quinta-feira, 15 de junho de 2023
Panamá
segunda-feira, 5 de outubro de 2015
Exorcistas do Vaticano
Título no Brasil: Exorcistas do Vaticano
Título Original: The Vatican Tapes
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos
Estúdio: Lionsgate, Lakeshore Entertainment
Direção: Mark Neveldine
Roteiro: Chris Morgan, Christopher Borrelli
Elenco: Olivia Taylor Dudley, Michael Peña, Dougray Scott
Sinopse:
Angela
(Olivia Taylor Dudley) é como todas as outras garotas normais de sua
idade a não ser um estranho comportamento que começa a desenvolver após
uma festa de aniversário. Ela começa a falar em línguas estranhas,
ficando completamente fora de si, além de cometer atos impensados como
atacar um motorista de um carro em movimento, causando um sério acidente
de trânsito. Sem saber o que fazer seu pai pede ajuda a psiquiatras,
mas nem eles sabem ao certo o que poderia estar acontecendo. Sem saída
ele então resolve ir atrás do padre do hospital onde sua filha está
internada. Em pouco tempo ele descobre que a jovem está mesmo
possuída por um demônio vindo diretamente das trevas.
Comentários:
No
começo tudo parece até promissor. O roteiro explora as mudanças que vão
acontecendo nessa garota interpretada pela atriz Olivia Taylor Dudley,
que me lembrou inclusive muito de Reese Witherspoon quando era mais
jovem. Pois bem, o filme começa e dá algumas pequenas pistas. Como
muitos jovens por aí ela também flerta com alguns símbolos e imagens
satânicas, nada que não fuja muito do que vemos em capas de álbuns de
bandas de Heavy Metal. Aos poucos porém algo vai se modificando em seu
jeito de ser. Ela fere o seu dedo ao tentar cortar um pedaço de bolo e a
coisa toda desanda. No hospital surgem estranhos sinais como a presença
constante de corvos na janela de seu quarto (uma antigo mitologia
associa esses pássaros a verdadeiros enviados do diabo). Não precisa ser
expert em filmes de horror para entender que ela vai sendo possuída aos
poucos por entidade maligna desconhecida. A medicina não tem uma
explicação definitiva sobre o que estaria acontecendo com ela e o pai,
que é um católico irlandês, pede ajuda a um jovem padre chamado Lozano
(Michael Peña), que no passado foi veterano de guerra na intervenção
americana no Iraque. Nesse ponto do filme você começa a criar algumas
esperanças que vem algo de bom venha por aí, afinal de contas até que o
roteiro é minimamente organizado para criar toda uma situação de
expectativa em torno da possessão demoníaca em cima de jovem.
Quando ela
finalmente fica sob domínio das forças das trevas e um cardeal chega do
Vaticano especialmente para exorcizá-la, o filme perde completamente o
rumo. O que era sutileza teológica e simbolismo vira apelação, o que
poderia render um ótimo duelo entre o bem o mal se torna tão caricato
que mais parece desenho animado. Que pena! Pior de tudo é quando as
coisas vão se revelando gradativamente e você vai entendendo de quem se
trata e qual seria o ente espiritual que estaria possuindo em definitivo
o corpo da jovem, a decepção toma conta. Os quinze minutos finais são
os piores que já assisti em filmes de terror nos últimos anos. Usando
citações mal colocadas das escrituras o filme vai mostrando o novo
caminho a ser percorrido pela garota que antes estava possuída e...
melhor nem ir adiante. É tudo tão óbvio, sem graça e previsível que aguentar
até os letreiros finais se torna um verdadeiro martírio. O mais
interessante de tudo é que vários filmes menores, com pequenos
orçamentos, inclusive alguns do estilo mockumentary vindos de outros
países, estão se saindo infinitamente melhores e mais inteligentes do
que esse aqui, que conta com uma produção com mais dinheiro e melhores
recursos. Assim só podemos lamentar mesmo, afinal de contas nem sempre
orçamento generoso significa necessariamente um bom filme - aliás
ultimamente a regra tem sido justamente o oposto disso. Enfim, não foi
dessa vez que fizeram um novo e bom filme sobre exorcismos. Melhor rever o clássico de 1973.
Pablo Aluísio.
domingo, 4 de outubro de 2015
Exorcistas do Vaticano
Atenção: O texto a seguir contém spoilers realmente infernais! Aproveitando vou tecer algumas considerações sobre esse filme que assisti alguns dias atrás. Confesso, eu esperava bem mais. O tema sobre exorcismos está em alta, até mesmo nos noticiários locais. Recentemente houve o anúncio de que o Vaticano teria enviado um grupo de exorcistas ao México para realizar um dos maiores exorcismos da história já que aquele país estaria passando por uma infestação demoníaca em todos os setores da sociedade, com violência urbana fora de controle, assassinatos, pedofilia e tudo de ruim que você possa imaginar. Para piorar os mexicanos andam adorando uma santa satanista chamada "Santa Morte", trazendo ainda mais devastação espiritual para seu país. Esse seria um excelente tema para um roteiro de um filme, porém o que os produtores e escritores de Hollywood fizeram? Realizaram mais um filme fraco, boboca e cheio de clichês por todos os cantos. Essa coisa de Anticristo já deu o que tinha que dar no cinema. Aliás como se pode pensar em algo melhor do que a série de filmes "A Profecia"? Lá a coisa toda era muito mais bem desenvolvida, com um argumento mais bem escrito, bem inteligente. Aqui é de uma bobagem que vou te contar. Para ser o Anticristo pegaram uma jovem americana comum, uma adolescente loirinha bem bonitinha.
Então depois de alguns ataques de loucura um padre latino chega na conclusão que ela está possuída mesmo, talvez por uma entidade toda poderosa, ainda desconhecida pela Igreja Católica. Chama então um especialista, um cardeal muito bom nesse tipo de ritual. E lá vamos nós para mais doses de vomitadas, corpos retorcidos e gritos em línguas de anjos que ninguém conhece! Quando o filme chega nesse ponto você pensa que vai sair algo que preste - ledo engano! O ritual de exorcismo é péssimo, a cama anda, a garota praticamente levita e os padres não falam uma linha sequer do ritual de exorcismo real que é bem fácil de conhecer pois se encontra até mesmo na net para quem quiser conhecer por curiosidade. Infelizmente o roteirista não pensou dessa maneira, não pesquisou e criou um texto péssimo para os padres declamarem enquanto tentam expulsar o diabo. Ao invés de belas orações religiosas eles ficam lá gritando coisas como "Sai Diabo, sai Diabo!". A tosquice é de rolar no chão de rir! E tome cabeçada, cacetada, porrada, soco na cara e até mesmo uma tentativa de esfaquear a jovem!!! Cruz credo! Tudo em vão, pois em determinado momento o capeta se manifesta e a garota vira um tipo de Pokémon dos infernos, mandando tudo pelos ares com um simples abanar de mãos. Depois ela sai andando pelo mundo, fazendo milagres, cumprindo as profecias de que o Anticristo iria ser adorado, amado, antes de destruir (ou tentar destruir) toda a humanidade. E nisso o filme acaba, assim, sem mais nem menos.Sem clímax, sem conclusão, sem solução. Por certo os produtores pensaram que tinham um grande sucesso de bilheteria em mãos e resolveram escrever um "final gancho" para uma continuação. Ei meu chapa, não deu muito certo. O filme foi massacrado nos States e com toda razão pois é ruim de doer. Pior do que encontrar o capeta numa rua escura à Meia-Noite. Desce o Pano.
Exorcistas do Vaticano (The Vatican Tapes, Estados Unidos, 2015) Direção: Mark Neveldine / Roteiro: Chris Morgan, Christopher Borrelli / Elenco: Olivia Taylor Dudley, Michael Peña, Dougray Scott. / Sinopse: Após casos sem explicação o Vaticano acaba se envolvendo em uma situação delicada, com exorcismos e pessoas possuídas pelo Diabo.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 17 de setembro de 2015
Adrenalina 2
Título Original: Crank - High Voltage
Ano de Produção: 2009
País: Estados Unidos
Estúdio: Lionsgate, Lakeshore Entertainment
Direção: Mark Neveldine, Brian Taylor
Roteiro: Mark Neveldine, Brian Taylor
Elenco: Jason Statham, Amy Smart, Clifton Collins Jr.
Sinopse:
Chev Chelios (Jason Statham) é um assassino profissional que acaba mexendo com as pessoas erradas. Após entrar em confronto com os interesses da violenta máfia chinesa ele acaba caindo numa armadilha. Um chefe criminoso resolve roubar seu coração, colocando no lugar uma máquina movida a adrenalina. Isso coloca Chev numa busca alucinada por situações perigosas para não morrer do coração. Agora, no meio de uma fuga alucinada ele vai atrás de quem o colocou nessa delicada situação de vida ou morte.
Comentários:
Com esse filme "Crank: High Voltage" o cinema de ação atinge outro nível, mais intenso, mais exagerado e muito mais alucinado. Ao longo dos anos os filmes de ação entraram em uma competição para ver quem realizava a cena mais espetacular, as mais ousadas tomadas de violência e velocidade. Pois bem "Adrenalina" se propõe a romper todos esses limites. Em vista disso coisas como roteiro, atuação e direção ficam para trás. O que importa é imprimir um ritmo tão louco ao filme que o espectador por pouco não fica tonto. Vale a pena chamar a atenção também para o fato de que quando se exagera demais na dose a tendência é tudo acabar virando uma paródia. E é justamente isso que ocorre aqui. "Adrenalina 2" é tão over, tão exagerado, que acabou virando uma espécie de chanchada dos actions movies. As cenas parecem que foram escritas por alguém chapado de ácido, tamanho o absurdo das situações. O ator Jason Statham parece ter entendido bem isso e ultimamente tem optado por filmes de ação bem mais sóbrios. Bom para ele. De nossa parte fica a dica mas também o aviso: "Crank - High Voltage" é uma verdadeira loucura!
Pablo Aluísio.
terça-feira, 3 de setembro de 2013
Adrenalina
Nesse filme Jason Statham interpreta Chev Chelios, mais um assassino profissional (um tipo de papel que lhe caiu muito bem). Obviamente por realizar esse tipo de serviço ele acaba ganhando vários inimigos ao longo da vida e um deles arma uma armadilha ao mesmo tempo fatal e inteligente para ele. Um tipo de mecanismo químico é implantado no organismo de Chev. Sua taxa de adrenalina se torna o estopim de uma substância tóxica que poderá matá-lo caso ela abaixe demais. Assim para sobreviver ele tem que se envolver em situações cada vez mais perigosas pois agindo assim sua taxa de adrenalina ficará alta, o mantendo vivo. Sentiu o drama? Imagine um herói de ação precisando de mais e mais adrenalina, o tempo todo e para isso ele de fato não mede esforços se envolvendo em todo tipo de situação extrema para sobreviver. O ritmo nem preciso dizer é alucinante. A primeira vez que se assiste "Adrenalina" se estranha um pouco seu histerismo sem controle mas depois que se embarca na proposta do filme é só diversão. Se restava alguma dúvida de que o carequinha Jason Statham era de fato o herdeiro dos brutamontes dos anos 80 esse filme veio para esclarecer tudo. Se você gosta de produções nesse estilo então não deixe de conferir.
Adrenalina (Crank, Estados Unidos, 2006) Direção: Mark Neveldine, Brian Taylor / Roteiro: Mark Neveldine, Brian Taylor / Elenco: Jason Statham, Amy Smart, Carlos Sanz / Sinopse: Assassino profissional (Statham) tem que se envolver em muitas situações perigosas para manter sempre sua adrenalina alta, caso contrário morrerá com uma toxina implantada em seu organismo. Em busca de uma solução para sua terrível situação ele decide partir para o acerto de contas definitivo com aqueles que o colocaram nessa armadilha.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 12 de junho de 2012
Gamer
Esse é o tipo de produto que se consome em cinemas de shopping center. Tudo muito rápido, ágil, ultra acelerado. Não é bem um filme mas sim um fast food. A edição corre a mil e o roteiro foi escrito por e para fãs de videogame... pena que o conteúdo é zero! Eu na verdade já tinha assistido esse filme antes. Seu nome é "The Running Man - O Sobrevivente". O argumento é o mesmo, a única diferença é que algumas coisas foram acrescentadas nesse remake disfarçado, como por exemplo, o fato das pessoas que estão lutando na arena desse reality show violento são na verdade controladas por gamers, jogadores de video game. Curioso mas um deles é retratado como um gordo glutão que tem como avatar no jogo uma loira sensual (que na verdade é a esposa do personagem de Gerard Butler no filme). Esse aliás está mais inexpressivo do que nunca, eu nunca o considerei um bom ator mas aqui ele está bem pior do que costume! Totalmente sem expressão em cena.
Do elenco do filme aliás só destaco Michael C. Hall (ele mesmo, o Dexter do famoso seriado). Fazendo um vilão baseado nesses milionários da internet ao estilo Bill Gates, Hall consegue fazer milagre em um papel bem rasinho, sem expressividade. O filme é curtinho, quase um média metragem (uma hora e vinte de duração), o que é um alívio já que não há mesmo muita estória para contar. A dupla de diretores nunca fez nada de muito relevante e parecem pensar entender o que os jovens querem ver no cinema atualmente - pouco conteúdo, muita pirotecnia e enredos de games. Para não dizer que desgostei de tudo vou terminar essa resenha elogiando a edição (não poderia ser diferente numa produção como essa) e a trilha sonora que adapta velhas canções com arranjos mais modernos. Enfim é isso. Se você é fã de games pode até vir a se divertir, caso contrário não, definitivamente não vai gostar!
Gamer (Gamer, Estados Unidos, 2009) Direção: Direção: Mark Neveldine, Brian Taylor / Roteiro: Mark Neveldine, Brian Taylor / Elenco: Gerard Butler, Michael C. Hall, Ludacris / Sinopse: Em um futuro violento competidores entram em um reality show aonde são dirigidos por jogadores de videogames.
Pablo Aluísio.