domingo, 18 de junho de 2023

Inside Man

Inside Man
Gostei dessa minissérie da Netflix. São duas histórias que seguem paralelas, sem inicialmente mostrar alguma conexão, mas que lá na frente vão acabar se encontrando. Na primeira delas vemos um prisioneiro no corredor da morte. É um desses psicopatas super inteligentes que começa a trabalhar ao lado dos policiais para ajudar a desvendar casos sem solução, muitos deles envolvendo serial killers. Só que o dia de sua execução vai chegando e ele começa usar essa sua habilidade como moeda de troca com a justiça. Aqui vale o destaque para a atuação do ator Stanley Tucci que está ótimo no papel. Penso inclusive que o roteiro deveria ter aberto espaço maior para ele em cena. 

Na outra linha narrativa temos um reverendo. Certo dia ele é surpreendido por um dos membros de sua paróquia que lhe confessa ser um pedófilo pervertido. Pior do que isso, dá ao religioso um pen-drive cheio de fotos e vídeos envolvendo pedofilia. Por um desses azares da vida a professora de seu filho acaba tendo acesso ao material, pensando ser o reverendo um pedófilo escondido dentro da igreja. Sem pensar direito, ele acaba prendendo a professora em seu porão sem saber o que vai fazer. Se soltá-la ela obviamente vai contar tudo para os policiais e sua vida chegará ao fim. Saia mais do que justa. Enfim uma boa minissérie valorizada pela situações bem desenvolvidas pelo roteiro e por um elenco muito inspirado em seu trabalho de atuação. Leva a recomendação. 

Homem Interior (Inside Man, Estados Unidos, 2022) Direção: Paul McGuigan / Roteiro: Steven Moffat / Elenco: Stanley Tucci, David Tennant, Dolly Wells / Sinopse: Um psicopata condenado à morte começa a ajudar a polícia a encontrar pessoas desaparecidas, vítimas de assassinos em série. Ao mesmo tempo um reverendo se enrola em uma história mal contada envolvendo pedofilia na pequena comunidade onde prega todos os domingos. 

Pablo Aluísio.

Elvis - The Great Performances

Título no Brasil: Elvis - The Great Performances
Título Original: Elvis - The Great Performances
Ano de Lançamento: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: BMG
Direção: Andrew Solt
Roteiro: Andrew Solt
Elenco: Elvis Presley, George Klein, Scotty Moore, Bill Black, DJ Fontana, Coronel Tom Parker

Sinopse:
Documentário musical que resgata imagens raras do cantor Elvis Presley durante suas apresentações ao vivo na televisão americana durante sua carreira. Contém também imagens feitas em shows e em filmes de Hollywood, além de registros particulares e pessoais feitos ao lado de seus familiares. Todo restaurado para que as novas gerações venham a conhecer a história desse grande artista do século XX.

Comentários:
Em um tempo em que não existia internet, a única forma de se ter acesso a imagens raras, como a que vemos nesse documentário, era mesmo através das locadoras de vídeo. Esse filme chegou a ser lançado no Brasil em VHS no começo dos anos 90. Para quem era fã de Elvis, era uma ótima notícia. E realmente se trata de um produto de muita qualidade, apesar de seu formato simples. Basicamente trazia os shows, cenas de filmes e apresentações na televisão Americana durante os anos 50, 60 e 70. Tudo narrado na voz do radialista George Klein, amigo do cantor desde os tempos da Juventude, desde os tempos em que ele gravava na Sun Records. Além do vídeo ter sido lançado no Brasil, também tivemos a trilha sonora em uma bela edição nacional em vinil. Na realidade, podemos dizer que esse foi um dos melhores lançamentos sobre o artista no Brasil durante o começo dos anos 90. Uma época em que os lançamentos com Elvis já estavam ficando mais raros em nosso mercado.

Pablo Aluísio.

sábado, 17 de junho de 2023

O Terceiro Andar

O Terceiro Andar
Gostei muito desse filme de terror espanhol. É mais uma confirmação que o cinema da Espanha tem sido palco do surgimento de uma nova geração talentosa de diretores especializados em terror. Basicamente é o que eu sempre digo, não precisa reinventar a roda para fazer um bom filme. Apenas conte uma história conhecida de uma forma mais imaginativa, com toques originais, valorizando o suspense. Nada de encher filmes de terror com efeitos digitais de fantasmas, nada disso, a coisa flui muito melhor na sugestão, na porta entreaberta, nos quartos escuros e sombrios. E o cinema espanhol está ficando craque nesse tipo de filme. Enquanto isso os americanos afundam em sua tecnologia avançada de efeitos digitais. Estão indo pelo caminho errado.

Na história desse filme vemos uma típica família espanhola saindo de sua fazenda no meio rural para comprar um velho apartamento em Madrid. Ali viveu por muitos anos, de forma completamente solitária, um senhor que foi afastado do convívio de sua família por apresentar traços de homossexualismo. Um caso bem comum de homofobia perversa que imperava nas tais famílias conservadoras de um passado nem tão distante assim. Os anos passaram e ele morreu. Agora o apartamento é comprado por essa família que acredita ter tirado a sorte grande. Erro fatal. O lugar logo se revela assombrado por forças sobrenaturais que eles desconhecem. E nesse processo o espectador é presenteado com um filme de terror dos bons! Esse sem dúvida recomendo sem reservas para os apreciadores desse gênero cinematográfico. 

O 3º Andar: Terror na Rua Malasaña (Malasaña 32, Espanha, 2020) Direção: Albert Pintó / Roteiro: Ramón Campos, Gema R. Neira / Elenco: Begoña Vargas, Iván Marcos, Bea Segura / Sinopse: Família espanhola se muda do campo para um velho apartamento na cidade de Madrid sem saber que o lugar foi palco de uma história terrível em um passado não tão distante. 

Pablo Aluísio.

A Era dos Gângsteres

Título no Brasil: A Era dos Gângsteres
Título Original: Dillinger and Capone
Ano de Lançamento: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Concorde-New Horizons
Direção: Jon Purdy
Roteiro: Michael B. Druxman
Elenco: Martin Sheen, F. Murray Abraham, Stephen Davies, Catherine Hicks, Sasha Jenson, Michael C. Gwynne

Sinopse:
Durante uma operação policial do FBI, o irmão do famoso criminoso John Dillinger é cercado e morto. Sabendo dessa confusão feita pelos tiras federais, o famoso mafioso italiano Al Capone resolve elaborar um plano para ser executado pelo gangster. Assim, armas de grosso calibre serão usadas em um grande roubo. De uma reserva federal em Chicago.

Comentários:
Filme interessante, mas que não faz jus a longa tradição dos filmes de gângster no cinema americano. É fato que esses dois criminosos realmente existiram e foram extremamente famosos em sua época. Mas não há relatos de que uma vez tenham tido oportunidade de cometerem esses crimes juntos. Assim, o que se assiste na tela é meramente ficcional. Uma ideia de roteiristas. A produção é um pouco fraca porque, na realidade, o filme foi feito para ser exibido na televisão Americana. No Brasil, esse telefilme ganhou uma versão em VHS e chegou nas nossas locadoras nos anos 90. Infelizmente, apesar dos nomes envolvidos, não há muito o que comemorar. O filme é realmente bem fraco.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 16 de junho de 2023

Caixa Postal 1142

Caixa Postal 1142 
História absurda, mas real... Durante a ascensão do nazismo na Alemanha várias famílias de origem judaica foram embora do país. Não havia mais como viver sendo judeu na Alemanha nazista. Muitos deles foram morar nos Estados Unidos. O tempo passou, a II Guerra Mundial começou, se alongando por cinco anos. Os filhos em idade militar desses judeus se alistaram nas forças armadas americanas para lutar contra os nazistas. E então a Alemanha de Hitler foi derrotada. Só que o governo dos Estados Unidos decidiu que iria aproveitar os cientistas alemães, mesmo os que tinham colaborado ativamente com o regime nazista. Nomes como Von Braun foram enviados para bases militares dentro da América. Queriam aproveitar seus conhecimentos para novos projetos de foguetes, tanto da área militar como também do programa espacial que nascia naquele momento. 

O pior de tudo foi o envio de soldados judeus para trabalharem na segurança desses cientistas alemães. Vejam o cerco ético envolvido nesse tipo de situação. Uma grande saia justa e é exatamente esse aspecto que esse curto filme conta. O destaque vai para o depoimento desses veteranos, na época jovens militares judeus tendo que servir de "babás" para esses cientistas que tinham trabalhado diretamente com Hitler e sua escória nazista! Por fim vale ressaltar um aspecto interessante nessa produção. O uso de animação para mostrar o passado. Ficou bem legal, com o ótimo traço desenvolvido pelos animadores. 

Caixa Postal 1142: O Campo Secreto para Nazistas nos EUA (Camp Confidential: America's Secret Nazis, Estados Unidos, 2021) Direção: Mor Loushy, Daniel Sivan / Roteiro: Mor Loushy, Daniel Sivan / Elenco: Alfred Bomberg, Arno Mayer, Rudolph Pins / Sinopse: Após a Segunda Guerra Mundial um grupo de soldados judeus do exército dos Estados Unidos é enviado para cuidar da segurança de cientistas alemães que tinham trabalhado na Alemanha Nazista.

Pablo Aluísio.

Paixão Assassina

Título no Brasil: Paixão Assassina
Título Original: Mother's Boys
Ano de Lançamento: 1993
País: Estados Unidos
Estúdio: Dimension Films 
Direção: Yves Simoneau
Roteiro: Bernard Taylor
Elenco: Jamie Lee Curtis, Peter Gallagher, Joanne Whalley, Vanessa Redgrave, Joey Zimmerman

Sinopse:
Jude Madigan abandona seu marido Robert e seus três filhos sem nenhuma explicação. Três anos depois, Jude inexplicavelmente retorna para reunir sua família. No entanto, Robert e sua nova amante Callie veem Jude como a verdadeira psicopata que ela é e fazem o possível para proteger seus filhos. 

Comentários:
A década de 90 foi o auge dos filmes desse estilo. Thriller de suspense. Havia dezenas de opções nas locadoras de vídeo VHS. Não é tão bom quanto outros filmes que realmente marcaram época. Mesmo assim, ainda tem alguns méritos cinematográficos. Um deles é trazer a chamada Rainha do grito. Sim, a atriz Jamie Lee Curtis ficou conhecida por essa alcunha. Isso porque ela sempre estava fazendo algum personagem gritando em filmes de terror. Aqui ela investe na figura da mulher enlouquecida. Sua personagem é uma mulher louca que não aceita que seu ex-marido tenha outra mulher. Assim, o que ela decide fazer? Destruir com tudo, matar o marido, matar a esposa dele... Tocar o terror na sua casa. Atrizes como Glenn Close se saem melhor nesse tipo de papel. Jamie Lee Curtis não está tão bem. Mesmo assim, o filme é assistivel. Dá para assistir. O saldo final? Apenas regular.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 15 de junho de 2023

Panamá

Panamá
Depois de assistir a esse filme cheguei na conclusão que a carreira do Mel Gibson realmente chegou ao seu fim. Que filme ruim! É complicado até mesmo achar algum elemento para elogiar. Tudo soa mal feito, quase amador e o pior é ver o ex-astro Mel Gibson envolvido em uma produção tão fraca como essa. No enredo mal explorado e mal desenvolvido vemos um ex-agente da CIA que aceita um serviço no Panamá durante os anos 80. Havia um ditador que os Estados Unidos queriam derrubar. Se trata do fortalecimento dos rebeldes naquela nação, conhecidos guerrilheiros da selva. Então a missão desse americano passa a ser ajudar esse grupo revolucionário, começando pela compra de um helicóptero de guerra russo que deve ser comprado e enviado para o esforço de guerra deles. 

O filme é todo ruim. Mel Gibson tem apenas 4 ou 5 cenas, todas péssimas. Pelo visto é outro ex-grande astro de Hollywood que coloca seu nome para aluguel. Já vimos isso acontecer muito com Bruce Willis. Ele faz poucas cenas, aceita um bom cachê e não se envove muito com o filme. É apenas a compra do direito de colocar seu nome famoso e sua imagem no cartaz do filme. Não deixa de ser uma forma de enganar o público consumidor. No fundo tudo não passa de uma grande picaretagem de marketing barato. Enfim, fuja desse filme. Não tem nada de bom por aqui. 

Panamá (Panama, Estados Unidos, 2022) Direção: Mark Neveldine / Roteiro: William Barber, Daniel Adams / Elenco: Cole Hauser, Mel Gibson, Mauricio Hénao / Sinopse: Ex-agente do serviço de inteligência dos Estados Unidos vai até o Panamá, durante os anos 80, para ajudar um grupo rebelde revolucionário que tenciona derrubar um ditador sanguinário, corrupto e assassino. 

Pablo Aluísio.

Austin Powers - O Agente 'Bond' Cama

Título no Brasil: Austin Powers - O Agente 'Bond' Cama
Título Original: Austin Powers - The Spy Who Shagged Me
Ano de Lançamento: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Jay Roach
Roteiro: Mike Myers, Michael McCullers
Elenco: Mike Myers, Heather Graham, Michael York, Robert Wagner, Rob Lowe, Elizabeth Hurley

Sinopse:
Um vilão caricato chamado Doutor Evil resolve voltar ao passado para mudar o rumo da história e acaba enfrentando uma agente todo especial dos anos 60, O agente Austin Powers que não vai deixar barato.

Comentários:
Nunca consegui gostar dessa tranqueira. Nos anos 90, esses filmes foram muito badalados pela crítica e pelo público em geral. Eu sempre achei uma grande porcaria. E olha que eu tinha tudo para gostar, porque eu gosto da cultura dos anos 60. Então, um filme que se propunha a ser uma sátira sobre aquele estilo de vida, aquelas roupas, e a música era para que eu gostasse. Mas não rolou. Eu acho o Mike Myers um dos comediantes mais forçados da história do cinema. Aquele tipo de sujeito que faz muita força para ter graça, e isso pra mim é o fim. O roteiro é bobo e o clima de sátira 007 não funciona. Esse filme é um dos piores que eu assistir na década de 90. Pouca coisa se salva. Até o título nacional ficou bizarro e totalmente caricato. Enfim, um filme, uma comédia para se esquecer, pelo menos no meu caso.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 14 de junho de 2023

Babilônia

Babilônia
Esse filme se propôs a ser uma crônica de Hollywood na virada dos anos 1920 a 1930, justamente naquela fase em que morria o cinema mudo e surgia o cinema falado com o sucesso do filme "O Cantor de Jazz". Nesse processo muitas carreiras desapareceram. O ator Brad Pitt interpreta um galã da era muda que vê sua carreira afundar no cinema falado. Ele era apenas um homem bonito e não tinha nenhum talento para atuar. Quando falou seus primeiros diálogos no cinema o público riu de sua falta de talento. Já Margot Robbie dá vida a uma típica starlet. Bonita, sensual e dançarina, ela também se dá muito bem nos filmes mudos. Só que era vulgar e tinha péssima dicção. Outra que viu sua carreira afundar quando abriu a boca em um filme sonoro. É a mesma história que foi contada no clássico musical "Cantando na Chuva" e o roteiro não ignora isso. Pelo contrário, nas cenas finais faz um excelente elo entre esses dois filmes. 

Eu gostei de "Babilônia" de modo geral, mas devo deixar algumas ressalvas. É um filme bem longo com mais de 3 horas de duração. Então o espectador deve reservar um tempo com calma e paciência para assisti-lo. Também se revela bem histérico em certos momentos como a grande festa e orgia das cenas iniciais e a festa com esnobes da Califórnia lá pela terça parte final do filme. Essa última cena aliás passa dos limites, caindo em um aspecto grotesco que deveria ter sido evitado. De qualquer forma o personagem de Brad Pitt vale muito a pena. Há uma cena em que ele se encontra com uma jornalista que havia escrito uma reportagem ofensiva a ele. O que ela diz ao Pitt é de certa forma a essência da imortalidade do cinema. Ótimo diálogo. Então é isso. Um filme com seus altos e baixos, mas que no conjunto da obra me agradou bastante.

Babilônia (Babylon, Estados Unidos, 2022) Direção: Damien Chazelle / Roteiro: Damien Chazelle / Elenco: Brad Pitt, Margot Robbie, Jean Smart, Olivia Wilde / Sinopse: O filme conta a história de um ator e uma atriz de sucesso do cinema mudo que acabam presenciando o fim de suas carreiras com a chegada do cinema sonoro. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor design de produção, melhor figurino e melhor música original. 

Pablo Aluísio.

Parceiros do Crime

Título no Brasil: Parceiros do Crime
Título Original: Killing Zoe
Ano de Lançamento: 1993
País: Estados Unidos
Estúdio: Davis-Films
Direção: Roger Avary
Roteiro: Roger Avary
Elenco: Eric Stoltz, Julie Delpy, Martin Raymond, Eric Pascal Chaltiel, Jean-Hugues Anglade, Salvator Xuereb

Sinopse:
Um americano arruma um encontro com uma garota de seu hotel em Paris. Ela é uma estudante de arte que presta serviços em um banco. Parece uma pessoa normal, mas na verdade se trata de um arrombador de cofres. Ele planeja roubar um grande banco na capital francesa.

Comentários:
Esse filme foi produzido por Quentin Tarantino. Essa informação por si só, já valeria para manter o interesse nessa produção dos anos 90. É um filme de rioubo a bancos. Não foge muito ao tradicional, mas mantém um certo grau de originalidade. Principalmente no uso da violência, que é bem explícita. O grupo de assaltantes é bem heterogêneo e eles usam máscaras que seriam mais adequadas a um filme de terror. Curiosamente, o filme foi esquecido com o passar do tempo. Vejo pouca referência a ele nos dias atuais. Ainda assim, é um dos bons momentos de Tarantino no cinema. Embora ele não assine a direção e nem o roteiro, sua influência fica óbvia durante o filme. O modo de ser dos personagens, os diálogos e as cenas violentas. Tudo remete ao diretor. Pensando bem, ele poderia ter assinado esse filme tranquilamente. Seria mais adequado.

Pablo Aluísio.