A Alemanha nazista foi palco das maiores atrocidades da história da humanidade. O holocausto foi um momento único de terror e desumanidade na trajetória do homem sobre a Terra. Após o fim da Segunda Guerra Mundial todos aqueles que de alguma forma colaboraram com o regime nazista de Adolf Hitler foram julgados na cidade de Nuremberg. Infelizmente alguns líderes nazistas conseguiram escapar dessa corte internacional se suicidando ou então fugindo para outros países distantes. O braço direito de Hitler, Himmler, por exemplo, foi capturado, mas se matou com cianureto em sua cela antes que pudesse enfrentar seu julgamento. Ficaram impunes e não pagaram por seus crimes horrendos, infelizmente.
Na verdade histórica não houve apenas um julgamento em Nuremberg, mas vários, com muitos réus dos mais diversos setores da Alemanha nazista. Esse filme se concentra no julgamento de membros do poder judiciário (juízes em sua maioria) e promotores públicos que não apenas colaboraram com o nazismo como chancelaram leis e decretos do Reich completamente absurdos, como os que previam pena de morte para arianos que se envolvessem com não-arianos e judeus ou que traziam normas sobre esterilização dos indesejados ao regime como comunistas, doentes mentais e membros de etnias consideradas inferiores pela doutrina nazista. No banco de réus se encontrava justamente um dos maiores juristas do direito alemão, o Dr. Ernst Janning (Burt Lancaster), homem culto, amante das artes e um autor e magistrado consagrado que a despeito de sua vasta cultura jurídica e humanista não hesitou em colaborar diretamente com os ideais de Hitler, inclusive enviando milhares de inocentes para campos de concentração do Terceiro Reich.
O roteiro do filme é primoroso, mostrando essa enorme contradição em que intelectuais e homens da mais fina cultura se tornavam meros instrumentos de morte para a máquina de extermínio nazista. O argumento também ousa perguntar até onde teria ido a responsabilidade do povo alemão pelos terríveis crimes de guerra promovidos pelos homens de Hitler. Isso é bem exemplificado pelos próprios réus no processo. Embora ocupassem altos cargos dentro do Reich todos negaram de forma incisiva que jamais souberam do que se passava dentro dos muros dos campos de extermínio.
O juiz americano Dan Haywood, indicado para julgar esses criminosos de guerra, é magnificamente interpretado por Spencer Tracy. Seu personagem é um sujeito provinciano do interior dos EUA, que fica chocado com a extrema brutalidade que toma conhecimento durante os depoimentos de testemunhas. Não menos talentosos em cena estão Richard Widmark como o promotor, membro das forças armadas americanas e Maximilian Schell, interpretando o advogado de defesa. Elenco fabuloso que conta ainda com grandes atores dando vida às testemunhas do caso, com destaque para Montgomery Clift como uma das vítimas da política nazista de pureza racial. O filme exige um certo comprometimento do espectador uma vez que sua duração ultrapassa as três horas, mas quem se propor a assistir a “O Julgamento de Nuremberg” será muito bem recompensado pois certamente se trata de uma obra prima da história do cinema.
O Julgamento de Nuremberg (Judgment at Nuremberg, EUA, 1961) Direção: Stanley Kramer / Roteiro: Abby Mann / Elenco: Spencer Tracy, Burt Lancaster, Richard Widmark, Maximilian Schell, Montgomery Clift, Judy Garland, William Shatner, Marlene Dietrich / Sinopse: O filme narra os acontecimentos que ocorreram durante um dos mais famosos julgamentos realizados na cidade de Nuremberg após o fim da Segunda Guerra. No banco dos réus juízes e promotores alemães que colaboraram com a política nazista de extermínio e esterilização de raças consideradas inferiores.
Pablo Aluísio.
sábado, 20 de abril de 2019
Doutor Jivago
Na Rússia czarista às vésperas da Revolução Comunista um jovem médico recém formado e poeta, Yuri Jivago (Omar Sharif), começa a entender as terríveis mudanças pelas quais a sociedade de seu país está prestes a passar. Naquele ambiente de revolta duas classes sociais estão vivendo um choque violento de ideologias. A nobreza e a alta burguesia preenchem seu tempo em festas e salões luxuosos enquanto a classe trabalhadora clama por justiça e direitos. Enquanto isso Lara (Julie Christie), uma linda garota de apenas 17 anos, começa a se tornar o objeto de desejo de um burocrata do sistema, o infame Komarovsky (Rod Steiger), mal sabendo ela que no futuro o seu destino e o do jovem Jivago se encontrarão, dando origem a um romance que tentará sobreviver a implantação de um dos regimes políticos mais brutais da história do século XX. Assim começa o grande clássico do cinema "Doutor Jivago", uma das maiores obras primas do cineasta David Lean. Com roteiro baseado no best-seller de Boris Pasternak o filme trouxe para as telas o trágico e comovente amor entre Jivago e sua eterna musa Lara. Com reconstituição histórica simplesmente perfeita e brilhante domínio técnico, o mestre David Lean deu à sétima arte mais um marco de sua carreira.
Um dos grandes méritos do texto de "Doutor Jivago" é que ele procura captar as terríveis mudanças nas vidas das pessoas comuns quando houve aquela grande ruptura dentro da sociedade russa. O que era para ser um novo regime, baseado na liberdade e distribuição de riquezas logo se tornou tão brutal e infame quanto o próprio sistema czarista que derrubou. Usando de força militar o governo dito comunista destruiu direitos individuais, violou inúmeras vezes os direitos humanos e impôs sua visão de Estado máximo com uma brutalidade poucas vezes vista na história da humanidade. Ao mostrar um jovem médico tentando sobreviver ao lado de sua família no meio daquele caos revolucionário a mensagem de Boris Pasternak se mostra cristalina. Nenhum sistema sobrevive sem respeitar o ser humano como tal. Como exposto várias vezes no filme, a ideologia comunista não admitia mais qualquer traço de individualidade, onde o homem se tornava apenas instrumento estatal sem qualquer vontade própria. Assim o personagem Jivago é tirado de sua família, de forma forçada e arbitrária, para seguir com os fanáticos partidários vermelhos ao front, onde homens morriam ao relento, no gelo do inverno russo, em combates sem sentidos ou objetivos contra o chamado exército branco.
Como havia feito em "Lawrence da Arábia" o genial David Lean usa a natureza indomável da Rússia como componente de narração criando um efeito de raro brilhantismo. Os personagens tentam de todas as formas sobreviver naquela ambiente hostil mas acabam percebendo que são apenas peças menores de um jogo de xadrez do qual não conseguem escapar. Há várias cenas grandiosas em "Dr. Jivago" que retratam justamente isso, como por exemplo, a fuga da família de Jivago rumo aos montes Urais em um trem lotado de refugiados sem quaisquer condições mínimas de assegurar a dignidade humana daquelas pessoas. A fotografia maravilhosa da região que Lean disponibiliza ao espectador realmente é de encher os olhos. Outro destaque é a forma muito terna e ao mesmo tempo realista que o diretor explora o amor impossível entre Jivago e Lara. Essa aliás é quase sempre associada a lindos campos de girassóis amarelos, onde fica clara mais uma vez o uso da beleza da natureza como componente de narração do genial Lean. A cena final de Lara, caminhando solitária rumo ao desconhecido, com um enorme e opressivo poster do ditador sanguinário Stálin ao fundo também é outro exemplo do talento do diretor em dizer muito apenas com imagens marcantes. Ali ele simboliza toda a insignificância da pessoa humana frente ao onipresente e sufocante Estado Soviético. Um toque de gênio. "Doutor Jivago" é uma obra magnífica digna de todos os elogios. Em pouco mais de três horas e meia David Lean consegue levar seu espectador para o centro da revolução comunista, mostrando todos os dramas e pesadelos pelos quais o povo russo passou naquele período histórico. Época aliás que os russos sabiamente querem mesmo é esquecer e com toda a razão do mundo.
Doutor Jivago (Doctor Zhivago, EUA, Itália, Espanha, 1965) Direção: David Lean / Roteiro: Robert Bolt, baseado na obra de Boris Pasternak / Elenco: Omar Sharif, Julie Christie, Geraldine Chaplin, Rod Steiger, Alec Guinness, Tom Courtenay, Siobhan McKenna, Ralph Richardson / Sinopse: O filme narra os dramas de um jovem casal que tanta levar em frente seu amor em meio ao caos da Revolução Russa. Vencedor do Oscar nas categorias de Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Direção de Arte, Melhor Fotografia, Melhor Figurino e Melhor Trilha Sonora. Indicado nas categorias de Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator Coadjuvante (Tom Courtenay), Melhor Edição e Melhor Som. Vencedor do Globo de Ouro nas categorias de Melhor Filme - Drama, Melhor Diretor (David Lean), Melhor Ator - Drama (Omar Sharif), Melhor Roteiro e Melhor Trilha Sonora. Vencedor do Grammy de Melhor Trilha Sonora. Indicado a Palma de Ouro em Cannes.
Pablo Aluísio.
Um dos grandes méritos do texto de "Doutor Jivago" é que ele procura captar as terríveis mudanças nas vidas das pessoas comuns quando houve aquela grande ruptura dentro da sociedade russa. O que era para ser um novo regime, baseado na liberdade e distribuição de riquezas logo se tornou tão brutal e infame quanto o próprio sistema czarista que derrubou. Usando de força militar o governo dito comunista destruiu direitos individuais, violou inúmeras vezes os direitos humanos e impôs sua visão de Estado máximo com uma brutalidade poucas vezes vista na história da humanidade. Ao mostrar um jovem médico tentando sobreviver ao lado de sua família no meio daquele caos revolucionário a mensagem de Boris Pasternak se mostra cristalina. Nenhum sistema sobrevive sem respeitar o ser humano como tal. Como exposto várias vezes no filme, a ideologia comunista não admitia mais qualquer traço de individualidade, onde o homem se tornava apenas instrumento estatal sem qualquer vontade própria. Assim o personagem Jivago é tirado de sua família, de forma forçada e arbitrária, para seguir com os fanáticos partidários vermelhos ao front, onde homens morriam ao relento, no gelo do inverno russo, em combates sem sentidos ou objetivos contra o chamado exército branco.
Doutor Jivago (Doctor Zhivago, EUA, Itália, Espanha, 1965) Direção: David Lean / Roteiro: Robert Bolt, baseado na obra de Boris Pasternak / Elenco: Omar Sharif, Julie Christie, Geraldine Chaplin, Rod Steiger, Alec Guinness, Tom Courtenay, Siobhan McKenna, Ralph Richardson / Sinopse: O filme narra os dramas de um jovem casal que tanta levar em frente seu amor em meio ao caos da Revolução Russa. Vencedor do Oscar nas categorias de Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Direção de Arte, Melhor Fotografia, Melhor Figurino e Melhor Trilha Sonora. Indicado nas categorias de Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator Coadjuvante (Tom Courtenay), Melhor Edição e Melhor Som. Vencedor do Globo de Ouro nas categorias de Melhor Filme - Drama, Melhor Diretor (David Lean), Melhor Ator - Drama (Omar Sharif), Melhor Roteiro e Melhor Trilha Sonora. Vencedor do Grammy de Melhor Trilha Sonora. Indicado a Palma de Ouro em Cannes.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 19 de abril de 2019
Quando Setembro Vier
Na esteira de seus sucessos ao lado da atriz Doris Day, Rock Hudson se uniu à estrela italiana Gina Lollobrigida e a dois ídolos juvenis (o casal Sandra Dee e Bobby Darin) e estrelou esse divertido filme chamado "Quando Setembro Vier". Se você tem curiosidade para conhecer como eram as comédias românticas de antigamente eu recomendo essa super colorida produção. O filme é leve, divertido, com um elenco simpático e como nostalgia funciona muito bem. Aqui temos Rock Hudson como um milionário americano na Itália (uma derivação de seus papéis nos filmes que fez ao lado de Doris Day) que acaba se envolvendo romanticamente com uma típica italiana (Gina) ao mesmo tempo em que tem que lidar com um grupo de jovens que pensam erroneamente que sua mansão na verdade é um hotel de verão.
Rock Hudson parece estar bem à vontade em seu papel, se divertindo como nunca. Ele até dança (de forma bem esquisita, é verdade) numa das mais curiosas cenas de toda a sua carreira. O elenco de apoio também é muito bom, embora Gina Lollobrigida não saia do velho estereótipo da mulher italiana que fala alto e é dada a vexames públicos. Curiosamente Gina não conseguiu firmar carreira em Hollywood, muito provavelmente por causa de seu péssimo inglês (seu sotaque é ainda mais exagerado do que outra italiana famosa que tentava carreira em Hollywood na mesma época, Anna Magnani).
No núcleo jovem se destacam Sandra Dee, muito popular com filmes de sucesso entre o público jovem naquela ocasião e Bobby Darin, que tentava emplacar uma carreira no cinema após ter alcançado algum sucesso nas paradas, encarnando uma espécie de versão jovem de Frank Sinatra. Aliás a título de curiosidade é interessante saber que eles se apaixonaram durante as filmagens e se casaram pouco tempo depois (fato bem mostrado no filme "Uma Vida Sem Limites" onde Kevin Spacey interpreta Bobby). O diretor do filme foi Robert Mulligan, que vinha da TV. Ele tinha acabado de dirigir Tony Curtis no não tão bem sucedido "The Great Impostor" e o estúdio estava apostando nele como um bom cineasta de produções mais leves. Curiosamente o diretor iria mesmo se consagrar no excelente "O Sol é Para Todos", um filme sério, que se tornou um marco na carreira de Gregory Peck e na luta dos direitos civis nos EUA.
Quando Setembro Vier (Come September, EUA, 1961) Direção de Robert Mulligan / Roteiro de Stanley Shapiro e Maurice Richlin / Elenco: Rock Hudson, Gina Lollobrigida, Sandra Dee, Bobby Darin / Sinopse: Rock Hudson interpreta um milionário americano na Itália que acaba se envolvendo romanticamente com uma mulher italiana (Gina) de gênio forte e indomável, ao mesmo tempo em que tem que lidar com um grupo de jovens que pensam que sua mansão na verdade é um hotel de luxo no verão.
Pablo Aluísio.
Rock Hudson parece estar bem à vontade em seu papel, se divertindo como nunca. Ele até dança (de forma bem esquisita, é verdade) numa das mais curiosas cenas de toda a sua carreira. O elenco de apoio também é muito bom, embora Gina Lollobrigida não saia do velho estereótipo da mulher italiana que fala alto e é dada a vexames públicos. Curiosamente Gina não conseguiu firmar carreira em Hollywood, muito provavelmente por causa de seu péssimo inglês (seu sotaque é ainda mais exagerado do que outra italiana famosa que tentava carreira em Hollywood na mesma época, Anna Magnani).
No núcleo jovem se destacam Sandra Dee, muito popular com filmes de sucesso entre o público jovem naquela ocasião e Bobby Darin, que tentava emplacar uma carreira no cinema após ter alcançado algum sucesso nas paradas, encarnando uma espécie de versão jovem de Frank Sinatra. Aliás a título de curiosidade é interessante saber que eles se apaixonaram durante as filmagens e se casaram pouco tempo depois (fato bem mostrado no filme "Uma Vida Sem Limites" onde Kevin Spacey interpreta Bobby). O diretor do filme foi Robert Mulligan, que vinha da TV. Ele tinha acabado de dirigir Tony Curtis no não tão bem sucedido "The Great Impostor" e o estúdio estava apostando nele como um bom cineasta de produções mais leves. Curiosamente o diretor iria mesmo se consagrar no excelente "O Sol é Para Todos", um filme sério, que se tornou um marco na carreira de Gregory Peck e na luta dos direitos civis nos EUA.
Quando Setembro Vier (Come September, EUA, 1961) Direção de Robert Mulligan / Roteiro de Stanley Shapiro e Maurice Richlin / Elenco: Rock Hudson, Gina Lollobrigida, Sandra Dee, Bobby Darin / Sinopse: Rock Hudson interpreta um milionário americano na Itália que acaba se envolvendo romanticamente com uma mulher italiana (Gina) de gênio forte e indomável, ao mesmo tempo em que tem que lidar com um grupo de jovens que pensam que sua mansão na verdade é um hotel de luxo no verão.
Pablo Aluísio.
Periscópio a Vista
O filme se passa durante a segunda guerra mundial. O tenente Kenneth M. Braden (James Garner) é enviado para servir em um submarino da marinha americana que está no Pacífico Sul. A embarcação recentemente perdeu o segundo oficial em comando, por isso o clima não é dos melhores. A tripulação se ressente do capitão Paul Stevenson (Edmond O'Brien) que deixou seu oficial morrer, enquanto o submarino descia à deriva, após sofrer o ataque aéreo de caças japoneses. Mesmo assim os marinheiros seguem em uma nova e perigosa missão. O novo tenente precisa se infiltrar numa ilha japonesa, para tentar colocar as mãos no código de comunicação das tropas inimigas. Há uma estação de rádio que ele deve entrar para fotografar o livro de códigos, só que essa fica em uma base militar do exército do Japão, o que dificultará ainda mais sua missão. O submarino ficará submerso por 18 horas, esperando seu retorno. Caso não consiga completar seus objetivos nesse tempo será deixado à própria sorte em território inimigo, bem no auge dos conflitos entre japoneses e americanos.
O filme é muito bom. Contando com o apoio da marinha americana tudo o que se vê na tela foi disponibilizado pelos militares para a produção do filme pelo estúdio Warner Bros. Para quem gosta de cenas de ação há duas excepcionalmente bem feitas. A primeira, já citada, acontece quando o submarino é atacado por caças japoneses (o famigerado modelo Zero) e a segunda ocorre quando um destroyer japonês localiza o submarino americano e o ataca com cargas de profundidade - quem já assistiu a um filme de submarinos sabe bem como um ataque desses poderia ser terrível para uma tripulação no fundo do oceano. Então é isso. "Periscópio a Vista" é um bom filme dos anos 50 que resgata os acontecimentos da guerra acontecida na década anterior.
Periscópio a Vista (Up Periscope, Estados Unidos, 1959) Direção: Gordon Douglas / Roteiro: Richard H. Landau, baseado no livro escrito por Robb White / Elenco: James Garner, Edmond O'Brien, Andra Martin / Sinopse: Kenneth M. Braden (James Garner) é um jovem tenente que é designado para servir em um submarino comandado pelo capitão Paul Stevenson (Edmond O'Brien). A missão é capturar um livro de códigos usado pelos militares japoneses durante a guerra.
Pablo Aluísio.
O filme é muito bom. Contando com o apoio da marinha americana tudo o que se vê na tela foi disponibilizado pelos militares para a produção do filme pelo estúdio Warner Bros. Para quem gosta de cenas de ação há duas excepcionalmente bem feitas. A primeira, já citada, acontece quando o submarino é atacado por caças japoneses (o famigerado modelo Zero) e a segunda ocorre quando um destroyer japonês localiza o submarino americano e o ataca com cargas de profundidade - quem já assistiu a um filme de submarinos sabe bem como um ataque desses poderia ser terrível para uma tripulação no fundo do oceano. Então é isso. "Periscópio a Vista" é um bom filme dos anos 50 que resgata os acontecimentos da guerra acontecida na década anterior.
Periscópio a Vista (Up Periscope, Estados Unidos, 1959) Direção: Gordon Douglas / Roteiro: Richard H. Landau, baseado no livro escrito por Robb White / Elenco: James Garner, Edmond O'Brien, Andra Martin / Sinopse: Kenneth M. Braden (James Garner) é um jovem tenente que é designado para servir em um submarino comandado pelo capitão Paul Stevenson (Edmond O'Brien). A missão é capturar um livro de códigos usado pelos militares japoneses durante a guerra.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 18 de abril de 2019
Idade Perigosa
Título no Brasil: Idade Perigosa
Título Original: Dangerous Years
Ano de Produção: 1947
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Arthur Pierson
Roteiro: Arnold Belgard
Elenco: Billy Halop, Scotty Beckett, Richard Gaines, Marilyn Monroe
Sinopse:
Um grupo de garotos é influenciado negativamente pelo delinqüente juvenil Danny (Billy Halop). Assim ele convence mais três jovens a participarem de um assalto, mas os planos não saem exatamente como eles queriam. Uma briga pelo destino daqueles jovens acaba gerando a morte de um professor muito querido na escola, Jeff Carter (Donald Curtis) e Danny é preso! Levado a julgamento começa um intenso debate no tribunal sobre quem seria o verdadeiro culpado, o rapaz ou a sociedade?
Comentários:
Segundo filme da carreira de Marilyn Monroe. Segundo os próprios créditos do filme ela "interpreta" Evie, a garçonete do Gopher Hole! Isso não é de se surpreender pois na época em que Marilyn entrou no cast dessa produção ela não era nada mais do que uma modelo bonita que tinha a pretensão de um dia ser levada a sério como atriz! Alguns indicam esse como seu primeiro filme, pois é aqui que ela surge pela primeira vez na tela. Um equívoco pois Marilyn também esteve em "Sua Alteza, a Secretária", onde o espectador podia ouvir sua sensual voz ao telefone. Já o filme "Dangerous Years" lida com a questão da delinquência juvenil, tema bastante em voga no pós-guerra. O que temos aqui é uma produção B com ares de melodrama que não envelheceu muito bem, sendo em muitos aspectos soa bem inocente - pelo menos para os padrões atuais pois o roteiro insiste de certa forma em apostar na boa índole de jovens a um passo da criminalidade. Na verdade Marilyn Monroe iria se conscientizar que esse não era o caminho para o sucesso, pois ela tinha muito mais vocação para as comédias românticas de costumes, o gênero que iria lhe transformar em uma estrela nas marquises de cinema de todo o mundo. Até porque ela era uma loira bonita e os homens a queriam ver em filmes divertidos e não em dramas sociais com um bando de pequenos infratores como esse.
Pablo Aluísio.
Título Original: Dangerous Years
Ano de Produção: 1947
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Arthur Pierson
Roteiro: Arnold Belgard
Elenco: Billy Halop, Scotty Beckett, Richard Gaines, Marilyn Monroe
Sinopse:
Um grupo de garotos é influenciado negativamente pelo delinqüente juvenil Danny (Billy Halop). Assim ele convence mais três jovens a participarem de um assalto, mas os planos não saem exatamente como eles queriam. Uma briga pelo destino daqueles jovens acaba gerando a morte de um professor muito querido na escola, Jeff Carter (Donald Curtis) e Danny é preso! Levado a julgamento começa um intenso debate no tribunal sobre quem seria o verdadeiro culpado, o rapaz ou a sociedade?
Comentários:
Segundo filme da carreira de Marilyn Monroe. Segundo os próprios créditos do filme ela "interpreta" Evie, a garçonete do Gopher Hole! Isso não é de se surpreender pois na época em que Marilyn entrou no cast dessa produção ela não era nada mais do que uma modelo bonita que tinha a pretensão de um dia ser levada a sério como atriz! Alguns indicam esse como seu primeiro filme, pois é aqui que ela surge pela primeira vez na tela. Um equívoco pois Marilyn também esteve em "Sua Alteza, a Secretária", onde o espectador podia ouvir sua sensual voz ao telefone. Já o filme "Dangerous Years" lida com a questão da delinquência juvenil, tema bastante em voga no pós-guerra. O que temos aqui é uma produção B com ares de melodrama que não envelheceu muito bem, sendo em muitos aspectos soa bem inocente - pelo menos para os padrões atuais pois o roteiro insiste de certa forma em apostar na boa índole de jovens a um passo da criminalidade. Na verdade Marilyn Monroe iria se conscientizar que esse não era o caminho para o sucesso, pois ela tinha muito mais vocação para as comédias românticas de costumes, o gênero que iria lhe transformar em uma estrela nas marquises de cinema de todo o mundo. Até porque ela era uma loira bonita e os homens a queriam ver em filmes divertidos e não em dramas sociais com um bando de pequenos infratores como esse.
Pablo Aluísio.
Névoa do Mistério
Título no Brasil: Névoa do Mistério
Título Original: Fog Over Frisco
Ano de Produção: 1934
País: Estados Unidos
Estúdio: First National Pictures, Warner Bros
Direção: William Dieterle
Roteiro: Robert N. Lee, George Dyer
Elenco: Bette Davis, Donald Woods, Margaret Lindsay
Sinopse:
Arlene Bradford (Bette Davis) pertence a uma das famílias mais ricas de San Francisco. Seu pai é o industrial milionário Everett Bradford (Arthur Byron) que atende a todos os seus desejos. Isso transformou Arlene em uma típica herdeira mimada, que não admite encontrar limites em sua vida. Embora seja noiva do corretor Spencer Carlton, a quem não dá muita atenção, ela prefere a companhia da meia-irmã Valkyr (Margaret Lindsay)! Juntas acabam se envolvendo com um grupo de gangsters locais, incluindo o infame Jake Bellow (Pichel).
Comentários:
Bette Davis foi uma das grandes estrelas de Hollywood em seu período clássico. Sua forte personalidade era muito adequada para alguns de seus personagens, mulheres fortes e decididas que não se enquadravam no estilo dondoca esperado da época. Com esse modo de ser Davis realizou grandes obras primas, inclusive dramas onde explorava essa forma de lidar com a sociedade à sua volta. Se Bette Davis já era conhecida por um ter um gênio marcante imagine a atriz interpretando uma garota rica e mimada como aqui. Ela está ótima como uma jovem muito má que não se importa em fazer coisas erradas, até porque pode sempre contar com a ajuda de seu milionário pai, sempre disposto a encobrir suas maldades e livrar a sua cara de punições. Sua Arlene Bradford é uma verdadeira peste, uma mulher que fica o tempo todo no fio da meada, um tipo de personagem vilã que só seria possível mesmo na Hollywood dos anos 30, em pleno auge das mulheres fatais no cinema.
Pablo Aluísio.
Título Original: Fog Over Frisco
Ano de Produção: 1934
País: Estados Unidos
Estúdio: First National Pictures, Warner Bros
Direção: William Dieterle
Roteiro: Robert N. Lee, George Dyer
Elenco: Bette Davis, Donald Woods, Margaret Lindsay
Sinopse:
Arlene Bradford (Bette Davis) pertence a uma das famílias mais ricas de San Francisco. Seu pai é o industrial milionário Everett Bradford (Arthur Byron) que atende a todos os seus desejos. Isso transformou Arlene em uma típica herdeira mimada, que não admite encontrar limites em sua vida. Embora seja noiva do corretor Spencer Carlton, a quem não dá muita atenção, ela prefere a companhia da meia-irmã Valkyr (Margaret Lindsay)! Juntas acabam se envolvendo com um grupo de gangsters locais, incluindo o infame Jake Bellow (Pichel).
Comentários:
Bette Davis foi uma das grandes estrelas de Hollywood em seu período clássico. Sua forte personalidade era muito adequada para alguns de seus personagens, mulheres fortes e decididas que não se enquadravam no estilo dondoca esperado da época. Com esse modo de ser Davis realizou grandes obras primas, inclusive dramas onde explorava essa forma de lidar com a sociedade à sua volta. Se Bette Davis já era conhecida por um ter um gênio marcante imagine a atriz interpretando uma garota rica e mimada como aqui. Ela está ótima como uma jovem muito má que não se importa em fazer coisas erradas, até porque pode sempre contar com a ajuda de seu milionário pai, sempre disposto a encobrir suas maldades e livrar a sua cara de punições. Sua Arlene Bradford é uma verdadeira peste, uma mulher que fica o tempo todo no fio da meada, um tipo de personagem vilã que só seria possível mesmo na Hollywood dos anos 30, em pleno auge das mulheres fatais no cinema.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 17 de abril de 2019
Vamos Dançar?
Título no Brasil: Vamos Dançar?
Título Original: Shall We Dance
Ano de Produção: 1937
País: Estados Unidos
Estúdio: RKO Radio Pictures
Direção: Mark Sandrich
Roteiro: Allan Scott, Ernest Pagano
Elenco: Fred Astaire, Ginger Rogers, Edward Everett Horton
Sinopse:
A estrela de musicais Linda Keene (Ginger Rogers) acaba conhecendo numa viagem de navio o dançarino de ballet clássico Pete Petrov (Fred Astaire). Embora sejam profissionais de areas diferentes do mundo da dança ambos ficam intrigados com a técnica de cada um. Será que se dançassem juntos algo de bom poderia sair dessa parceria? Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Canção Original ("They Can't Take That Away from Me" de George Gershwin e Ira Gershwin).
Comentários:
Mais um lindo musical com a dupla Fred Astaire e Ginger Rogers. Embora não se dessem muito bem pessoalmente, formavam a dupla mais amada e famosa da grande era dos musicais de Hollywood. O problema é que Astaire era um perfeccionista nato e exigia simplesmente a perfeição por parte de sua partner Ginger Rogers. Isso obviamente criava uma certa tensão no relacionamento entre eles. Tanta exigência porém tinha como efeito justamente o que se vê na tela: elegância e charme em forma de dança. Além disso a trilha sonora foi composta pelos gênios George Gershwin e Ira Gershwin! Precisa falar mais alguma coisa? Durante muitos anos os estúdios RKO pertenceram ao magnata excêntrico Howard Hughes, que fazia questão que musicais assim fossem realizados. Com um verdadeiro Mecenas desse porte por trás, não é de se admirar que tantos musicais antológicos fossem realizados em série durante os anos 1930. O curioso é que mesmo após tantas décadas de sua realização, ainda não se conseguiu reproduzir a qualidade técnica de filmes como esses. Como obras cinematográficas são imortais, sem dúvida.
Pablo Aluísio.
Título Original: Shall We Dance
Ano de Produção: 1937
País: Estados Unidos
Estúdio: RKO Radio Pictures
Direção: Mark Sandrich
Roteiro: Allan Scott, Ernest Pagano
Elenco: Fred Astaire, Ginger Rogers, Edward Everett Horton
Sinopse:
A estrela de musicais Linda Keene (Ginger Rogers) acaba conhecendo numa viagem de navio o dançarino de ballet clássico Pete Petrov (Fred Astaire). Embora sejam profissionais de areas diferentes do mundo da dança ambos ficam intrigados com a técnica de cada um. Será que se dançassem juntos algo de bom poderia sair dessa parceria? Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Canção Original ("They Can't Take That Away from Me" de George Gershwin e Ira Gershwin).
Comentários:
Mais um lindo musical com a dupla Fred Astaire e Ginger Rogers. Embora não se dessem muito bem pessoalmente, formavam a dupla mais amada e famosa da grande era dos musicais de Hollywood. O problema é que Astaire era um perfeccionista nato e exigia simplesmente a perfeição por parte de sua partner Ginger Rogers. Isso obviamente criava uma certa tensão no relacionamento entre eles. Tanta exigência porém tinha como efeito justamente o que se vê na tela: elegância e charme em forma de dança. Além disso a trilha sonora foi composta pelos gênios George Gershwin e Ira Gershwin! Precisa falar mais alguma coisa? Durante muitos anos os estúdios RKO pertenceram ao magnata excêntrico Howard Hughes, que fazia questão que musicais assim fossem realizados. Com um verdadeiro Mecenas desse porte por trás, não é de se admirar que tantos musicais antológicos fossem realizados em série durante os anos 1930. O curioso é que mesmo após tantas décadas de sua realização, ainda não se conseguiu reproduzir a qualidade técnica de filmes como esses. Como obras cinematográficas são imortais, sem dúvida.
Pablo Aluísio.
Ser ou Não Ser
Título no Brasil: Ser ou Não Ser
Título Original: To Be Or Not To Be
Ano de Produção: 1942
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: Ernst Lubitsch
Roteiro: Melchior Lengyel, Edwin Justus Mayer
Elenco: Carole Lombard, Jack Benny, Robert Stack
Sinopse:
Durante a Segunda Guerra Mundial, na Polônia ocupada por tropas nazistas, uma trupe de artistas de teatro liderados por Maria Tura (Carole Lombard) e seu marido Joseph (Jack Benny) tentam levar sua arte em frente no meio do caos e da destruição. Entre tentativas de se apresentar novamente eles se envolvem nos esforços de um soldado polonês em localizar um espião alemão infiltrado. Filme indicado ao Oscar na categoria Melhor Música.
Comentários:
Último filme da atriz Carole Lombard. Ela morreria tragicamente com pouco mais de 30 anos quando o avião em que viajava bateu em uma montanha (Table Rock Mountain, em Nevada) no dia 16 de janeiro de 1942. Ela estava participando do esforço de guerra, vendendo bônus para as forças armadas, quando esse terrível acidente aconteceu. Foi uma perda enorme para o cinema da época pois ela era uma das mais populares estrelas dos estúdios. Obviamente que sua morte transformou "Ser ou Não Ser" em um grande sucesso de bilheteria, fato impulsionado pela comoção que se seguiu à notícia de seu trágico falecimento. Mesmo ignorando esses aspectos externos temos que reconhecer que se trata certamente de um bom filme, muito sofisticado, fruto do talento de direção do mestre Ernst Lubitsch, um alemão que foi para os Estados Unidos para fugir do horror nazista e lá dirigiu vários filmes importantes, alguns considerados verdadeiras obras primas. Infelizmente o cineasta também não viveria muito além disso, morrendo em 1947, no pós-guerra. Ele costumava dizer que havia sobrevivido o suficiente para ver a queda de Hitler e isso já o deixava realizado como homem e artista.
Pablo Aluísio.
Título Original: To Be Or Not To Be
Ano de Produção: 1942
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: Ernst Lubitsch
Roteiro: Melchior Lengyel, Edwin Justus Mayer
Elenco: Carole Lombard, Jack Benny, Robert Stack
Sinopse:
Durante a Segunda Guerra Mundial, na Polônia ocupada por tropas nazistas, uma trupe de artistas de teatro liderados por Maria Tura (Carole Lombard) e seu marido Joseph (Jack Benny) tentam levar sua arte em frente no meio do caos e da destruição. Entre tentativas de se apresentar novamente eles se envolvem nos esforços de um soldado polonês em localizar um espião alemão infiltrado. Filme indicado ao Oscar na categoria Melhor Música.
Comentários:
Último filme da atriz Carole Lombard. Ela morreria tragicamente com pouco mais de 30 anos quando o avião em que viajava bateu em uma montanha (Table Rock Mountain, em Nevada) no dia 16 de janeiro de 1942. Ela estava participando do esforço de guerra, vendendo bônus para as forças armadas, quando esse terrível acidente aconteceu. Foi uma perda enorme para o cinema da época pois ela era uma das mais populares estrelas dos estúdios. Obviamente que sua morte transformou "Ser ou Não Ser" em um grande sucesso de bilheteria, fato impulsionado pela comoção que se seguiu à notícia de seu trágico falecimento. Mesmo ignorando esses aspectos externos temos que reconhecer que se trata certamente de um bom filme, muito sofisticado, fruto do talento de direção do mestre Ernst Lubitsch, um alemão que foi para os Estados Unidos para fugir do horror nazista e lá dirigiu vários filmes importantes, alguns considerados verdadeiras obras primas. Infelizmente o cineasta também não viveria muito além disso, morrendo em 1947, no pós-guerra. Ele costumava dizer que havia sobrevivido o suficiente para ver a queda de Hitler e isso já o deixava realizado como homem e artista.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 16 de abril de 2019
Sol de Outono
Título no Brasil: Sol de Outono
Título Original: H.M. Pulham, Esq
Ano de Produção: 1941
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer
Direção: King Vidor
Roteiro: Elizabeth Hill
Elenco: Hedy Lamarr, Robert Young, Ruth Hussey
Sinopse:
Baseado na novela de John P. Marquand (o mesmo autor de "Tenho Direito ao Amor" e "Lábios Selados") o filme narra a estória de Harry Moulton Pulham (Robert Young), um senhor já entrando na meia idade, sério e muito disciplinado, que acaba se encantando com a jovem Marvin Myles Ransome (Hedy Lamarr), que é seu extremo oposto, impulsiva, jovial, brincalhona e com muita sede de viver intensamente.
Comentários:
Filme da Metro que aposta no carisma e na beleza da atriz Hedy Lamarr. Na época ela foi considerada uma das atrizes mais bonitas e charmosas de Hollywood e para surpresa de muita gente suas qualidades não se resumiam apenas em seus dotes estéticos, pois além de bela era inteligentíssima, muito interessada em ciência e pesquisas - a ponto de hoje ser creditada a ela parte dos avanços tecnológicos que deram origem ao moderno celular que está em seu dia a dia! Deixando isso um pouco de lado temos que nos concentrar aqui em seu trabalho como atriz. Gostei de sua atuação, até porque seu personagem exige uma certa dose de ousadia que lhe caiu muito bem. Para ser bem sincero Hedy Lamarr, mesmo sendo considerada apenas uma starlet e beldade, surpreende, colocando em segundo plano até mesmo seu parceiro Robert Young. E como mera curiosidade, no elenco, fazendo figuração, ainda podemos ver a futura diva Ava Gardner, ainda bem jovem, em sua segunda aparição no cinema. No final das contas é mais um belo trabalho do cineasta King Vidor, que entre tantos filmes marcantes chegou até mesmo a dirigir parte do clássico "O Mágico de Oz" embora não tenha sido creditado. Em conclusão eis aqui um belo romance do cinema clássico para casais apaixonados de todas as idades.
Pablo Aluísio.
Título Original: H.M. Pulham, Esq
Ano de Produção: 1941
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer
Direção: King Vidor
Roteiro: Elizabeth Hill
Elenco: Hedy Lamarr, Robert Young, Ruth Hussey
Sinopse:
Baseado na novela de John P. Marquand (o mesmo autor de "Tenho Direito ao Amor" e "Lábios Selados") o filme narra a estória de Harry Moulton Pulham (Robert Young), um senhor já entrando na meia idade, sério e muito disciplinado, que acaba se encantando com a jovem Marvin Myles Ransome (Hedy Lamarr), que é seu extremo oposto, impulsiva, jovial, brincalhona e com muita sede de viver intensamente.
Comentários:
Filme da Metro que aposta no carisma e na beleza da atriz Hedy Lamarr. Na época ela foi considerada uma das atrizes mais bonitas e charmosas de Hollywood e para surpresa de muita gente suas qualidades não se resumiam apenas em seus dotes estéticos, pois além de bela era inteligentíssima, muito interessada em ciência e pesquisas - a ponto de hoje ser creditada a ela parte dos avanços tecnológicos que deram origem ao moderno celular que está em seu dia a dia! Deixando isso um pouco de lado temos que nos concentrar aqui em seu trabalho como atriz. Gostei de sua atuação, até porque seu personagem exige uma certa dose de ousadia que lhe caiu muito bem. Para ser bem sincero Hedy Lamarr, mesmo sendo considerada apenas uma starlet e beldade, surpreende, colocando em segundo plano até mesmo seu parceiro Robert Young. E como mera curiosidade, no elenco, fazendo figuração, ainda podemos ver a futura diva Ava Gardner, ainda bem jovem, em sua segunda aparição no cinema. No final das contas é mais um belo trabalho do cineasta King Vidor, que entre tantos filmes marcantes chegou até mesmo a dirigir parte do clássico "O Mágico de Oz" embora não tenha sido creditado. Em conclusão eis aqui um belo romance do cinema clássico para casais apaixonados de todas as idades.
Pablo Aluísio.
Batman - O Homem Morcego
Título no Brasil: Batman - O Homem Morcego
Título Original: Batman - The Movie
Ano de Produção: 1966
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Leslie H. Martinson
Roteiro: Lorenzo Semple Jr
Elenco: Adam West, Burt Ward, Lee Meriwether
Sinopse:
A Mulher-Gato, o Coringa, o Charada e o Pinguim resolvem unir forças para acabar de uma vez por todas com a dupla dinâmica, Batman e seu fiel escudeiro, o jovem Robin. Para isso roubam uma super arma, capaz de reduzir todas as pessoas à pequenas partículas de poeira! Com essa arma os vilões pretendem dominar todo o mundo!
Comentários:
Se você acha que a história do Homem Morcego nos cinemas começou com aquela versão de Tim Burton no final dos anos 1980 é bom rever seus conceitos. Muitos anos antes disso o famoso personagem dos quadrinhos criado por Bob Kane já distribuía socos e pontapés nos infames vilões pelas ruas de Gotham City! Claro que você não deve esperar desse filme o clima soturno e sombrio das versões que se tornaram grandes êxitos de bilheteria. Esse Batman aqui é bem mais pop, cheio de piadinhas e onomatopeias do tipo "Pow" e "Bang" desfilando pela tela. Na verdade tudo não passa de uma adaptação da popular série de TV estrelada por Adam West para ser exibido nos cinemas. Com a intenção de turbinar seu potencial nas bilheterias os roteiristas resolveram trazer praticamente todos os vilões conhecidos para enfrentar Batman e Robin. O excesso de vilanices acaba atrapalhando o resultado que se mostra muito congestionado. Mesmo assim vale pela diversão de ver o Batman mais camp e Kitsch da história da cultura pop! Santo exagero Batman!!!
Pablo Aluísio.
Título Original: Batman - The Movie
Ano de Produção: 1966
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Leslie H. Martinson
Roteiro: Lorenzo Semple Jr
Elenco: Adam West, Burt Ward, Lee Meriwether
Sinopse:
A Mulher-Gato, o Coringa, o Charada e o Pinguim resolvem unir forças para acabar de uma vez por todas com a dupla dinâmica, Batman e seu fiel escudeiro, o jovem Robin. Para isso roubam uma super arma, capaz de reduzir todas as pessoas à pequenas partículas de poeira! Com essa arma os vilões pretendem dominar todo o mundo!
Comentários:
Se você acha que a história do Homem Morcego nos cinemas começou com aquela versão de Tim Burton no final dos anos 1980 é bom rever seus conceitos. Muitos anos antes disso o famoso personagem dos quadrinhos criado por Bob Kane já distribuía socos e pontapés nos infames vilões pelas ruas de Gotham City! Claro que você não deve esperar desse filme o clima soturno e sombrio das versões que se tornaram grandes êxitos de bilheteria. Esse Batman aqui é bem mais pop, cheio de piadinhas e onomatopeias do tipo "Pow" e "Bang" desfilando pela tela. Na verdade tudo não passa de uma adaptação da popular série de TV estrelada por Adam West para ser exibido nos cinemas. Com a intenção de turbinar seu potencial nas bilheterias os roteiristas resolveram trazer praticamente todos os vilões conhecidos para enfrentar Batman e Robin. O excesso de vilanices acaba atrapalhando o resultado que se mostra muito congestionado. Mesmo assim vale pela diversão de ver o Batman mais camp e Kitsch da história da cultura pop! Santo exagero Batman!!!
Pablo Aluísio.
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