O filme conta a história de um casal de cientistas no começo do século XX que começou a realizar uma série de pesquisas em metais raros de se encontrar na natureza. Eles descobriram que havia elementos instáveis em sua composição. Na verdade descobriram dois elementos desconhecidos pela ciência até então, o Rádio e o Polônio. Esses dois elementos irradiavam radiação, algo ainda novo para os cientistas. Eram radioativos, causavam grandes problemas de saúde em quem os manipulasse sem proteção.
Isso porém só seria descoberto algum tempo depois. Marie Curie (Rosamund Pike), por exemplo, pegava pedaços de Rádio com as mãos nuas. Seu marido Pierre Curie (Sam Riley) não demorou muito a ficar doente. Antes de morrer ele venceu o prêmio Nobel, embora os créditos das descobertas também eram em grande parte de sua esposa. As pesquisas seguiram em frente. As descobertas do casal deram origem ao surgimento da tecnologia nuclear. Foi uma revolução científica. Elementos nucleares poderiam ser usados tanto para o bem (como no tratamento de câncer) como para o mal (com a invenção da bomba atômica).
O filme é muito bem produzido e roteirizado, mostrando os principais momentos da vida dos cientistas. Também resgata a importância de Marie Curie que no fundo era a verdadeira mente pensante do casal. Outro aspecto muito positivo do roteiro é que ele não apenas mostra as primeiras pesquisas como também onde tudo aquilo iria parar. Assim o espectador também é levado no tempo, mostrando entre outros momentos o ataque nuclear americano sobre duas cidades japonesas durante a II Guerra Mundial, o uso da radioatividade em tratamentos médicos e também o desastre na usina nuclear de Chernobyl, considerado o pior da história. Excelente filme enfim, vale todas as recomendações, em especial para quem se interessa pela história da ciência.
Radioactive (Estados Unidos, França, Inglaterra, 2019) Direção: Marjane Satrapi / Roteiro:Jack Thorne, Lauren Redniss / Elenco: Rosamund Pike, Sam Riley, Yvette Feuer, Katherine Parkinson, Harriet Turnbull, Mirjam Novak / Sinopse: O filme conta a história do casal de cientistas Currie que no começo do século XX desenvolveram uma série de pesquisas com elementos instáveis, dando origem à tecnologia nuclear tal como conhecemos nos dias atuais. Filme premiado pela Women Film Critics Circle Awards.
Pablo Aluísio.
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sábado, 17 de abril de 2021
terça-feira, 2 de fevereiro de 2021
Garota Exemplar
Título no Brasil: Garota Exemplar
Título Original: Gone Girl
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: David Fincher
Roteiro: Gillian Flynn
Elenco: Ben Affleck, Rosamund Pike, Neil Patrick Harris, Tyler Perry, Carrie Coon, Kim Dickens
Sinopse:
Nick Dunne (Ben Affleck) liga para a polícia para comunicar o desaparecimento de sua esposa Amy (Rosamund Pike). No passado ela serviu de inspiração para a criação de uma popular personagem de livros infantis chamada Amy exemplar. Por isso o caso começa a chamar muito a atenção da mídia. Em pouco tempo o marido começa a ser o principal suspeito de um provável crime cometido contra a própria mulher.
Comentários:
Esse filme foi indicado ao Oscar e ao Globo de Ouro na categoria de melhor atriz para Rosamund Pike. Realmente o filme é todo dela. Interpretando uma esposa que parece ser mesmo exemplar, ela tece várias camadas de uma personalidade complexa para sua personagem. O espectador assim é levado de um lado para o outro no decorrer do filme. Ora se solidarizando com a dor de uma mulher casada com um homem infiel e em alguns momentos violento, ora se surpreendendo completamente ao descobrir a verdadeira face de "Amy exemplar". A história desse filme tem pelo menos duas grandes reviravoltas. A primeira, em meu ponto de vista, acontece cedo demais, o que poderá levar alguns a entender que o filme acaba se arrastando mais do que devia (afinal são duas horas e meia de duração). Porém passado esse primeiro plot twist, o enredo ganha novos contornos, onde as posições se invertem para os personagens. Quem era vilão, passa a ser mocinho e vice versa. Funciona? Sim, mantém a atenção. Só que de maneira em geral concordo que o final mais cínico e pessimista, premiando de certo modo atos psicopatas, vai incomodar alguns espectadores. Nem sempre o bem vence no final como bem podemos conferir nesse bom filme chamado "Garota Exemplar". Se nunca viu, corra atrás. Vale a pena assistir.
Pablo Aluísio.
Título Original: Gone Girl
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: David Fincher
Roteiro: Gillian Flynn
Elenco: Ben Affleck, Rosamund Pike, Neil Patrick Harris, Tyler Perry, Carrie Coon, Kim Dickens
Sinopse:
Nick Dunne (Ben Affleck) liga para a polícia para comunicar o desaparecimento de sua esposa Amy (Rosamund Pike). No passado ela serviu de inspiração para a criação de uma popular personagem de livros infantis chamada Amy exemplar. Por isso o caso começa a chamar muito a atenção da mídia. Em pouco tempo o marido começa a ser o principal suspeito de um provável crime cometido contra a própria mulher.
Comentários:
Esse filme foi indicado ao Oscar e ao Globo de Ouro na categoria de melhor atriz para Rosamund Pike. Realmente o filme é todo dela. Interpretando uma esposa que parece ser mesmo exemplar, ela tece várias camadas de uma personalidade complexa para sua personagem. O espectador assim é levado de um lado para o outro no decorrer do filme. Ora se solidarizando com a dor de uma mulher casada com um homem infiel e em alguns momentos violento, ora se surpreendendo completamente ao descobrir a verdadeira face de "Amy exemplar". A história desse filme tem pelo menos duas grandes reviravoltas. A primeira, em meu ponto de vista, acontece cedo demais, o que poderá levar alguns a entender que o filme acaba se arrastando mais do que devia (afinal são duas horas e meia de duração). Porém passado esse primeiro plot twist, o enredo ganha novos contornos, onde as posições se invertem para os personagens. Quem era vilão, passa a ser mocinho e vice versa. Funciona? Sim, mantém a atenção. Só que de maneira em geral concordo que o final mais cínico e pessimista, premiando de certo modo atos psicopatas, vai incomodar alguns espectadores. Nem sempre o bem vence no final como bem podemos conferir nesse bom filme chamado "Garota Exemplar". Se nunca viu, corra atrás. Vale a pena assistir.
Pablo Aluísio.
domingo, 1 de março de 2020
7 Dias em Entebbe
A história do filme é baseada em fatos reais. Durante a década de 1970 vários grupos radicais europeus de esquerda decidiram apoiar a causa palestina. Um casal de alemães então decide fazer algo impensável: sequestrar um avião da Air France que viajava de Tel Aviv até Paris. No meio da viagem eles sacaram suas armas dentro do avião, colocaram a tripulação e os passageiros como reféns e partiram rumo a Uganda, país comunista africano comandando pelo sanguinário ditador Idi Amin Dada. O ato terrorista alarmou as autoridades israelenses pois grande parte dos passageiros eram judeus. Todos ficaram sob controle de homens armados no terminal do aeroporto da cidade de Entebbe;
A partir dessa grave crise o governo de Israel então resolveu agir, mandando um grupo de militares altamente treinados. Um comando especializado em situações de terrorismo. A função deles passou então a ser libertar todos os reféns, matando os sequestradores. E tudo isso deveria ser feito em território de outro país.
O curioso é que esse filme foi dirigido pelo brasileiro José Padilha. Só não espere por muitas cenas de ação como se vê em outros filmes do diretor como "Robocop" ou "Tropa de Elite". Aqui, muitas vezes, ele optou pela sutileza. Por exemplo, na cena final, quando temos a chegada dos militares israelenses em Uganda não há a exploração do confronto, da ação. Tudo é sutilmente mesclado com um grupo de dança. Acredito que Padilha usou esse artifício narrativo em respeito às vítimas. De qualquer modo é um filme muito bom, que resgata um ato terrorista acontecido em 1976 e que nem sempre é muito lembrado nos dias de hoje. A ideologia, como já bem sabemos, cega as pessoas e as fazem cometer os atos mais bárbaros de violência.
7 Dias em Entebbe (Entebbe, Estados Unidos, Inglaterra, França, 2018) Direção: José Padilha / Roteiro: Gregory Burke / Elenco: Daniel Brühl, Rosamund Pike, Brontis Jodorowsky, Lior Ashkenazi, Eddie Marsan / Sinopse: Em 1976 um avião comercial rumo a Paris é sequestrado por um grupo terrorista de esquerda. Eles tomam a aeronave de refém e a levam até Uganda, exigindo a libertação de terroristas presos em troca da vida dos passageiros judeus e da tripulação.
Pablo Aluísio.
A partir dessa grave crise o governo de Israel então resolveu agir, mandando um grupo de militares altamente treinados. Um comando especializado em situações de terrorismo. A função deles passou então a ser libertar todos os reféns, matando os sequestradores. E tudo isso deveria ser feito em território de outro país.
O curioso é que esse filme foi dirigido pelo brasileiro José Padilha. Só não espere por muitas cenas de ação como se vê em outros filmes do diretor como "Robocop" ou "Tropa de Elite". Aqui, muitas vezes, ele optou pela sutileza. Por exemplo, na cena final, quando temos a chegada dos militares israelenses em Uganda não há a exploração do confronto, da ação. Tudo é sutilmente mesclado com um grupo de dança. Acredito que Padilha usou esse artifício narrativo em respeito às vítimas. De qualquer modo é um filme muito bom, que resgata um ato terrorista acontecido em 1976 e que nem sempre é muito lembrado nos dias de hoje. A ideologia, como já bem sabemos, cega as pessoas e as fazem cometer os atos mais bárbaros de violência.
7 Dias em Entebbe (Entebbe, Estados Unidos, Inglaterra, França, 2018) Direção: José Padilha / Roteiro: Gregory Burke / Elenco: Daniel Brühl, Rosamund Pike, Brontis Jodorowsky, Lior Ashkenazi, Eddie Marsan / Sinopse: Em 1976 um avião comercial rumo a Paris é sequestrado por um grupo terrorista de esquerda. Eles tomam a aeronave de refém e a levam até Uganda, exigindo a libertação de terroristas presos em troca da vida dos passageiros judeus e da tripulação.
Pablo Aluísio.
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