Quando surgiu, o cineasta M. Night Shyamalan foi aclamado como uma das maiores novidades do cinema. Seus filmes, na maioria das vezes também roteirizados por ele, logo se tornaram frenesi entre público e crítica. Porém, é inegável reconhecer, que o fôlego do diretor para obras primas do cinema atual não durou muito. Logo foram perdendo o brilho de seus primeiros filmes. Esse "A Dama na Água" já demonstrava claros sinais de desgaste e falta de originalidade. Em linhas gerais o roteiro de M. Night Shyamalan bebia diretamente como fonte das antigas lendas de seres marinhos, de linhagem feminina, que encontravam os homens nas longas viagens pelos sete mares. Pois é, esse roteiro traz como protagonista uma espécie de sereia. Temos aqui claramente uma reciclagem modernosa de lendas antigas...
Só que obviamente o diretor não iria fazer algo tão banal, então ele criou todo um universo para esse estranho ser, muito embora não explique praticamente nada, transformando tudo em um filme de enredo bem vazio e entediante. A história de um zelador que encontra uma estranha mulher nadando na piscina no lugar onde ele trabalha não avança muito. É puro estilo, mas sem conteúdo. Quando chegou nos cinemas (eu assisti em uma sala de cinema em setembro de 2006) ainda havia uma percepção de que o novo filme de M. Night Shyamalan era novamente muito interessante, original e tudo mais. Porém revisto hoje em dia percebemos claramente que tudo não passava de bolhas no ar que logo explodiram, sumindo rapidamente. De certa forma o filme é uma grande farsa, no pior sentido dessa palavra.
A Dama na Água (Lady in the Water, Estados Unidos, 2006) Direção: M. Night Shyamalan / Roteiro: M. Night Shyamalan / Elenco: Paul Giamatti, Bryce Dallas Howard, Jeffrey Wright / Sinopse: Um homem comum, zelador de um condomínio, encontra uma estranha mulher na priscina do lugar onde trabalha. O que ele nem desconfia é que ela não é um ser humano como ele, mas sim uma criatura muito especial.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 11 de março de 2022
Esposamante
Título no Brasil: Esposamante
Título Original: Mogliamante
Ano de Produção: 1977
País: Itália
Estúdio: Vides Cinematografica
Direção: Marco Vicario
Roteiro: Rodolfo Sonego, Marco Vicario
Elenco: Marcello Mastroianni, Laura Antonelli, Leonard Mann, William Berger, Gastone Moschin, Stefano Patrizi
Sinopse:
Luigi De Angelis (Mastroianni) é um comerciante de vinhos de uma pequena cidade do norte da Itália. Após ser acusado de assassinato ele passa a viver escondido no sótão de uma casa. De lá passa a observar sua jovem esposa que sempre oprimiu. Livre dele, Antonia (Laura Antonelli) passa a ser uma mulher linda, sensual e dona de si mesma.
Comentários:
Excelente filme, uma crônica sobre os absurdos e as hipocrisias que rondam o casamento de um homem conservador mais velho que morre de ciúmes de sua bela mulher, muito mais jovem do que ele. O marido a oprime, mal deixando ela sair de casa para andar na cidade. Quando ele precisa se esconder para não ser preso, passa a ver sua esposa se libertar, assumir os negócios dele, se tornando a mulher mais desejada da região. O roteiro discute assim os tais valores conservadores e a hipocrisia que sempre rondou a tal "família tradicional". A atriz Laura Antonelli estava no auge de sua beleza. Já de Marcello Mastroianni não há o que criticar. Sempre foi um excelente ator, realmente fora de série.
Pablo Aluísio.
Título Original: Mogliamante
Ano de Produção: 1977
País: Itália
Estúdio: Vides Cinematografica
Direção: Marco Vicario
Roteiro: Rodolfo Sonego, Marco Vicario
Elenco: Marcello Mastroianni, Laura Antonelli, Leonard Mann, William Berger, Gastone Moschin, Stefano Patrizi
Sinopse:
Luigi De Angelis (Mastroianni) é um comerciante de vinhos de uma pequena cidade do norte da Itália. Após ser acusado de assassinato ele passa a viver escondido no sótão de uma casa. De lá passa a observar sua jovem esposa que sempre oprimiu. Livre dele, Antonia (Laura Antonelli) passa a ser uma mulher linda, sensual e dona de si mesma.
Comentários:
Excelente filme, uma crônica sobre os absurdos e as hipocrisias que rondam o casamento de um homem conservador mais velho que morre de ciúmes de sua bela mulher, muito mais jovem do que ele. O marido a oprime, mal deixando ela sair de casa para andar na cidade. Quando ele precisa se esconder para não ser preso, passa a ver sua esposa se libertar, assumir os negócios dele, se tornando a mulher mais desejada da região. O roteiro discute assim os tais valores conservadores e a hipocrisia que sempre rondou a tal "família tradicional". A atriz Laura Antonelli estava no auge de sua beleza. Já de Marcello Mastroianni não há o que criticar. Sempre foi um excelente ator, realmente fora de série.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 10 de março de 2022
Nunca Deixe de Lembrar
Filme alemão, pouco conhecido no Brasil, mas realmente muito bom. Qual é a história? O filme conta a vida do artista Kurt Barnert. Pintor talentoso, ele se viu sendo esmagado, muitas vezes ao longo de sua trajetória, por duas das ideologias mais perversas da humanidade. Quando criança ele viu uma tia muito querida sendo levada pelos nazistas. Ela era uma jovem instrumentista, pianista, que começou a apresentar sinais de esquizofrenia. Na Alemanha nazista isso era praticamente uma sentença de morte. Pessoas que apresentavam sinais de doença mental logo eram separadas de seus familiares. Levadas para instituições psiquiátricas eram logo selecionadas para as câmaras de gás. Uma situação terrível!
O tempo passa, a guerra acaba, mas os problemas de Kurt não terminam. A cidade onde ele nasceu e viveu passa a fazer parte da Alemanha Oriental, parte alemã do país que é comandada pela União Soviética. Ele deixa de viver em uma nação nazista para uma nação comunista. Começa seus estudos na escola de belas artes, mas até mesmo as artes eram dominadas pelo partido comunista. Nada de arte dita degenerada. Apenas a exaltação do regime era permitida. Um estilo que passou a ser denominado "Arte Realista Socialista". Quadros mostrando trabalhadores levantando a foice e martelo. Retratos de Stálin, Lênin e Karl Marx. Imaginem como era frustante para um artista como ele.
O roteiro também desenvolve um elo de ligação muito interessante com o passado de Kurt e o seu presente. Sem ao menos desconfiar ele acaba se casando com a filha do mesmo médico que enviou sua tia para morrer nos tempos do nazismo. O sujeito era oficial da SS. Isso cria mais um dilema terrível em sua vida a se superar. Como passar por cima de algo assim? Como eu escrevi no começo do texto esse filme é realmente muito bom. Tem longa duração (mais de 3 horas!), mas em momento algum me senti cansado. É uma excelente dica para quem deseja conhecer o cinema alemão dos nossos dias.
Nunca Deixe de Lembrar (Werk ohne Autor, Alemanha, 2018) Direção: Florian Henckel von Donnersmarck / Roteiro: Florian Henckel von Donnersmarck / Elenco: Tom Schilling, Sebastian Koch, Paula Beer / Sinopse: O filme conta a história do pintor alemão Kurt Barnert, que apesar de seu grande talento, precisou viver sob a dominação de duas das ideologias políticas mais violentas do século XX, o nazismo e o comunismo.
Pablo Aluísio.
O tempo passa, a guerra acaba, mas os problemas de Kurt não terminam. A cidade onde ele nasceu e viveu passa a fazer parte da Alemanha Oriental, parte alemã do país que é comandada pela União Soviética. Ele deixa de viver em uma nação nazista para uma nação comunista. Começa seus estudos na escola de belas artes, mas até mesmo as artes eram dominadas pelo partido comunista. Nada de arte dita degenerada. Apenas a exaltação do regime era permitida. Um estilo que passou a ser denominado "Arte Realista Socialista". Quadros mostrando trabalhadores levantando a foice e martelo. Retratos de Stálin, Lênin e Karl Marx. Imaginem como era frustante para um artista como ele.
O roteiro também desenvolve um elo de ligação muito interessante com o passado de Kurt e o seu presente. Sem ao menos desconfiar ele acaba se casando com a filha do mesmo médico que enviou sua tia para morrer nos tempos do nazismo. O sujeito era oficial da SS. Isso cria mais um dilema terrível em sua vida a se superar. Como passar por cima de algo assim? Como eu escrevi no começo do texto esse filme é realmente muito bom. Tem longa duração (mais de 3 horas!), mas em momento algum me senti cansado. É uma excelente dica para quem deseja conhecer o cinema alemão dos nossos dias.
Nunca Deixe de Lembrar (Werk ohne Autor, Alemanha, 2018) Direção: Florian Henckel von Donnersmarck / Roteiro: Florian Henckel von Donnersmarck / Elenco: Tom Schilling, Sebastian Koch, Paula Beer / Sinopse: O filme conta a história do pintor alemão Kurt Barnert, que apesar de seu grande talento, precisou viver sob a dominação de duas das ideologias políticas mais violentas do século XX, o nazismo e o comunismo.
Pablo Aluísio.
Separados pelo Casamento
O título nacional já define bem a história que esse filme conta. Como dizia o velho ditado popular "Nada destrói mais a paixão do que o casamento". Pois é, no filme um casal que se amava começa a brigar e se odiar depois que se casa. E tudo vira motivo para aborrecimentos e explosões de raiva. Brigas e mais brigas. O curioso é que deveria ser apenas mais uma comédia romântica estrelada pela darling Jennifer Aniston. Porém há um tom de drama e amargura no texto desse roteiro, mesmo que de forma camuflada e inesperada. Penso que não vai existir casal que não vá se identificar com uma cena ou outra mostrada no filme. São situações bem familiares para quem já viveu dentro de um casamento naufragado. O casamento é uma droga!
Já para quem gosta de histórias picantes de bastidores vale mencionar que Jennifer Aniston começou a namorar Vince Vaughn durante as filmagens, o que rendeu semanas e mais semanas de capas de revistas de fofocas. Muita gente ficou surpresa porque afinal ela havia saído de um relacionamento sério com o bonitão Brad Pitt. Vince Vaughn passava longe de competir com seu ex, uma vez que sempre foi um comediante bonachão, desses que ninguém leva muito à sério. Bom, é a tal coisa, o coração tem razões que até mesmo a razão desconhece. Provavelmente ela o achou um cara divertido para se estar por perto. Vai saber...
Separados pelo Casamento (The Break-Up, Estados Unidos, 2006) Direção: Peyton Reed / Roteiro: Vince Vaughn, Jeremy Garelick / Elenco: Jennifer Aniston, Vince Vaughn, Joey Lauren Adams, Cole Hauser, Jon Favreau / Sinopse: Jovem casal começa a viver uma rotina de brigas sem fim em seu casamento que começou a entrar em um ciclo sem volta, onde todos pensam que tudo terminará em um divórcio daqueles bem complicados..
Pablo Aluísio.
Já para quem gosta de histórias picantes de bastidores vale mencionar que Jennifer Aniston começou a namorar Vince Vaughn durante as filmagens, o que rendeu semanas e mais semanas de capas de revistas de fofocas. Muita gente ficou surpresa porque afinal ela havia saído de um relacionamento sério com o bonitão Brad Pitt. Vince Vaughn passava longe de competir com seu ex, uma vez que sempre foi um comediante bonachão, desses que ninguém leva muito à sério. Bom, é a tal coisa, o coração tem razões que até mesmo a razão desconhece. Provavelmente ela o achou um cara divertido para se estar por perto. Vai saber...
Separados pelo Casamento (The Break-Up, Estados Unidos, 2006) Direção: Peyton Reed / Roteiro: Vince Vaughn, Jeremy Garelick / Elenco: Jennifer Aniston, Vince Vaughn, Joey Lauren Adams, Cole Hauser, Jon Favreau / Sinopse: Jovem casal começa a viver uma rotina de brigas sem fim em seu casamento que começou a entrar em um ciclo sem volta, onde todos pensam que tudo terminará em um divórcio daqueles bem complicados..
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 9 de março de 2022
O Carrasco de Roma
Título no Brasil: O Carrasco de Roma
Título Original: Rappresaglia
Ano de Produção: 1973
País: França, Itália
Estúdio: CCCF Films
Direção: George P. Cosmatos
Roteiro: Robert Katz, George P. Cosmatos
Elenco: Richard Burton, Marcello Mastroianni, Leo McKern, John Steiner, Anthony Steel, Peter Vaughan
Sinopse:
II Guerra Mundial. Uma tropa de soldados da Alemanha é morta em uma emboscada. Como represália um oficial nazista da SS toma a decisão de executar mais de 400 italianos, moradores de Roma. O evento passou a ser conhecido como o Massacre de Roma.
Comentários:
Nas guerras todos os tipos de atrocidades são cometidas. A II Guerra Mundial foi palco de muitos crimes de guerra. Para o povo de Roma nada foi pior do que esse massacre promovido por um oficial nazista chamado Herbert Kappler (Burton, em excelente atuação). Depois que soldados do exército alemão caíram em uma emboscada ele decidiu que iria se vingar nos civis. Foram escolhidos 400 moradores de Roma, pessoas selecionadas a esmo, para morrerem em vingança à morte dos militares do III Reich. Uma grande atrocidade, sem dúvida. O filme traz um tema delicado, sensível. Para muitos foi o melhor filme do diretor George P. Cosmatos. Por fim vale lembrar que essa produção chegou a ser lançada no Brasil em VHS pelo selo Globo Vídeo. Só que mudaram o título na ocasião para "O Massacre de Roma".
Pablo Aluísio.
Título Original: Rappresaglia
Ano de Produção: 1973
País: França, Itália
Estúdio: CCCF Films
Direção: George P. Cosmatos
Roteiro: Robert Katz, George P. Cosmatos
Elenco: Richard Burton, Marcello Mastroianni, Leo McKern, John Steiner, Anthony Steel, Peter Vaughan
Sinopse:
II Guerra Mundial. Uma tropa de soldados da Alemanha é morta em uma emboscada. Como represália um oficial nazista da SS toma a decisão de executar mais de 400 italianos, moradores de Roma. O evento passou a ser conhecido como o Massacre de Roma.
Comentários:
Nas guerras todos os tipos de atrocidades são cometidas. A II Guerra Mundial foi palco de muitos crimes de guerra. Para o povo de Roma nada foi pior do que esse massacre promovido por um oficial nazista chamado Herbert Kappler (Burton, em excelente atuação). Depois que soldados do exército alemão caíram em uma emboscada ele decidiu que iria se vingar nos civis. Foram escolhidos 400 moradores de Roma, pessoas selecionadas a esmo, para morrerem em vingança à morte dos militares do III Reich. Uma grande atrocidade, sem dúvida. O filme traz um tema delicado, sensível. Para muitos foi o melhor filme do diretor George P. Cosmatos. Por fim vale lembrar que essa produção chegou a ser lançada no Brasil em VHS pelo selo Globo Vídeo. Só que mudaram o título na ocasião para "O Massacre de Roma".
Pablo Aluísio.
Os Rapazes da Companhia C
Título no Brasil: Os Rapazes da Companhia C
Título Original: The Boys in Company C
Ano de Produção: 1978
País: Estados Unidos
Estúdio: Golden Harvest Company
Direção: Sidney J. Furie
Roteiro: Rick Natkin, Sidney J. Furie
Elenco: Stan Shaw, Andrew Stevens, James Canning, Michael Lembeck, Craig Wasson, Scott Hylands
Sinopse:
Um grupo de jovens, todos da Califórnia, acabam se alistando no exército dos Estados Unidos. Depois de uma fase dura de treinamento básico eles são enviados para o Vietnã, onde o país começa a afundar em uma guerra sem sentido.
Comentários:
Alguns críticos de cinema gostam de afirmar que o ciclo dos filmes sobre a Guerra do Vietnã começou na década de 1980 após o lançamento de "Platoon" de Oliver Stone e "Nascido Para Matar" de Stanley Kubrick. Visão equivocada. Já nos anos 70, poucos anos depois do fim da guerra, já havia filmes sendo produzidos. O maior exemplo, claro, é "Apocalypse Now" com Marlon Brando e Martin Sheen. Esse aqui seguiu mais ou menos na mesma época. É um filme muito bom, embora pouco conhecido no Brasil. Mostra um pouco da vida dos rapazes, depois o treinamento pesado e por fim a lama do Vietnã, um país que eles nunca tinham ouvido falar. Acabaria sendo o túmulo de alguns deles. Enfim, bom filme de guerra. Para se ter também na coleção.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Boys in Company C
Ano de Produção: 1978
País: Estados Unidos
Estúdio: Golden Harvest Company
Direção: Sidney J. Furie
Roteiro: Rick Natkin, Sidney J. Furie
Elenco: Stan Shaw, Andrew Stevens, James Canning, Michael Lembeck, Craig Wasson, Scott Hylands
Sinopse:
Um grupo de jovens, todos da Califórnia, acabam se alistando no exército dos Estados Unidos. Depois de uma fase dura de treinamento básico eles são enviados para o Vietnã, onde o país começa a afundar em uma guerra sem sentido.
Comentários:
Alguns críticos de cinema gostam de afirmar que o ciclo dos filmes sobre a Guerra do Vietnã começou na década de 1980 após o lançamento de "Platoon" de Oliver Stone e "Nascido Para Matar" de Stanley Kubrick. Visão equivocada. Já nos anos 70, poucos anos depois do fim da guerra, já havia filmes sendo produzidos. O maior exemplo, claro, é "Apocalypse Now" com Marlon Brando e Martin Sheen. Esse aqui seguiu mais ou menos na mesma época. É um filme muito bom, embora pouco conhecido no Brasil. Mostra um pouco da vida dos rapazes, depois o treinamento pesado e por fim a lama do Vietnã, um país que eles nunca tinham ouvido falar. Acabaria sendo o túmulo de alguns deles. Enfim, bom filme de guerra. Para se ter também na coleção.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 8 de março de 2022
A Casa do Fim do Mundo
Título no Brasil: A Casa do Fim do Mundo
Título Original: A Home at the End of the World
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Michael Mayer
Roteiro: Michael Cunningham
Elenco: Colin Farrell, Robin Wright, Sissy Spacek, Dallas Roberts, Michael Mayer, Ron Lea
Sinopse:
O filme conta a história de amizade que atravessa as décadas. Bobby e Jonathan são amigos desde a juventude. Anos depois eles voltam a se reencontrar, só que uma mulher pode colocar um fim nessa amizade que dura anos.
Comentários:
O sujeito que se apaixona pela mulher de seu melhor amigo. Pois é, complicado. De certa forma é um tema batido, já devidamente explorado em filmes, romances, peças de teatro. Não faltam exemplos no mundo das artes. Curiosamente é também uma história que ainda funciona. Esse filme é uma mistura de drama e romance, com nuances psicológicas. Afinal você ainda seria amigo de alguém que o trairia, roubando sua própria mulher? Uma amizade pode sobreviver a uma traição amorosa? Perguntas que o roteiro do filme tenta responder. O elenco é muito bom e sobrevive até mesmo ao penteado horroroso que Colin Farrell exibe no filme. Maior sinal de bom trabalho dos atores não poderia existir. Enfim, deixo a dica. Um filme interessante para quem já cultivou uma amizade que atravessou os anos.
Pablo Aluísio.
Título Original: A Home at the End of the World
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Michael Mayer
Roteiro: Michael Cunningham
Elenco: Colin Farrell, Robin Wright, Sissy Spacek, Dallas Roberts, Michael Mayer, Ron Lea
Sinopse:
O filme conta a história de amizade que atravessa as décadas. Bobby e Jonathan são amigos desde a juventude. Anos depois eles voltam a se reencontrar, só que uma mulher pode colocar um fim nessa amizade que dura anos.
Comentários:
O sujeito que se apaixona pela mulher de seu melhor amigo. Pois é, complicado. De certa forma é um tema batido, já devidamente explorado em filmes, romances, peças de teatro. Não faltam exemplos no mundo das artes. Curiosamente é também uma história que ainda funciona. Esse filme é uma mistura de drama e romance, com nuances psicológicas. Afinal você ainda seria amigo de alguém que o trairia, roubando sua própria mulher? Uma amizade pode sobreviver a uma traição amorosa? Perguntas que o roteiro do filme tenta responder. O elenco é muito bom e sobrevive até mesmo ao penteado horroroso que Colin Farrell exibe no filme. Maior sinal de bom trabalho dos atores não poderia existir. Enfim, deixo a dica. Um filme interessante para quem já cultivou uma amizade que atravessou os anos.
Pablo Aluísio.
Caiu do Céu
Título no Brasil: Caiu do Céu
Título Original: Millions
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Fox Searchlight
Direção: Danny Boyle
Roteiro: Frank Cottrell Boyce
Elenco: Alex Etel, Lewis McGibbon, James Nesbitt, Daisy Donovan, Christopher Fulford, Pearce Quigley
Sinopse:
O filme conta a história de um menino inglês de 9 anos que tem uma vida familiar disfuncional. Para fugir da realidade ele conta com sua imaginação fértil, até que um dia ele encontra uma maleta com uma pequena fortuna dentro. E agora, o que irá fazer?
Comentários:
O cineasta Danny Boyle tem um estilo bem próprio e peculiar de fazer cinema. Alguns odeiam, outros amam. Eu fico no meio termo. Penso que quando acerta a mão ele consegue fazer grandes filmes. Não é bem o caso desse aqui que ainda assim pode ser considerado um bom filme. É uma história simples, mas com grande significado emocional e psicológico, ainda mais se formos nos colocar na mente desse menino que um dia descobre uma maleta cheia de dinheiro. Ele tem formação católica o que o coloca naquele dilema envolvendo santos e pecadores. Acredito que o maior mérito do filme seja justamente discutir questões complexas de moralidade, ética e honestidade partindo justamente de uma das histórias mais simples. Nesse aspecto o filme realmente surpreende.
Pablo Aluísio.
Título Original: Millions
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Fox Searchlight
Direção: Danny Boyle
Roteiro: Frank Cottrell Boyce
Elenco: Alex Etel, Lewis McGibbon, James Nesbitt, Daisy Donovan, Christopher Fulford, Pearce Quigley
Sinopse:
O filme conta a história de um menino inglês de 9 anos que tem uma vida familiar disfuncional. Para fugir da realidade ele conta com sua imaginação fértil, até que um dia ele encontra uma maleta com uma pequena fortuna dentro. E agora, o que irá fazer?
Comentários:
O cineasta Danny Boyle tem um estilo bem próprio e peculiar de fazer cinema. Alguns odeiam, outros amam. Eu fico no meio termo. Penso que quando acerta a mão ele consegue fazer grandes filmes. Não é bem o caso desse aqui que ainda assim pode ser considerado um bom filme. É uma história simples, mas com grande significado emocional e psicológico, ainda mais se formos nos colocar na mente desse menino que um dia descobre uma maleta cheia de dinheiro. Ele tem formação católica o que o coloca naquele dilema envolvendo santos e pecadores. Acredito que o maior mérito do filme seja justamente discutir questões complexas de moralidade, ética e honestidade partindo justamente de uma das histórias mais simples. Nesse aspecto o filme realmente surpreende.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 7 de março de 2022
O Beco do Pesadelo
Excelente filme! Esse é um dos candidatos ao Oscar de melhor filme desse ano. Mereceu essa e todas as demais indicações. A história começa em 1938. Stanton Carlisle (Bradley Cooper) é um homem que literalmente coloca fogo em seu passado. Quando pega a estrada, sua casa (e um corpo não identificado) são consumidos pelas chamas. Ele sai sem rumo, sem direção. Acaba indo parar em um velho parque de diversões decadente. Começa a trabalhar ali como trabalhador braçal, mas não demora muito e começa a aprender alguns truques com um velho mágico que está sendo corroído pelo alcoolismo. O veterano também lhe ensina algumas técnicas de leitura fria e leitura quente, artimanhas usadas em jogos de suposta "espiritualidade". O velho não dura muito e deixa para ele apenas um conselho para nunca usar aquelas técnicas se passando por médium. Afinal isso seria puro charlatanismo, nada condizente com a tradição dos grandes mágicos do passado.
Só que vigarista é vigarista e Carlisle vai para a grande cidade, se vender como alguém que consegue conversar com os mortos. Se aliando a uma analista desonesta chamada Dra. Lilith Ritter (Cate Blanchett) ele passa a ter acesso a informações privilegiadas que usa para enganar homens ricos e poderosos, entre eles um juiz que perdeu seu jovem filho e um chefe mafioso corroído pela morte da mulher que mais amou na vida. E de golpe em golpe, ele começa a escalar mais e mais nos seus jogos de enganação, chegando até mesmo a promover supostas aparições (materializações) de pessoas mortas, algo que vai colocar sua vida em risco. Ser vigarista também tem seus limites! Grande filme, adorei. O elenco, a direção de arte, a produção, tudo surge na tela para engrandecer uma produção realmente classe A. Esse é um daqueles filmes atuais especialmente indicados para quem aprecia o cinema clássico do passado de Hollywood. Um dos melhores do ano, certamente.
O Beco do Pesadelo (Nightmare Alley, Estados Unidos, 2021) Direção: Guillermo del Toro / Roteiro: Guillermo del Toro, Kim Morgan, baseados no romance escrito por William Lindsay Gresham / Elenco: Bradley Cooper, Cate Blanchett, Toni Collette, Willem Dafoe, Richard Jenkins, Rooney Mara, Ron Perlman, Mary Steenburgen / Sinopse: Um andarilho acaba indo trabalhar em um velho parque de diversões onde aprende técnicas com um mágico no fim de sua vida. A partir daí ele parte para a cidade grande onde passa a enganar pessoas ricas, dizendo ter acesso a seus parentes falecidos. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor filme, melhor design de produção, melhor figurino e melhor direção de fotografia (Dan Laustsen).
Pablo Aluísio.
Só que vigarista é vigarista e Carlisle vai para a grande cidade, se vender como alguém que consegue conversar com os mortos. Se aliando a uma analista desonesta chamada Dra. Lilith Ritter (Cate Blanchett) ele passa a ter acesso a informações privilegiadas que usa para enganar homens ricos e poderosos, entre eles um juiz que perdeu seu jovem filho e um chefe mafioso corroído pela morte da mulher que mais amou na vida. E de golpe em golpe, ele começa a escalar mais e mais nos seus jogos de enganação, chegando até mesmo a promover supostas aparições (materializações) de pessoas mortas, algo que vai colocar sua vida em risco. Ser vigarista também tem seus limites! Grande filme, adorei. O elenco, a direção de arte, a produção, tudo surge na tela para engrandecer uma produção realmente classe A. Esse é um daqueles filmes atuais especialmente indicados para quem aprecia o cinema clássico do passado de Hollywood. Um dos melhores do ano, certamente.
O Beco do Pesadelo (Nightmare Alley, Estados Unidos, 2021) Direção: Guillermo del Toro / Roteiro: Guillermo del Toro, Kim Morgan, baseados no romance escrito por William Lindsay Gresham / Elenco: Bradley Cooper, Cate Blanchett, Toni Collette, Willem Dafoe, Richard Jenkins, Rooney Mara, Ron Perlman, Mary Steenburgen / Sinopse: Um andarilho acaba indo trabalhar em um velho parque de diversões onde aprende técnicas com um mágico no fim de sua vida. A partir daí ele parte para a cidade grande onde passa a enganar pessoas ricas, dizendo ter acesso a seus parentes falecidos. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor filme, melhor design de produção, melhor figurino e melhor direção de fotografia (Dan Laustsen).
Pablo Aluísio.
A Morte Espera no 322
Filme noir que chegou a ser exibido recentemente no Brasil pelo canal Telecine Cult. Todos os elementos desse tipo de clássico estão presentes em cena. Há uma mulher fatal, que se relaciona com um ladrão de bancos e um policial, que ao contrário do que era normal ver em filmes policiais da época, apresenta uma postura nada condizente com a lei e a ordem. Quando descobre que há uma pequena fortuna em jogo (200 mil dólares) ele balança. Não demora muito e se junta à mulher do gângster para enganar a todos, ficando com a grana que obviamente foi fruto de um roubo. É um tira desonesto que vai ter que lidar com situações perigosas e delicadas. Não honra seu distintivo e nem está preocupado com isso. Ele tem como objetivo apenas pegar o dinheiro e desaparecer para sempre.
O roteiro desse filme foi escrito a partir do romance policial ""The Night Watch" escrito por Thomas Walsh. Curiosamente o roteiro ainda mesclou essa história base com elementos de outro livro da época, escrito por Bill S. Ballinger, Nessa mistura de literatura Pulp surge uma história das mais interessantes, onde os protagonistas são todos patifes, sem exceção. Com bom elenco e direção segura de Richard Quinem, eu destacaria a presença da atriz Kim Novak. Jovem e no auge de sua beleza, ela roubou o filme do astro principal, Fred MacMurray, que sem ter o mesmo carisma de Novak, acabou ficando totalmente ofuscado!
A Morte Espera no 322 (Pushover, Estados Unidos, 1954) Direção: Richard Quine / Roteiro: Roy Huggins / Elenco: Fred MacMurray, Kim Novak, Dorothy Malone, Philip Carey, E.G. Marshall / Sinopse: Policial corrupto resolve se unir a mulher de um chefe de quadrilha especializada em roubos a bancos, para dar um golpe em todos os envolvidos no crime.
Pablo Aluísio.
O roteiro desse filme foi escrito a partir do romance policial ""The Night Watch" escrito por Thomas Walsh. Curiosamente o roteiro ainda mesclou essa história base com elementos de outro livro da época, escrito por Bill S. Ballinger, Nessa mistura de literatura Pulp surge uma história das mais interessantes, onde os protagonistas são todos patifes, sem exceção. Com bom elenco e direção segura de Richard Quinem, eu destacaria a presença da atriz Kim Novak. Jovem e no auge de sua beleza, ela roubou o filme do astro principal, Fred MacMurray, que sem ter o mesmo carisma de Novak, acabou ficando totalmente ofuscado!
A Morte Espera no 322 (Pushover, Estados Unidos, 1954) Direção: Richard Quine / Roteiro: Roy Huggins / Elenco: Fred MacMurray, Kim Novak, Dorothy Malone, Philip Carey, E.G. Marshall / Sinopse: Policial corrupto resolve se unir a mulher de um chefe de quadrilha especializada em roubos a bancos, para dar um golpe em todos os envolvidos no crime.
Pablo Aluísio.
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