quarta-feira, 19 de maio de 2021
O Espião Inglês
Acontece que mal sabiam todos os envolvidos que a União Soviética estava com planos de instalar mísseis na ilha de Cuba. Armamento nuclear apontando para as principais cidades americanas, o que iria dar origem a uma crise internacional sem precedentes. "O Espião Inglês" é um filme sobre espionagem, agentes secretos e tudo o mais. Só não vá esperar algo como os filmes de James Bond. Como foi baseado na história real, tudo é mais realista. Nao há perseguições mirabolantes e nem carros explodindo pelos ares. O mundo da espionagem real é bem mais sutil, cheio de pequenos detalhes. Pode-se dizer inclusive que o filme tem um ritmo bem lento. Só na fantasia o mundo da espionagem internacional é cheia de ação e aventuras. No mundo real a coisa é bem mais sutil, como bem podemos perceber nesse filme.
O Espião Inglês (The Courier, Estados Unidos, Inglaterra, 2020) Direção: Dominic Cooke / Roteiro: Tom O'Connor / Elenco: Benedict Cumberbatch, Merab Ninidze, Rachel Brosnahan, Vladimir Chuprikov / Sinopse: O filme conta a história real de um simples vendedor inglês que passa a viajar até Moscou para receber documentos secretos da União Soviética enviados por um Coronel russo. Filme indicado ao British Independent Film Awards na categoria de melhor ator coadjuvante (Merab Ninidze).
Pablo Aluísio.
É Difícil Dizer Adeus
Título Original: Every Time We Say Goodbye
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: TriStar Pictures
Direção: Moshé Mizrahi
Roteiro: Moshé Mizrahi
Elenco: Tom Hanks, Cristina Marsillach, Benedict Taylor, Anat Atzmon, Gila Almagor, Moni Moshonov
Sinopse:
Um piloto norte-americano, de formação protestante, durante a Segunda Guerra Mundial, conhece uma jovem garota judia e se apaixona por ela enquanto está servindo as forças armadas dos Estados Unidos em Jerusalém. Embora suas origens fossem diversas, eles acabam lutando por esse amor, apesar das adversidades.
Comentários:
O filme é uma tentativa de reviver aqueles antigos filmes das décadas de 1940, 1950, onde havia um pano de fundo da guerra e um amor inesquecível entre os dois protagonistas, aqui lutando por um romance que parece fadado a terminar. Entretanto esse casal apaixonado não se rende, fazendo de tudo para continuarem juntos. Será que nesse filme dos anos 80 essa antiga fórmula de fazer cinema ainda funcionou? Olha, o filme é bom, mas há sim uma certa superficialidade envolvida na trama que nem é tão especial como se pensa. Quem for atrás de cenas de ação da guerra, melhor esquecer. A guerra, como já escrevi, é mero pano de fundo. Essa história, apesar de se passar em um período histórico de guerra mundial, se concentra mais na paixão, no amor dos personagens. No fundo é apenas um filme romântico, uma remodelagem de mais uma produção ao estilo Love Story. Se for isso que você estiver buscando, então aproveite bem o filme. Vai ser no mínimo interessante.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 18 de maio de 2021
A Morte Pede Carona
Esse roteiro era tão bom que chegou a interessar até mesmo ao diretor Steven Spielberg que só não dirigiu o filme por não ter espaço livre em sua agenda. Melhor assim, pois tudo acabou resultando em um excelente filme sob direção de Robert Harmon. Ele soube muito bem explorar as nuances do suspense, colocando em evidência o modo suave e gentil do assassino, em momentos em que ele estaria prestes a revelar sua verdadeira natureza. E os dois atores em cena, Rutger Hauer e C. Thomas Howell (de "ET" e "Admiradora Secreta") contribuiu bastante para o ótimo resultado final. Houve um remake recente desse filme, mas esqueça essa nova versão. Não vela a pena. Fique mesmo com o original dos anos 80. Esse sim é um ótimo road movie.
A Morte Pede Carona (The Hitcher, Estados Unidos, 1986) Direção: Robert Harmon / Roteiro: Eric Red / Elenco: Rutger Hauer, C. Thomas Howell, Jennifer Jason / Sinopse: Jovem viajante dá carona a um estranho numa noite de chuva e acaba se arrependendo amargamente de sua decisão. Ele esqueceu do velho conselho de não dar caronas a estranhos.
Pablo Aluísio.
Procurado Vivo ou Morto
Nesse filme o ator interpreta um ex-agente da CIA chamado Nick Randall. Ele foi literalmente expulso da agência porque sempre usou da truculência sem limites. Agora vive como caçador de recompensas. E para fazer um serviço sujo é contactado justamente pela própria CIA. Ele tem que ir atrás de um terrorista internacional e se possível mandar ele para uma cova rasa no meio da floresta. Um caso de execução sumária, sem pistas, sem provas. E pronto, o roteiro arma todas as situações para muitas cenas de ação e pancadaria. E olha que o Rutger Hauer não se saiu mal, de jeito nenhum. Tinha jeito para a coisa. Entretanto sua veia artística era mais voltada para os dramas, para onde ele retornou após um tempo, voltando para a Europa, se tornando um ator prestigiado.
Procurado Vivo ou Morto (Wanted: Dead or Alive, Estados Unidos, 1986) Direção: Gary Sherman / Roteiro: Michael Patrick Goodman, Brian Taggert / Elenco: Rutger Hauer, Gene Simmons, Robert Guillaume / Sinopse: Caçador de recompensas, sujeito conhecido por sua violência, ex-agente da CIA, é procurado pela agência de inteligência do governo americano para fazer um serviço sujo, por baixo da lei. Sua meta passa a ser caçar um terrorista internacional.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 17 de maio de 2021
Fuga de Pretória
Assim que chegou em Pretória começou a pensar numa maneira de fugir dali. Porém sem violência, apenas usando da sua inteligência. Logo percebeu que aquela era uma velha prisão, sem muitos mecanismos de segurança. A solução de seus problemas era relativamente simples, fazer cópias das chaves dos carcereiros. Como não tinha metal, pensou em produzir chaves de madeira dentro das celas, uma vez que tinha acesso a materiais da oficina da prisão. E assim começou a elaborar seu plano de fuga. Gostei desse filme, pois geralmente filmes com essa temática costumam ser bons. "Fuga de Pretória" certamente não decepcionará aos admiradores desse estilo de cinema.
Fuga de Pretória (Escape from Pretoria, Austrália, África do Sul, Inglaterra, Estados Unidos, 2020) Direção: Francis Annan / Roteiro: Francis Annan, L.H. Adams / Elenco: Daniel Radcliffe, Daniel Webber, Ian Hart, Mark Leonard Winter / Sinopse: O filme conta a história real do ativista Tim Jenkin (Daniel Radcliffe) e seus companheiros de prisão que planejaram uma fuga ousada e inteligente da prisão federal de Pretória, na África do Sul, durante o regime racista do Apartheid.
Pablo Aluísio.
Retroceder Nunca, Render-se Jamais
Título Original: No Retreat, No Surrender
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos, Hong Kong
Estúdio: Seasonal Film Corporation
Direção: Corey Yuen
Roteiro: See-Yuen Ng
Elenco: Kurt McKinney, Jean-Claude Van Damme, J.W. Fails, Kathie Sileno, Kent Lipham, Peter Cunningham
Sinopse:
Jason Stillwell (Kurt McKinney) é um jovem lutador que decide vingar a morte de seu pai. Para isso porém ele precisará vencer no ringue um campeão russo de lutas marciais, o violento e imbatível Ivan Kraschinsky (Jean-Claude Van Damme).
Comentários:
A primeira vez que ouvi falar no belga Jean-Claude Van Damme foi quando esse filme pintou nas locadoras de vídeo VHS. Ele não era o ator principal do filme (isso coube ao péssimo Kurt McKinney). O que aconteceu mesmo foi que Van Damme roubou o filme dele sem dó e nem piedade. O sujeito foi para o anonimato e o belga começou a fazer sucesso. Esse primeiro filme aqui é uma típica produção de Hong Kong, é mal produzida, as atuações são capengas e amadoras, mas as lutas (hiper exageradas) caíram no gosto do povão. Eu me recordo inclusive que essa fita vivia frequentando a lista dos mais locados no Brasil. O povão curtiu a pancadaria, sem dúvida. Depois disso Jean-Claude Van Damme foi sendo escalado para outros filmes de ação e acabou virando um astro do gênero, tendo sua própria carreira e filmografia. É a tal coisa, as pessoas precisam começar de algum lugar, não é mesmo?
Pablo Aluísio.
domingo, 16 de maio de 2021
Uma Filha para o Diabo
Revisto hoje em dia "Uma Filha para o Diabo" envelheceu bastante, mas só em certos aspectos. Algo que nunca vai desagradar ao fã de cinema é seu estilo bem anos 70, mais cru, mais visceral. Parece até mesmo em certos momentos que o cinéfilo está vendo um velho documentário sobre bruxaria. Outro ponto positivo vem da presença da atriz Nastassja Kinski. Ela era ainda bem novinha no filme, mas os produtores não perderam tempo. Suas cenas vestidas de freira misturam o sagrado com o profano, trazendo uma inesperada dose de sensualidade a um filme que deveria ser de puro terror psicológico. Na década seguinte, nos anos 80, a Nastassja Kinski iria se tornar símbolo de sensualidade e erotismo no cinema. As origens dessa imagem podem ser encontrados justamente nesse que foi um de seus primeiros filmes no cinema inglês.
Uma Filha para o Diabo (To the Devil a Daughter, Inglaterra, Alemanha 1976) Direção: Peter Sykes / Roteiro: Christopher Wicking, John Peacock / Elenco: Richard Widmark, Christopher Lee, Nastassja Kinski, Honor Blackman / Sinopse: Um romancista ocultista americano luta para salvar a alma de uma jovem de um grupo de satanistas, liderados por um padre excomungado, que planeja usá-la como representante do Diabo na Terra.
Pablo Aluísio.
Halloween 5
Nesse quinto filme da série ele está de volta às ruas, um ano depois da história de Halloween 4. E caçando jovens garotas dos anos 80 em pleno feriado do dia das bruxas, quando todo mundo anda fantasiado no meio da rua. Quem iria prestar atenção nele? Seria mais um sujeito com fantasia de assassino. As jovens garotas, claro, só querem curtir e namorar. E o Mike Myers acaba matando o namorado de uma delas, assumindo a direção de um belo carro clássico conversível preto, que facilita e muito suas matanças. As garotas adoram, mesmo que ele tenha um facão afiado no banco ao lado. Como é um filme dos anos 80, revendo hoje em dia não há como deixar a nostalgia de lado, com aquele figurino, aqueles cabelos armados das meninas. A única coisa que ficou atemporal mesmo foi o próprio Michael Myers, com sua velha máscara surrada de sempre. Pelo visto, assassinos em série nunca saem de moda, pelo menos no cinema.
Halloween 5: A Vingaça de Michael Myers (Halloween 5: The Revenge, Estados Unidos, 1989) Direção: Dominique Othenin-Girard / Roteiro: John Carpenter, Debra Hill / Elenco: Donald Pleasence, Danielle Harris, Ellie Cornell / Sinopse: O assassino enlouquecido Michael Myers não morreu na mina abandonada como todos pensavam. Ele está vivo e de volta às ruas em plena noite de Halloween. E ele quer mais mortes, mais sangue, mais vingança.
Pablo Aluísio.
sábado, 15 de maio de 2021
Psicose 3
E ele foi além. Ousado, decidiu que iria dirigir pessoalmente ao novo filme. E o que mais surpreende é que como cineasta não decepcionou. Esse "Psicose 3", apesar de toda a má vontade envolvida por parte dos críticos, é certamente um bom filme. Não decepcionou quem estava em busca de novas histórias envolvendo o perturbado Norman Bates. Claro que em termos cinematográficos não poderia ser comparado com o filme original, mas quem disse que não era bom cinema? Era sim, sem dúvida. Acredito que esses filmes posteriores deram certo por um motivo simples. De certa forma Norman Bates.era Anthony Perkins. Ele era tão identificado com o personagem que sempre quando surgia em sua pele em um filme tudo se tornava natural. Era impossível não gostar de um filme de "Psicose" com ele no papel principal. Nem havia como pensar de outra forma.
Psicose 3 (Psycho III, Estados Unidos, 1986) Direção: Anthony Perkins / Roteiro: Charles Edward Pogue, Robert Bloch / Elenco: Anthony Perkins, Diana Scarwid, Jeff Fahey, Roberta Maxwell / Sinospe: Norman Bates (Perkins) luta para continuar na normalidade, fugindo de seus momentos de insanidade, mas isso vai se tornando cada vez mais difícil de acontecer. E para piorar há novos hóspedes no Bates Motel, entre eles uma freira católica por quem ele passa a desenvolver estranhos sentimentos de amor e ódio. Filme indicado pela Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films na categoria de melhor filme de terror.
Pablo Aluísio.
A Maldição de Samantha
Título Original: Deadly Friend
Ano de Produção: 1986
País: Estadps Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Wes Craven
Roteiro: Diana Henstell, Bruce Joel Rubin
Elenco: Kristy Swanson, Matthew Labyorteaux, Michael Sharrett, Anne Ramsey, Richard Marcus
Sinopse:
Samantha Pringle (Kristy Swanson) parece ser uma garota normal, bonita, simpática, legal com todos, com os vizinhos, etc. Só que por trás de tudo se esconde um terrível e trágico segredo.
Comentários:
Filme de terror dos anos 80 dirigido pelo mestre do gênero Wes Craven? Pode ir numa boa, assista sem receios. De todos os diretores de terror dos anos 80 o cineasta Wes Craven sempre foi um dos mais bem conceituados, um dos mais lembrados e reverenciados dos fãs de filmes de terror. Essa fita aqui é menos conhecida do que seu grande sucesso no cinema, "A Hora do Pesadelo", mas se engana quem pensa que é um filme fraco. Pelo contrário. Esse jogo de suspense e terror que vai sendo tecendo aos poucos, usando como cenário um bairro normal de uma cidade americana, sempre foi muito eficiente. Sempre rendeu ótimos filmes, porque o espectador acabava se identificando. Poderia acontecer em sua vizinhança. Então deixo a dica desse Craven que poucos viram ou se lembram.
Pablo Aluísio.