sábado, 5 de junho de 2021
Infiltrado
Acontece que H (Jason Statham) tem ótimo currículo e é logo admitido para trabalhar. Ele então passa a trabalhar em um daqueles carros fortes. Caladão, jeito de poucos amigos, ele mostra que é um segurança diferenciado. Logo na primeira tentativa de assalto, sai do carro e encara os criminosos face a face. Pior para todos eles. A coisa toda não parece natural. Todos começam a se perguntar, quem seria aquele sujeito? De onde ele vinha? Teria algum tipo de treinamento especial? São perguntas que vão ser respondidas pelo ótimo roteiro. Só não espere por banalidades, porque tudo nesse filme é bem construído, com destaque para a linha narrativa que vai e vem no tempo. Aos poucos tudo vai se encaixando. Não disse que Guy Ritchie não subestimava a inteligência do público? Pois é, não subestima mesmo. E nesse processo faz grande cinema.
Infiltrado (Wrath of Man, Estados Unidos, 2021) Direção: Guy Ritchie / Roteiro: Nicolas Boukhrief, Éric Besnard / Elenco: Jason Statham, Andy Garcia, Holt McCallany, Josh Hartnett, Scott Eastwood, Chris Reilly / Sinopse: Jason Statham interpreta H. Ele é contratado por uma empresa de segurança de valores, ao mesmo tempo que parece ter uma ligação com um assalto, ocorrido alguns meses antes, quando dois seguranças dessa mesma empresa foram mortos. Haveria mesmo alguma ligação entre os eventos criminosos?
Pablo Aluísio.
Por Volta da Meia-Noite
Título Original: Round Midnight
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Bertrand Tavernier
Roteiro: David Rayfiel, Bertrand Tavernier
Elenco: Dexter Gordon, Herbie Hancock, François Cluzet, Gabrielle Haker, Frédérique Meininger, Liliane Rovère
Sinopse:
Na década de 1950, o músico de jazz Dale Turner (Dexter Gordon) decide formar um grupo musical para tocar em Paris, na França, onde os músicos negros americanos são muito mais valorizados por sua arte. Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor ator (Dexter Gordon). Filme vencedor do Oscar na categoria de melhor música (Herbie Hancock).
Comentários:
Filme que foi bastante elogiado pela crítica em seu lançamento original. A grande qualidade do filme resultou da boa ideia de se mesclar em seu elenco atores profissionais com músicos de verdade. Assim quando a banda sobe no palco o espectador logo vai perceber que ali há músicos reais, talentosos e alguns até mesmo mestres do jazz. Nada de atores fingindo saber tocar instrumentos musicais. Por essa razão também a trilha sonora é uma das maiores forças do filme. E o roteiro também explora a vida pessoal de alguns músicos dos anos 50, muitos deles com problemas envolvendo bebidas e drogas. Essa parte garante o lado da dramaturgia do filme. Embalado pelo alto padrão do jazz americano, resgatando um cenário musical e artístico que já não existe mais, esse "Por Volta da Meia-Noite" é especialmente indicado aos admiradores do jazz dos Estados Unidos, em um de seus momentos mais inspirados.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 4 de junho de 2021
Christine, o Carro Assassino
Título no Brasil: Christine, o Carro Assassino
Título Original: Christine
Ano de Produção: 1983
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures,
Direção: John Carpenter
Roteiro: Bill Phillips
Elenco: Keith Gordon, John Stockwell, Alexandra Paul, Robert Prosky, Harry Dean Stanton, Christine Belford
Sinopse:
Filme baseado em livro de Stephen King. Um garoto nerd compra um carro estranho com uma mente maligna própria e sua natureza começa a mudar para refletir isso. O varro começa a ganhar vida própria, fazendo e procurando vingança como se fosse dominado por uma força maior.
Comentários:
Eu sempre gostei muito das adaptações dos livros do Stephen King para o cinema. Até mesmo os filmes menores me deixavam satisfeito (e vi muitos deles nos cinemas ao longo de todos esses anos). Porém devo confessar que nunca gostei muito desse "Christine, o Carro Assassino". Sempre fiquei me perguntando quando via esse filme sobre o que o King tinha na cabeça para criar um conto tão bobo e com argumento tão rasteiro. Aliás sempre que o autor se mete a escrever sobre carros a coisa perde o rumo. Basta lembrar de "Comboio do Terror" e coisas parecidas. Não dá certo, simplesmente não dá. Talvez forçando um pouco a barra e dando desconto podemos até relevar esse tom mais crítico, afirmando que nos anos 80 esse tipo de coisa até funcionava bem. Porém já naquela época, quando vi o filme pela primeira vez, simplesmente não gostei. Assim minha opinião é a de que embora esse filme tenha seus fãs, é um dos mais fracos da longa lista do King na sétima arte. Esse é o meu veredito final sobre essa produção.
Pablo Aluísio.
A Garota de Rosa-Shocking
Título no Brasil: A Garota de Rosa-Shocking
Título Original: Pretty in Pink
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Howard Deutch
Roteiro: John Hughes
Elenco: Molly Ringwald, James Spader, Andrew McCarthy, Jon Cryer, Harry Dean Stanton, Annie Potts,
Sinopse:
A adolescente Andie (Molly Ringwald) precisa decidir se vai dar uma chance ao seu amigo de infância Duckie (Jon Cryer), que sempre foi louco por ela ou se vai namorar o riquinho e bonito Blane (Andrew McCarthy), um dos melhores partidos da sua escola. Filme premiado pelo BMI Film & TV Awards.
Comentários:
Ser um adolescente nos anos 80 poderia ser bem problemático, como bem podemos observar nesse clássico jovem daquela década, chamado "A Garota de Rosa-Shocking". E aqui temos um fato curioso. O filme não foi dirigido por John Hughes como muitos ainda hoje se confundem. Ele apenas produziu o filme e escreveu o roteiro. Imprimiu sua marca de uma maneira tão forte que todos que lembram desse filme logo lembram do nome de John Hughes. O diretor de verdade nem é citado. Ecos da genialidade de Hughes, sem dúvida. E o elenco é puro anos 80. Quem viveu a época vai sentir enorme nostalgia. Molly Ringwald, a ruivinha, era uma das musas dos filmes adolescentes dos anos 80. Andrew McCarthy era ídolo teen, com sua cara de baby face e James Spader sempre interpretava o riquinho nojentinho com cara de esnobe. Funcionava como vilão na maioria das vezes. Curiosamente o jovem Jon Cryer só encontraria o merecido sucesso anos depois, na TV, na série de humor "Dois Homens e Meio" ao lado de outro ídolo dos anos 80, Charile Sheen. Aqui ele dá show, principalmente nas cenas em que dublava grandes hits do passado. Enfim, uma amostra do que de melhor o cinema americano produziu em termos de filmes para jovens naquela década.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 3 de junho de 2021
O Método Kominsky
Uma das coisas que mais me chamaram a atenção é o fato de que os episódios possuem pouco mais de 30 minutos de duração. Ora, quem acompanha séries sabe muito bem que esse formato é geralmente usado em sitcoms, aquelas comédias rápidas com aplausos gravados. Pois bem, foi justamente essa duração a escolhida, porém "O Método Kominsky" não é uma sitcom. Está mais para drama, principalmente no primeiro episódio quando a esposa do agente do personagem de Douglas falece em um hospital. Sim, há alguns diálogos mais mordazes, mais engraçadinhos, mas essa não é em absoluto a tônica da série. Eu gostei do que vi até o momento e pretendo acompanhar a série, para saber onde tudo isso vai terminar. E para quem é fã de Douglas, bom, não haveria nada mais recomendado na atualidade.
O Método Kominsky (The Kominsky Method, Estados Unidos, 2018 - 2020) Direção: Andy Tennant, Beth McCarthy-Miller / Roteiro: Chuck Lorre, Alan J. Higgins / Elenco: Michael Douglas, Alan Arkin, Sarah Baker, Graham Rogers / Sinopse: A série conta a história do velho ator Sandy Kominsky (Douglas). Por causa da idade já não consegue mais os trabalhos de antes. Assim ganha a vida dando aulas de interpretação para jovens aspirantes à carreira de ator. Enquanto isso tenta também reconstruir sua vida pessoal, procurando a mulher certa para viver ao seu lado.
Pablo Aluísio.
Magnum
De qualquer maneira o fato inegável é que "Magnum" foi grande sucesso de audiência. Um dos campeões de popularidade em sua época, nos anos 80. A série teve oito temporadas exibidas entre os anos de 1980 a 1989, gerando nesse processo 158 episódios exibidos com grande êxito popular, inclusive no Brasil onde foi exibida pela Rede Globo por longos anos, sempre com boa receptividade do público. Depois dela o ator Tom Selleck ainda tentou emplacar uma carreira no cinema, com filmes tolinhos como "Três Solteirões e um Bebê". Depois desistiu e voltou para o meio que parece ser o melhor para sua carreira, a de séries de TV, onde praticamente reina como um dos grandes astros da televisão.
Magnum (Magnum, P.I, Estados Unidos, 1980 - 1988) Direção: Michael Vejar, Ivan Dixon, Ray Austin / Roteiro: Donald P. Bellisario, Glen A. Larson / Elenco: Tom Selleck, John Hillerman, Roger E. Mosley, Larry Manetti / Sinopse: A série conta a história do detetive Magnum (Tom Selleck). Investigador particular vivendo no Havaí, ele vai solucionando casos, sempre com a ajuda indispensável de seu amigo e sócio nos negócios, o elegante e fino Higgins (John Hillerman).
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 2 de junho de 2021
A Aparição
Título Original: The Wraith
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: New Century Entertainment
Direção: Mike Marvin
Roteiro: Mike Marvin
Elenco: Charlie Sheen, Nick Cassavetes, Sherilyn Fenn, Randy Quaid, Matthew Barry, David Sherrill
Sinopse:
Depois que um jovem é assassinado por uma gangue de motoqueiros, um misterioso espírito, um fantasma, uma aparição, de origem desconhecida, desce dos céus para se vingar. E ele está disposto a enfrentar todos os vilões em possantes corridas de carros velozes pelas estradas desertas.
Comentários:
É complicado entender como certos filmes B caem nas graças do público. Esse é o caso desse "A Aparição", filme que fez sucesso nos anos 80, mesmo tendo um roteiro sem pé e nem cabeça e um elenco de jovens atores que não diziam muita coisa. Lançado em VHS naquela década se tornou um inesperado sucesso nas locadoras de vídeo. E o mais incrível de tudo é que havia pouca coisa a se apreciar. O roteiro era mero pretexto para cenas de ação, com o estranho protagonista dirigindo um carrão negro e futurista pelas estradas da Califórnia. Claramente uma derivação de "Mad Max" mas sem o cenário de pós-apocalipse como pano de fundo. Charlie Sheen, com cara de malvadão, pouco convenceu. Melhor mesmo era apreciar a beleza da atriz Sherilyn Fenn, ainda adolescente e bronzeada de praia. Foi uma das jovens atrizes mais bonitas dos anos 80, sem dúvida alguma.
Pablo Aluísio.
Piratas
Título Original: Pirates
Ano de Produção: 1986
País: França
Estúdio: Accent Films
Direção: Roman Polanski
Roteiro: John Brownjohn, Gérard Brach
Elenco: Walter Matthau, Roman Polanski, Cris Campion, Damien Thomas, Ferdy Mayne, David Kelly,
Sinopse:
O Capitão Thomas Bartholomew Red (Walter Matthau) comanda um navio pirata no Caribe com a ajuda de Frog, um jovem marinheiro francês arrojado. Um dia o Capitão Red é capturado e levado a bordo de um galeão espanhol, mas graças à sua inventividade, ele leva a tripulação ao motim.
Comentários:
Antes do surgimento da franquia "Piratas do Caribe" o diretor Roman Polanski teve a ideia de transformar o mundo dos piratas em algo mais leve, puxado para o humor - como aconteceria anos depois com os filmes com Johnny Depp. Só que curiosamente o filme de Polanski foi um enorme fracasso de bilheteria, mostrando que não adianta ter a ideia primeiro, tem que acontecer um lance de sorte também para que um filme dê certo nesse vasto mundo da cultura pop. Eu só iria assistir esse "Piratas" alguns anos depois de seu lançamento original pois não vi no cinema. Achei interessante, nada muito especial. A produção é ótima, tudo muito bem feito, construíram até mesmo uma réplica em tamanho original de um navio antigo, só que o público não comprou a ideia e o fracasso comercial se tornou inevitável. O filme chegou a ter uma indicação ao Oscar na categoria de melhor figurino (Anthony Powell). Entretanto nem isso ajudou o filme a escapar do prejuízo. Não seria dessa vez que os bons e velhos piratas iriam renascer nos cinemas com o sucesso devido.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 1 de junho de 2021
Invocação do Mal 3 - Curiosidades
2. Os roteiristas decidiram escrever uma cena em homenagem ao grande clássico "O Exorcista". Essa pequena sequência acontece quando o Padre Gordon chega na casa do garotinho para o exorcismo. É a mesma tomada de cena do clássico do terror dos anos 1970.
3. Arne Johnson foi a julgamento em 1981 por assassinato em primeiro grau. Acabou sendo condenado, entretanto a tese de que o crime havia sido cometido pelo Diabo convenceu alguns dos jurados que mudaram o veredito para crime culposo. Isso fez com que Arne só ficasse cinco anos na prisão.
4. A atriz Vera Farmiga se tornou produtora executiva da franquia. Isso significa que seu trabalho em "Invocação do Mal" e outros filmes da série não se resume na atuação. Ela tem poder de veto sobre qualquer detalhe que envolva essas produções.
5. Por causa da pandemia a estreia do filme foi adiada 4 vezes. Os produtores do filme, visando evitar maiores prejuízos, resolveram assinar com a plataforma HBO Max a disponibilização do filme no mesmo dia em que ele era lançado nas telas de cinemas dos Estados Unidos. um fato inédito dentro da indústria cinematográfica daquele país.
6. Os personagens dos dois padres mostrados no filme são fruto de mera ficção. No caso real a Igreja Católica não deu autorização para que fosse realizado o exorcismo, uma vez que o garoto que pensava-se estar possuído tinha histórico de problemas mentais. Os exorcismos que são mostrados no filme jamais aconteceram de verdade.
7. Segundo registros do casal Warren, havia 42 entidades demoníacas envolvidas no caso. Esses seres das trevas atuaram em diversas pessoas e em vários eventos paralelos, segundo o casal.
8. Há planos da Warner Bros na realização de seis filmes com a marca "Invocação do Mal". O quarto filme já estaria em pré-produção, com o começo da elaboração do roteiro.
9. Ed Warren morreu de um ataque do coração em agosto de 2006. Seus problemas de saúde teriam piorado muito depois que o casal investigou o caso da casa em Amityville. Inclusive Lorraine o proibiu de entrar lá depois.
10. Há mais de cinco mil comunidades de culto satanista em atividade nos Estados Unidos atualmente. Inclusive são reconhecidos como religiões por vários estados americanos. A liberdade de culto religioso protege essas seitas de maneira constitucional.
Pablo Aluísio.
Invocação do Mal 3
A história real para falar a verdade tem tantos eventos diferentes e tantos envolvidos que os roteiristas tiveram que dar uma enxugada em tudo. E eles fizeram um bom trabalho nesse aspecto, pois a história contada aqui flui de forma natural. O ritmo não decai nunca e a diversão se torna garantida. Até mesmo a iniciativa de se criar uma vilã, uma bruxa, filha de um padre, soou muito bem bolada. E como não poderia deixar de ser há também criaturas bem produzidas, como a do homem morto com obesidade mórbida que se levanta de sua cama de necrotério. Os sustos assim ficam todos garantidos. Penso até que esse é certamente um dos melhores filmes dessa longa e produtiva franquia de filmes de terror. É o fino da bossa, digo, do horror americano da atualidade.
Invocação do Mal 3: A Ordem Do Demônio (The Conjuring: The Devil Made Me Do It, Estados Unidos, 2021) Direção: Michael Chaves / Roteiro: David Leslie Johnson-McGoldrick / Elenco: Patrick Wilson, Vera Farmiga, Ruairi O'Connor, Sarah Catherine Hook, Julian Hilliard, Steve Coulter, Vince Pisani / Sinopse: O casal Ed (Patrick Wilson) e Lorraine Warren (Formiga) se envolvem em mais um caso sobrenatural envolvendo um garoto possuído pelo demônio, um padre aposentado e sua filha, que se tornou uma sacerdotisa do ocultismo.
Pablo Aluísio.