quinta-feira, 16 de setembro de 2021

O Caçador de Troll

Filme produzido na Noruega ao estilo falso documentário. Logo no começo somos informados de que tudo o que se verá na tela realmente aconteceu, que as fitas foram achadas no meio de uma região deserta e que não se sabe onde foram parar os jovens que aparecem nas cenas. Velha lorota que já conhecemos bem desde os tempos de "A Bruxa de Blair". Pois bem, isso também faz parte do jogo nesse tipo de filme. O interessante é que ao contrário de outros filmes de terror que seguem por esse tipo de narrativa e que se tornam chatos demais, esse aqui até que considerei bem divertido. Afinal essa coisa de Troll, com os monstrengos bem realizados em computação gráfica, até que vira um bom passatempo para um filme de noite sem nada melhor para assistir.

No enredo um grupo de jovens universitários decide fazer um documentário sobre caçadores de ursos. Encontram um deles por acaso, mas o sujeito chamado Hans tem cara de poucos amigos e fica irritado por eles o estarem seguindo por onde ele vai. Então depois de muitos aborrecimentos decide abrir o jogo com os jovens. Ele não é caçador de ursos coisa nenhuma. Ele caça mesmo Trolls. E o que diabos é um troll? Um ser muito popular e frequenta no folclore dos países escandinavos. Seres grotescos, alguns deles gigantescos, que vivem escondidos nas florestas e nas montanhas. E então uma vez aberto o jogo todos partem na caçada em torno dessas criaturas que todos pensavam ser apenas contos de carochinha. E a partir dessa premissa de realismo fantástico o filme se desenvolve. Olha, até curti muito, apesar de todas as expectativas negativas que tive que encarar antes do filme começar.

O Caçador de Troll (Trolljegeren, Noruega, 2010) Direção: André Øvredal / Roteiro: André Øvredal / Elenco: Otto Jespersen, Robert Stoltenberg, Knut Nærum / Sinopse: Um grupo de jovens universitários noruegueses decide seguir os passos de um homem que eles acreditam ser um caçador de ursos. Só que eles estão enganados. Na verdade ele caça Trolls, de todos os tipos e tamanhos, escondidos nas montanhas e nas florestas do norte gelado da Noruega.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 14 de setembro de 2021

O Cavaleiro Verde

Na corte do Rei Arthur surge um estranho cavaleiro. Ele adentra o recinto onde se encontra a távola redonda e desafia um dos cavaleiros de Arthur a lhe enfrentar. Não é um homem comum, mas parecendo uma entidade sobrenatural. Esse primeiro desafio é vencido, mas o tal cavaleiro verde afirma que voltará, um ano depois, na noite de natal, para um decisivo e último combate. O cavaleiro de Arthur, chamado Gawain, aceita o novo desafio e parte para uma jornada em busca de glórias, lutas e o confronto final com o gigante verde de origem desconhecida. Pois é, temos aqui mais um filme passado nos tempos do Rei Arthur, mas não pense que encontrará um filme convencional pela frente.

"O Cavaleiro Verde" é um daqueles filmes que tem muito estilo, muito clima, mas que se esquece de que o cinema é acima de tudo a arte de se contar uma boa história. O diretor David Lowery exagerou na dose do realismo fantástico. O filme muitas vezes se arrasta, mais parecendo um sonho do que algo concreto. Como a história foi baseada em antigos contos e canções medievais, ele tentou trazer esse clima para o filme. Não deu muito certo ao meu ver. O filme certamente vai soar cansativo e arrastado para o público atual. Há bons momentos, como o roubo na floresta e o surgimento de uma estranha mulher, que parece não mais existir em nosso mundo, mas esses são pontuais. O filme como um todo tem mesmo esse hiperdimensionamento de clima, com trilha sonora evocativa soando aos ouvidos o tempo todo. Acaba mesmo cansando quem o assiste.

O Cavaleiro Verde (The Green Knight, Irlanda, Canadá, Estados Unidos, 2021) Direção: David Lowery / Roteiro: David Lowery / Elenco: Dev Patel, Alicia Vikander, Joel Edgerton / Sinopse: Baseado nos contos Arthurianos, o filme conta a história de um dos cavaleiros do Rei Arthur que decide aceitar o desafio de enfrentar uma estranha criatura, que não parece ser desse mundo.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 13 de setembro de 2021

Hércules

Mais uma boa animação da Disney. Aqui a fonte de inspiração foi a mitologia grega. Dizem que as religiões de povos antigos acabam se tornando mitologias com o passar dos séculos. E no caso da Grécia, de Roma e do Egito Antigo, isso mostrou-se verdadeiro. Pois bem, esse personagem Hércules foi até bastante explorado pelo cinema, principalmente nos anos 60, quando deu origem a um sem número de filmes B, geralmente rodados na Europa, com halterofilistas anônimos dando vida a esse semideus da mitologia. Por isso até fiquei surpreso quando a Dinsey avisou que seu longa-metragem anual iria trazer esse personagem grego que no cinema havia virado sinônimo de filme ruim e barato.

A animação, como era de esperar, ficou muito boa, tecnicamente muito bem realizado e produzido. Em termos de estúdios Disney, nenhuma surpresa. Não há animações mal realizadas em seu catálogo. O traço também ficou excelente, procurando por um desenho mais estilizado, usando como fonte de inspiração antigos vasos gregos com deuses e guerreiros. Inclusive se deram ao luxo de chamar o grande Charlton Heston para narrar o filme. Isso deu um tom épico ao desenho animado. Nada mal. Eu pessoalmente acredito que (mais uma vez) o vilão roubou o desenho pra si. Estou me referindo ao deus do submundo Hades. Dublado na versão original por James Woods, ele é certamente a melhor coisa dessa animação. Impagável em todos os sentidos.

Hércules (Hercules, Estados Unidos, 1997) Direção: Ron Clements, John Musker / Roteiro: Ron Clements, John Musker / Elenco: Tate Donovan, Josh Keaton, Danny DeVito, James Woods, Charlton Heston (narrador) / Sinopse: Hércules, jovem com força fenomenal, filho de Zeus, precisa enfrentar inúmeros desafios para sobreviver aos ataques de Hades, o deus do submundo e da escuridão.

Pablo Aluísio.

domingo, 12 de setembro de 2021

O Lagosta

Filme maluco! Para se ter uma ideia vou tentar resumir em uma sinopse a maluquice do roteiro. Colin Farrell interpreta um arquiteto que após longos anos se vê divorciado e sozinho. Ele então decide ir se hospedar em um hotel onde está sendo realizado uma espécie de "tratamento" para pessoas solitárias. Também é um tipo de programa para que homens solitários conheçam mulheres solitárias para quem sabe recomeçar uma vida a dois. Até aí, tudo bem, faria algum sentido. Porém a coisa toda pira quando descobrimos que todo participante precisa escolher um animal para se identificar. Ele escolhe ser uma lagosta. Caso não encontre uma mulher para viver ao seu lado ele será abatido em uma caçada humana. Abatido como um animal qualquer. Achou absurdo? E o que dizer quando ele foge para uma floresta onde vivem homens e mulheres solitárias que são caçados e que não aceitam relacionamentos entre eles. É proibido!

Não adianta procurar por muito sentido. Não há mesmo. O que pude deduzir de todas as situações bizarras é que se trata de uma crítica contra a sociedade que de certa maneira estigmatiza pessoas solteiras, solitárias ou divorciadas. Pode ser uma interpretação válida. Afinal toda obra de arte, seja ela qual for, tem que ter pelo menos um mínimo sentido, mesmo que seja soterrado embaixo de toneladas e toneladas de bizarrice. E isso vai até o final do filme que tem uma cena completamente nonsense, onde o personagem de Farrell resolve arrancar seus próprios olhos para ficar igual à sua amada, que é cega! Pois é, meus caros, esse filme é para poucos. Chegar ao seu final é um grande exercício de paciência e paixão pelo cinema. A maioria, creio eu, vai largar o filme lá pela metade.

O Lagosta (The Lobster, Estados Unidos, 2015) Direção: Yorgos Lanthimos / Roteiro: Yorgos Lanthimos, Efthymis Filippou / Elenco: Colin Farrell, Rachel Weisz, John C. Reilly, Jessica Barden / Sinopse: Após o divórcio, homem solitário se hospeda em um hotel para fazer parte de um estranho programa para pessoas solitárias. Ele tem um prazo para achar uma nova companheira, caso contrário as coisas vão ficar realmente ruins para ele.

Pablo Aluísio.

sábado, 11 de setembro de 2021

End of the Century

Eu nunca fui fã dos Ramones. Nunca entrei em uma loja de discos no passado, por exemplo, para comprar algo deles. A Punk Music nunca foi a minha praia. Porém reconheço plenamente o trabalho deles. Até curto algumas músicas. Por essa razão me senti plenamente imparcial quando assisti a esse documentário musical sobre a banda. E mesmo para quem não é fã pode-se dizer que é um filme dos mais interessantes. Isso porque mostra a trajetória do grupo, desde sua formação, passando pelo sucesso em seu nicho, até o fim do grupo, quando tudo explodiu. Muitas brigas entre os integrantes, uns roubando as mulheres dos outros, divergências políticas e tudo mais.

Fiquei surpreso em descobrir que um dos membros dos Ramones era um conservador republicano, até bem reacionário. Como um punk poderia pensar politicamente dessa forma? Fiquei até mesmo comovido com a trajetória do baterista dos Ramones, o Dee Dee, um sujeito meio marginal que afundou pesamente nas drogas. No fundo eles foram um espelho desse movimento onde a maioria das músicas tinham 3 notas. Onde o barulho e a postura rebelde e revoltada valia muito mais do que tocar bem. Os Ramones, pensando bem, devem ter sido ótimos para seus fãs na época. Agora, para quem é mais adulto e gosta de boa música realmente o apelo deles não vai muito longe.

End of the Century (Estados Unidos, 2003) Direção: Jim Fields, Michael Gramaglia / Roteiro: Jim Fields, Michael Gramaglia / Elenco: Johnny Ramone, Joey Ramone, Dee Dee Ramone, Tommy Ramone, Rick Rubin / Sinopse: Documentário musical contando a história do grupo punk Ramones. Imagens raras e entrevistas completam o painel da trajetória do grupo.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 10 de setembro de 2021

Mulheres Perfeitas

Imagine uma cidade onde todas as mulheres parecem perfeitas. Donas de casa impecáveis, resolvidas emocionalmente, felizes, bem cuidadas, com o cabelo arrumado e a maquiagem sempre maravilhosa. Nada de reclamações ou bobagens feministas. É nesse mundo completamente nos eixos que de repente uma nova garota chega. Todas as esposas são exemplares, todas se encaixam naquele modelo que todo homem sonha para si, que almeja um dia encontrar. Em Stepford todas as mulheres são exemplares. Lindas, bonitas, grandes donas de casa e nem um pouco feministas ou descontentes. Mas afinal, o que estaria acontecendo de errado por lá? Esse filme "Mulheres Perfeitas" passou em branco quando foi lançado nos cinemas mas revisto hoje em dia soa bem curioso. Classificar o filme como uma ficção não seria muito correto, embora seu desfecho mostre claros sinais de tratar-se de uma produção com sabor Sci-fi. No fundo é uma crítica ao próprio machismo, que sempre espera um ser perfeito na companheira que escolheu como esposa. Como pessoas perfeitas não existem, o tom surreal da produção serve como denúncia e sátira ao mesmo tempo.

O filme foi estrelado pela atriz Nicole Kidman que está mais bonita do que nunca. Usando uma maquiagem e um figurino que imita o estilo das pin-ups americanas dos anos 50 ela se destaca por sua beleza impressionante (ela fica muito bem nesse estilo retrô). "The Stepford Wives" foi dirigido por Frank Oz. Muitos certamente não se lembrarão assim de nome, mas os fãs de "Star Wars" não esquecem o fato dele ter sido a voz do mestre Jedi Yoda em cinco dos seis filmes da franquia. O que poucos sabem é que ele, além de ser um ator e animador bem produtivo (mais de 100 filmes no currículo), também sempre se revelou um diretor talentoso, bastando lembrar de "A Pequena Loja dos Horrores" (remake em tom de musical com a famosa planta carnívora) e "A Cartada Final" (o último filme da carreira de Marlon Brando). Infelizmente "Mulheres Perfeitas" não fez sucesso. O público americano não gostou da proposta do filme, isso porém não o impede de ser revisto com outros olhos hoje em dia. É uma produção curiosa, diria até ousada, que vale a pena ser redescoberta.

Mulheres Perfeitas (The Stepford Wives, Estados Unidos, 2004) Estúdio: Paramount Pictures, DreamWorks SKG / Direção: Frank Oz / Roteiro: Ira Levin, Paul Rudnick / Elenco: Nicole Kidman, Bette Midler, Matthew Broderick / As mulheres de uma cidade no interior dos Estados Unidos parecem perfeitas! São lindas, companheiras, fazem todo o serviço de dona de casa sem reclamar, dão apoio aos maridos. Certamente algo não parece muito certo ou normal!

Pablo Aluísio.

O Último Jantar

Um grupo de jovens progressistas, universitários, decide que é bom trocar ideias com pessoas que pensam diferente deles. Então começam a promover jantares com pessoas de pensamento de direita, conservadores, etc. Um deles é declaradamente neonazista e aí as coisas fogem do controle. Ele descobre que um dos progressistas é judeu. E decide que vai matá-lo a facadas depois do jantar. Só que esse reage e em legítima defesa mata o apoiador de Hitler. Depois disso os demais amigos progressistas param para pensar e chegam na conclusão de que a morte do neonazista foi algo positivo. O mundo se tornou melhor com sua morte. Que tal matar outros desse tipo?

Filme interessante, de um certo humor negro. que já nos anos 90 explorava esse tema da polarização que hoje em dia domina completamente o meio político, não apenas no Brasil, mas em todo o mundo. O roteiro explora algumas questões importantes. Será que é válido tentar conversar com um radical de extrema direita, com um neonazista? Afinal essas pessoas não são dadas ao debate intelectual porque o que elas desejam mesmo é a eliminação física de seus oponentes. E o que dizer de um debate democrático com uma pessoa que defende o fim da democracia? São questões bem relevantes que esse filme tenta responder, mesmo que seu enredo, em certos momentos, possa parecer mais bobo do que realmente é.

O Último Jantar (The Last Supper, Estados Unidos, 1995) Direção: Stacy Title / Roteiro: Dan Rosen / Elenco: Cameron Diaz, Annabeth Gish, Bill Paxton, Ron Perlman, Charles Durning, Mark Harmon, Ron Eldard / Sinopse: Grupo de jovens progressistas convida pessoas de direita para debater suas ideias com eles. Até que as coisas começam a fugir do controle.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 9 de setembro de 2021

O Pai da Noiva 2

O primeiro filme com Steve Martin, "O Pai da Noiva", nada mais era do que um simpático remake de um filme clássico estrelado por Spencer Tracy. Mostrava as confusões e sentimentos conflitantes que se abatia sobre um pai nas vésperas de casamento de sua única filha. Além dos enormes gastos havia ainda a triste constatação por parte do pai de que sua amada garotinha havia crescido, se casaria com um homem e sairia de casa para sempre. O filme original sempre foi considerado uma das mais cativantes produções da era de ouro de Hollywood. Embora inferior o remake com Steve Martin também era muito bom, acima da média. Tinha uma mistura de ternura e comédia que funcionava muito bem. Como fez grande sucesso o estúdio, obviamente visando lucro fácil, resolveu investir em uma sequência. Péssima decisão...

Esse "O Pai da Noiva 2" é um prato requentado que tenta contar a mesma estória duas vezes. O pior é que não contente em ser oportunista ainda exagera no tom, quebrando uma das coisas que era um dos maiores méritos do filme anterior, a sutileza e a fina elegância. Nessa continuação tudo parece bem fora do convencional, os roteiristas sem rumo a tomar resolveram até mesmo criar uma absurda história em que o sr. George Banks (Martin) se descobriria pai naquela altura de sua vida! Que grande bobagem! Até o personagem Franck Eggelhoffer (Martin Short) que tanto sucesso fez no filme anterior retorna, de forma bem gratuita aliás. O equívoco é tão claro que até mesmo a fina e elegante Diane Keaton se perde no meio de muitas caras e bocas. Em suma, não adiante perder tempo com essa continuação. Se o enredo lhe atrair de alguma forma prefira ver o clássico original com Spencer Tracy ou então o próprio filme com Steve Martin, que ainda pode ser considerado bom, acima de tudo. Esse aqui é obviamente desnecessário e equivocado.

O Pai da Noiva 2 (Father of the Bride Part II, Estados Unidos, 1995) Estúdio: Sony Pictures / Direção: Charles Shyer / Roteiro: Albert Hackett, Frances Goodrich / Elenco: Steve Martin, Diane Keaton, Martin Short / Sinopse: O Pai da noiva do primeiro filme, o Sr. Banks (Martin), descobre para sua grande surpresa que será pai novamente pois sua esposa está grávida! A paternidade tardia certamente virará sua vida de cabeça para baixo!

Pablo Aluísio. 

Crimes de Paixão

Joanna Crane (Kathleen Turner) é uma bela mulher. De dia ela trabalha como estilista de moda, em um ambiente fino e requintado. Muito luxo e glamour. De noite ela se transforma completamente. Usa roupas ousadas, sensuais, uma peruca loira estilizada e trabalha como garota de programa de luxo. Os problemas começam a acontecer quando ela passa a ser ameaçada por dois homens. Um deles um sujeito casado, infeliz com sua esposa. O outro é um homem perturbado mentalmente, com vários traumas e complexos de natureza sexual. Para Joanna o importante a partir de agora é se manter vida diante dos perigos de se envolver com pessoas que não estão bem de saúde mental. De repente o sexo e a insanidade se unem em uma mistura extremamente perigosa.

O filme pode, de forma bem sarcástica, ser definido na seguinte frase: " A linda Kathleen Turner encontra Norman Bates" ou quase isso, uma vez que o roteiro do filme realmente explora esse tipo que ficou bem estigmatizado do ator Anthony Perkins. Para quem não lembra ele foi o dono do pequeno e sinistro Bates Motel em "Psicose" de Alfred Hitchcock. Claro que esse "Crimes de Paixão" não pode ser comparado com aquele clássico do cinema de suspense. Porém também não se pode negar suas qualidades cinematográficas. É sem dúvida um dos bons filmes desse nicho que foram produzidos nos anos 80. O resto é bobagem.

Crimes de Paixão (Crimes of Passion, Estados Unidos, 1984) Direção: Ken Russell / Roteiro: Barry Sandler / Elenco: Kathleen Turner, Anthony Perkins, Bruce Davison, John Laughlin / Sinopse: Bela e sofisticada mulher que tem uma vida dupla precisa lidar com dois homens bem problemáticos que surgem em sua vida. E ela corre risco de vida com eles.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 8 de setembro de 2021

88 minutos

Título no Brasil: 88 minutos
Título Original: 88 Minutes
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos, Alemanha
Estúdio: Millennium Films, Randall Emmett
Direção: Jon Avnet
Roteiro: Gary Scott Thompson
Elenco: Al Pacino, Alicia Witt, Ben McKenzie

Sinopse:
Jack Gramm (Al Pacino) é um renomado psicanalista de casos forenses envolvendo criminosos infames e serial killers. Trabalhando como consultor do FBI ele consegue desvendar inúmeros casos misteriosos. Sua vida porém começa a correr risco quando ele próprio se torna alvo de ameaças de morte. Esse certamente será o caso da vida de Gramm pois ele terá que descobrir quem seria o autor das ameaças para salvar a sua própria vida.

Comentários:
É a tal coisa, se fosse um filme policial qualquer certamente seria uma boa fita mas pelos nomes envolvidos o gostinho de decepção fica no ar. Até porque não é todo dia que temos produções policiais estreladas pelo grande Al Pacino. Assim logo que um filme como esse é anunciado a tendência natural do cinéfilo é elevar suas expectativas ao máximo. Em pouco tempo vem na mente clássicos como "Serpico" e outros trabalhos geniais do ator.  Agora imagine a decepção ao chegar no cinema e conferir um policial apenas ok, com ares de rotina e enredo lá não muito inspirado. Aliás um dos pontos fracos da produção vem justamente da atuação de seu principal astro (Pasmem, senhoras e senhores!). Isso mesmo, Pacino não está bem. Ele soa cansado, desmotivado, passando uma carga de marasmo incrível ao espectador. Nada empolgado, sua atuação é uma das mais fracas da carreira. Como se isso não fosse ruim o bastante o roteiro muitas vezes cai no lugar comum e o clima de tédio invade a tela. Essa coisa de ter 88 minutos para desvendar a identidade do assassino é muito clichê. Eu não sei o que se passa na cabeça de executivos de estúdio que conseguem contratar esse tipo de ator e não conseguem fazer algo nem ao menos acima da média. Sob esse ponto de vista não há para onde correr, "88 Minutos" é de fato uma enorme decepção.

Pablo Aluísio.