domingo, 18 de abril de 2021

A Caixa

Título no Brasil: A Caixa
Título Original: The Box
Ano de Produção: 2009
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Richard Kelly
Roteiro: Richard Kelly, Richard Matheson
Elenco: Cameron Diaz, James Marsden, Frank Langella, James Rebhorn, Holmes Osborne, Gillian Jacobs

Sinopse:
Um casal  recebe uma estranha caixa em sua casa. Eles não sabem quem mandou aquilo. Em cima da caixa há um botão. Um homem se apresenta e lhes faz uma proposta. Caso apertem o botão receberão 1 milhão de dólares. Porém não é só isso. Caso apertem o botão uma pessoa morrerá. Eles vão sacrificar a vida desse ser humano apenas por dinheiro?

Comentários:
Filme esquisito, coloca esquisito nisso. No começo a premissa parece interessante. Um jogo onde o que está na berlinda é a ética daquele casal formado por pessoas comuns. Por 1 milhão de dólares eles apertariam um botão mesmo sabendo que isso iria significar a morte de uma pessoa? Ora, ora... para muitas pessoas isso não seria problema. Afinal vivemos em um mundo cruel. Porém para os protagonistas isso vira uma questão crucial. Pois bem, esse filme começa bem, com o que eu gosto de chamar de roteiro tese, onde um ponto de vista tenta ser provado. Porém a coisa sai dos trilhas. Depois de um tempo o roteiro viaja fartamente na maionese. Entram teorias da conspiração e até ETs para explicar tudo o que acontece. É dose pra leão. O espectador precisa ter uma cumplicidade fora do comum para embarcar no enredo proposto por esse roteiro. Mesmo que você goste de Sci-fi vai ser complicado engolir tanta maluquice. Assim me senti assistindo a um episódio de "Além da Imaginação" escrito por um roteirista internado em um hospício. Olha o tamanho do problema...

Pablo Aluísio.

sábado, 17 de abril de 2021

Radioactive

O filme conta a história de um casal de cientistas no começo do século XX que começou a realizar uma série de pesquisas em metais raros de se encontrar na natureza. Eles descobriram que havia elementos instáveis em sua composição. Na verdade descobriram dois elementos desconhecidos pela ciência até então, o Rádio e o Polônio. Esses dois elementos irradiavam radiação, algo ainda novo para os cientistas. Eram radioativos, causavam grandes problemas de saúde em quem os manipulasse sem proteção.

Isso porém só seria descoberto algum tempo depois. Marie Curie (Rosamund Pike), por exemplo, pegava pedaços de Rádio com as mãos nuas. Seu marido Pierre Curie (Sam Riley) não demorou muito a ficar doente. Antes de morrer ele venceu o prêmio Nobel, embora os créditos das descobertas também eram em grande parte de sua esposa. As pesquisas seguiram em frente. As descobertas do casal deram origem ao surgimento da tecnologia nuclear. Foi uma revolução científica. Elementos nucleares poderiam ser usados tanto para o bem (como no tratamento de câncer) como para o mal (com a invenção da bomba atômica).

O filme é muito bem produzido e roteirizado, mostrando os principais momentos da vida dos cientistas. Também resgata a importância de Marie Curie que no fundo era a verdadeira mente pensante do casal. Outro aspecto muito positivo do roteiro é que ele não apenas mostra as primeiras pesquisas como também onde tudo aquilo iria parar. Assim o espectador também é levado no tempo, mostrando entre outros momentos o ataque nuclear americano sobre duas cidades japonesas durante a II Guerra Mundial, o uso da radioatividade em tratamentos médicos e também o desastre na usina nuclear de Chernobyl, considerado o pior da história. Excelente filme enfim, vale todas as recomendações, em especial para quem se interessa pela história da ciência.

Radioactive (Estados Unidos, França, Inglaterra, 2019) Direção: Marjane Satrapi / Roteiro:Jack Thorne, Lauren Redniss / Elenco: Rosamund Pike, Sam Riley, Yvette Feuer, Katherine Parkinson, Harriet Turnbull, Mirjam Novak / Sinopse: O filme conta a história do casal de cientistas Currie que no começo do século XX desenvolveram uma série de pesquisas com elementos instáveis, dando origem à tecnologia nuclear tal como conhecemos nos dias atuais. Filme premiado pela Women Film Critics Circle Awards.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 16 de abril de 2021

O Retorno de Ben

Título no Brasil: O Retorno de Ben
Título Original: Ben Is Back
Ano de Produção: 2018
País: Estados Unidos
Estúdio: Black Bear Pictures
Direção: Peter Hedges
Roteiro: Peter Hedges
Elenco:  Julia Roberts, Lucas Hedges, Courtney B. Vance, Kathryn Newton, Rachel Bay Jones, David Zaldivar

Sinopse:
Após ficar meses internado em uma clínica de recuperação de drogados, o jovem Ben retorna para a casa de sua mãe. É um retorno complicado. Antes de ser internado Ben se envolveu em todos os tipos de problemas, chegando inclusive a traficar drogas para sustentar seu vício. E a tensão só aumenta quando antigos conhecidos de seu passado voltam para assustar e ameaçar seus familiares.

Comentários:
Filme muito bom, drama estrelado por Julia Roberts que toca em assunto importante. A questão da dependência química é muito mais ampla. Ela não atinge apenas a vida do viciado, mas também de todos os seus familiares, não raro colocando em risco a vida de todos. Com a droga vem também o traficante e as dívidas não pagas. E quem não paga a traficante, já sabe, corre grande risco de ser morto. A atriz Julia Roberts interpreta a mãe do Ben, o jovem que procura escapar de seu passado. O filme assim explora a dor das mães que precisam lidar com os problemas, inúmeros deles, que envolvem filhos que são viciados em drogas. Não raro eles entram na criminalidade para manter o vício, para pagar dívidas. E uma vez no mundo do crime é complicado escapar desse meio. Embora o protagonista queira deixar a sarjeta que sua vida virou no passado, ela sempre volta para assombrá-lo. E há também a eterna tentação, que faz com que ele lute dia a dia para não ter uma recaída. Fazia tempo que não assistia filmes com Julia Roberts. Ela havia dado mesmo um tempo na carreira. Aqui, nesse seu retorno, acertou na escolha de um bom roteiro. Enfim, um drama de que gostei bastante.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 15 de abril de 2021

Menina de Ouro

Um ano após Charlize Theron ganhar seu Oscar de melhor atriz por "Monster" chegou a vez de Hilary Swank levantar a estatueta por esse drama "Menina de Ouro". Certamente estamos aqui na presença de um dos mais controvertidos filmes de Clint Eastwood. A trama em si e seu desenrolar não foge muito do que estamos acostumados a ver em filmes sobre boxe. A diferença central surge na conclusão do filme que deixou muitas pessoas aborrecidas pelo clímax nada feliz. Certamente "Menina de Ouro" não é uma produção de fácil digestão. Há muito que Clint Eastwood abandonou as soluções fáceis e os epílogos rotineiros. Aqui ele ousou contar uma estória nada edificante, daquelas que os espectadores saem do cinema com a alma lavada. Na verdade o público levou mesmo foi um choque de realidade cruel no desfecho do enredo. A trama para quem ainda não conhece é a seguinte: Frankie Dunn (Clint Eastwood) é um treinador veterano que aceita treinar a jovem Maggie Fitzgerald (Hilary Swank). Ela está disposta a tudo para se tornar uma lutadora de boxe profissional. Frankie, após muita insistência por parte da atleta, resolve acreditar em seu potencial. Ao lado do treinamento também acaba surgindo uma bela amizade entre ambos. Há muito que o velho treinador não vê sua filha. Extremamente fechado no modo de ser, é complicado para ele manter um bom relacionamento com sua própria filha. Assim sua aproximação com Maggie acaba criando um reflexo do tipo de envolvimento que gostaria de ter com sua distante família.

O elenco de apoio é excelente. Morgan Freeman está em cena, com toda aquela dignidade que lhe é peculiar. Hilary Swank também está muito bem mas sua atuação seria mesmo digna de um Oscar? Há uma velha máxima dentro da Academia que diz que todo ator que interprete qualquer personagem com problemas físicos ou mentais tem grande chance na disputa pelo Oscar. Não entrarei em maiores detalhes sobre o destino da personagem de Hilary Swank para não estragar o final de quem ainda não assistiu "Menina de Ouro", mas fica claro que seu papel caiu como uma luva nessa definição. Hilary Swank defende seu trabalho com unhas e dentes mas devo confessar que naquele ano minha favorita era mesmo Catalina Sandino Moreno por "Maria Cheia de Graça", um filme socialmente muito relevante, tocando em um assunto importante. Infelizmente a premiação do Oscar tem muita política envolvida e dessa forma uma atriz latina jamais tiraria o Oscar de Hilary, ainda mais porque "Menina de Ouro" acabou vencendo todos os prêmios importantes da Academia naquele ano. Em suma, temos aqui um filme corajoso realmente, com temática instigante e final surpreendente. Provavelmente muita gente vá torcer o nariz para a ética (ou falta dela) na conclusão do filme mas mesmo assim essa obra é um ótimo representante daquele tipo de produção que nos mostra que nem todos os finais são felizes.

Menina de Ouro  (Million Dollar Baby, Estados Unidos, 2004) Direção: Clint Eastwood / Roteiro: Paul Haggis / Elenco: Clint Eastwood, Hilary Swank, Morgan Freeman, Jay Baruchel, Mike Colter, Lucia Rijker / Sinopse: Jovem garota é aceita por veterano treinador de boxe. Seu sonho é se tornar uma lutadora profissional do esporte. Seu caminho até lá porém não será feito de flores. Filme vencedor dos Oscars de Melhor Filme, Direção, Melhor Atriz (Hilary Swank) e Ator Coadjuvante (Morgan Freeman).

Pablo Aluísio. 

Glimmer Man - O Homem das Sombras

Título no Brasil: Glimmer Man - O Homem das Sombras
Título Original: The Glimmer Man
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: John Gray
Roteiro: Kevin Brodbin
Elenco: Steven Seagal, Keenen Ivory Wayans, Bob Gunton, Brian Cox, John M. Jackson, Stephen Tobolowsky

Sinopse:
Dois policiais são forçados a trabalharem juntos para resolver uma cadeia de assassinatos misteriosos cometidos por um assassino apelidado de "O Homem de Família" ou "O Homem das Sombras".

Comentários:
Muitos críticos de cinema consideram esse filme simplesmente muito ruim. Mas quem liga? Se formos pensar bem o ator Steven Seagal fez toda a sua carreira em cima de filmes malhados impiedosamente pelos críticos de cinema, tanto nos Estados Unidos, como na Europa e no Brasil. Sim, a maioria dos filmes são ruins, mas os que curtem filmes de lutas apreciam o estilo desse ator. Na verdade os fãs de filmes de lutas marciais como esse, não estão interessados nas opiniões dos críticos de cinema. Eles querem apenas se divertir e no meio disso tudo curtir algumas lutas bem coreografadas pelo Seagal e seu time. E para falar a verdade esse filme aqui nem é dos piores de sua filmografia pois ainda tem uma boa trama por trás, além de ter sido produzido pela Warner, o que seguramente sempre foi fator de garantia de boa produção. Então se você gosta meu caro, sirva-se à vontade desse menu.  

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 14 de abril de 2021

Cães de Guerra

Título no Brasil: Cães de Guerra
Título Original: The Dogs of War
Ano de Produção: 1980
País: Inglaterra
Estúdio: Juniper Films
Direção: John Irvin
Roteiro: Gary DeVore, George Malko
Elenco: Christopher Walken, Tom Berenger, Colin Blakely, Hugh Millais, Paul Freeman, JoBeth Williams

Sinopse:
O mercenário James Shannon (Christopher Walken) é contratado para atuar em um trabalho de reconhecimento na nação africana de Zangaro. As coisas porém fogem do controle e ele é torturado e deportado. Agora ele está de volta para liderar um golpe.

Comentários:
Antes de qualquer coisa não vá confundir com outro filme de guerra chamado "Os Selvagens Cães de Guerra". São dois filmes completamente diferentes. Esse aqui é uma produção inglesa classe B que não traz maiores destaques. O filme é estrelado pelo ator Christopher Walken, aqui menos estranho do que o habitual. Ele tem um bom parceiro de cena, o ator Tom Berenger que alguns anos depois iria se consagrar por seu trabalho de atuação no filme "Platoon". A direção dessa fita é do cohecido diretor de filmes de ação John Irvin. Sempre que vejo seu nome nos créditos de algum filme me lembro de "Jogo Bruto", filme dos anos 80 estrelado pelo brucutu  Arnold Schwarzenegger. Enfim, um filme de ação feito na Inglaterra que pode até ter alguns bons momentos, mas que no quadro geral ficou bastante datado e envelhecido.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 13 de abril de 2021

Noel - Poeta da Vila

Título no Brasil: Noel - Poeta da Vila
Título Original: Noel - Poeta da Vila
Ano de Produção: 2006
País: Brasil
Estúdio: Movi&Art, Zohar Cinema
Direção: Ricardo Van Steen
Roteiro: Carlos Didier, João Máximo
Elenco: Rafael Raposo, Camila Pitanga, Lidiane Borges, Paulo César Peréio, Jonathan Haagensen, Carol Bezerra

Sinopse:
Esse filme conta a história do compositor carioca Noel Rosa (1910 - 1937). Nascido em uma família de classe média no bairro tradicional da Vila Isabel, no Rio de Janeiro, ele se imortalizou por ter composto alguns dos maiores clássicos da música popular brasileira.

Comentários:
Noel Rosa foi um gênio musical. Ele morreu muito cedo, com apenas 26 anos de idade, mas isso não impediu de ficar eternamente lembrado por suas inúmeras músicas, algumas delas verdadeiros clássicos do samba. Ele foi um carioca da gema, era sambista, boêmio e frequentador de caberás na Lapa, onde conheceu seu grande amor, Ceci, ao qual dedicou inúmeras de suas poesias em forma de música. Estudante de medicina, largou tudo para seguir os sambistas da época, seja nos botequins de Vila Isabel, seja subindo o morro para compor ao lado de gente como Cartola, Almirante e muitos outros sambistas que hoje em dia são cultuados por suas criações, suas músicas. Os produtores desse filme encontraram o ator ideal, Rafael Raposo, que além de ser muito parecido fisicamente com o verdadeiro Noel Rosa, ainda tinha talento de sobra. Enfim, um ótimo filme nacional que resgata essa figura histórica que enche de orgulho os admiradores de sua obra, essa sim, imortal.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 12 de abril de 2021

Mauá - O Imperador e o Rei

Título no Brasil: Mauá - O Imperador e o Rei
Título Original: Mauá - O Imperador e o Rei
Ano de Produção: 1999
País: Brasil
Estúdio: Europa Filmes, Rio Filmes
Direção: Sergio Rezende
Roteiro: Paulo Halm, Sergio Rezende
Elenco: Paulo Betti, Malu Mader, Othon Bastos, Michael Byrne, Roberto Bomtempo, Antonio Pitanga

Sinopse:
O filme conta a história real do Barão de Mauá, um brasileiro que viveu no II Reinado e que vindo do nada, da pobreza absoluta, conseguiu construir uma das maiores fortunas do país, se tornando assim um empresário, comerciante, industrial e banqueiro dos mais bem sucedidos da história do Brasil.

Comentários:
Muito bom esse filme nacional. Ele resgata a história do Barão de Mauá, desde sua infância até sua morte. Um homem que tinha uma visão diferente do Brasil. Empreendedor nato  ele construiu seu próprio império dentro do império comandado por Dom Pedro II, que aliás é retratado no filme como uma figura inteligente e interessada em ciência, mas também ao mesmo tempo sem uma visão prática do que a nação deveria se tornar. Outro ponto interessante da história de Mauá é que ela demonstra muito bem como o Estado pode atrapalhar, mais do que ajudar, o setor privado. Ao longo de sua trajetória percebemos como Mauá precisou lidar com uma elite política sem visão de mundo, que procurava apenas defender seus próprios interesses e não os interesses do Brasil. Algo infelizmente mais atual do que nunca, demonstrando que o Brasil não mudou em praticamente nada nesses últimos dois séculos. A produção do filme é caprichada, com várias cenas faladas em inglês, obviamente uma maneira dos produtores em atrair o interesse do público estrangeiro. Um filme que me deixou plenamente satisfeito. Seria muito bom que o cinema brasileiro resgatasse ainda mais a história, como vemos aqui.

Pablo Aluísio.

domingo, 11 de abril de 2021

O Atirador - O Fim de um Assassino

Título no Brasil: O Atirador - O Fim de um Assassino
Título Original: Sniper - Assassin's End
Ano de Produção: 2020
País: Estados Unidos
Estúdio: Sony Pictures
Direção: Kaare Andrews
Roteiro: Oliver Thompson
Elenco: Chad Michael Collins, Tom Berenger, Sayaka Akimoto, Ryan Robbins, Lochlyn Munro, Emily Tennant

Sinopse:
Um ditador da América Central é assassinado. As suspeitas passam a recair em um militar americano chamado Brandon Beckett (Chad Michael Collins) só que ele na verdade é inocente. Uma caçada humana é providenciada para achá-lo. Para escapar ele pede ajuda ao pai, um veterano franco-atirador das forças especiais dos fuzileiros navais dos Estados Unidos.

Comentários:
Mais um filme dessa franquia "O Atirador". Quando o filme começou e surgiu o personagem do velho franco-atirador interpretado por Tom Berenger, eu fiquei realmente surpreso. Isso porque ele foi morto no filme anterior chamado "O Atirador - O Legado". Então qual seria a explicação? A única possível, que o roteiro nem faz questão de explicar, é que essa história se passa antes do filme anterior, quando Thomas Beckett ainda estava vivo. Os roteiristas deveriam ter pelo menos localizado o espectador em relação a isso, mas as coisas parecem tão apressadas que nem um notinha sequer foi colocada ao longo do filme. Pois bem, esse novo filme não foge dos padrões dos anteriores. Sempre há uma cena crucial envolvendo algum franco-atirador que vai mudar os rumos de toda a história. No caso aqui o tiro fatal será novamente dado pelo veterano vivido por Berenger, que apesar de estar bem envelhecido, ainda mantém aquela pose de durão que o ajudou em toda a sua longa carreira. Enfim, temos aqui mais um filme de ação da linha "Sniper" que fica apenas ali na média. Nos Estados Unidos foi lançado diretamente no mercado de DVDs.

Pablo Aluísio.

Escravas do Medo

Título no Brasil: Escravas do Medo
Título Original: Experiment in Terror
Ano de Produção: 1962
País: Estados Unidos
Estúdio: Geoffrey-Kate Productions
Direção: Blake Edwards
Roteiro: Gordon Gordon
Elenco: Glenn Ford, Lee Remick, Stefanie Powers, Roy Poole, Ned Glass, Patricia Huston

Sinopse:
A jovem funcionária de um banco, Kelly Sherwood (Lee Remick), é feita refém assim que chega em casa. O criminoso quer que ela faça parte do seu plano para roubar 100 mil dólares na agência onde trabalha. Para impedir que esse crime venha a acontecer, o agente do FBI John Ripley (Glenn Ford) e sua equipe entram no caso.

Comentários:
Muito bom esse suspense clássico que foi qualificado na época como um "filme noir tardio", isso porque o estilo noir teve seu auge na década de 1940 e esse filme foi produzido 20 anos depois dessa era de ouro. Blake Edwards assumiu a direção e surpreendeu muita gente em Hollywood. Ele sempre foi especialista em comédias. Poucos acreditavam que se daria bem em um filme policial de suspense como esse. Porém contra todas as previsões o resultado ficou acima do esperado. O filme chegou até mesmo a ganhar uma indicação para o Globo de Ouro de melhor ator coadjuvante para Ross Martin. Em meu ponto de vista merecia mais. A direção de arte e a fotografia em preto e branco ficaram excelentes, impressionantes, captando as luzes noturnas da cidade de San Francisco, criando um clima ainda mais sombrio e sórdido para essa pequena obra-prima do cinema americano. Hoje em dia é um filme raro de se encontrar, mas se por acaso encontrar por aí, não deixe de assistir. Você não vai se arrepender.

Pablo Aluísio.