quarta-feira, 8 de setembro de 2021

Trazido pelo Mar

Um filme de época muito interessante. A história é bem romanceada, mas se mantém coesa durante todo o filme. O drama começa quando um navio russo naufraga nas águas geladas da costa norte da Inglaterra. Quase toda a tripulação morre, sobrevivendo apenas um marinheiro. Resgatado por moradores na praia, ele consegue sobreviver, quase milagrosamente. Aos poucos vai se recuperando e se apaixona por uma jovem chamada Amy Foster (Rachel Weisz), uma bela mulher. E o romance floresce cada vez mais entre ela e o marujo russo, só que o passado volta para atormentar Yanko Gooral (Vincent Perez).

Eu gosto de filmes assim, como histórias passadas no século XIX, grandes navios de madeira que afundam, amores impossíveis. Esse século em especial, que iria ser conhecido como a era vitoriana, foi muito rico em literatura romântica. E esse filme segue bem por essa caminho. Além da boa produção eu destacaria também um elenco simplesmente excelente. Veja, temos aqui a sempre ótima Rachel Weisz. Hoje posso afirmar, sem medo de errar, que nunca assisti uma interpretação ruim dessa atriz. Ela é excepcional e sabe muito bem escolher os filmes em que vai trabalhar. Outro nome que considero excepcional é o de Ian McKellen. A classe de seu trabalho está acima de críticas. Por fim ainda há a presença de Kathy Bates. Assim, resumindo, temos boa história e bom elenco, além de uma produção muito boa. Precisa de alguma coisa a mais?

Trazido pelo Mar (Swept from the Sea, Inglaterra, Estados Unidos, 1997) Direção: Beeban Kidron / Roteiro: Tim Willocks / Elenco: Rachel Weisz, Vincent Perez, Ian McKellen, Kathy Bates / Sinopse: Baseado no conto " "Amy Foster" de Joseph Conrad conta a história de amor de um marinho russo que sobreviveu ao naufrágio de seu navio e uma jovem inglesa no século XIX.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 7 de setembro de 2021

Sid e Nancy - O Amor Mata

Produção baseada em fatos reais o drama musical "Sid e Nancy" resgata os últimos momentos de vida do ídolo punk Sid Vicious, baixista da banda ícone do movimento  Sex Pistols. Ao lado de sua namorada Nancy Spungen ele foi ao fundo do poço no mundo das drogas. O punk nasceu como resposta ao rock progressivo na Inglaterra. Na época se difundiu a ideia de que o progressivo havia deixado de lado o verdadeiro espírito do rock ao abraçar músicas complexas, com melodias extremamente estruturadas e complicadas. Para os punks o rock deveria ser simplesmente visceral, com poucos acordes e muito barulho. A atitude era mais importante do que a riqueza musical. Afinal que jovem pobre e iletrado da classe trabalhadora inglesa conseguiria tocar alguma música do Pink Floyd em sua guitarra surrada? Para isso era necessário anos e anos de estudo e prática, algo que era impensável para os jovens punks que queriam mesmo era formar uma banda da noite para o dia, explodindo nas paradas. Assim os punks se voltaram para os primeiros rocks dos anos 50 que eram simples, diretos e tinham bastante atitude rebelde. O punk nasceu justamente dessa nova forma de ver a música jovem. Quanto mais revoltado melhor, mesmo que as bandas tivessem apenas conhecimentos rudimentares de seus instrumentos.

"Sid e Nancy - O Amor Mata" mostra claramente como eram radicais os primeiros punks. Radicais não apenas no aspecto musical mas na vida também. E nisso entrava o vício em drogas pesadas. Os punks como o retratado Sid Vicious simplesmente não tinham limites em seu consumo de drogas. Sid, cujo sobrenome era bem adequado, não passava de um pobre dependente químico mas naqueles loucos anos do surgimento do punk isso era também visto como algo positivo pelos jovens que seguiam o movimento até que ele extrapolou totalmente sua própria civilidade. O destaque desse filme certamente vai para a inspirada atuação de Gary Oldman. Acredito que hoje em dia todos os cinéfilos reconheçam o grande talento de Oldman. Infelizmente ele não tem tido grandes oportunidades como no começo de sua carreira mas mesmo assim se destaca onde atua, até mesmo em personagens coadjuvantes. Assim para quem gosta de seu trabalho o filme fica mais do que recomendado pois ele consegue literalmente sumir na pele de Sid Vicious, o trágico músico que sucumbiu completamente na tragédia das drogas pesadas.

Sid e Nancy - O Amor Mata (Sid and Nancy, Inglaterra, 1986) Direção: Alex Cox / Roteiro: Alex Cox, Abbe Wool / Elenco: Gary Oldman, Chloe Webb, David Hayman, Debbie Bishop / Sinopse: Sid Vicious, baixista da banda punk inglesa "The Sex Pistols" , entra fundo no mundo das drogas pesadas ao mesmo tempo em que leva seu romance com Nancy Spungen ao limite. Sua viagem alucinada trará trágicas consequências para o casal.

Pablo Aluísio.

Dorothy Dandridge

Filme biográfico sobre uma artista norte-americana negra que sofreu toda sorte de preconceitos, mas que mesmo assim superou tudo para ser premiada pelo Oscar na categoria de melhor atriz coadjuvante no clássico filme "Carmen Jones". Foi uma pessoa importante, tanto no campo das artes (em especial cinema e música) como também em relação aos direitos civis da população afro descendente dos Estados Unidos. Para se ter uma ideia muitas vezes ela se apresentava em grandes casas de shows e não tinha direito sequer de ir ao banheiro, pois esses eram reservados aos brancos. O preconceito racial em sua mais clara essência. Importante lembrar que os Estados Unidos continuavam segregados, mesmo depois da guerra civil e do fim da escravidão. As escolas, as casas de shows e até mesmo as igrejas eram separadas. Onde branco entrava, negros não eram admitidos. O maior dos absurdos.

O resultado que temos é inegavelmente um bom filme. A atriz Halle Berry se esforçou bastante, obviamente esperando por uma indicação ao Oscar. Não deu certo por vários motivos, mas o principal foi o fato do estúdio ter mudado os planos no meio das filmagens. Ao invés de ser lançado nos cinemas o filme acabou sendo comprado por uma emissora de TV a cabo. Com isso ela só concorreu mesmo ao Emmy - e venceu na categoria de melhor atriz! Para Berry, mesmo sendo uma vitória, foi também uma decepção, pois ela não chegou ao tão sonhado Oscar.

Dorothy Dandridge - O Brilho de uma Estrela (Introducing Dorothy Dandridge, Estados Unidos, 1999) Direção: Martha Coolidge / Roteiro: Earl Mills / Elenco: Halle Berry, Brent Spiner, Klaus Maria Brandauer / Sinopse: Cinebiografia da cantora e atriz Dorothy Dandridge (1922 - 1965). Vivendo em uma época de preconceito racial, ela conseguiu romper barreiras e limites que eram impostos contra artistas negros nos Estados Unidos.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 6 de setembro de 2021

Ruas de Fogo

Título no Brasil: Ruas de Fogo
Título Original: Street of Fire
Ano de Produção: 1984
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Walter Hill
Roteiro: Walter Hill, Larry Gross
Elenco: Michael Paré, Diane Lane, Rick Moranis, Amy Madigan, Willem Dafoe.

Sinopse:
As ruas das grandes cidades estão dominadas por gangues de motoqueiros, ladrões e criminosos em geral. Sem condições de impor a lei o Estado simplesmente se retirou das ruas, deixando tudo nas mãos dos mais fortes. Quando retorna de uma viagem o jovem Tom Cody (Michael Paré) descobre que sua namorada, uma cantora de rock underground, se tornou refém de uma das gangues. Sem pensar duas vezes, armado apenas de uma velha espingarda ele resolve ganhar as ruas em busca da amada. Agora, as ruas realmente serão de fogo!

Comentários:
Mais anos 80 do que isso impossível! Esse filme fez sucesso no Brasil no comecinho das locadoras em nosso país. Foi um campeão de vendas nos tempos do VHS! Depois disso virou uma espécie de pequeno cult mas sinceramente o filme não tem muita coisa a não ser um festival de roupas esquisitas, cabelos estranhos e outras bizarrices dos anos 80. O curioso é que isso hoje em dia se tornou justamente o grande charme da produção, uma vez que o clima de nostalgia vai bater forte para quem viveu naquela época. Outro ponto a se elogiar é a trilha sonora, com músicas que fizeram muito sucesso nas paradas FM. O filme é bem rico nessa questão. Os saudosistas vão aplaudir quando os primeiros hits começarem a tocar durante a história. O ator Michael Paré foi lançado para se tornar um astro mas não deu muito certo. O público não comprou a ideia de transformar ele num novo galã ao estilo Tom Cruise. Como a carreira não foi em frente ele se tornou um workaholic de filmes B e Z. A filmografia de Paré tem mais de 80 filmes onde ele atua desde coadjuvante de luxo até estrela de bombas constrangedoras. No Brasil ele ainda conseguiu emplacar um outro sucesso nos cinemas, uma fita de ação chamada "Execução Sumária" mas pouca gente se lembrará disso. Já o diretor Walter Hill encontraria o sucesso ao lado do brutamontes austríaco Arnold Schwarzenegger no violento "Inferno Vermelho", outro filme que é a cara dos 80´s. Enfim se quiser matar as saudades daquela década esse "Ruas de Fogo" certamente será o programa ideal. 

Pablo Aluísio.

As Crônicas de Nárnia

Eu tive oportunidade de assistir a esse filme no cinema. Confesso que não é dos meus preferidos nesse tipo de gênero fantasia. Prefiro muito mais Harry Potter e até mesmo "A Bússola de Ouro", que deveria ter sido o primeiro filme de uma série, mas que parou no começo do caminho por causa da bilheteria fraca demais. Já esse "As Crônicas de Nárnia" seguiu em frente e deu origem a, se não me engano, mais dois filmes. Tudo baseado nos livros infantis que são bem adorados, principalmente na Europa, com destaque para a Inglaterra. São livros que fazem parte da infância das crianças europeias, mas no Brasil não eram tão conhecidos. Não chegam nem perto da popularidade dos livros do bruxinho Potter, por exemplo.

A produção, como era de se esperar, é realmente impecável. O que não gostei mesmo foi do conto de fadas em si. Achei até bem derivativo de outros clássicos. Vi semelhanças demais com Peter Pan, por exemplo. As crianças que são enviadas para um mundo de fantasia, com seres mágicos, já era explorado por Peter Pan. A novidade é que foram inseridos também alguns elementos subliminares retirados de textos religiosos. Mas calma, não é um material religioso, passa longe disso. Apenas indiretamente esse elemento foi inserido na literatura original. E não é algo que incomode, é mais uma pauta para estudiosos desse tipo de leitura.

As Crônicas de Nárnia: O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa (The Chronicles of Narnia: The Lion, the Witch and the Wardrobe, Estados Unidos, 2005) Direção: Andrew Adamson / Roteiro: Ann Peacock / Elenco: Tilda Swinton, Georgie Henley, William Moseley / Sinopse: Filme baseado na obra literária de C.S. Lewis. Um grupo de crianças é levada até um mundo de fantasia e sonhos. Filme vencedor do Oscar na categoria de melhor maquiagem.

Pablo Aluísio.

domingo, 5 de setembro de 2021

Downton Abbey - O Filme

Eu esperei terminar todas as temporadas da série "Downton Abbey" para finalmente assistir esse longa-metragem que foi produzido especialmente para o cinema. Pensei que no máximo haveria um episódio estendido ou algo do tipo. Porém me surpreendi positivamente. O filme não destoa ou agride a linha cronológica da série e ainda traz uma história muito boa, imperdível mesmo para quem sempre acompanhou a série. Curiosamente quando assistia aos episódios sempre me perguntava qual seria a relação do Conde com a monarquia inglesa. E isso quase sempre era apenas sugerido indiretamente. Pois aqui estão todas as respostas para quem sempre teve as mesmas dúvidas que eu.

A história do filme começa quando é anunciado que o Rei George V e a família real vão passar em Downton Abbey, para um jantar, um baile e uma parada militar. Todos ficam ansiosos pela visita real, afinal o Conde se sente totalmente prestigiado pela presença do Rei, assim como todos os empregados da mansão. É um momento histórico. A primeira a chegar em Downton Abbey é a princesa e seu marido, cuja relação não e muito boa. Depois chegam todos os serviçais da corte, o que causa um atrito entre a staff real e os demais empregados da mansão. Mr. Carson, o veterano mordomo que estava aposentado é chamado de volta, às pressas, para comandar os empregados na visita real. Enfim, gostei de tudo. Um filme excelente que inclusive pode ser assistido até mesmo por quem nunca viu um episódio da série. Filme primoroso, classe A.

Downton Abbey - O Filme (Downton Abbey, Inglaterra, 2019) Direção: Michael Engler / Roteiro: Julian Fellowes / Elenco: Hugh Bonneville. Elizabeth McGovern, Jim Carter, Maggie Smith / Sinopse: O Conde Robert Crawley e sua família são informados que o Rei da Inglaterra George V e sua esposa, a rainha Mary, vão visitar Downton Abbey. Isso acaba criando um clima de ansiedade e excitação em todos, desde os familiares do Conde, até os empregados da tradicional mansão.

Pablo Aluísio.

A Viúva da Colina

A atriz Natasha Henstridge interpreta uma jovem e bela mulher, uma loira de rara beleza, que se envolve com homem mais velho, rico e dono de propriedades. Após um breve e escandaloso romance ele aparece morto. Claro, todos desconfiam que se trata de um crime premeditado, provavelmente (muito provavelmente, vamos colocar nesses termos) arquitetado justamente por ela, a amante. O objetivo, como não poderia deixar de ser, seria receber a herança deixada pela iludido homem que acreditava que estava sendo amada por ela. Agora, a filha dele vai tentar descobrir e revelar toda a cadeia de eventos que deu origem a esse crime terrível.

Esse "A Viúva da Colina" foi produzido diretamente para a TV a cabo. Sim, se trata de um telefilme. A produção é boa, nada deixa a desejar. O roteiro procura criar um daqueles enredos tradicionais, muito comum na literatura inglesa, sobre assassinatos, mistérios e segredos não revelados. Para que um filme assim dê certo é necessário a construção de um certo clima e aquelas velhas casas do interior da Inglaterra surgem como cenários perfeitos desse tipo de história. Eu particularmente gostei e tive interesse em toda a trama de crime passional que se desenola na tela. Por isso, mesmo com o aviso de que não é uma produção para o cinema, deixo a indicação sem maiores receios.

A Viúva da Colina (Widow on the Hill, Inglaterra, Canadá, 2005) Direção: Peter Svatek / Roteiro: Michael Shnayerson / Elenco: Natasha Henstridge, James Brolin, Jewel Staite / Sinopse: Filme de suspense e mistéiro mostrando um crime de complicada solução. Tudo acontece quando o corpo de um homem rico e bem sucedido é encontrado. Ele foi assassinado. Quem teria sido o autor (ou a autora) do crime? As suspeitas recaem sobre sua jovem amante, mas será que foi isso mesmo que aconteceu?

Pablo Aluísio.

sábado, 4 de setembro de 2021

Embalos a Dois

Título no Brasil: Embalos a Dois
Título Original: Two of a Kind
Ano de Produção: 1983
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: John Herzfeld
Roteiro: John Herzfeld
Elenco: John Travolta, Olivia Newton-John, Charles Durning, Oliver Reed, Beatrice Straight, Scatman Crothers

Sinopse:
Deus decide que é hora de eliminar mais uma vez a humanidade para recomeçar do zero. Seus anjos mais próximos porém não concordam muito com isso e o convencem a esperar um pouco. Deus então concorda em esperar, mas impõe uma condição: achar dois seres humanos ainda decentes no mundo para mudar sua decisão.

Comentários:
Filme que reuniu novamente a dupla que tanto sucesso fez em Grease, John Travolta e Olivia Newton-John. Só que ao contrário do filme anterior, musical passado nos anos 50 com muitos topetes e brilhantina, esse aqui procurava trazer o casal para um roteiro mais moderno e atual. Eu pessoalmente sempre achei a Olivia Newton-John uma graça. Simpática, bonita e boa cantora (sim, gravou vários discos, inclusive de country and western), gosto realmente de seu estilo e a acho muito carismática. Já o John Travolta é aquela coisa, um canastrão boa pinta que se deu bem no mundo do cinema. O sucesso de Travolta sempre me pareceu uma sucessão de escolhas certas, pois bem no começo da carreira ele teve uma sorte incrível, estrelando os filmes certos nos momentos certos. Por essa época o ator já não fazia tanto sucesso e colecionava fracassos comerciais, por isso a tentativa de se unir com Olivia novamente para ver se algo dava certo. Não deu. O filme é fraco e hoje em dia está bem esquecido. Vale por alguns poucos bons momentos e por uma trilha sonora datada, mas saborosamente nostálgica (e cheia de sintetizadores). O roteiro não tem o menor sentido, mas fazer o quê? Só recomendo aos que viveram aquela época e desejam recordar. Aos demais não vejo muito interesse.

Pablo Aluísio.

Maria Cheia de Graça

Um filme com temática muito forte. O que mais impressiona é que se trata de uma história que não apenas aconteceu, mas que acontece ainda, todos os dias. De um lado uma latina, a protagonista, que está grávida, sem dinheiro, desesperada para arranjar alguma coisa para sua família. Do outro lado um grupo de narcotraficantes que a recruta como "mula", como são chamadas as pessoas que são contratadas para levar pequenas quantidades de drogas escondidas para outros países. E o tráfico internacional de drogas não pode parar, mesmo que haja "efeitos colaterais" com a destruição da vida dessas pessoas que aceitam seguir por esse mundo da criminalidade.

O filme causou polêmica quando foi lançado justamente por causa de seu título "Maria Cheia de Graça", uma óbvia referência à Virgem Maria. O diretor e roteirista respondeu dizendo que essas pessoas, como a Maria do filme, eram também pessoas martirizadas, que não tinham outro caminho a tentar. Além disso a própria Maria, mãe de Jesus, também havia sido imigrante em sua vida. Basta lembrar da ida da sua família para o Egito, fugindo as perseguições do reinado do insano Herodes.  Assim o roteiro também busca, mesmo de forma subliminar, essa identifcação. Um bom filme, gostei especialmente de sua mensagem social.

Maria Cheia de Graça (Maria Full of Grace, Colômbia,  Estados Unidos, 2004) Direção: Joshua Marston / Roteiro:  Joshua Marston / Elenco: Catalina Sandino Moreno, Guilied Lopez, Orlando Tobón / Sinopse: Uma colombiana grávida aceita trabalhar como "mula" levando drogas para os Estados Unidos. Filme com enredo baseado em fatos reais.

Pablo Aluísio. 

sexta-feira, 3 de setembro de 2021

A Marca da Pantera

Nos primórdios da humanidade, seres humanos em rituais pagãos acabaram sacrificando mulheres a deuses leopardos e panteras. Desse encontro surgiu uma nova espécie sobre a face da Terra, que ao longo dos séculos conseguiu viver nas sombras. Séculos depois surge em Nova Iorque a bela e sensual Irena Gallier (Nastassja Kinski) que tem um grande segredo a guardar sobre seus ancestrais. Essa é a premisa desse filme que mistura fantasia, ficção e até mesmo pitadas de suspense e terror. "A Marca da Pantera" marcou época, principalmente por causa de seu roteiro fora dos padrões e também pela sensualidade latente em cada aparição da atriz Nastassja Kinski.

Para quem não viveu os anos 80 é bom lembrar que essa atriz foi uma das maiores sex symbols daquela década. Dona de uma beleza estonteante, com impressionantes lábios carnudos, a Nastassja atuou aqui em um dos seus filmes mais conhecidos. Foi justamente com esse "Cat People" que Nastassja Kinski atingiu o auge de sua popularidade no cinema. Como não poderia deixar de ser, o filme usava e abusava de seus generosos dotes estéticos. Obviamente muita gente virou fã da produção justamente pelas generosas cenas de nudez da Kinski, mas mesmo olhando sob um ponto de vista puramente cinematográfico, é de se reconhecer que se trata de uma produção muito charmosa, cheia de clima, com seu roteiro diferente, bastante exótico. E para melhorar ainda mais todo o conjunto, temos ainda a presença do sempre marcante Malcolm McDowell, um dos melhores atores de Hollywood.

A Marca da Pantera (Cat People, Estados Unidos, 1982) Estúdio: RKO Pictures, Universal Pictures / Direção: Paul Schrader / Roteiro: DeWitt Bodeen, Alan Ormsby / Elenco: Nastassja Kinski, Malcolm McDowell, John Heard /  Sinopse: Jovem e bela mulher esconde um grande segredo em sua vida, algo que remonta há séculos em sua linhagem familiar. Remake de um antigo clássico do cinema.

Pablo Aluísio.