toalha e decidiu que não iria mais dirigir esse novo filme, algo que pegou muita gente de surpresa em Hollywood porque ele topa qualquer parada. Steven Spielberg continua como produtor executivo, mas sem muito envolvimento pessoal. O velhinho está quase aposentado. 

E o que sobra depois de tudo isso? Um filme de rotina, banal, dessa franquia. O roteiro é duplamente convencional, naquela coisa de seres robóticos chegando ao planeta Terra para destruir tudo. Como se a humanidade precisasse de ajuda externa para fazer isso que promove todos os dias com guerras, aquecimento global, poluição industrial, etc. De novo mesmo apenas a presença da cultura woke no filme, pois o protagonista é um jovem latino de periferia. A outra garota é negra e assim por diante. Só faltou a representatividade trans. E claro, não podemos esquecer, agora os robôs do espaço se transformam em bestas selvagens, como gorilas, aves de rapina e até mesmo rinocerontes brancos. Aquela coisa toda de vender novos brinquedos no verão. Boas vendas, enfim...

Transformers: O Despertar das Feras (Transformers: Rise of the Beasts, Estados Unidos, 2023) Direção: Steven Caple Jr / Roteiro: / Elenco: Joby Harold, Darnell Metayer / Sinopse: Um novo grupo de transformers chega ao Planeta Terra. Eles veneram um ser que consideram um deus e que só se satisfaz com a destruição de planetas no universo. Caberá aos transformers que vivem na Terra defender nosso planeta da destruição completa. 

Pablo Aluísio.

Outubro Negro

Título no Brasil: Outubro Negro
Título Original: Cover-Up
Ano de Lançamento: 1991
País: Estados Unidos
Estúdio: Capitol Films
Direção: Manny Coto
Roteiro: William Tannen
Elenco: Dolph Lundgren, Louis Gossett Jr, Lisa Berkley, John Finn, Ofer Lehavi, Bruce Daniel Diker

Sinopse:
Despachado para investigar um misterioso e fatal ataque a uma base naval dos EUA no exterior, Mike Anderson (Dolph Lundgren), um jornalista investigativo e ex-fuzileiro naval dos EUA, encontra-se de volta a um terreno familiar. O instinto o faz questionar a explicação oficial da CIA que cita um grupo terrorista desconhecido chamado Outubro Negro. 

Comentários:
Depois do sucesso do filme Rocky 4, o ator Dolph Lundgren lutou para ter sua própria carreira no cinema. Desde os anos 80, ele vem estrelando uma série de filmes de ação ao estilo B. Não são grandes produções, mas de maneira geral, seu público gosta do que assiste, tanto que ele está aí há muitos anos, atuando nesse tipo de produção. Esse filme aqui, lançado nos anos 90, chegou nas locadoras brasileiras. Dentro de seu subgênero, até que não é um filme ruim, pelo contrário, tem suas qualidades. O roteiro procura explorar uma situação mais complexa do que estamos acostumados em ver em filmes de pura ação dos anos 90. O personagem de Dolph Lundgren, por exemplo, é um jornalista, então ele pensa mais antes de agir. Um filme que se tornou até um sucesso mediano quando foi lançado no mercado brasileiro. E fez sucesso no leste europeu.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 9 de agosto de 2023

Sobrenatural: A Porta Vermelha

Sobrenatural: A Porta Vermelha
Uma boa novidade para os fãs de terror que apreciam essa franquia "Sobrenatural". Foi lançado um novo filme e ele é bom, nada mal. Aliás a série de filmes "Insidious" não decaiu ao longo de todos esses anos. O primeiro filme é de 2010 e de lá pra cá não houve nenhum filme realmente muito ruim, daqueles que dão arrependimento de ter assistido. Ao contrário disso, os filmes dessa marca vão mantendo um certo padrão de qualidade, que se não chega a entrar na categoria de filmes excelentes, pelo menos se mantém ali na faixa de bons filmes de terror da atualidade. Nesse novo filme temos uma novidade, o ator Patrick Wilson assumiu a direção e entregou um filme bem redondinho, praticamente sem falhas. Pelo visto ele assumirá a responsabilidade e o controle artistíco da franquia daqui em diante. 

Ele interpreta o mesmo personagem, o pai daquela família que foi vítima de eventos sobrenaturais no passado. Lembram do filho dele, no primeiro filme? Pois é, o garoto cresceu e agora está entrando na universidade. É bom desenhista e entra numa escola de artes bem prestigiada. Só que a nova vida de universitário começa mal, com ele tendo alucinações, visões e pesadelos. Algo que logo começa a interferir em sua arte. Ele não lembra do que lhe aconteceu aos 10 anos de idade, mas sua família, obviamente, lembra de tudo o que sofreram. O pai assim se torna um guardião de proteção contra novos ataques vindos do além. É de se elogiar a tentativa do roteiro de sempre abraçar um certo tipo de suspense psicológico. Em tempois atuais onde filmes de terror estão sempre exagerando na dose de efeitos visuais gratuitos e desnecessários, não deixa de ser algo muito bem-vindo. 

Sobrenatural: A Porta Vermelha (Insidious: The Red Door, Estados Unidos, 2023) Direção: Patrick Wilson / Roteiro: Leigh Whannell, Scott Teems / Elenco: Ty Simpkins, Patrick Wilson, Rose Byrne / Sinopse: O garoto de 10 anos de idade do primeiro filme que sofreu todos aqueles ataques sobrenaturais cresceu. Está entrando na universidade, mas pelo visto os antigos demônios do passado estão de volta na sua vida. 

Pablo Aluísio.

Os Demônios da Noite

Título no Brasil: Os Demônios da Noite
Título Original: Tales from the Crypt: Demon Knight
Ano de Lançamento: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Ernest R. Dickerson
Roteiro: Mark Bishop
Elenco: Billy Zane, William Sadler, Jada Pinkett Smith, Brenda Bakke, CCH Pounder, Dick Miller

Sinopse:
Brayker é um homem que carrega a última das sete chaves, recipientes especiais que continham o sangue de Cristo e que foram espalhados pelo universo para impedir que as forças do mal assumissem o controle. Se o Demônio conhecido como o Colecionador obtiver a última chave, o universo cairá no caos.

Comentários:
Assisti nos anos 90, em VHS. Não gostei muito. Em minha opinião, esse filme que faz parte da marca e da franquia "Tales from the Crypt", perde por ser muito fraco. Eu estava acostumado alugar fitas da série "Tales from the Crypt" em que vinham 3 histórias diferentes. Então era fácil você gostar de pelo menos uma delas. Não houve isso aqui, é apenas um filme mais previsível mesmo. Não é dos melhores, nem em termos de história e nem em termos de roteiro. Essa coisa toda de sangue de Cristo, quando exageram na fantasia, se torna algo chato. E tem que ter uma certa sutileza para lidar com temas como mitologia e religião. Caso contrário, toda a questão fica muito boba e sem muita noção. Apenas uma perseguição sem fim. E esse demônio da fita chamado O Colecionador não é dos mais assustadores. Assim, o conjunto da obra realmente não me agradou no passado e não me agrada ainda hoje, no presente.

Pablo Aluísio.