terça-feira, 15 de junho de 2021

Anônimo

O nome original em inglês desse filme é Nobody (Ninguém). Uma boa definição para o protagonista Hutch Mansell (Bob Odenkirk). Ele é pai de dois filhos, leva uma vida tediosa que se resume a ir para o trabalho (nada empolgante) e no fim do dia voltar para a casa. A rotina é tão massacrante que todos os dias parecem iguais, sem mudanças. Uma noite sua casa é invadida por um casal de assaltantes. Há uma tentativa de reação, mas no último segundo Hutch decide recuar. O filho mais velho dele leva a pior. E roubam uma pulseirinha de sua filhinha, algo que se torna um gatilho para Hutch. Ele decide então ir atrás dos ladrões e num efeito colateral completamente imprevisível ele mata um parente de um chefão da máfia russa. Pronto, aberto a caixa de Pandora, a violência explode sem limites. E o passado dele retorna também. Para quem pensava que Hutch era apenas um pai tedioso de vida ordinária, se descobre que ele no passado foi assassino de uma das agências do governo americano.

Você provavelmente conhece o ator Bob Odenkirk das séries de sucesso "Better Call Saul" e "Breaking Bad". Nas duas séries ele interpretava o mesmo personagem do advogado Saul Goodman, tudo numa pegada mais de humor. Agora, nessa produção, Bob Odenkirk tenta ir por outro caminho, em um filme de ação que parece ter saído de alguma coleção de vídeos VHS guardada desde os anos 80. Há muita violência estilizada, cenas exageradas, metralhadoras matando dezenas de pessoas e coisas do tipo. Há igualmente uma leve camada de humor negro e também uma boa trilha sonora, cheia de músicas antigas. É um bom filme, principalmente para quem aprecia o gênero de filmes de ação com boas cenas de tiroteios e lutas corporais extremamente violentas. Se é o seu tipo de filme, certamente não vai se decepcionar.

Anônimo (Nobody, Estados Unidos, 2021) Direção: Ilya Naishuller / Roteiro: Derek Kolstad / Elenco: Bob Odenkirk, Aleksey Serebryakov, Christopher Lloyd, Connie Nielsen / Sinopse: A casa do pacato pai de família Hutch Mansell (Bob Odenkirk) é assaltada. O que os criminosos não poderiam prever é que ele iria atrás deles e que no passado aquele senhor havia sido um assassino profissional.

Pablo Aluísio.

Monsenhor

Título no Brasil: Monsenhor
Título Original: Monsignor
Ano de Produção: 1982
País: Estados Unidos
Estúdio: Frank Yablans Presentations
Direção: Frank Perry
Roteiro: Jack-Alain Léger
Elenco: Christopher Reeve, Geneviève Bujold, Fernando Rey, Jason Miller, Joe Cortese, Adolfo Celi

Sinopse:
John Flaherty (Christopher Reeve) é um jovem padre americano que vai até o Vaticano durante a II Guerra Mundial, no ano de 1944. Jovem e bonito, ele acaba se apaixonando por uma linda garota que conhece em uma biblioteca de Roma.

Comentários:
Depois de "Superman - O Filme" e "Superman II", o ator Christopher Reeve sentiu o problema de ficar estigmatizado por um único personagem, no caso o famoso super-herói dos quadrinhos da DC. Como escapar de algo assim? O ator então começou a procurar por outros filmes, roteiros diferentes e personagens mais ousados. Acabou estrelando esse filme que fugia bem dos padrões da época. O padre que interpretou era tudo, menos um santo. Além de se apaixonar por uma bonita jovem, ele ainda se envolvia com negócios escusos, envolvendo até mesmo a máfia italiana! É um bom filme, sem dúvida, mas que no final de contas não conseguiu mudar a imagem de Reeve. Para falar a verdade ficamos com a sensação de estar assistindo a um estranho filme onde o Superman usava batina! Acredite se quiser...De qualquer forma, tirando esse coisa toda é inegável que se trata de um filme que agrada, com boa reconstituição de época e boa história que prende a atenção do espectador. No geral eu gostei do filme com um todo.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 14 de junho de 2021

Espiral - O Legado de Jogos Mortais

Título no Brasil: Espiral - O Legado de Jogos Mortais
Título Original: Spiral: From the Book of Saw
Ano de Produção: 2021
País: Estados Unidos
Estúdio: Lionsgate, Twisted Pictures
Direção: Darren Lynn Bousman
Roteiro: Josh Stolberg, Pete Goldfinger
Elenco: Chris Rock, Samuel L. Jackson, Max Minghella, Marisol Nichols, Dan Petronijevic, Richard Zeppieri

Sinopse:
Uma série de assassinatos de policiais imitando o estilo do serial killer Jigsaw são investigados pelo detetive Zeke Banks (Chris Rock). Jigsaw está morto há anos, então se trata de um imitador. E o detetive mal desconfia que o alvo final de todos esses crimes será ele e seu pai, um policial aposentado.

Comentários:
Essa franquia Jogos Mortais parecia estar encerrada depois de tantos filmes. Para surpresa de muita gente o ator Chris Rock comprou parte dos direitos autorais da série e se tornou produtor executivo desse novo filme que claramente tenta dar uma sobrevida aos jogos mortais. Lançado bem no meio da pandemia acabou dando um belo retorno em lucro para os envolvidos, o que provavelmente dará origem e outros filmes. O final em aberto dá toda a pinta disso. Já em relação aos méritos do filme temos que reconhecer que ele tem uma melhor produção do que os anteriores. Chega ao luxo de ter Samuel L. Jackson como coadjuvante. Só nao espere por mais violência. Esse aqui me pareceu bem mais contido no quesito sangue e tripas. Parece que Chris Rock tentou dar uma amenizada, para atrair um leque maior do público. Acabou dando certo pelo que se viu nas bilheterias do cinema.

Pablo Aluísio.

Aqueles Que Me Desejam a Morte

Esse é o mais novo filme da atriz Angelina Jolie. Ela interpreta uma bombeira de um grupo especializado em combater incêndios florestais. Em um deles ela viu uma família inteira ser morta pelas chamas e por isso desenvolveu um certo trauma psicológico com isso. Mas não se preocupe, o roteiro não desenvolve muito esse aspecto, não transformando o filme em um drama pesado. Ao invés disso coloca a bombeira no meio da perseguição de um garoto, cujo pai foi morto em uma operação de queima de arquivo. Ela encontra o menino vagando no meio da floresta e tenta protegê-lo, enquanto dois assassinos profissionais tentam pegar ele, a única testemunha viva do assassinato de seu pai.

 Até gostei desse filme. O roteiro procura fugir do lugar comum, ambientando toda a ação dentro de uma reserva florestal no estado de Montana (bonito lugar!). Claro que há clichês no roteiro. Quando  se vê uma personagem principal com traumas de incêndio, fica meio óbvio antever que toda aquela floresta vai acabar pegando fogo na terça parte final do filme. E é interessante porque praticamente todo o fogo que se vê no filme é fruto de computação gráfica. Até alguns atrás o fogo era uma das coisas mais complicadas de se fazer em efeitos digitais, mas esse filme mostra que a tecnologia avançou bem nesse campo. Tudo soa bem feito. E a Angelina Jolie? Convence em seu papel? Fica na média de suas atuações anteriores. Nada muito além disso. Assim escrevo que esse é até um bom filme para pura diversão. Roteiro redondinho e sem surpresas garante ao menos um bom passatempo. A pipoca fica garantida.

Aqueles Que Me Desejam a Morte (Those Who Wish Me Dead, Estados Unidos, 2021) Direção: Taylor Sheridan / Roteiro: Michael Koryta, Charles Leavitt / Elenco: Angelina Jolie, Nicholas Hoult, Finn Little / Sinopse: Uma bombeira e guarda florestal tenta salvar um garotinho das mãos de dois assassinos profissionais, enquanto a floresta onde trabalha é consumida em chamas.

Pablo Aluísio.

domingo, 13 de junho de 2021

Santos ou Soldados

Título no Brasil: Santos ou Soldados
Título Original: Saints and Soldiers
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: Go Films, Medal of Honor Productions
Direção: Ryan Little
Roteiro: Geoffrey Panos, Geoffrey Panos
Elenco: Corbin Allred, Alexander Polinsky, Kirby Heyborne. Larry Bagby, Peter Holden, Ethan Vincent

Sinopse:
Quatro soldados americanos e um britânico lutando na Europa durante a Segunda Guerra Mundial tentam retornar ao território aliado depois de serem separados das forças dos EUA durante o histórico Massacre de Malmedy.

Comentários:
Esse foi o primeiro filme dessa franquia de filmes "Santos ou Soldados". É uma produção B, sem dúvida, sem maiores recursos em seu orçamento. Mesmo assim os realizadores conseguiram contornar isso com elegância, fazendo com que o espectador menos atento nem perceba esse tipo de coisa. Quando assisti não achei grande coisa, mas também não é um filme ruim. E para minha surpresa esse modesto filme acabou dando origem a uma linha própria, que a cada dois anos em média coloca um novo filme no mercado, geralmente no setor de venda direta ao consumidor. Como os grandes estúdios parecem não ter interesse mais em filmes da Segunda Guerra Mundial, produtores independentes ocupam esse nicho com esse tipo de produção. E pelo retorno que conseguem parece haver sempre um interesse por parte de público nesse tipo de filme de guerra. Então deixo a dica desse primeiro filme. Se gostar, há vários outros para se assistir. Não deixe de conferir.

Pablo Aluísio.

Miami Vice

Título no Brasil: Miami Vice  
Título Original: Miami Vice  
Ano de Produção: 1984 - 1989
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Television
Direção: John Nicolella, Richard Compton
Roteiro: Anthony Yerkovich, Daniel Pyne
Elenco: Don Johnson, Philip Michael Thomas, Saundra Santiago, Olivia Brown, Michael Talbott. John Diehl

Sinopse:
A série "Miami Vice" contava a história de dois policiais de Miami, James Crockett (Don Johnson) e Ricardo Tubbs (Philip Michael Thomas), que trabalhavam no departamento de narcóticos. Eles se disfarçavam para se infiltrar no submundo colorido e frenético de Miami, para desbaratar todas as quadrilhas de traficantes da região.

Comentários:
"Miami Vice" foi uma das séries mais populares e bem sucedidas dos anos 80. No total foram produzidas 5 temporadas, resultando em 111 episódios. Sucesso de público e crítica foi exibida por anos no Brasil pelo canal SBT.  O ator Don Johnson que nunca havia emplacado direito no cinema aqui encontrou finalmente seu veículo de sucesso. Com roupas de grife, pinta de galã, ele conquistou uma legião de fãs na época, se tornando um dos atores mais populares da época. A série também se notabilizou pela estética visual, tudo muito colorido, cheio de neon, com a finalidade de capturar o clima da ensolarada Miami, na Flórida. Os figurinos também eram todos de estilistas famosos. Os bons roteiros, aliados a uma dupla de atores carismáticos e todo o seu visual mais caprichado, acabaram tornando "Miami Vice" um campeão de audiência daquela década. A marca acabou gerando também um filme para o cinema. Com outros atores e sem o mesmo charme nostálgico, acabou não indo bem nas bilheterias. Melhor conhecer a série original. Nos Estados Unidos foi lançado um box de luxo com todas as temporadas.

Pablo Aluísio.

sábado, 12 de junho de 2021

Totalmente Selvagem

Título no Brasil: Totalmente Selvagem
Título Original: Something Wild
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Orion Pictures
Direção: Jonathan Demme
Roteiro: E. Max Frye
Elenco: Jeff Daniels, Melanie Griffith, Ray Liotta, Margaret Colin, Tracey Walter, Robert Ridgely

Sinopse:
Uma mulher de espírito livre "sequestra" um yuppie para um fim de semana de aventura. Mas a diversão rapidamente toma um rumo perigoso quando seu marido ex-presidiário aparece. Filme indicado ao Globo de Ouro nas categorias de melhor atriz (Melanie Griffith) e melhor ator (Jeff Daniels).

Comentários:
Poucos filmes trazem tantas marcas dos anos 80 como esse "Totalmente Selvagem". E não estou me referindo apenas aos figurinos, à trilha sonora, ao estilo daquela década, mas também em relação ao roteiro e à direção do cineasta Jonathan Demme. Ele merecia mesmo um prêmio por ter capturado tão bem a essência de uma época como vemos aqui, nessa película. E como todos sabemos um bom filme também passa necessariamente por um bom elenco. O casal protagonista está realmente ótimo. Jeff Daniels interpreta o engomadinho de Wall Street, todo certinho. Melanie Griffith, jovem e muito bonita, com peruca Chanel, é a garota que em termos de personalidade é o extremo oposto dele. E como se sabe, os opostos se atraem. No quadro geral é um filme simpático, divertido, com a cara dos anos 80. Nesse quesito provavelmente é o maior exemplo do cinema produzido naqueles anos.

Pablo Aluísio.

Os Espiões que Entraram numa Fria

Título no Brasil: Os Espiões que Entraram numa Fria
Título Original: Spies Like Us
Ano de Produção: 1985
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: John Landis
Roteiro: Dan Aykroyd, Dave Thomas
Elenco: Chevy Chase, Dan Aykroyd, Mark Stewart, Bruce Davison, William Prince, Steve Forrest

Sinopse:
Dois trapalhões funcionários do governo dos Estados Unidos pensam que são espiões, apenas para descobrir que são, na verdade, iscas para a Guerra Nuclear, durante a pior fase da guerra fria.

Comentários:
Uma comédia dos anos 80 satirizando, ou melhor dizendo, ironizando os filmes de espiões. Não vamos esquecer que naquela década a guerra fria entre Estados Unidos e União Soviética estava no auge, então era prato cheio para situações de humor. E se você quer conhecer a comédia que era produzida nos anos 80 é bom procurar pelos nomes certos. E esse filme tem vários deles, em especial a dupla de protagonistas e John Landis, talentoso cineasta daquele período. Entretanto, devo dizer, que esse filme não é grande coisa. Não é especialmente divertido ou engraçado. É só uma boa ideia que ficou no meio do caminho. Uma pena. O que estraga mesmo é que o filme em alguns momentos pontuais tenta se levar a sério demais, tentando imitar James Bond. Aí já é demais, vamos convir. Com isso o filme se torna até mesmo chato. Para uma comédia isso é literalmente o fim da picada.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 11 de junho de 2021

Uma Gatinha Boa de Bola

Título no Brasil: Uma Gatinha Boa de Bola
Título Original: Wildcats
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Michael Ritchie
Roteiro: Ezra Sacks
Elenco: Goldie Hawn, Woody Harrelson, Swoosie Kurtz, Robyn Lively, Brandy Gold, James Keach

Sinopse:
Desde quando era apenas uma garotinha, Molly (Goldie Hawn) sempre amou o futebol americano. O tempo passa, ela se torna adulta e tenta começar sua carreira como treinadora. Só que isso não será fácil dentro de um esporte tão machista!

Comentários:
A atriz Goldie Hawn fez uma série de comédias de sucesso nos anos 80, algumas delas ao lado do maridão Kurt Russell. Essa foi uma delas, aqui em voo solo. O curioso é que o filme fez bastante sucesso nos Estados Unidos, mas no mercado internacional passou quase despercebido. A razão é bem fácil de entender. Filmes sobre futebol americano geralmente só fazem sucesso na terra do Tio Sam. Não importa, esse "Uma Gatinha Boa de Bola" (um título nacional bem Sessão da Tarde!) tem bom roteiro e um elenco de jovens atores interpretando jogadores, entre eles o Woody Harrelson, ainda bem jovem, mas já com aquele jeitão de caipira casca grossa que ele iria interpretar pelo resto de sua carreira. Enfim, deixo a dica dessa boa comédia que se passa no mundo esportivo. Se você curte essa mistura, não deixe de ver (ou rever).

Pablo Aluísio.

Os Últimos Durões

Título no Brasil: Os Últimos Durões
Título Original: Tough Guys
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Jeff Kanew
Roteiro: James Orr, Jim Cruickshank
Elenco: Burt Lancaster, Kirk Douglas, Charles Durning, Alexis Smith, Dana Carvey, Darlanne Fluegel

Sinopse:
Harry Doyle (Burt Lancaster) e Archie Long (Kirk Douglas) são dois velhos criminosos que passaram décadas atrás das grades. Uma vez cumpridas as penas eles voltam para a liberdade, mas o mundo moderno lhes parece completamente diferente do passado. E agora, como vão sobreviver nessa nova realidade?

Comentários:
Como dois velhos gângsteres, da velha escola do crime, iriam sobreviver de volta às ruas depois de anos e anos dentro da prisão? Essa é a premissa básica desse filme. Calma, não se trata de um drama discutindo essa questão, que inclusive poderia render um ótimo argumento para um filme mais sério. Entretanto aqui o tom é de comédia. Esses dois criminosos, agora idosos, tentam cometer os mesmos crimes usando das velhas táticas, há muito obsoletas pelo passar do tempo. O filme na verdade é praticamente uma despedida e uma homenagem desses dois veteranos do cinema. Burt Lancaster, o antigo astro dos filmes de piratas, sempre sorridente e atlético e Kirk Douglas, um ícone do cinema americano em sua fase de ouro, mostram como ainda eram durões de verdade. É um filme divertido e até mesmo engraçado, porém uma dupla dessas, de tanta importância, poderia ter se envolvido em algo maior, à altura de suas carreiras.

Pablo Aluísio.