domingo, 14 de maio de 2023

Lightyear

Lightyear
Buzz Lightyear é um astronauta que viaja pelo universo. Ao chegar perto de um planeta distante, sua nave sofre um problema técnico e ele se vê forçado a realizar um pouso forçado. Sua tripulação sobrevive e aos poucos vai se adaptando naquele planeta selvagem, mas habitável. Buzz entretanto não aceita essa situação, ficando anos tentando escapar do planeta para ir em busca de uma missão de resgate. Entrando sempre em hipervelocidade no espaço, ele não envelhece, enquanto os tripulantes que ficam no planeta vão envelhecendo cada vez mais. Só que para Buzz ainda haverá mais um desafio: Uma versão dele mesmo, mais velha e malvada, ameaçando seu presente e seu futuro. Eis em resumo, a história básica dessa animação. 

Tecnicaamente é uma animação muito bem realizada. Eu não esperaria nada diferente disso numa produção da parceria Pixar-Disney. Só que tenho algumas observações a fazer. O roteiro do filme lida com temas de astrofísica que as crianças certamente não vão entender. Essa coisa de termos o Buzz ainda jovem, enquanto sua tripulação envelhece, é pura teoria da relatividade de Einstein. É um pouco demais colocar conceitos como esses para uma animação feita para os pequeninos. Isso se pode ver em filmes como "Interestelar", mas é um outro tipo de filme, para um outro típico de público. Assim, trocando em miúdos, parece que os roteiristas esqueceram das crianças que vão assistir ao filme. Fizeram um roteiro sofisticado demais, com temas científicos que fogem do normal para esse tipo de produto cinematográfico. No fundo me pareceu um roteiro feito para eles mesmos. Nada muito adequado para a meninada. 

Lightyear (Estados Unidos, 2022) Direção: Angus MacLane / Roteiro: Angus MacLane, Matthew Aldrich, Jason Headley / Elenco: Chris Evans, Keke Palmer, Peter Sohn / Sinopse: A animação conta a história do astronauta Buzz Lightyear em uma aventura passada em um planeta distante. Surgido nas animações de Toy Story na forma de brinquedo, aqui vemos o personagem em seu primeiro filme solo no cinema. 

Pablo Aluísio.

sábado, 13 de maio de 2023

Sexo Bilionário

Título no Brasil: Sexo Bilionário
Título Original: Money Shot: The Pornhub Story
Ano de Lançamento: 2023
País: Estados Unidos
Estúdio: Netflix
Direção: Suzanne Hillinger
Roteiro: Suzanne Hillinger
Elenco: Siri Dahl, Asa Akira, Noelle Perdue, Michael Stabile, Wolf Hudson, Natassia Dreams

Sinopse:
Documentário da Netflix que mostra o escândalo envolvendo uma gigante empresa da pornografia mundial, o site Pornhub, e os limites que esse tipo de material online pode vier a sofrer. Depois da acusação de crimes cometidos dentro da plataforma se deu início a um grande processo judicial envolvendo milhares de pessoas ao redor do mundo. 

Comentários:
O site canadense pornográfico Pornhub tem bilhões de visitas ao mês. Sim, está certo, eu disse bilhões! O que mais surpreende é que depois de um tempo navegando no sucesso absoluto na rede começaram a pipocar denúncias e acusações envolvendo o site com o tráfico humano de mulheres, além dos costumeiros abusos sexuais que são comuns nesse tipo de material pornográfico. Esse documentário da Netflix expõe o problema, mostrando não apenas o lado dos acusadores e vítimas em geral, mas tambem dos profissionais do sexo que usam o site como meio de sobrevivência. Uma questão e um debate bem interessante do ponto de vista jurídico. Onde termina a liberdade de expressão, que garante até mesmo a exposição em sites de pornografia e onde começa a questão da ilegalidade? Eu gostei do documentário, pois traz importantes elementos para esse debate mais do que pertinente aos dias atuais. 

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 12 de maio de 2023

Traídos pela Paixão

Título no Brasil: Traídos pela Paixão
Título Original: Silver Strand
Ano de Lançamento: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: MGM Television
Direção: George Miller
Roteiro: Douglas Day Stewart
Elenco: Nicollette Sheridan, Gil Bellows, Jennifer O'Neill, Jay O. Sanders, Tony Plana, Wolfgang Bodison

Sinopse:
Filme também conhecido como "Almas de Aço", mas lançado originalmente no Brasil como "Traídos pela Paixão" em VHS. O filme conta a história de um jovem militar da Marinha dos Estados Unidos que acaba se apaixonando pela linda esposa de um de seus oficiais superiores. 

Comentários:
Na realidade esse é um telefilme, exibido pela televisão nos Estados Unidos. Só que no Brasil foi lançado no mercado de vídeo, nos tempos das locadoras VHS; Penso que isso acontecia com bastante frequência nos anos 90, alias; É até um bom filme, muito embora completamente quadradinho e convencional, afinal foi produzido para ser visto na TV mesmo, pela classe média norte-americana. No fundo só quer contar sua história de amor e romance, mas sem se comprometer muito, nem criar maiores polêmicas. O roteirista Douglas Day Stewart desse filme também escreveu o roteiro do consagrado filme de drama e romance "A Força do Destino" e ao ver essa produção chegamos na conclusão bem óbvia que ele no fundo está contando de novo a mesma história. Não foge muito da fórmula desse outro filme que foi sucesso nos cinemas com Richard Gere. 

Pablo Aluísio.

O Preço de uma Escolha

Título no Brasil: O Preço de uma Escolha
Título Original: If These Walls Could Talk
Ano de Lançamento: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Home Box Office (HBO)
Direção: Cher, Nancy Savoca
Roteiro: Pamela Wallace, Earl W. Wallace
Elenco: Demi Moore, Sissy Spacek, Cher, Shirley Knight, Catherine Keener, Jason London

Sinopse:
Uma trilogia de histórias ambientadas na mesma casa, mas com ocupantes diferentes e ao longo de 40 anos, tratando de várias mulheres e crises morais sobre gravidezes inesperadas e sua escolha pelo aborto. Em 1952, quando o aborto era ilegal, uma enfermeira lida com sua gravidez inesperada e toma medidas drásticas para conseguir um aborto. Em 1974, uma dona de casa com quatro filhos descobre que está grávida e decide que não consegue criar outro filho. Em 1996, uma estudante universitária grávida decide fazer um aborto, mas não percebe os meios que deve percorrer para conseguir seu objetivo.

Comentários:
Originalmente esse filme foi produzido para ser exibido no canal a cabo HBO nos Estados Unidos. Só que no Brasil ainda não havia esse sistema, por isso o filme acabou chegando por aqui através de um lançamento no mercado de vídeo VHS. É um drama pesado, lidando com o delicado tema do aborto. Esse tema é o grande elo de ligação entre três histórias diversas envolvendo mulheres que passaram pelo traumático processo de abortar. Um tema bastante polêmico, ainda hoje em dia na pauta de discussão em diversos países, inclusive no Brasil. Do ponto de vista cinematográfico temos uma curiosidade e tanto. Um dos segmentos foi dirigido pela cantora e atriz Cher. E seu trabalho ficou muito bom. Ela explicaria depois que havia pedido dicas de direção a ninguém mais, ninguém menos, do que Steven Spielberg. Pelo visto aprendeu direitinho as liçoes de cinema dadas pelo mestre. 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 11 de maio de 2023

Fall Time - Brincando com o Perigo

Título no Brasil: Fall Time - Brincando com o Perigo
Título Original: Fall Time 
Ano de Lançamento: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Capitol Films
Direção: Paul Warner
Roteiro: Steve Alden
Elenco: Stephen Baldwin, Mickey Rourke, David Arquette, Sheryl Lee, Jonah Blechman, Michael Edelstein

Sinopse:
Três jovens decidem planejar um sequestro simulado, mas tudo dá errado porque um verdadeiro assalto a banco já foi planejado por outros dois criminosos, esses já experientes e calejados no mundo do crime. 

Comentários:
Mais um filme que comento que assisti pela primeira vez nos agora distantes anos 90. Assisti em fita VHS, sim de locadoras de vídeo (alguém aí lembra delas?). Pois então. Dessa vez não gostei do filme, achei por demais irregular. Boa premissa, mas mal conduzida, com roteiro preguiçoso e cheio de furos. O elenco, como se pode perceber, trazia várias estrelinhas do cinema que estavam em ascensão. Lamento dizer, ninguém alcançou o estrelato. E tinha o Mickey Rourke, que havia feito excelentes filmes, mas já estava naquela fase de decadência na carreira, com sua filmografia indo pelo ralo. Se formos comparar com seus filmes da década anterior chega a ser uma covardia. Então é isso, um filme que não fez sucesso e que hoje em dia ninguém mais lembra. De qualquer maneira fica o registro aqui em nosso blog de cinema 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 10 de maio de 2023

Elvis Presley - Don´t / I Beg Of You

O primeiro material inédito lançado pela gravadora RCA em 1958 foi esse single de Elvis Presley com Don´t e I Beg Of You. “Don´t” foi composta especialmente para Elvis. Leiber e Stoller resolveram compor uma música romântica bem ao estilo dele, totalmente adequada para a sua característica vocal. Sem dúvida é um momento especial! Considerada pelos críticos e fãs como umas das melhores baladas românticas dos anos 50, ainda hoje consegue emocionar. Curiosamente a canção foi gravada na sessão que deu origem ao disco de natal "Elvis Christmas Album". Apesar de toda a gravação ter se concentrada no projeto natalino, Elvis conseguiu arranjar tempo para finalizá-la. 

Esse fato vem demonstrar como Elvis era eficiente dentro dos estúdios nos anos 50. Em apenas 3 dias de gravação ele conseguiu emplacar 12 canções, que iam do gospel ao R&B de raíz. Certamente material não iria faltar para a RCA, muito pelo contrário, como bem demonstra a avalanche de lançamentos durante os primeiros anos da carreira de Elvis. Eram tantas as músicas disponíveis que muitas vezes os próprios singles do Rei competiam entre si. Apesar de toda essa correria e abundância de novos títulos o single não deixou de se tornar um grande sucesso alcançando o primeiro lugar da parada de singles logo no começo de 1958. Dessa forma o compacto "Don't / I Beg Of You" se tornava o sétimo single de Elvis a entrar no topo de sucessos da revista Billboard. Mais um disco de ouro para sua vasta coleção de prêmios.

Já o lado B do single vinha com outra canção que foi gravada na costa oeste em 1957 e que ficou bastante tempo arquivada, isso para os padrões dos anos 50 evidentemente! Tom Parker não gostou muito do resultado final e por isso seu lançamento foi sendo sistematicamente adiado até que ela foi finalmente colocada como lado B do single "Don't". Talvez para agradar Parker ou o próprio Elvis a música acabou tendo duas versões com arranjos diferenciados. Aquele que acabou prevalecendo e que se tornou oficial não é o melhor na minha opinião, pois a outra versão tem muito mais pique e energia. A mais rápida só iria chegar aos lançamentos da gravadora de Elvis muitos anos depois no CD "Essential Elvis - Stereo 57". Essa coleção acabou sendo a precursora do projeto "Follow That Dream" (FTD) que ao longo dos anos tem lançado vasto material inédito de Elvis, seja através de apresentações dos anos 70, seja pelo lançamento de edições revisionistas de seus álbuns clássicos, seja por meio de discos de takes alternativos. De qualquer forma "I Beg Of You" é um belo exemplo do melhor rock de Elvis Presley nos anos 50. Imperdível.

Pablo Aluísio.

Rita Lee

Rita Lee 
Grande Rita Lee! Se você pertenceu à minha geração e cresceu ali por volta dos anos 70 e 80 não houve como não conhecer o trabalho dessa grande artista brasileira. Ela foi a trilha sonora da vida de muita gente, inclusive da minha que praticamente nasceu, cresceu e viveu ao som de suas músicas. Tive o privilégio de viver no tempo da Rita Lee, de ouvir suas canções tocando no rádio e de ter discos dela em minha casa. Quem gostava de música, gostava da Rita Lee. Associação obrigatória! 

Realmente foi a rainha do rock brasileiro, mas não apenas isso, também foi uma grande artista pop e refletiu com seus discos as mudanças pelas quais passou a própria música brasileira ao longo de todos esses anos. Deixo aqui meus singelos agradecimentos a essa inigualável cantora, uma das que a cultura brasileira mais tem de se orgulhar. Rita que foi jovem na melhor época para ser jovem, que foi roqueira no auge do rock, que foi cantora em um tempo em que a nossa música era maravilhosa. Com ela se vai também grande parte dessa riqueza musical...

Obrigado Rita!
Paz e luz para sua alma! 

Pablo Aluísio. 

terça-feira, 9 de maio de 2023

Zorro, O Justiceiro Mascarado

Título no Brasil: Zorro, O Justiceiro Mascarado
Título Original: El Zorro
Ano de Lançamento: 1968
País: Espanha, Itália
Estúdio: ECC Cinema
Direção: Guido Zurli
Roteiro: Guido Leoni, Ambrogio Molteni
Elenco: George Ardisson, Giacomo Rossi, StuartFemi Benussi, Ignazio Spalla, Femi Benussi, Riccardo Pizzuti

Sinopse:
Dom Pedro, um latifundiário rico, poderoso e cruel, começa a oprimir a população pobre de uma pequena vila espanhola. Vendo toda essa injustiça um jovem nobre decide colocar uma roupa e uma máscara para combater suas injustiças, nascendo daí a lenda do Zorro, o Justiceiro mascarado. 

Comentários:
Nada mais adequado do que o Zorro ganhar sua versão no cinema espanhol, afinal os personagens originais eram espanhóis, só depois sendo adaptados para viverem suas aventuras na Califórnia, o ensolarado estado da costa oeste dos Estados Unidos. Quem interpreta o Zorro nessa produção é o ator George Ardisson, bem conhecido dos fãs de western spaghetti. Apesar do nome artístico norte-americano, ele era italiano de Turim. Nessa versão não há maiores inovações em termos de roteiro. Só achei meio curioso a troca do nome de alguns personagens. Don Diego de La Viega se tornou Don Diego di Alcantara e o obeso e divertido Sargento Garcia virou Sargento Gomez! O que deverá ter ocorrido? Problemas de direitos autorais? Vai saber... de qualquer forma vale a pena conhecer essa versão espanhola do espadachim mais famoso do cinema. 

Pablo Aluísio.

Os Dois Sargentos do General Custer

Título no Brasil: Os Dois Sargentos do General Custer
Título Original: I due sergenti del generale Custer
Ano de Lançamento: 1965
País: Itália, Espanha
Estúdio: Balcázar Producciones Cinematográficas
Direção: Giorgio Simonelli
Roteiro: Alfonso Balcázar, Marcello Ciorciolini
Elenco: Franco Franchi, Ciccio Ingrassia, Margaret Lee, Fernando Sancho, Franco Giacobini, Ernesto Calindri

Sinopse:
Durante a guerra civil, dois soldados da União de origem siciliana, Ciccio e Franco, são presos e acusados ​​de deserção. A sorte de repente está do lado deles quando o exército da União Custer precisa de dois para uma operação de espionagem de emergência.

Comentários:
A história do General Custer já rendeu muitos flmes, livros e peças de teatro. Tudo fruto da tragédia que se abateu sobre ele e sua sétima cavalaria que foram dizimados no campo de batalha durante as chamadas guerras índigenas. Com certeza foi o evento do velho oeste envolvendo a cavalaria que mais deu origem a produtos da cultura pop. A tragédia e o massacre criaram uma forte sensação de choque no inconsciente coletivo e a arte se aproveitou disso. Esse filme aqui usa a figura do Custer apenas como pano de fundo. Esse western spaghetti também aproveita para trazer humor pois os dois atores principais do filme eram bem conhecidos na Itália justamente por trilharem e trabalharem nessa linha. Assim para quem deseja conhecer mais ou pelo menos assistir um filme mais sério ou histórico sobre Custer e a sétima cavalaria, esse filme obviamente não seria o mais indicado. 

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 8 de maio de 2023

O Aventureiro do Mississippi

Título no Brasil: O Aventureiro do Mississippi
Título Original: The Mississippi Gambler
Ano de Lançamento: 1953
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Rudolph Maté
Roteiro: Seton I. Miller
Elenco: Tyrone Power, Piper Laurie, Julie Adams, John McIntire, Paul Cavanagh, Ron Randell

Sinopse:
Em 1854, no Mississippi, o jogador Mark Fallon (Tyrone Power) ganha em um jogo de cartas o colar de diamantes do jovem Laurent Dureau, uma herança de família que, no final, lhe trará felicidade e tragédia. Sua carreira no jogo lhe traz riqueza, mas também duelos, tragédias e complicações românticas.

Comentários:
Tyrone Power foi um dos maiores galãs da história do cinema americano. Era considerado em sua época o homem mais bonito do mundo. Por essa razão não podia interpretar nem perdedores e nem vigaristas - de corpo ou apenas de alma. Por isso o papel do jogador de cartas desse filme foi bem suavizado. Esses tipos de jogadores, que geralmente atuavam nos barcos que atravessavam o rio Mississippi, nunca tinham sido retratados antes como pessoas honestas, íntegras. Geralmente eram enganadores profissionais, mas não era conveniente e nem aceitável que Power viesse a interpretar um tipo de sujeito sujo como esse. Por isso vieram as mudanças no roteiro. O filme é bem romântico e daqueles com bela fotografia. E o tema histórico obviamente chama a atenção. A única coisa pouco crível é justamente o personagem de Power, bonzinho demais para ter existido na época em que a historia do filme se passa. A direção de fotografia se destaca, com o aproveitamento da beleza natural desse histórico rio do Sul dos Estados Unidos. Os antigos barcos brancos com seus lemes gigantescos também chamam a atenção nessa boa reconstituição histórica desse marcante período da história norte-americana.

Pablo Aluísio.