quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021
Teu Nome é Mulher
Título Original: Designing Woman
Ano de Produção: 1957
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Vincente Minnelli
Roteiro: George Wells
Elenco: Gregory Peck, Lauren Bacall, Dolores Gray, Sam Levene, Tom Helmore, Mickey Shaughnessy
Sinopse:
Quando Mike Hagen (Peck) e Marilla Brown (Bacall) se casam depois de um romance ardente, na costa oeste, eles retornam a Nova York para descobrir que na verdade não têm muito em comum. Ela é uma designer de roupas que vive em um apartamento ostentoso e cujos amigos são atores, artistas e afins. Ele é um escritor de esportes que gosta de ir lutas de boxe e corridas de cavalos. Eles amam claramente um ao outro e fazem todos os esforços para que o casamento dê certo mas aos poucos tudo vai ficando mais complicado. E tudo se torna ainda mais caótico quando Mike se envolve numa confusão envolvendo um infame mafioso da cidade.
Comentários:
Inicialmente o filme seria estrelado por Grace Kelly mas ela desistiu no último momento de seguir em frente, o que aliás era previsível uma vez que a atriz estava indo embora para se casar com o Rainier III de Mônaco. Assim a MGM ficou sem sua estrela e por pouco o projeto não foi arquivado definitivamente, o que era de se lamentar pois o grande cineasta Vincente Minnelli estava empolgado para dirigir essa comédia de costumes que explorava o casamento de duas pessoas muito diferentes entre si. Ela, culta, especialista no mundo da moda e ele, sujeito comum e sem sofisticação. Na época se dizia que o roteiro havia se inspirado na história real de uma das grandes figurinistas de Hollywood, Helen Rose. De uma forma ou outra isso nem importa muito. O que vale a pena é ver um filme deliciosamente simples mas muito bem interpretado e desenvolvido. Foi o presente de Vincente Minnelli para Lauren Bacall que na época passava por um drama em sua vida pessoal pois seu marido, o ator Humphrey Bogart passava por sérios problema de saúde (de fato ele morreria poucas semanas depois desse filme ser concluído). Assim fica a indicação de "Designing Woman", um excelente momento na carreira de todos esses mitos da sétima arte.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 23 de fevereiro de 2021
O Levante dos Apaches
Título Original: The Battle at Apache Pass
Ano de Produção: 1952
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: George Sherman
Roteiro: Gerald Drayson Adams
Elenco: John Lund, Jeff Chandler, Susan Cabot, Bruce Cowling, Beverly Tyler, Richard Egan
Sinopse:
Os líderes guerreiros nativos Cochise (Jeff Chandler) e Gerônimo (Jay Silverheels) resolvem unir forças pela última e decisiva vez contra a ocupação branca de suas terras. Atacam um destacamento da cavalaria do exército dos Estados Unidos que está sob o comando do Major Jim Colton (John Lund) que segue viagem por territórios Apaches. O combate, sangrento e feroz, decidirá os rumos que as guerras indígenas tomarão dali em diante. Roteiro baseado em fatos históricos reais.
Comentários:
Eu sempre achei muito curioso ver atores brancos como Jeff Chandler pintados de vermelho, se fazendo passar por Apache em filmes americanos da década de 1950 (até galãs como Rock Hudson tiveram que passar por isso!). Muitos hoje em dia consideram isso um verdadeiro absurdo histórico, mas não consigo culpar Hollywood por esse tipo de caracterização. O fato é que na época não existia ainda essa mentalidade atual nas produções de grandes estúdios. Os verdadeiros nativos geralmente eram usados como meros figurantes, uma vez que a velha perícia de andar a cavalo e coisas semelhantes realmente seguia como uma tradição ainda viva, que passava de pai para filho. O enredo de "The Battle at Apache Pass" pode até ser considerado trivial pois é de fato um típico filme de cavalaria versus índios. Novamente traz o corriqueiro chefe guerreiro Gerônimo, um líder tribal que só se entregou mesmo em seus últimos dias. Por ter sido um dos últimos guerreiros a baixar as armas, acabou ganhando fama nos jornais da época, tornando seu nome realmente inesquecível ao longo de todos esses anos. No geral é sim um bom western, com boas cenas de ação, todas filmadas praticamente no deserto de Utah, uma região bonita, mas igualmente selvagem e inóspita.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021
Ases do Gatilho
Título Original: Masterson of Kansas
Ano de Produção: 1954
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: William Castle
Roteiro: Douglas Heyes
Elenco: George Montgomery, Nancy Gates, James Griffith, Jean Willes, Benny Rubin, William Henry
Sinopse:
Bat Masterson (Montgomery) chega na violenta Dodge City para se tornar o novo xerife. No local impera desordem e anarquia mas Masterson está decidido a desafiar os foras da lei da região. Uma das suas primeiras missões é procurar pelo pistoleiro Clay Bennett (David Bruce), acusado de várias mortes nas redondezas, inclusive envolvendo questões indígenas com a nação Kiowa. Para tanto ele acaba contando com a ajuda de Wyatt Earp (Bruce Cowling) e Doc Holliday (James Griffith), um dentista tuberculoso que passa seus dias jogando cartas e desafiando pistoleiros em saloons esfumaçados da cidade.
Comentários:
Mais um western dirigido pelo mestre do terror William Castle. É interessante como os faroestes de Castle parecem bem menos datados do que seus filmes de horror. Não é para menos. O western não envelhece tanto pois não é baseado em efeitos especiais. Filmes de assombração com monstros de borracha tendem a ficar terrivelmente ultrapassados com o tempo mas cowboys, xerifes e vilões, não! Aqui William Castle resolveu investir na grande popularidade do famoso xerife Bat Masterson (1853 - 1921). Castle não era bobo e sabia que o simples nome do homem da lei no poster do filme já lhe garantia uma certa bilheteria. Como o próprio nome original do filme sugere, "Masterson of Kansas", o roteiro explora os anos em que Masterson andou por cidadezinhas do velho oeste para impor ordem e segurança nesses locais. Não era uma tarefa fácil pois o velho oeste era considerado uma terra sem lei, onde valia a vontade do mais rápido no gatilho. A sorte de Bat Masterson era que ele era muito bom no que fazia. Sempre vestido com elegância não se intimidava com bandoleiros e pistoleiros que infestavam esses lugares no século XIX. O roteiro ainda insere no meio da trama as presenças de Doc Holliday e Wyatt Earp. O enredo não foge muito do que era comum nos westerns da época mas a despeito de ser uma produção mais modesta, sem surpresas, e da interpretação pouco inspirada de George Montgomery, ainda consegue divertir bastante os fãs do gênero. Vale a recomendação.
Pablo Aluísio.
Feras Humanas
Título Original: The Bounty Hunter
Ano de Produção: 1954
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: André De Toth
Roteiro: Winston Miller
Elenco: Randolph Scott, Dolores Dorn, Ernest Borgnine, Marie Windsor, Howard Petrie, Harry Antrim,
Sinopse:
Após um violento roubo de trem, um agente detetive da famosa agência Pinkerton começa a caçar três criminosos que participaram do famoso assalto. O problema é que a identidade deles ainda é um mistério. Com a ajuda de um caçador de recompensas, o trio é localizado em uma cidade remota. O mais complicado porém é juntar provas suficientes para incriminar a todos, além disso não será uma tarefa fácil colocar os facínoras atrás das grades pois eles certamente não vão se entregar por livre e espontânea vontade.
Comentários:
Se você é fã de filmes de western, muito dificilmente se decepcionará com qualquer filme realizado por Randolph Scott em sua carreira cinematográfica. O ator mantinha um padrão de qualidade regular em seus filmes e isso sempre foi garantia de boa diversão, aliada a um charme nostálgico irresistível nos dias de hoje. Esse "The Bounty Hunter" foi rodado pelo ator na Warner, contando com um elenco de apoio muito interessante, a começar pela mocinha relutante Marie Windsor. O roteiro é dos melhores e joga com reviravoltas e situações de suspense e tensão. O diretor André De Toth era amigo pessoal de Scott, tanto que o ator o contrataria depois para dirigir mais algumas de suas produções futuras. O resultado desse trabalho entre amigos é dos melhores. Além das inevitáveis cenas de heroísmo e duelos, ainda temos de antemão a presença de personagens femininas fortes e relevantes dentro da trama, algo que para a década de 1950 era até bem incomum. Assim pode assistir sem qualquer medo de não gostar, uma vez que "Feras Humanas" é um filme classe A do eterno cowboy Randolph Scott. Garantia de diversão para os fãs de velhos faroestes.
Pablo Aluísio.
domingo, 21 de fevereiro de 2021
Um Clarim ao Longe
Assim que chega no forte o tenente Hazard é logo hostilizado pela tropa, tratado como um "almofadinha de West Point". O roteiro também explora algo que é bem raro em filmes de faroeste da época, a proliferação de prostitutas em acampamentos militares. Seely Jones (Claude Akins) é um cafetão que leva suas garotas para o forte em carruagens, algo que desperta a ira do tenente que deseja impor ordem e hierarquia entre a tropa. No fim do enredo o roteiro dá uma guinada de bom mocismo e mostra oficiais da cavalaria indignados com o governo americano pela quebra dos tratados assinados pelos índios. Nesse ponto o filme realmente perde um pouco de seu realismo para cair em um ufanismo ideológico pouco consistente, pois é muito complicado acreditar que oficiais do exército colocariam em jogo suas carreiras em prol dos Apaches daquele jeito, algo que seria mesmo impensado para um militar americano do século XIX. No geral "A Distant Trumpet" é um clássico do western americano, ainda hoje elogiado pelo realismo histórico que tentou passar para a tela de cinema.
Um Clarim ao Longe (A Distant Trumpet, Estados Unidos, 1964) Estúdio: Warner Bros / Direção: Raoul Walsh / Roteiro: John Twist, Richard Fielder / Elenco: Troy Donahue, Suzanne Pleshette, Diane McBain, James Gregory, William Reynolds, Claude Akins / Sinopse: O filme mostra a história de um jovem tenente do exército americno que vai para um forte distante na fronteiro dos Estados Unidos com o México, onde enfrenta todo tipo de indisciplina das tropas estacionadas na região. Filme indicado ao BAFTA Awards.
Pablo Aluísio.
Westworld - Onde Ninguém Tem Alma
Título Original: Westworld
Ano de Produção: 1973
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Michael Crichton
Roteiro: Michael Crichton
Elenco: Yul Brynner, Richard Benjamin, Linda Gaye Scott, James Brolin, Alan Oppenheimer, Victoria Shaw
Sinopse:
Os robôs de um moderno centro de diversões, que recria cenários da Roma Imperial, do Velho Oeste e da Idade Média, passam por problemas técnicos e se tornam assassinos, ameaçando os visitantes do local. Filme indicado ao Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films na categoria de melhor filme de ficção do ano.
Comentários:
Muitos anos antes do parque de diversões de "Jurassic Park" se transformar em um inferno na Terra, o mesmo autor da saga dos dinossauros, o escritor Michael Crichton, também usou um parque temático para desenvolver suas histórias. Em "Westworld" o visitante poderia se sentir no velho oeste, com cenários e figurinos reproduzindo os filmes de faroeste. E para dar um toque a mais, que tal robôs especialmente programados para transformar essa experiência em algo bem real e concreto? Yul Brynner interpretava uma dessas máquinas, um sujeito bem de acordo com os vilões dos antigos filmes de western. O problema surge quando algo dava errado e de simples peça figurativa ele começava a realmente matar pessoas inocentes. Claro, hoje em dia você vai se lembrar da série de sucesso produzida pelo HBO, mas entenda que tudo, todo esse universo, surgiu aqui nesse filme da década de 1970. Embora obviamente envelhecido pelo tempo, o filme ainda consegue surpreender. E as cenas em que Yul Brynner passa fogo em visitantes inocentes vai ficar em sua mente por um bom tempo, tenha certeza disso.
Pablo Aluísio.
sábado, 20 de fevereiro de 2021
Blue Bloods - Terceira Temporada
A Série "Blue Bloods" mostra a vida profissional e o cotidiano de uma família de policiais de Nova Iorque. Uma tradição que passou do avô para o filho e desse para os netos. O protagonista é o comandante da polícia metropolitana, Frank Reagan (Tom Selleck). Filho de um policial da velha escola, ele agora vê dois de seus filhos trabalhando também como policiais. O mais velho Danny Reagan (Donnie Wahlberg) é detetive no departamento de homicídios. O caçula Jamie Reagan (Will Estes) largou a faculdade de direito para se tornar patrulheiro de rua. Completa o clã a advogada Erin Reagan-Boyle (Bridget Moynahan) que acaba indo trabalhar na promotoria. A série teve no total 11 temporadas e só foi cancelada recentemente pelo canal CBS por causa de problemas de produção envolvendo a pandemia nos Estados Unidos. Segue abaixo comentários sobre episódios da terceira temporada. Novos reviews serão adicionados periodicamente.
Blue Bloods 3.01 - Family Business
Mesmo com atrasos recomeço a acompanhar hoje a série "Blue Bloods". Nos Estados Unidos ela é exibida em horário nobre, na TV aberta, no canal CBS. Isso faz com que o seriado siga uma linha mais quadrada, sem grandes ousadias, mas mesmo assim se trata de um bom programa policial. As temporadas também são bem longas, com em média 20 episódios cada uma. O foco é centrado na família Reagan, onde praticamente todos os membros são tiras, desde o avô, passando pelo pai que agora é comissário de polícia de Nova Iorque (em ótima interpretação do ator Tom Selleck), até os filhos onde se destacam o detetive Danny Reagan (Donnie Wahlberg) e o policial Jamie Reagan (Will Estes) que largou a faculdade de direito para ser um guarda de rua. Nesse episódio há duas linhas narrativas. Na primeira Danny começa a ser ameaçado por um criminoso que foi preso por ele no passado. De volta às ruas, John Benjamin (interpretado por Michael Madsen, um ótimo ator), quer vingança por ter passado longos anos atrás das grades. Também culpa Danny pela morte de sua esposa e seu filho pequeno. Um acerto de contas que não terminará bem. Na outra linha temos a morte de um jovem negro por engano por um policial de Nova Iorque. Isso acaba despertando mais uma vez o sentimento de que os negros são alvos preferenciais dos policiais, fruto de uma mentalidade racista ao extremo. Diante da repercussão negativa do caso o comissário Frank Reagan (Tom Selleck) decide ir a público para um pedido de desculpas formal, porém isso acaba desagradando seus próprios comandados. Curiosamente recentemente tivemos um caso semelhante, quando um policial branco matou um jovem negro nos Estados Unidos, causando uma onda de protestos por todo o país. Esse episódio acabou, sem querer, enfocando uma estória bem semelhante, o que aumentou o interesse do espectador em assisti-lo. / Blue Bloods 3.01 - Family Business (EUA, 2012) Direção: Alex Chapple / Roteiro: Robin Green, Mitchell Burgess / Elenco: Tom Selleck, Donnie Wahlberg, Bridget Moynahan, Will Estes, Michael Madsen.
Blue Bloods 3.02 - Domestic Disturbance
Uma jovem garota é agredida violentamente por seu namorado. Esse seria um típico caso de violência doméstica se ela não demonstrasse muito receio de entregar o agressor para a polícia. Inicialmente ela tira o corpo fora e diz para Danny Reagan (Donnie Wahlberg) que tudo não passou de um mal entendido, que ela na verdade não foi agredida, mas que caiu das escadas. Infelizmente um tipo de comportamento muito comum em mulheres que são espancadas por seus companheiros, sejam eles namorados ou maridos. Danny não se convence da lorota e resolve investigar por fora. Afinal ele é um detetive suficientemente experiente para entender no que isso geralmente acaba - na maioria das vezes em mais agressões, cada vez mais violentas com o tempo. Durante as investigações vem a surpresa maior, o namorada que agride a garota é nada mais, nada menos, do que um vereador influente da cidade de Nova Iorque. Para piorar é um aliado de seu pai, o comissário Frank Reagan (Tom Selleck). E agora, com esse conflito de interesses como ele deverá agir? Bom, se você conhece os personagens honestos e íntegros da família Reagan, saberá muito bem de antemão que Danny irá até o fim, doa a quem doer. Estou retomando Blue Bloods depois de passar meses sem assistir. Estou meio defasado, mas sigo em frente. Embora a série seja quadradinha, bem mainstream, certos aspectos valem a pena, como a presença sempre interessante de Tom Selleck, o eterno Magnum. / Blue Bloods 3.02 - Domestic Disturbance (EUA, 2012) Direção: Michael Pressman / Roteiro: Robin Green, Mitchell Burgess / Elenco: Donnie Wahlberg, Bridget Moynahan, Will Estes.
Blue Bloods 3.03 - Old Wounds
Recentemente descobriu-se que o ator Tom Selleck andou roubando água de um hidrante público nas proximidades de sua casa na Califórnia. O estado americano passa por um sério problema de falta de água, justamente nos moldes do que vem ocorrendo em São Paulo e no nordeste brasileiro. Assim enquanto nas telas ele interpreta um íntegro comissário de polícia nessa série "Blue Bloods", na vida real ele dá uma de espertinho, tentando passar a perna no governo californiano, que aliás já avisou que irá processá-lo. Um caso que demonstra muito bem que nem sempre a vida imita a arte. Pois bem, como já tive a oportunidade de escrever "Blue Bloods" é a típica série americana policial de TV aberta. O que exatamente significa isso? Significa que tudo é bem quadradinho, mainstream e tudo mais. Os roteiros não são ousados e nem trazem grandes surpresas. No enredo desse terceiro episódio os policiais de Nova Iorque precisam realizar a segurança de um odiado ditador do terceiro mundo que chega à cidade, para fazer parte de um congresso na ONU. O problema é que o tal figurão é visado e muito provavelmente sofrerá um atentado à sua vida. Danny Reagan (Donnie Wahlberg) é enviado para a missão, algo que ele não deseja, não apenas porque o sujeito é desprezível, um corrupto (alguém ai lembrou dos nossos políticos?), mas também porque ele estaria mais empenhado em descobrir a identidade do assassino de uma noiva que foi morta no dia de seu próprio casamento, algo que naturalmente abala bastante o policial. No meio de tudo parece haver um acerto de contas entre gangues rivais da região. / Blue Bloods 3.03 - Old Wounds (EUA, 2012) Direção: John Polson / Roteiro: Robin Green, Mitchell Burgess / Elenco: Donnie Wahlberg, Tom Selleck, Bridget Moynahan, Will Estes.
Blue Bloods 3.05 - Risk and Reward
Quando um condecorado policial de Nova Iorque é sequestrado e torturado por traficantes da distante Malásia, cria-se uma situação delicada para o departamento de polícia da cidade. Eles querem negociar, mas como é praxe dentro do sistema legal norte-americano a negociação com criminosos é vedada e proibida por lei. O comissário Frank Reagan (Tom Selleck) por outro lado tem uma visão menos radical e mais pragmática da questão, pois ele entende que uma pequena margem de negociação seria bem-vinda, mesmo que não fosse tão ética quanto se suponha ser o ordenamento penal. Assim enquanto tenta ganhar tempo para salvar o membro de sua corporação da morte ele resolve determinar ao seu próprio filho, o detetive Danny Reagan (Donnie Wahlberg), a missão de localizar e estourar o cativeiro onde o policial se encontra. Enquanto isso Jamie Reagan (Will Estes) também tenta mostrar seu valor. Desde que largou a faculdade de direito para se tornar um policial das ruas ele segue sendo contestado por seu pai, seu avô e seus irmãos. De repente eis que surge uma boa oportunidade para provar de uma vez por todas que ele tem a vocação para ser um bom policial de Nova Iorque. Conseguirá atingir seu objetivo? / Blue Bloods 3.05 - Risk and Reward (EUA, 2013) Direção: Ralph Hemecker / Roteiro: Robin Green, Mitchell Burgess / Elenco: Tom Selleck, Donnie Wahlberg, Bridget Moynahan, Will Estes.
Blue Bloods 3.06 - Greener Grass
Depois de um longo hiato estou voltando a assistir a série "Blue Bloods". E foi tão bom rever esses personagens! Nesse episódio Frank Reagan (Tom Selleck) tem problemas com o pai, um velho policial aposentado que apesar da idade ainda insiste em dirigir. Após bater mais uma vez, ele se atrita com Frank que deseja que ele pare de dirigir de uma vez por todas. Já Danny Reagan (Donnie Wahlberg) precisa proteger um ricaço que vai ser testemunha em um caso envolvendo um médico que vendia drogas prescritas a pacientes viciados. O ricaço que ele protege lhe faz uma proposta para que ele se torne seu guarda-costas, ganhando 4 vezes mais do que ele ganha como policial em Nova Iorque. Claro que com uma oferta tão generosa, Danny balança pelo convite. / Blue Bloods 3.06 - Greener Grass (Estados Unidos, 2012) Direção: Martha Mitchell / Roteiro: Robin Green, Mitchell Burgess / Elenco: Tom Selleck, Donnie Wahlberg, Bridget Moynahan, Will Estes.
Blue Bloods 3.07 - Nightmares
Na noite de Halloween um jovem negro, vestido como uma entidade de vodu, ataca um casal fantasiado de padre e freira. Danny é o encarregado das investigações. Ele descobre a idadentidade do agressor e mais. Descobre que há toda uma questão religiosa envolvida, com sacerdotes da religião haitiana e membros da igreja católica, padres exorcistas. Na outra linha narrativa seu irmão mais jovem ajuda um veterano jogador de hoquei, que na velhice passa seus dias pelas ruas de Nova Iorque. Ele está sofrendo de uma doença mental. Algo bem triste e tocante sobre a velhice e a perda da sanidade. Muito bom episódio, como sempre muito bem roteirizado. / Blue Bloods 3.07 - Nightmares (Estados Unidos, 2012) Direção: John Polson / Roteiro: Robin Green, Mitchell Burgess / Elenco: Tom Selleck, Donnie Wahlberg, Bridget Moynahan, Will Estes.
Blue Bloods 3.08 - Higher Education
Um aluno de uma universidade de Nova Iorque é assassinado. A suspeita é que ele vendia drogas e foi morto por um traficante. Como o crime envolve a morte de um aluno e o crime de tráfico, um agente do departamento de narcóticos é enviado para acompanhar as investigações. O detetiva Danny Reagan (Donnie Wahlberg) não se dá bem com ele. Pior, a rivalidade entre os departamentos fica ainda mais evidente. O irmão de Danny, p patrulheiro Jamie Reagan (Will Estes) acaba reencontrando nas ruas sua antiga colega da universidade de Direito. Ela participa de um grupo que ajuda e doa alimentos para moradores de rua. Apesar de estar participando de uma ajuda humanitária acaba sendo agredida por criminosos. Bom episódio, explorando ainda a jovem filha de Erin, que pede para participar de sua primeira festa universitária, algo que deixa a família Reagan em pé de guerra. / Blue Bloods 3.08 - Higher Education (Estados Unidos, 2012) Direção: Robert Harmon / Roteiro: Robin Green, Mitchell Burgess / Elenco: Tom Selleck, Donnie Wahlberg, Bridget Moynahan, Will Estes.
Blue Bloods 3.09 - Secrets and Lies
O episódio em português se chamou "Segredos e Mentiras". E é bem por aí que a coisa se desenvolve. O velho vovô Reagan vai em um caixa eletrônico e é agredido por um assaltante. Isso desperta a ira de seu neto caçula, que é um policia de rua. E ele em pouco tempo vai entender a diferença entre justiça e vingança, dois conceitos que muitos confundem. Já Danny Reagan tem um caso complicado para investigar. Um homem é agredido violentamente numa casa de massagem. Antes de morrer no hospital, ele conta a um padre o nome do assassino. Ao tentar tirar o nome do assassino do jovem sacerdote, Danny descobre que aquilo que é dito numa confissão religiosa dentro da Igreja Católica é um segredo inviolável. / Blue Bloods 3.09 - Secrets and Lies (Estados Unidos, 2012) Direção: David Barrett / Roteiro: Robin Green, Mitchell Burgess / Elenco: Donnie Wahlberg, Bridget Moynahan, Will Estes.
Blue Bloods 3.10 - Fathers and Sons
Um atirador age em Nova Iorque. Ele mira em motoristas nas grandes avenidas da cidade. Tiros certeiros na cabeça. A situação leva Danny a investigar o caso e ele descobre que há um ativista ambiental radical por trás de todos os crimes. E o alvo dele sempre é em cima de motoristas de carros que poluem acima do normal. E descobrir a identidade desse assassino não é o único problema para Danny. Ele precisa também lidar com um acidente de bicicleta que aconteceu com seu filho. No começo parece algo normal, mas depois os ferimentos se mostram ainda mais graves, principalmente na cabeça. E tudo isso em um momento em que Danny passa por uma crise de fé pessoal. / Blue Bloods 3.10 - Fathers and Sons (Estados Unidos, 2013) Direção: Michael Pressman / Roteiro: Robin Green, Mitchell Burgess / Elenco: Donnie Wahlberg, Bridget Moynahan, Will Estes.
Blue Bloods 3.11 - Front Page News
Durante uma abordagem policial numa praça cheia de crianças um sujeito puxa uma arma, aponta para as crianças e antes que faça qualquer crime, o policial Jamie atira, o matando na hora com um tiro no peito. Ele nunca havia matado antes. A imprensa, claro, aproveita o fato de que ele é o filho mais jovem do comissário de polícia para chegar junto no caso, que acaba tomando proporções inesperadas. Estou retomando Blue Bloods, uma série policial de que sempre gostei, mas que fazia tempo que não assistia. Espero ir até o fim dessa terceira temporada. / Blue Bloods 3.11 - Front Page News (Estados Unidos, 2013) Direção: Robert Harmon / Roteiro: Robin Green / Elenco: Tom Selleck, Donnie Wahlberg, Bridget Moynahan, Will Estes.
Pablo Aluísio
A História de Linda McCartney
De qualquer forma vale como registro. Em uma narração quadradinha vamos descobrindo momentos da vida de Linda. O começo da vida profissional como fotógrafa, os primeiros anos em Londres (onde chegou a se relacionar com outros roqueiros famosos) e finalmente o momento em que começou a namorar Paul. Curiosamente Linda nem era a mais promissora namorada de Paul para se tornar sua esposa. A decisão do casamento foi tomada meio precipitadamente. Mesmo assim viveram juntos até a morte dela. Uma das coisas que mais lamentei nesse telefilme foi a pouca atenção que o roteiro deu aos Wings, grupo musical formado por Paul e Linda nos anos 70. Deveriam ter separado mais espaço para essa parte importante da carreira de Paul McCartney.
A História de Linda McCartney (The Linda McCartney Story, Inglaterra, 2000) Direção: Armand Mastroianni / Roteiro: Christine Berardo / Elenco: Elizabeth Mitchell, Gary Bakewell, David Lewis / Sinopse: "The Linda McCartney Story" é um telefilme produzido pela TV britânica que conta a história da esposa de Paul McCartney, desde o momento em que se conheceram até sua morte, em 1998.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021
Desobediência
Título Original: Disobedience
Ano de Produção: 2017
País: Inglaterra
Estúdio: Braven Films, Element Pictures
Direção: Sebastián Lelio
Roteiro: Sebastián Lelio, Rebecca Lenkiewicz
Elenco: Rachel Weisz, Rachel McAdams, Alessandro Nivola, Nicholas Woodeson, David Fleeshman, Bernice Stegers
Sinopse:
Após a morte de seu pai, um rabino muito querido numa comunidade judaica de Londres, a fotógrafa Ronit Krushka (Rachel Weisz) decide voltar para sua antiga casa, com a intenção de participar das homenagens finais do pai falecido que não via há anos. E o retorno dela ao velho lar acaba criando um clima de constrangimento entre os religiosos da sinagoga. O passado dela era algo que todos gostariam de esquecer. Filme premiado no British Independent Film Awards.
Comentários:
Excelente filme produzido e atuado pela talentosa atriz Rachel Weisz. O tema é dos mais delicados, mostrando o choque que pode existir entre membros de uma comunidade de judeus ortodoxos e o passado da filha do rabino que acabou de falecer. Ele era muito querido por todos, mas ela sempre foi um problema pois desde muito cedo assumiu sua condição de lésbica. Quando ela volta para o funeral do pai tudo parece voltar. Pior do que isso, no passado ela teve um caso apaixonado com Esti Kuperman (Rachel McAdams) que agora está casada justamente com o novo rabino. Esti não é uma mulher feliz no casamento de fachada, pois no fundo continua apaixonada perdidamente pela personagem interpretada por Rachel Weisz. Imagine o clima tenso que se forma. Como resolver uma situação assim? Os religiosos judeus tendo que lidar com um caso tórrido de amor homossexual entre duas judias que sempre fizeram parte da comunidade. O roteiro é sutil e muito bem escrito, jamais adotando uma postura de desrespeito com a crença religiosa do povo judeu. Ao contrário disso apenas mostra que as pessoas são livres em suas escolhas, pois até mesmo nas antigas escrituras está escrito que Deus deu o livre-arbítrio para todos os seres humanos. Cada um deve escolher a melhor maneira de ser feliz em sua vida. Enfim, um filme britânico que está facilmente entre os melhores que assisti nesses últimos anos. Especialmente recomendado para o público LGBT.
Pablo Aluísio.
Hardball - O Jogo da Vida
Título Original: Hard Ball
Ano de Produção: 2001
País: Estados Unidos, Alemanha
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Brian Robbins
Roteiro: Daniel Coyle, John Gatins
Elenco: Keanu Reeves, Diane Lane, John Hawkes, Julian Griffith, Michael B. Jordan, Kris D. Lofton
Sinopse:
Para pagar um bookmaker violento, Conor O'Neill (Keanu Reeves) decide aceitar o convite para treinar um grupo de garotos negros da periferia de Chicago. Ele se torna o treinador do time de beisebol da liga júnior e acaba encontrando a grande vocação para sua vida.
Comentários:
Você já teve ter assistido dezenas de filmes com roteiro parecido. É a velha história (aqui baseada em fatos reais) envolvendo um homem meio perdido na vida, envolvido com apostas e o submundo, que acaba encontrando a redenção em sua vida ao aceitar se tornar o treinador de um time de beisebol formado por jovens pobres da periferia de uma grande cidade americana (no caso do filme a violenta Chicago). Keanu Reeves é um cara bacana, que a despeito de ser um astro campeão de bilheteria em Hollywood ainda anda de metrô e bicicleta em Nova Iorque, se misturando com as pessoas comuns. Esse lado mais humano dele, que sempre rejeitou o estrelismo de Hollywood, pode ter sido o fator crucial que o aceitou fazer esse filme que tem um roteiro cheio de boas intenções. Um filme mesmo para trazer uma mensagem positiva sobre a vida, as dificuldades de garotos pobres em encontrar um futuro pela frente. De maneira em geral gostei do filme. Sempre é bom assistir a algum filme que tenha uma boa mensagem para passar para a frente, mesmo que muitas vezes ele seja meio bobinho e convencional. Vale a pena ver esse aqui. Pode assistir sem receios.
Pablo Aluísio.