sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

O Grande Ataque

Título no Brasil: O Grande Ataque
Título Original: The Great Raid
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos, Austrália
Estúdio: Miramax
Direção: John Dahl
Roteiro: Carlo Bernard
Elenco: James Franco, Benjamin Bratt, Robert Mammone, Max Martini, James Carpinello, Mark Consuelos

Sinopse:
Roteiro baseado em fatos históricos reais. Durante a Segunda Grande Guerra Mundial um grupo de militares americanos é aprisionado pelos japoneses. Eles são enviados para um campo onde torturas e violação de direitos humanos se torna algo cotidiano. Para tentar libertá-los um grupo especial dos Rangers é enviado para o resgate.

Comentários:
Parece que a fórmula para se fazer grandes filmes sobre a Segunda Guerra Mundial se perdeu no passado. Não consigo lembrar de nenhum grande filme feito recentemente sobre esse evento histórico tão importante. Os clássicos do cinema são todos de um passado agora já distante. Essa produção da Miramax tentou resgatar esse velho estilo de fazer cinema, mas em minha opinião falhou. O filme não consegue convencer muito. Embora até bem produzido, o filme não convence. James Franco, líder do grupo de resgate, não convence como militar durão. E não adiantou muito usar um bigode (outro aspecto fake do filme). O uso de uma trilha sonora excessiva e piegas, piorou ainda mais o quadro geral. O filme não foi lançado nos cinemas brasileiros, só saindo em DVD. É um filme de guerra fraco, ainda mais se formos comparar com os grandes épicos de uma Hollywood clássica que já não existe mais.

Pablo Aluísio.

Videodrome

Título no Brasil: Videodrome - A Síndrome do Vídeo
Título Original: Videodrome
Ano de Produção: 1983
País: Canadá
Estúdio: Filmplan International
Direção: David Cronenberg
Roteiro: David Cronenberg
Elenco:  James Woods, Debbie Harry, Sonja Smits, Peter Dvorsky, Leslie Carlson, Jack Creley

Sinopse:
Um programador começa a ter alucinações em sua mente, onde não consegue mais distinguir direito o que seria realidade e o que seria pura loucura em um mundo dominado pela força do áudio visual. Filme premiado pelo Canadian Society of Cinematographers Awards.

Comentários:
Na primeira metade dos anos 80 o videocassete começou a se tornar realmente popular. Em pouco tempo cada casa teria esse aparelho, que logo se tornou campeão de vendas. O curioso é que o diretor David Cronenberg teve um raro sendo de oportunidade para perceber que o nascente mercado de vídeo iria abrir as portas para jovens cineastas desconhecidos, como ele. Um filme como esse "Videodrome" não teria espaço nenhum nos cinemas, mas em VHS logo iria encontrar seu público. E foi o que aconteceu. Pouco tempo depois de ser lançado virou um cult movie nas locadoras. A proposta do roteiro era ousada e rompia limites que o cinemão mais comercial não aceitaria. Revisto hoje em dia a fita obviamente ficou datada, mas ainda mantém certo impacto. Afinal quem viveu os anos 80 jamais esqueceu da cena do protagonista enfiando sua cabeça em uma TV fora do ar. Puro cinema esquisito e estranho do David Cronenberg,

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

WandaVision

Outra série nova. Outra adaptação de quadrinhos. Ao contrário do Pacificador que faz parte da geléia geral da cultura pop, essa obra tem um belo prestígio entre os leitores de comics. Eu conhecia apenas de nome, nunca cheguei a ler nada sobre "WandaVision". Por essa razão o primeiro episódio que assisti foi também a minha primeira visão sobre esse universo. E é um universo meio estranho mesmo. Como protagonista temos um casal. A mulher se chama Wanda e o marido Vision. Parece um casal normal, só que no fundo não é nada disso. Ele tem uma cabeça de metal e ela consegue mover objetos apenas com a força da mente. Afinal estamos diante de uma obra que foi baseada em quadrinhos. Não poderia ser diferente. Eles teriam que ter algum super poder!

A surpresa vem mesmo na forma como o primeiro episódio foi produzido. O formato, a linguagem, a estrutura do roteiro, tudo foi baseado em antigas séries de humor dos anos 50, sendo a maior aproximação com "I Love Lucy", o famoso e ingênuo programa de Lucille Ball. Claro que essa escolha vai causar uma grande estranheza em quem vai assistir uma série que parecia ser de Sci-fi. Mas não vá tomar conclusões precipitadas pois ainda há muito mais por vir. Pela forma inovadora que se apresentou até me animei a continuar a assistir essa série. Coragem, pelo menos, não faltou para seus realizadores nesse episódio piloto e isso definitivamente é um bom sinal.

WandaVision (WandaVision, Estados Unidos, 2021) Direção: Matt Shakman / Roteiro: Peter Cameron / Elenco: Elizabeth Olsen, Paul Bettany, Kathryn Hahn, Teyonah Parris / Sinopse: Um casal incomum tenta viver de forma comum, como se fossem pessoas normais, algo que definitivamente passa longe de sua realidade.

Pablo Aluísio.


Guia de Episódios - WandaVision


WandaVision 1.02 - Don't Touch That Dial
Eu tive uma surpresa com esse segundo episódio. Pensei que esse estilo de imitar antigas comédias da TV americana dos anos 50 iria ficar restrito apenas ao primeiro episódio, mas não, segue aqui. Tudo em preto e branco, com histórias bobinhas, como era comum na época. Nesse episódio o Vision decide participar de uma apresentação como mágico ao lado da esposa, mas engole um chicletes que embaralha seu maquinário interno. Assim ele fica parecendo um sujeito alcoolizado. Na cena final tudo começa a ficar colorido, o que dá pistas que essa coisa de sitcom dos anos 50 vai mesmo ficar para trás. A conferir. / WandaVision 1.02 - Don't Touch That Dial (Estados Unidos, 2021) Direção: Matt Shakman / Roteiro: Gretchen Enders / Elenco: Elizabeth Olsen, Paul Bettany, Kathryn Hahn. 

WandaVision 1.03 - Now in Color
Pelo visto essa série vai continuar nesse caminho da linha Sitcom. Bom, não era bem o que eu esperava e nem tampouco o que quero assistir. Até porque se fosse para acompanhar uma sitcom eu iria procurar por uma de verdade, afinal há várias opções no mercado. Por isso acho que vou ficando por aqui. Não vou mais ver. De qualquer forma aí vai o resumo desse episódio: Wanda está grávida e sua gestação é mais do que rápida, é super veloz. O que deveria durar 9 meses, dura apenas alguns dias! A criança nasce, depois outra. Uma grande surpresa para os pais! O que virá depois? Ah e antes que me esqueça esse episódio procura copiar o estilo dos programas de TV que eram exibidos nos Estados Unidos quando a televisão em cores se tornou dominante, lá pela metade dos anos 60. / WandaVision 1.03 - Now in Color (Estados Unidos, 2021) Direção: Matt Shakman / Roteiro: Megan McDonnell / Elenco: Elizabeth Olsen, Paul Bettany, Kathryn Hahn.

Pablo Aluísio.

A Dama de Vermelho

Título no Brasil: A Dama de Vermelho
Título Original: The Woman in Red
Ano de Produção: 1984
País: Estados Unidos
Estúdio: Orion Pictures
Direção: Gene Wilder
Roteiro: Yves Robert, Gene Wilder
Elenco: Gene Wilder, Kelly LeBrock, Charles Grodin, Monica Parker, Robin Ignico, Kyle T. Heffner

Sinopse:
Theodore Pierce (Gene Wilder) é um sujeito casado, sério, todo quadradinho. Um dia avista uma misteriosa mulher toda vestida de vermelho e fica de queixo caído por ela, babando mesmo. E joga toda a sua caretice pela janela, embarcando em algo que nem mesmo ele sabe aonde vai parar.

Comentários:
Gene Wilder faleceu em 2018. Sua carreira foi muito interessante no cinema. A maioria das pessoas lembram dele por causa de "A Fantástica Fábrica de Chocolates", mas curiosamente esse filme não foi o seu maior sucesso de bilheteria. Esse título pertence a esse "A Dama de Vermelho". Eu me lembro desse filme em cartaz nos cinemas. Realmente um hit. Ainda mais se lembrarmos de sua trilha sonora que também foi um sucesso de vendas. Basta lembrar da música "I Just Called to Say I Love You" de Stevie Wonder que era parte do filme e que ganhou o Oscar na categoria de melhor música original. Um grande sucesso nas rádios. Basta ouvi-la para a nostalgia bater forte em quem viveu os anos 80. Agora, devo também dizer que o filme em si não é essa maravilha toda. É um bom filme, com roteiro divertido, mas passa longe de ser uma obra-prima. No fundo foi uma espécie de hino de louvor em relação à beleza da atriz Kelly LeBrock.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022

Pacificador

Mais um super-herói. Pois é, só que agora ao invés de estar em um filme, fizeram uma série para ele. Esse aqui não é da Marvel, mas sim da DC Comics (a rival). Quem não lê quadrinhos e nem é ligado nesse mundo de gibis não vai saber que personagem é esse. Ele é um daqueles obscuros personagens que só os leitores de gibis vão reconhecer. No cinema ele surgiu no último filme do "Esquadrão Suicida". Aliás o primeiro episódio faz um link direto com esse filme. Ele surge se recuperando do quebra-pau generalizado do longa-metragem para o cinema. Tudo bem, tudo OK, mas a questão principal é simples: Foi uma boa ideia transformar esse personagem bem desconhecido em protagonista dessa nova série? Os números são bem desanimadores. Dessa nova safra de séries de adaptações dos comics, foi a que teve a pior audiência. Provavelmente não passará da primeira temporada.

De qualquer forma conferi o primeiro episódio. Minhas impressões iniciais é que essa série vai se desgastar logo. O ator John Cena é até esforçado e tudo mais, entretanto esse personagem que tem um pezinho no humor também, muito provavelmente não vai muito longe. Ele é basicamente um cara forte que usa um elmo meio ridículo (faz parte do pacote do humor do roteiro). As pessoas não o levam à sério. Ele tem uma águia careca de estimação e anda em um velho carro pintado com a bandeira dos Estados Unidos (mais brega do que isso, impossível!). Ainda assim o primeiro episódio é daqueles que se assiste numa boa. O roteiro acertou em cheio em sempre ter uma pegada de comédia. Ficamos com aquela sensação de que vamos rir a qualquer momento, apesar da truculência e da pancadaria. Vai ser um sucesso essa nova série? Bom, acredito que para uma temporada completa ainda vai dar... mas ir além disso, aí já acho bem difícil.

Pacificador (Peacemaker, Estados Unidos, 2022) Direção: James Gunn / Roteiro: James Gunn / Elenco: John Cena, Danielle Brooks, Freddie Stroma / Sinopse: Adaptação do personagem de quadrinhos da DC Comics. Na história um sujeito durão deseja a paz na Terra, só que para atingir esse objetivo parte para a pancadaria generalizada!

Pablo Aluísio. 

Guia de Episódios - Pacificador:

Pacificador 1.02 - Best Friends, For Never
Depois da explosão no estacionamento e da morte da mulher que é indicada como uma "borboleta" pela sua equipe, o Pacificador precisa dar no pé antes dos policiais chegarem. Só que ele ainda quer dar uma última olhada no apartamento da mulher pois ele quer surrupiar algumas coisas dela como discos, cartuchos de game, etc. É basicamente um debiloide mesmo. Aos trancos e barrancos e depois de levar várias quedas ele finalmente se manda dali. E agora? A missão de mandar dessa para melhor um senador pode ter sido comprometida já que a tal mulher "borboleta" teve acesso a todo o dossiê que estava com o Pacificador. Salvem-se quem puder; Bom episódio, onde o bom humor prevalece. Esse aliás é um dos pontos positivos dessa série que nunca se leva muito à sério. / Pacificador 1.02 - Best Friends, For Never (Estados Unidos, 2022) Direção: James Gunn / Roteiro: James Gunn / Elenco: John Cena, Danielle Brooks, Freddie Stroma. 

Pacificador 1.03 - Better Goff Dead
O que salva essa série é o humor. As cenas são bem violentas, tem ação, brigas e tudo mais. Porém o que vale a pena mesmo é o lado da comédia. O protagonista não é um herói DC ao velho estilo. Ele é basicamente um idiota, mas entenda-se, um idiota divertido. Nesse episódio ele e seus amigos vão atrás do tal senador. Eles precisam matar a todos, são "borboletas". O que diabos isso significa? O episódio traz a resposta. É isso mesmo, literalmente... são borboletas! São aliens? Seres de outro planeta? Seres sobrenaturais? Veremos a explicação nos próximos episódios. Enquanto isso a diversão segue garantida! / Pacificador 1.03 - Better Goff Dead (Estados Unidos, 2022) Direção: James Gunn / Roteiro: James Gunn / Elenco: John Cena, Danielle Brooks, Freddie Stroma.

Pacificador 1.04 - The Choad Less Traveled 
Eu sei que todo super-herói é em maior ou menor grau uma coisa meio ridícula. Acontece que esse pacificador, que é um personagem da DC comics, parece ter sido criado justamente para explorar ainda mais fundo esse lado bem rocambolesco dos heróis de quadrinhos. É um personagem que não se leva a Sério e por isso é tão divertido, a começar por ele usar um Elmo cafona e fora de nexo, o que torna tudo ainda mais absurdamente brega. Curiosamente a série funciona que é uma beleza, principalmente no quesito humor soft. Eu não sei se nos quadrinhos é assim, mas pelo menos em relação a série tudo se torna muito divertido. Nesse episódio quarto da primeira temporada, o pacificador tenta recriar algum tipo de relacionamento mais maduro com seu pai, algo que não vai ser fácil porque no passado eles tiveram muitos problemas, muitas divergências. O velho também não é flor que se cheire, um supremacista branco mau caráter, que agora cumpre pena na prisão, uma cilada armada justamente pelas mesmas pessoas que estão trabalhando ao lado do seu filho. Vale como referência também o humor trazido para a série pelo personagem o vigilante, um super-herói capenga que é mais idiota que o próprio pacificador, se isso é possível! / Pacificador 1.04 - The Choad Less Traveled  (Estados Unidos, 2022) Direção: Jody Hill.

Pacificador 1.05 - Monkey Dory
O Pacificadores e sua equipe invadem o depósito onde se encontra muitos seres humanas sob dominação das tais borboletas, mas não leve isso muito a sério, afinal essa é uma série para fazer humor, algo que fica bem claro quando surge um gorila no meio da história e ele é cortado ao meio por uma serra elétrica. Mais nonsense impossível. No geral a série segue com cenas bem humoradas, como aquela em que o Pacificador ouve músicas metaleiras suecas dentro do furgão, é para se divertir realmente e não levar nada aqui a Sério. / Pacificador 1.05 - Monkey Dory (Estados Unidos, 2022) Direção: Rosemary Rodriguez / Elenco: John Cena, Danielle Brooks, Freddie Stroma.

Pacificador 1.06 - Murn After Reading
Mais um episódio divertido dessa série que não deixa nada a desejar no quesito diversão. Agora o Pacificador precisa dar no pé o mais rapidamente possível. A polícia se mobiliza para lhe prender. E o seu pai que saiu da prisão, também quer dar cabo dele! Assim o pacificador precisa cair fora pular pela janela no alto da sua casa. E sair correndo pela Floresta! Enquanto isso, a borboleta que ele mantinha presa em sua casa foge. E parte logo para cima de uma policial, tomando seu corpo e mente. Depois, numa revoada de várias borboletas, elas dominam completamente a delegacia de polícia e os policiais. Nem os presos são poupados. É o apocalipse borboleta? Rsrs / Pacificador 1.06 - Murn After Reading (Estados Unidos, 2022) Direção: James Gunn / Elenco: John Cena, Danielle Brooks, Freddie Strom.

Pacificador 1.07 - Stop Dragon My Heart Around
O acontecimento mais importante desse episódio ocorre quando o pacificador dá um tiro na cabeça de seu próprio pai. Ao longo do episódio, ele vai relembrando as humilhações e as brigas que teve com velho. E os traumas que carregou durante todo esse tempo. Inclusive em relação à morte de seu irmão durante uma briga organizada pelo pai, claro. Mas não espere nada muito dramático, afinal, essa série tem um tom cômico acentuado. Não vá pensar que o encontrará um dramalhão ou lágrimas em excesso nesse episódio, não é a praia desses dessa série. Aqui, o mais importante é diversão acima de tudo. E nesse aspecto cumpre o que promete. / Pacificador 1.07 - Stop Dragon My Heart Around (Estados Unidos, 2022) Direção: Brad Anderson / Elenco: John Cena, Danielle Brooks, Freddie Stroma.

Pacificador 1.08 - It's Cow or Never
Último episódio do pacificador. E como termina essa série? Eles encontram a rainha-mãe dos insetos alienígenas. Esse monstro de vários metros de altura é a chave para deter a invasão dos extraterrestres em nosso planeta. Ela precisa ser eliminada e o pacificador nem pensa duas vezes sobre isso. Uma das infectadas pelos insetos ainda tenta convencer o Pacificador, dizendo que sua civilização esteve com problemas em seu planeta original, que os recursos acabaram, e eles precisaram se mudar para a Terra. Essa série fez sucesso comercial. Entretanto, não se sabe ainda se haverá uma segunda temporada. Os executivos da DC estão passando por problemas administrativos. E nenhum projeto da editora, tanto para o cinema como para séries de TV, está garantido. Assim, a série corre o risco de ter apenas uma temporada, o que seria uma pena. De qualquer forma, é uma boa temporada, muito divertida. Vamos aguardar para ver o que vai acontecer. / Pacificador 1.08 - It's Cow or Never (Estados Unidos, 2022) Direção: James Gunn / Elenco: John Cena, Danielle Brooks, Freddie Stroma.

Pablo Aluísio.

O Invencível Homem de Ferro

Título no Brasil: O Invencível Homem de Ferro
Título Original: The Invincible Iron Man
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos
Estúdio: Marvel Studios
Direção: Patrick Archibald
Roteiro: Patrick Archibald
Elenco: Marc Worden, Gwendoline Yeo, Fred Tatasciore, Rodney Saulsberry, Elisa Gabrielli, John McCook

Sinopse:
Uma expedição de arqueologia da companhia de Tony Stark na China descobre um antigo templo religioso. Dentro dele se libertam antigos deuses da mitologia oriental, divindades que representam os elementos da natureza. E eles estão empenhados em libertar um antigo líder sanguinário de uma Dinastia sangrenta do passado. Apenas o Homem de Ferro poderá tentar deter seus planos de destruição.

Comentários:
Todo domingo eu tento trazer algum review de animações aqui no blog. Hoje vou tecer algumas observações sobre esse "O Invencível Homem de Ferro". Primeiro vou falar dos pontos negativos. O roteiro tenta contar pela milésima vez a origem do personagem. Ficou chato, não precisava. O Homem de Ferro tem sua origem ligada com a guerra do Vietnã, lá nos anos 60. Agora criaram outra, dele surgindo na China. Nada a ver. A mistura de animação tradicional com computação gráfica ficou um pouco esquisita. De positivo poderia citar os bons vilões. Todos chineses, inspirados em deuses da antiga mitologia da cultura da China imperial. Só exageraram ao colocar o herói de lata para brigar com eles. Ora, ele é apenas um homem numa armadura. Que chance teria com deuses? Nenhuma. Mesmo assim tá valendo. E a briga com o dragão também é outro ponto legal do roteiro. Enfim, o público juvenil fã da Marvel não terá mesmo do que reclamar.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

Homem-Aranha: Sem Volta para Casa

Eu esperava mais. Não que esses filmes de super-heróis ainda vão surpreender alguém, mas de qualquer forma pelo custo da produção e pelo tamanho da bilheteria, pensei que seria um filme melhor. Eu me enganei. O filme tem poucas novidades. Na verdade o roteiro se agarra em certas fórmulas que já tinham sido utilizadas há anos. Não está convencido disso? Preste a atenção na cena final no alto da estátua da Liberdade! Parece até mesmo uma sequência repetida dos primeiros filmes do personagem no cinema. Provavelmente a única boa ideia nova venha do fato de termos os 3 atores que interpretaram Peter Parker contracenando juntos. Como o roteiro explora o conceito de multiversos, isso seria tecnicamente possível. Entretanto mesmo com uma boa ferramenta narrativa como essa em mãos, os roteiristas fizeram muito pouco. Os três juntos poderia dar margem a excelentes cenas, mas tudo é desperdiçado. A interatividade entre eles é pequena. Nenhum dos atores convidados (Tobey Maguire e Andrew Garfield) teve uma oportunidade mais ampla de explorar esse encontro inusitado. Nada de substancial surge dessa chegada deles no enredo do filme. Acaba sendo apenas uma curiosidade ver os atores juntos e nada muito além disso.

Outro aspecto interessante que percebi nesse filme é que todos os melhores vilões são da primeira trilogia do Homem-Aranha no cinema. Parece até que os outros filmes não tinham nada a oferecer nesse ponto a essa nova produção. O Duende Verde, o Dr. Octopus, o Homem de Areia, todos vieram dos filmes estrelados por Tobey Maguire. O próprio ator inclusive poderia ter sido melhor aproveitado, mas isso não acontece como já frisei. Os vilões também seguem nessa linha. Eles estão lá, mas o roteiro não sabe direito o que fazer com eles. Agora, de todas as coisas que me decepcionaram nesse novo filme do Aranha, nada se compara com os efeitos digitais. Achei tudo fraco demais. Preste atenção nas cena final. Parece game. Os Aranhas voam de um lado para outro, enfrentam os vilões, mas nada parece ter consistência. Eles não parecem ter massa corporal ou peso. Sua interação com o ambiente é igualmente mal produzida. Ruim demais! Dizem que para enganar o cérebro humano é algo complicado. Dificilmente vemos um personagem digital sem perceber que ele é digital. No caso desse filme a coisa ficou tão sem veracidade que acredito que até mesmo as crianças mais pequenas vão perceber que o herói é na verdade um programa de computador, feito de pixel. Então é isso. Um filme que, pelos números envolvidos, poderia ser muito melhor. Do jeito que ficou é apenas interessante, mas igualmente repetitivo de velhas fórmulas e nada muito original.

Homem-Aranha: Sem Volta para Casa (Spider-Man: No Way Home, Estados Unidos, 2021) Direção: Jon Watts / Roteiro: Chris McKenna, Erik Sommers, baseados nos personagens criados por Stan Lee e Steve Ditko / Elenco: Tom Holland, Tobey Maguire, Andrew Garfield, Benedict Cumberbatch, Jamie Foxx, Willem Dafoe, Alfred Molina, Marisa Tomei / Sinopse: O mundo descobre que Peter Parker é o Homem-Aranha. Depois disso a vida dele se torna um inferno. Procurando por uma saída ele pede ao Dr. Stranger que mude a realidade, para que o mundo esqueça essa informação, só que o feitiço criado para esse fim acaba dando errado, abrindo portas para universos paralelos, de onde chegam vilões extremamente perigosos.

Pablo Aluísio.

O Homem-Aranha

Título no Brasil: O Homem-Aranha
Título Original: Spider-Man
Ano de Produção: 1981 - 1982
País: Estados Unidos
Estúdio: Marvel Productions
Direção: Don Jurwich
Roteiro: Larry Parr
Elenco: Ted Schwartz, Stan Jones, Ralph James, George DiCenzo, Corey Burton, Neil Ross

Sinopse:
Peter Parker, um adolescente colegial, é picado por uma aranha radioativa e a partir desse acidente passa a desenvolver grandes poderes como soltar teias pelas mãos ou então se pendurar em qualquer lugar, desafiando as leis da gravidade. Com um uniforme ele passa então a enfrentar os mais diversos vilões que aparecem em Nova Iorque, sua cidade natal.

Comentários:
Bom, já que falamos do último filme do Homem-Aranha vale a pena relembrar essa série animada dos anos 80. Quem foi criança e adolescente naquela década certamente vai lembrar. Com apenas 26 episódios em única temporada, o desenho foi reprisado por anos nos canais abertos no Brasil, em especial no Xou da Xuxa da Rede Globo onde foi inicialmente exibido. Como o próprio Stan Lee iria admitir anos depois a animação não era muito bem feita, mas se destacava pelos bons roteiros, onde todos os vilões dos quadrinhos também surgiam nas aventuras. E de galeria de vilões o Aranha sempre foi muito bem sortido. Curiosamente essa animação não foi a primeira do personagem. Nos anos 60 o Homem-Aranha também havia virado desenho animado, mas com menos sucesso de audiência. Essa segunda série dos anos 80 foi muito mais bem sucedida nesse aspecto. Para Stan Lee a animação serviu para criar uma nova legião de fãs. Em um tempo em que não havia filmes para o cinema, o personagem sobrevivia basicamente apenas das vendas das revistas em quadrinhos.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

Sissi

Esse foi o primeiro filme de uma trilogia que fez muito sucesso na década de 1950. Os filmes, todos graciosos, até hoje são lembrados com carinho pelos que apreciam a era do cinema clássico. E o mais interessante é que a história contada é das mais lembrada da monarquia europeia. Elisabeth "Sissi" da Áustria foi um ícone da moda, do estilo e da elegância em sua época. Ela se casou muito cedo com o imperador Francisco José (Franz Josef) e por ser bela e jovem causou uma grande onda de admiração por toda a Europa, entre as casas reais. Esse filme conta os primeiros passos de Sissi, antes dela se tornar imperatriz do império Austro-Húngaro. Quando o filme começa ela é apenas uma adolescente, mal saída dos anos de infância. Seu maior prazer é participar de caças ao lado do pai pelos bosques da região onde mora. Sua mãe era mais austera, disciplinadora, mas seu pai era um tipo bonachão e boa praça. Ela o adorava.

Então surge um convite para visitar a corte em Viena. O jovem imperador Francisco José estava na idade de se casar, por isso todas as moças nobres do império eram potenciais candidatas a esse casamento imperial. No caso de Sissi ela era considerada muito nova. Por isso foi apenas como acompanhante de sua mãe e sua irmã mais velha, essa considerada a noiva ideal para o imperador. Porém é a tal coisa, o coração tem razões que a própria razão desconhece. O imperador ficou fascinado não pela irmã mais velha de Sissi, mas sim por ela, que acabou encontrando casualmente no meio da natureza (ela estava pescando na ocasião, vejam só!). O roteiro desse primeiro filme então se concentra na viagem de Sissi até Viena, no encontro casual com o jovem imperador, as primeiras impressões, o surgimento do amor entre eles e finalmente a grande cerimônia de casamento. Um bela filme, sem dúvida. E mais preciso historicamente do que muita gente pensa por aí.

Sissi (Sissi, Austria, 1955) Direção: Ernst Marischka / Roteiro: Ernst Marischka / Elenco: Romy Schneider, Karlheinz Böhm, Magda Schneider / Sinopse: Primeiro filme que conta a história da imperatriz da Austria Sissi (Elisabeth Amalie Eugenie von Bayern, 1837 - 1898). Na época uma mera adolescente que vai acompanhar sua irmã mais velha e sua mãe até a corte em Viena, onde acaba se apaixonando pelo jovem imperador Francisco José.

Pablo Aluísio.

domingo, 30 de janeiro de 2022

A Filha de Ryan

Esse foi um dos filmes que me impressionaram muito quando o vi pela primeira vez. Eu assisti "A Filha de Ryan" ainda muito, muito jovem. Penso que deveria ter uns 12, 13 anos de idade. Nem tinha idade para ver um filme como esse para falar a verdade. Nem me considerava um cinéfilo ainda naquela época, não conhecia os nomes dos diretores, atores, nada. Eu apenas estava querendo assistir a um bom filme e acabei ficando impactado com o que vi. Provavelmente assisti a essa obra prima no Supercine da Rede Globo, nas noites de sábado. Eu me recordo que fiquei muito comovido com o personagem que tinha várias deficiências físicas e mentais, que era muito maltratado pelas pessoas. Na minha mente de adolescente aquele tipo de atitude era das mais perversas. E eu tinha razão em pensar assim. E quando "A Filha de Ryan" chegou ao final eu parei e fiquei pensando sobre a importância do que tinha visto. Cinema não era apenas uma mera diversão. Havia algo muito mais profundo envolvido. Um filme poderia passar muito mais do que eu poderia imaginar.

O cineasta David Lean sempre foi um gênio do cinema. Ele conseguia contar uma história que parecia banal, com pessoas comuns, mas que nas entrelinhas havia uma forte carga humanitária e emocional. Os personagens de "A Filha de Ryan" impressionaram a cabeça daquele quase menino que o viu porque eram pessoas reais, da vida cotidiana. E o clima daquela cidade costeira, um microcosmo da própria sociedade, era mais do que marcante. Posso dizer hoje em dia, puxando pelas minhas memórias afetivas, que esse foi um daqueles filmes que definitivamente me formaram como um fã de cinema, que me fizeram me apaixonar pela sétima arte. E depois de tantos anos ainda continuo um apaixonado sem arrependimentos. E esse segue sendo, ainda hoje, um dos melhores filmes que assisti em toda a minha vida.

A Filha de Ryan (Ryan's Daughter, Estados Unidos, Inglaterra, 1970) Direção: David Lean / Roteiro: Robert Bolt / Elenco: Robert Mitchum, Trevor Howard, John Mills / Sinopse: A história do filme se passa em uma pequena comunidade irlandesa, mostrando a vida de vários moradores do lugar, em especial o complicado relacionamento de uma mulher casada com com um oficial britânico problemático, que sofre de traumas psicológicos. Filme vencedor do Oscar na categoria de melhor ator coadjuvante (John Mills).

Pablo Aluísio.