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quinta-feira, 18 de abril de 2019

Névoa do Mistério

Título no Brasil: Névoa do Mistério
Título Original: Fog Over Frisco
Ano de Produção: 1934
País: Estados Unidos
Estúdio: First National Pictures, Warner Bros
Direção: William Dieterle
Roteiro: Robert N. Lee, George Dyer
Elenco: Bette Davis, Donald Woods, Margaret Lindsay

Sinopse:
Arlene Bradford (Bette Davis) pertence a uma das famílias mais ricas de San Francisco. Seu pai é o industrial milionário Everett Bradford (Arthur Byron) que atende a todos os seus desejos. Isso transformou Arlene em uma típica herdeira mimada, que não admite encontrar limites em sua vida. Embora seja noiva do corretor Spencer Carlton, a quem não dá muita atenção, ela prefere a companhia da meia-irmã Valkyr (Margaret Lindsay)! Juntas acabam se envolvendo com um grupo de gangsters locais, incluindo o infame Jake Bellow (Pichel).

Comentários:
Bette Davis foi uma das grandes estrelas de Hollywood em seu período clássico. Sua forte personalidade era muito adequada para alguns de seus personagens, mulheres fortes e decididas que não se enquadravam no estilo dondoca esperado da época. Com esse modo de ser Davis realizou grandes obras primas, inclusive dramas onde explorava essa forma de lidar com a sociedade à sua volta. Se Bette Davis já era conhecida por um ter um gênio marcante imagine a atriz interpretando uma garota rica e mimada como aqui. Ela está ótima como uma jovem muito má que não se importa em fazer coisas erradas, até porque pode sempre contar com a ajuda de seu milionário pai, sempre disposto a encobrir suas maldades e livrar a sua cara de punições. Sua Arlene Bradford é uma verdadeira peste, uma mulher que fica o tempo todo no fio da meada, um tipo de personagem vilã que só seria possível mesmo na Hollywood dos anos 30, em pleno auge das mulheres fatais no cinema.

Pablo Aluísio.

sábado, 19 de novembro de 2016

Modas de 1934

Título no Brasil: Modas de 1934
Título Original: Fashions of 1934
Ano de Produção: 1934
País: Estados Unidos
Estúdio: First National Pictures
Direção: William Dieterle
Roteiro: F. Hugh Herbert, Carl Erickson
Elenco: William Powell, Bette Davis, Frank McHugh
  
Sinopse:
Sherwood Nash (Powell) é um vigarista do mundo da moda. Para ficar rico e ganhar muito dinheiro ele não quer se esforçar muito. Nada de quebrar a cabeça para criar belos modelos de roupas femininas. Ao invés disso ele decide simplesmente copiar e plagiar os mais belos vestidos de Paris para vender de forma barata para seu público alvo, enganando as mulheres que fazem parte de sua clientela. A jovem Lynn Mason (Bette Davis) acaba se envolvendo em uma grande confusão ao se aproximar de Nash. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Figurino (Eugene Joseff).

Comentários:
Comédia leve e bem humorada que valoriza a figura da atriz Bette Davis. Ela surge na tela ainda bem jovem, com os cabelos platinados (uma moda ainda bem recente quando o filme foi lançado) e muito à vontade desfilando o que havia de mais chic e elegante no mundo fashion daquela época. Um dos aspectos interessantes desse filme foi o fato de que, pela primeira vez, Davis se considerou injustiçada pelo cachê dez vezes menor do que recebeu o ator William Powell. Era um exemplo da diferença salarial que existia em Hollywood naqueles tempos (algo que infelizmente perdura até os dias de hoje). O personagem de Powell, como já foi escrito, é em essência um vigarista do mundo da moda, copiando os desenhos dos vestidos mais elegantes, com o objetivo de ganhar muito dinheiro com as criações alheias. Ele também precisa dar vazão a um imenso lote de penas de avestruz, que ele precisa de todo jeito voltar a transformar em moda. Isso inclusive dá origem a uma bela cena musical com coristas no palco, dançando uma bonita coreografia com as tais penas. Ficou bonito, lembrando até o nosso teatro de revista. Em suma, uma comédia musical simpática, bem ensaiada e que conta com as carismáticas presenças da dupla William Powell e Bette Davis, passando uma ótima química entre eles para a tela. Vale a pena assistir para conhecer um pouco melhor o cinema americano da década de 1930, ainda bastante influenciado pela cultura teatral da Broadway de Nova Iorque.

Pablo Aluísio.