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quinta-feira, 2 de outubro de 2025

Código Alarum

Código Alarum 
Outro filme fraco com o Stallone lançado recentemente. Ele parece ter entrado naquele modo de fim de carreira, alugando seu nome para produções B. É o sinal mais claro que sua carreira acabou mesmo! Enfim, nada é para sempre. Na realidade Stallone é apenas um coadjuvante de luxo nesse filme de ação muito fraco. O verdadeiro protagonista é o ator Scott Eastwood. Ele é filho de Clint Eastwood com uma aeromoça, um caso de alguns anos no passado. Tem tentado há bastante tempo emplacar como ator, mas a verdade é que sua filmografia é uma sucessão de filmes irrelevantes como esse, sendo que a maioria nunca chegou aos cinemas, caindo no esquecimento do universo vazio do streaming. Embora seja fisicamente parecido com o pai, não herdou o carisma do velho. Acontece nas melhores famílias. 

O filme é bem fraco, como já escrevi. Se formos comparar com "Blindado", outro filme recente do Stallone, esse se torna ainda pior na foto. A história dá bocejos, envolvendo um ex-agente do governo dos Estados Unidos que agora vive isolado numa casa em uma reserva ambiental. Ele não quer mais nada com aquela velha vida, mas como sempre acontece nesse tipo de história, um dia o passado vem bater à sua porta. Stallone é um assassino profissional que tem como missão eliminar esse sujeito, mas esqueça. O personagem dele é sem qualquer importância. Agora, roteiros fracos a gente até perdoa em filmes de ação. O que não dá para perdoar são as cenas ruins de troca de tiros, lutas, etc. Aqui usaram efeitos digitais para simular os tiros nas armas. Isso, definitivamente é imperdoável! Um filme de ação sem armas de verdade, onde até os tiros são falsos? Ora, faça-me o favor...

Código Alarum (Alarum, Estados Unidos, 2025) Direção: Michael Polish / Roteiro: Alexander Vesha / Elenco: Scott Eastwood, Sylvester Stallone, Isis Valverde, Willa Fitzgerald, Mike Colter / Sinopse: Ex-agente de inteligência do governo dos Estados Unidos agora tenta levar uma vida isolada e em paz, mas seu passado vem bater a porta e a violência não demora a explodir. 

Pablo Aluísio. 

quinta-feira, 15 de abril de 2021

Menina de Ouro

Um ano após Charlize Theron ganhar seu Oscar de melhor atriz por "Monster" chegou a vez de Hilary Swank levantar a estatueta por esse drama "Menina de Ouro". Certamente estamos aqui na presença de um dos mais controvertidos filmes de Clint Eastwood. A trama em si e seu desenrolar não foge muito do que estamos acostumados a ver em filmes sobre boxe. A diferença central surge na conclusão do filme que deixou muitas pessoas aborrecidas pelo clímax nada feliz. Certamente "Menina de Ouro" não é uma produção de fácil digestão. Há muito que Clint Eastwood abandonou as soluções fáceis e os epílogos rotineiros. Aqui ele ousou contar uma estória nada edificante, daquelas que os espectadores saem do cinema com a alma lavada. Na verdade o público levou mesmo foi um choque de realidade cruel no desfecho do enredo. A trama para quem ainda não conhece é a seguinte: Frankie Dunn (Clint Eastwood) é um treinador veterano que aceita treinar a jovem Maggie Fitzgerald (Hilary Swank). Ela está disposta a tudo para se tornar uma lutadora de boxe profissional. Frankie, após muita insistência por parte da atleta, resolve acreditar em seu potencial. Ao lado do treinamento também acaba surgindo uma bela amizade entre ambos. Há muito que o velho treinador não vê sua filha. Extremamente fechado no modo de ser, é complicado para ele manter um bom relacionamento com sua própria filha. Assim sua aproximação com Maggie acaba criando um reflexo do tipo de envolvimento que gostaria de ter com sua distante família.

O elenco de apoio é excelente. Morgan Freeman está em cena, com toda aquela dignidade que lhe é peculiar. Hilary Swank também está muito bem mas sua atuação seria mesmo digna de um Oscar? Há uma velha máxima dentro da Academia que diz que todo ator que interprete qualquer personagem com problemas físicos ou mentais tem grande chance na disputa pelo Oscar. Não entrarei em maiores detalhes sobre o destino da personagem de Hilary Swank para não estragar o final de quem ainda não assistiu "Menina de Ouro", mas fica claro que seu papel caiu como uma luva nessa definição. Hilary Swank defende seu trabalho com unhas e dentes mas devo confessar que naquele ano minha favorita era mesmo Catalina Sandino Moreno por "Maria Cheia de Graça", um filme socialmente muito relevante, tocando em um assunto importante. Infelizmente a premiação do Oscar tem muita política envolvida e dessa forma uma atriz latina jamais tiraria o Oscar de Hilary, ainda mais porque "Menina de Ouro" acabou vencendo todos os prêmios importantes da Academia naquele ano. Em suma, temos aqui um filme corajoso realmente, com temática instigante e final surpreendente. Provavelmente muita gente vá torcer o nariz para a ética (ou falta dela) na conclusão do filme mas mesmo assim essa obra é um ótimo representante daquele tipo de produção que nos mostra que nem todos os finais são felizes.

Menina de Ouro  (Million Dollar Baby, Estados Unidos, 2004) Direção: Clint Eastwood / Roteiro: Paul Haggis / Elenco: Clint Eastwood, Hilary Swank, Morgan Freeman, Jay Baruchel, Mike Colter, Lucia Rijker / Sinopse: Jovem garota é aceita por veterano treinador de boxe. Seu sonho é se tornar uma lutadora profissional do esporte. Seu caminho até lá porém não será feito de flores. Filme vencedor dos Oscars de Melhor Filme, Direção, Melhor Atriz (Hilary Swank) e Ator Coadjuvante (Morgan Freeman).

Pablo Aluísio.