Esse é o mais novo filme da franquia "Jogos Mortais", lançado no último Halloween nos Estados Unidos. Claro que uma série de filmes tão lucrativa como essa não seria deixada de lado pelos produtores. A primeira pergunta que esse roteiro vai trazer para o espectador é: afinal Jigsaw está morto ou não? Pela história dos filmes anteriores sim, ele está morto há pelo dez anos! Isso porém não parece ser problema para os roteiristas que arranjaram um jeito interessante para trazer o personagem de volta ao cinema (ou quase isso!). Fique atento para a verdadeira armadilha temporal que o roteiro armou para enganar o público. É algo até bem sutil, mas igualmente criativo.
A história começa quando cinco pessoas despertam dentro de um lugar que mais parece um velho armazém. Eles estão com algo que parecem baldes em suas cabeças, todos acorrentados. Se isso já não fosse ruim o bastante as correntes os levam para cima de serras prontas para fazer todos em pedaços. Como se trata de mais um jogo mortal criado por Jigsaw, ele logo surge em áudio explicando as regras do jogo. Todas aquelas pessoas cometeram atos terríveis em suas vidas e precisam confessar os seus crimes, caso contrário todos serão trucidados. O cenário é um velho armazém que pertenceu a esposa falecida de Jigsaw, porém a dúvida persiste, como alguém morto há mais de dez anos continua a manipular seus jogos mortais?
A primeira coisa que os policiais pensam é que está agindo um copycat, um imitador do método de matar do psicopata original. As coisas vão ficando mais estranhas quando os tiras descobrem que há suspeitos dentro da própria equipe do necrotério que examina os corpos mutilados nos jogos mortais. Bom, escrever mais seria estragar algumas surpresas do filme. Basta dizer que a maquinaria da morte de Jigsaw está cada mais afiada. Em uma das sequências mais violentas um verdadeiro moedor de carne humana é usada! No geral, apesar de não trazer muitas novidades, esse novo filme da série vai agradar aos fãs. Penso que o roteiro está bem de acordo com o espírito da franquia, além disso o final fica em aberto, provavelmente para gerar novas continuações, afinal de contas o lucro é o mais importante. Lançado há pouco tempo esse "Jogos Mortais" versão 2017 se tornou um novo sucesso de público, rendendo cinco vezes o seu orçamento nas bilheterias. Alguém duvida que novos filmes virão pela frente?
Jogos Mortais: Jigsaw (Jigsaw, Estados Unidos, 2017) Direção: Michael Spierig, Peter Spierig / Roteiro: Pete Goldfinger, Josh Stolberg / Elenco: Tobin Bell, Matt Passmore, Callum Keith Rennie / Sinopse: Corpos começam a aparecer nas ruas. O grau de mutilação e violência a que eles foram expostos lembram aos detetives o método de matar do psicopata John Kramer, vulgo Jigsaw. A questão é que ele está morto há dez anos! Estaria alguém imitando seu estilo de assassinar pessoas ou o próprio Jigsaw estaria ainda vivo, solto por aí, cometendo seus crimes?
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 11 de janeiro de 2019
O Amante
Liam Neeson interpreta o marido que sempre pensou ter a esposa perfeita. Bonita, bem sucedida profissionalmente, inteligente, ela teria todas as qualidades que um homem gostaria de encontrar em uma mulher. Só que um dia, por mero acaso, ele acaba ouvindo uma mensagem no celular da esposa. Um desconhecido lhe fazia promessas de amor, com pitadas de sensualidade. Obviamente alguém bem íntimo dela. Lógico que algo assim planta a semente da desconfiança em seus pensamentos. Pior acontece quando ele vai até o laptop da esposa e descobre que existe uma pasta chamada "amor" protegida por senha.
O ciúme começa a envenenar sua mente. Após passar dias obcecado, tentando romper a senha, ele finalmente consegue. Dentro da pasta muitas fotos da esposa com o amante, em hotéis, viagens de barco e algumas delas até mesmo de intimidades com o amante. Todas as suas suspeitas são confirmadas e da pior maneira possível! A sua cabeça explode de vez! Por 12 anos a esposa que ele considerava perfeita o traiu com um amante!
Então o marido decide rastrear tudo do caso. Encontra o nome e o endereço do amante e vai até ele. Esse personagem é interpretado pelo "latin lover" Antonio Banderas, que não demora a se mostrar como um grande cafajeste, explorador de mulheres. O plano do marido traído passa a ser de vingança, de matá-lo, mas seria essa a melhor opção? "O Amante" não deixa de ser um filme interessante, que mexe com os instintos masculinos mais primitivos. O homem que descobre ter sido traído por longos anos faz aflorar seus sentimentos mais violentos. É um enredo de basicamente apenas três personagens, o marido, a esposa e o amante. Filme curto que vai direto ao ponto. Poderia ter tido um final mais visceral, porém os roteiristas optaram por algo mais sensato. Afinal não seria bom plantar ideias erradas nas mentes daqueles que viveram a mesma situação do filme.
O Amante (The Other Man, Estados Unidos, 2008) Direção: Richard Eyre / Roteiro: Richard Eyre, Charles Wood / Elenco: Liam Neeson, Antonio Banderas, Laura Linney / Sinopse: Homem que pensava ter o melhor e mais perfeito casamento do mundo descobre que sua esposa teve um amante por longos 12 anos! Obcecado com a traição, ele decide ir atrás do amante, para conhecê-lo, descobrir o que levou sua esposa a trai-lo e talvez matá-lo para lavar sua honra com sangue!
Pablo Aluísio.
O ciúme começa a envenenar sua mente. Após passar dias obcecado, tentando romper a senha, ele finalmente consegue. Dentro da pasta muitas fotos da esposa com o amante, em hotéis, viagens de barco e algumas delas até mesmo de intimidades com o amante. Todas as suas suspeitas são confirmadas e da pior maneira possível! A sua cabeça explode de vez! Por 12 anos a esposa que ele considerava perfeita o traiu com um amante!
Então o marido decide rastrear tudo do caso. Encontra o nome e o endereço do amante e vai até ele. Esse personagem é interpretado pelo "latin lover" Antonio Banderas, que não demora a se mostrar como um grande cafajeste, explorador de mulheres. O plano do marido traído passa a ser de vingança, de matá-lo, mas seria essa a melhor opção? "O Amante" não deixa de ser um filme interessante, que mexe com os instintos masculinos mais primitivos. O homem que descobre ter sido traído por longos anos faz aflorar seus sentimentos mais violentos. É um enredo de basicamente apenas três personagens, o marido, a esposa e o amante. Filme curto que vai direto ao ponto. Poderia ter tido um final mais visceral, porém os roteiristas optaram por algo mais sensato. Afinal não seria bom plantar ideias erradas nas mentes daqueles que viveram a mesma situação do filme.
O Amante (The Other Man, Estados Unidos, 2008) Direção: Richard Eyre / Roteiro: Richard Eyre, Charles Wood / Elenco: Liam Neeson, Antonio Banderas, Laura Linney / Sinopse: Homem que pensava ter o melhor e mais perfeito casamento do mundo descobre que sua esposa teve um amante por longos 12 anos! Obcecado com a traição, ele decide ir atrás do amante, para conhecê-lo, descobrir o que levou sua esposa a trai-lo e talvez matá-lo para lavar sua honra com sangue!
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 10 de janeiro de 2019
O Benfeitor
O eterno galã de cabelos grisalhos Richard Gere interpreta um magnata do ramo hospitalar que corroído pela culpa de um acidente de carro, onde morreu um casal de amigos, decide fazer de tudo para ajudar a única filha deles. Como é um milionário que não sabe mais onde enfiar tanto dinheiro, decide assim fazer de tudo para ajudar a jovem que está se casando. Interpretada por Dakota Fanning, ela também vai percebendo que a boa vontade de seu benfeitor começa a ficar um pouquinho além da conta, excessiva. Afinal o ricaço decide comprar uma bela casal para ela, carros, tudo do bom e do melhor. E ele deveria ser apenas o padrinho do casal, nada mais. Não precisava ser alguém que viesse a dar tudo para ela e seu noivo.
O filme tem uma narrativa bem leve, nada de muito dramático. Temos que reconhecer que você precisará gostar um tantinho do Richard Gere para considerar o filme realmente bom. Isso porque não há nada de muito dramático em sua estória, nada muito relevante realmente acontecendo nas cenas. O milionário interpretado por Gere tem problemas com drogas (é viciado em morfina) e bebidas, mas nada fica muito sério nesse aspecto. Não é um filme do tipo "Christiane F", nada disso. Até os problemas do personagem são amenizados. Diria que é um roteiro feito sob encomenda para o astro de outrora, onde ele tem oportunidade de ter uma boa atuação numa cena aqui e outra acolá, mas tudo feito mesmo na base da superficialidade. É em suma um filme leve, que nunca tem coragem de tocar fundo na ferida.
O Benfeitor (The Benefactor, Estados Unidos, 2015) Direção: Andrew Renzi / Roteiro: Andrew Renzi / Elenco: Richard Gere, Dakota Fanning, Theo James / Sinopse: Franny Hines (Gere) é um milionário filantropo com problemas de bebidas e drogas que reencontra um sentido na vida ao ter a oportunidade de ajudar a filha de um casal de amigos, mortos em um acidente no passado, do qual ele teve indiretamente uma parcela de culpa. Assim ele começa a ajudar o jovem casal de todas as maneiras possíveis, algumas delas de forma exagerada e invasiva na vida conjugal deles. Filme indicado ao Tribeca Film Festival e ao Champs-Élysées Film Festival. Premiado no Catalina Film Festival na categoria de Melhor Filme Estrangeiro.
Pablo Aluísio.
O filme tem uma narrativa bem leve, nada de muito dramático. Temos que reconhecer que você precisará gostar um tantinho do Richard Gere para considerar o filme realmente bom. Isso porque não há nada de muito dramático em sua estória, nada muito relevante realmente acontecendo nas cenas. O milionário interpretado por Gere tem problemas com drogas (é viciado em morfina) e bebidas, mas nada fica muito sério nesse aspecto. Não é um filme do tipo "Christiane F", nada disso. Até os problemas do personagem são amenizados. Diria que é um roteiro feito sob encomenda para o astro de outrora, onde ele tem oportunidade de ter uma boa atuação numa cena aqui e outra acolá, mas tudo feito mesmo na base da superficialidade. É em suma um filme leve, que nunca tem coragem de tocar fundo na ferida.
O Benfeitor (The Benefactor, Estados Unidos, 2015) Direção: Andrew Renzi / Roteiro: Andrew Renzi / Elenco: Richard Gere, Dakota Fanning, Theo James / Sinopse: Franny Hines (Gere) é um milionário filantropo com problemas de bebidas e drogas que reencontra um sentido na vida ao ter a oportunidade de ajudar a filha de um casal de amigos, mortos em um acidente no passado, do qual ele teve indiretamente uma parcela de culpa. Assim ele começa a ajudar o jovem casal de todas as maneiras possíveis, algumas delas de forma exagerada e invasiva na vida conjugal deles. Filme indicado ao Tribeca Film Festival e ao Champs-Élysées Film Festival. Premiado no Catalina Film Festival na categoria de Melhor Filme Estrangeiro.
Pablo Aluísio.
Cães Selvagens
Filme insano e violento que a despeito disso consegue ser um dos melhores da recente safra da filmografia do ator Nicolas Cage. Aqui ele interpreta um criminoso que topa participar de um crime bárbaro: o sequestro de um bebê! Isso por si só já bastaria para mostrar que os personagens principais são realmente cães selvagens, feras, mas há mais. Em um dos momentos mais violentos o personagem de Willem Dafoe, um viciado em cocaína sem nenhum tipo de valor humano, decide explodir os miolos da mulher que ele explora, uma pobre alma com problemas de obesidade.
O diretor Paul Schrader porém não se contenta em fazer um filme sobre criminosos comuns, que acabaram de sair da cadeia. Ele quis mais. Usando uma linguagem cinematográfica surreal, pouco comum nesse tipo de produção, ele desmonta o típico filme sobre quadrilhas. Principalmente em seu final, quando tudo é encoberto por uma nuvem de neblina. Como eu escrevei no começo do texto esse é um caso raro de filme bom e recente estrelado por Nicolas Cage (um dos atores mais queridos do público brasileiro). Essa produção que tinha tudo para ser apenas mais um filme violento de ação, daqueles bem genéricos, tem muito estilo, mesmo que seja um estilo perturbador, onde cães comem outros cães (como sugere o título original). Não é um filme para os fracos e nem para os que se impressionam com facilidade. Na dúvida não deixe de conferir.
Cães Selvagens (Dog Eat Dog, Estados Unidos, 2016) Direção: Paul Schrader / Roteiro: Matthew Wilder, baseado na obra de Edward Bunker / Elenco: Nicolas Cage, Willem Dafoe, Christopher Matthew Cook / Sinopse: Três condenados ganham a liberdade após cumprirem suas penas. De volta às ruas eles retornam para as atividades criminosas, trabalhando para um chefão mafioso conhecido como "El Greggo". Após alguns serviços eles aceitam participar de um crime hediondo, o sequestro de um bebê, filho de um ricaço da cidade.
Pablo Aluísio.
O diretor Paul Schrader porém não se contenta em fazer um filme sobre criminosos comuns, que acabaram de sair da cadeia. Ele quis mais. Usando uma linguagem cinematográfica surreal, pouco comum nesse tipo de produção, ele desmonta o típico filme sobre quadrilhas. Principalmente em seu final, quando tudo é encoberto por uma nuvem de neblina. Como eu escrevei no começo do texto esse é um caso raro de filme bom e recente estrelado por Nicolas Cage (um dos atores mais queridos do público brasileiro). Essa produção que tinha tudo para ser apenas mais um filme violento de ação, daqueles bem genéricos, tem muito estilo, mesmo que seja um estilo perturbador, onde cães comem outros cães (como sugere o título original). Não é um filme para os fracos e nem para os que se impressionam com facilidade. Na dúvida não deixe de conferir.
Cães Selvagens (Dog Eat Dog, Estados Unidos, 2016) Direção: Paul Schrader / Roteiro: Matthew Wilder, baseado na obra de Edward Bunker / Elenco: Nicolas Cage, Willem Dafoe, Christopher Matthew Cook / Sinopse: Três condenados ganham a liberdade após cumprirem suas penas. De volta às ruas eles retornam para as atividades criminosas, trabalhando para um chefão mafioso conhecido como "El Greggo". Após alguns serviços eles aceitam participar de um crime hediondo, o sequestro de um bebê, filho de um ricaço da cidade.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 9 de janeiro de 2019
Infiltrado na Klan
Quem conhece Spike Lee de longa data já prevê de antemão o que encontrará nesse seu novo filme. Usando de uma fina ironia ele conta a história de um agente policial disfarçado chamado Ron Stallworth (John David Washington) que decide ligar para um número que pertence a um grupo da Ku Klux Klan, entidade clandestina que há séculos vem reunindo racistas por todos os Estados Unidos. Se fazendo passar por um branco, ele acaba conseguindo um encontro com alguns membros. Só que por ser negro ele obviamente não pode ir a essa reunião. Então um outro agente branco se faz passar por ele. Então cria-se assim uma situação no mínimo inusitada. Ron conversa com os líderes da Klan por telefone, enquanto outro policial vai nos encontros racistas. O enredo foi levemente baseado em fatos reais acontecidos nos anos 1970. A operação policial original levou diversas pessoas para a prisão, inclusive alguns figurões da política nacional.
E por falar em política, Spike Lee aproveita para também cutucar o atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Durante todo o filme referências indiretas são feitas a ele, até que no final o diretor se torna mais explícito, ligando os movimentos racistas do passado diretamente aos acontecimentos mais recentes, quando grupos de supremacia branca marcharam sobre algumas cidades do sul. Inclusive Spike Lee não se faz de rogado, usando a própria imagem de Trump nas cenas finais.
No final temos até um bom filme, ativista em prol dos direitos dos negros, que procura satirizar os brancos americanos que empunham a bandeira da velha confederação como uma piada de si mesmos. Em termos puramente cinematográficos porém não é um grande filme, uma obra prima da sétima arte, digna de, por exemplo, ser indicado ao Oscar de melhor filme do ano. É meramente bom, nada excepcional. No fundo serve para passar sua mensagem, usando para isso muitas vezes apenas o humor corrosivo de seu diretor.
Infiltrado na Klan (BlacKkKlansman, Estados Unidos, 2018) Direção: Spike Lee / Roteiro: Charlie Wachtel, David Rabinowitz / Elenco: John David Washington, Adam Driver, Laura Harrier, Alec Baldwin / Sinopse: Durante os anos 70 um policial negro chamado Ron Stallworth (John David Washington) participa de uma operação onde o departamento infiltra um policial branco no meio de um grupo de racistas da Klan. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Filme, Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Música, Melhor Ator Coadjuvante (Adam Driver), Melhor Edição e Melhor Direção.
Pablo Aluísio.
E por falar em política, Spike Lee aproveita para também cutucar o atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Durante todo o filme referências indiretas são feitas a ele, até que no final o diretor se torna mais explícito, ligando os movimentos racistas do passado diretamente aos acontecimentos mais recentes, quando grupos de supremacia branca marcharam sobre algumas cidades do sul. Inclusive Spike Lee não se faz de rogado, usando a própria imagem de Trump nas cenas finais.
No final temos até um bom filme, ativista em prol dos direitos dos negros, que procura satirizar os brancos americanos que empunham a bandeira da velha confederação como uma piada de si mesmos. Em termos puramente cinematográficos porém não é um grande filme, uma obra prima da sétima arte, digna de, por exemplo, ser indicado ao Oscar de melhor filme do ano. É meramente bom, nada excepcional. No fundo serve para passar sua mensagem, usando para isso muitas vezes apenas o humor corrosivo de seu diretor.
Infiltrado na Klan (BlacKkKlansman, Estados Unidos, 2018) Direção: Spike Lee / Roteiro: Charlie Wachtel, David Rabinowitz / Elenco: John David Washington, Adam Driver, Laura Harrier, Alec Baldwin / Sinopse: Durante os anos 70 um policial negro chamado Ron Stallworth (John David Washington) participa de uma operação onde o departamento infiltra um policial branco no meio de um grupo de racistas da Klan. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Filme, Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Música, Melhor Ator Coadjuvante (Adam Driver), Melhor Edição e Melhor Direção.
Pablo Aluísio.
Mogli: Entre Dois Mundos
Não faz muito tempo assisti ao novo filme de Mogli produzido pela Disney. Uma produção maravilhosa do ponto de vista técnico e artístico. Pois bem, agora temos essa outra versão, produzida pela Warner e lançada pelo Netflix. É basicamente a mesma história, novamente contando as origens de Mogli, até porque ambos os filmes tentaram se aproximar o máximo possível da obra original escrita pelo inglês Rudyard Kipling. Porém é bom frisar que há diferenças básicas entre os dois filmes, sendo que especialistas em literatura afirmam que esse "Mogli: Entre Dois Mundos" é bem mais fiel ao livro do que o anterior da Disney.
Isso fica claro em vários momentos. Há mais violência, mais crueza e em certos aspectos mais realismo. Sim, Mogli consegue falar com os animais, mas não há espaço para músicas e nem sequências musicais. Os animais também surgem menos caricatos, menos na base infantojuvenil. São bestas com marcas da luta pela sobrevivência na selva. Algumas pessoas reclamaram afirmando que esses animais ficaram com expressões estranhas, uma vez que a equipe de computação gráfica tentou mesclar a imagem das feras com os rostos dos dubladores, suas expressões faciais. Em certas partes isso se torna mais claro, porém não chega a comprometer em nada o resultado final.
Isso se deveu, penso, ao fato de que essa nova versão foi dirigida pelo ator Andy Serkis. Ele é um especialista em captura de imagens, atuando com um aparato tecnológico em cima de seu rosto e corpo, para que informações precisas sejam enviadas para o computador. No final de tudo a impressão fica mesmo um pouco fora da realidade, algumas vezes sem vida no olhar dos personagens... um preço a se pagar por uma tecnologia que ainda não chegou ao auge de seu potencial. Mesmo assim, vale a sessão. É uma tentativa de se chegar ao mais próximo possível do universo criado pelo autor... se bem que o livro e suas páginas de papel ainda são o melhor caminho para se encontrar mesmo, de fato, com a ideia do escritor que deu origem a esse menino das selvas.
Mogli: Entre Dois Mundos (Mowgli, Estados Unidos, Inglaterra, 2018) Direção: Andy Serkis / Roteiro: Callie Kloves, baseado na obra escrita por Rudyard Kipling / Elenco: Christian Bale, Cate Blanchett, Naomie Harris, Andy Serkis, Benedict Cumberbatch / Sinopse: Após a morte de seus pais o menino Mogli é adotado por lobos selvagens. Ele precisa sobreviver, além dos perigos naturais da selva, à perseguição do tigre assassino Shere Khan. Filme indicado ao London Critics Circle Film Awards na categoria de Melhor Ator (Christian Bale).
Pablo Aluísio.
Isso fica claro em vários momentos. Há mais violência, mais crueza e em certos aspectos mais realismo. Sim, Mogli consegue falar com os animais, mas não há espaço para músicas e nem sequências musicais. Os animais também surgem menos caricatos, menos na base infantojuvenil. São bestas com marcas da luta pela sobrevivência na selva. Algumas pessoas reclamaram afirmando que esses animais ficaram com expressões estranhas, uma vez que a equipe de computação gráfica tentou mesclar a imagem das feras com os rostos dos dubladores, suas expressões faciais. Em certas partes isso se torna mais claro, porém não chega a comprometer em nada o resultado final.
Isso se deveu, penso, ao fato de que essa nova versão foi dirigida pelo ator Andy Serkis. Ele é um especialista em captura de imagens, atuando com um aparato tecnológico em cima de seu rosto e corpo, para que informações precisas sejam enviadas para o computador. No final de tudo a impressão fica mesmo um pouco fora da realidade, algumas vezes sem vida no olhar dos personagens... um preço a se pagar por uma tecnologia que ainda não chegou ao auge de seu potencial. Mesmo assim, vale a sessão. É uma tentativa de se chegar ao mais próximo possível do universo criado pelo autor... se bem que o livro e suas páginas de papel ainda são o melhor caminho para se encontrar mesmo, de fato, com a ideia do escritor que deu origem a esse menino das selvas.
Mogli: Entre Dois Mundos (Mowgli, Estados Unidos, Inglaterra, 2018) Direção: Andy Serkis / Roteiro: Callie Kloves, baseado na obra escrita por Rudyard Kipling / Elenco: Christian Bale, Cate Blanchett, Naomie Harris, Andy Serkis, Benedict Cumberbatch / Sinopse: Após a morte de seus pais o menino Mogli é adotado por lobos selvagens. Ele precisa sobreviver, além dos perigos naturais da selva, à perseguição do tigre assassino Shere Khan. Filme indicado ao London Critics Circle Film Awards na categoria de Melhor Ator (Christian Bale).
Pablo Aluísio.
terça-feira, 8 de janeiro de 2019
Django Livre
Em “Bastardos Inglórios” Quentin Tarantino tentou revisitar, com muito bom humor, um dos mais populares gêneros do cinema da era de ouro, o dos filmes de guerra. Exagerado, over, beirando a paródia completa, “Bastardos Inglórios” dividiu opiniões, sendo odiado por uns e amado por outros. Embora seu desfecho fosse absurdo pelo menos era surpreendente, não há como negar. Agora é a vez do Western servir de alvo para as lentes de Tarantino. “Django Livre” se propõe a ser uma paródia do chamado Western Spaguetti, gênero que se tornou muito popular (inclusive no Brasil) na época de seu auge. A tônica dessas produções era o exagero das cenas de violência e o uso abusivo de trilhas marcantes e onipresentes em cada cena. Os roteiros passavam longe de ser grande coisa mas eram eficientes. Agora o cineasta Tarantino tenta trazer o espírito daquelas produções de volta às telas, tudo mesclado com seu inconfundível toque pessoal.
É curioso porque assim que o projeto foi anunciado esperei por um verdadeiro delírio por parte do diretor pois se o Spaguetti era uma paródia do western americano, o que esperar de uma paródia da paródia? Obviamente um exagero completo, um delírio absoluto! Mas não é isso o que acontece. “Django Livre” pode até mesmo ser considerado conservador em certos aspectos. Não há dúvidas que existem produções Spaguetti que são bem mais violentas ou ousadas que “Django Livre”. Nesse ponto Tarantino foi passado para trás. Assim sobra pouca coisa para se surpreender. Quem é fã do gênero, que acompanha filmes de faroeste com freqüência, simplesmente não vai se impressionar com nada no filme de Tarantino. Nem é ousado e nem surpreendente. Mesmo assim não é um produto ruim, longe disso, só é menos revolucionário do que se esperava (ou melhor dizendo, não é revolucionário em nada).
Um bom western? Sim, não há como negar. O melhor vem dos talentosos atores em cena. O elenco está muito bem, em especial Christopher Waltz e Leonardo DiCaprio. Jamie Foxx como Django não chega a empolgar e nem está tão intenso quanto era de se esperar. Spike Lee reclamou do retrato que foi feito da escravidão negra nos EUA mas sua posição é obviamente um exagero. Os negros aliás estão no centro da trama e o próprio Django é um bom protagonista para o público afrodescendente se identificar. Recentemente “Django Livre” venceu o Globo de Ouro de Melhor Roteiro mas depois de assistir ao filme achei o prêmio um pouco desmerecido. A trama é até banal, sem surpresas, e o filme tem inclusive um problema no último ato que se tornar desnecessário e constrangedor, para não dizer bobo! Os diálogos, que sempre foram a marca registrada do diretor, aqui estão bem escritos mas muito abaixo das outras obras da filmografia de Tarantino. São um pouco acima da média mas nada excepcionais. Além disso o desenrolar da estória é comum, ordinário. Tarantino parece que tremeu nas bases ao se envolver com a mitologia do western.
Ao invés de jogar as bases do gênero para o alto, como fez em “Bastardos Inglórios”, ele aqui não consegue em momento algum se desvincular das regras dos faroestes mais tradicionais. Até a divisão em três atos está de acordo com os dogmas do estilo. Tarantino não alça vôo em momento algum, prefere ficar no chão, ao lado das regras mais caras ao velho e bom western. Não se aproxima de sua tão falada desmistificação, pelo contrário, louva ao seu modo todos os fundamentos desse tipo de filme e se rende à tradição. Assim não vejo motivo algum para toda a badalação que está sendo feita em torno de “Django Livre” pois em essência ele se apresenta como um western dos mais tradicionais, sem qualquer marca mais relevante que o torne uma obra prima ou algo do gênero. Definitivamente não foi dessa vez que o cineasta maravilhou ou deixou surpreendidos os fãs de faroestes. Em conclusão temos aqui um bom western que sobressai pelo elenco inspirado. A trama é sem surpresas e o roteiro bem abaixo do esperado. Não é um filme ofensivo contra os negros, longe disso, e pode ser visto como bom passatempo, muito embora um corte mais bem cuidadoso em sua duração cairia bem. Deve ser conferido mas sem esperar nada grandioso.
Django Livre (Django Unchained, EUA, 2012) Direção: Quentin Tarantino / Roteiro: Quentin Tarantino / Elenco: Jamie Foxx, Christopher Waltz, Leonardo DiCaprio, Samuel L. Jackson, Sacha Baron Cohen, Joseph Gordon-Levitt, Kurt Russell, Kerry Washington, Walton Goggins, James Remar, Don Johnson, Anthony LaPaglia, Tom Savini, James Russo. / Sinopse: King Schultz (Christoph Waltz) é um caçador de recompensas que se une a um escravo chamado Django (Jamie Foxx) para sair na caça de três irmãos que estão com a cabeça a prêmio. Depois do serviço concluído eles resolvem ir atrás da esposa de Django que agora se tornou propriedade de um cruel fazendeiro do sul chamado Calvin Candie (Leonardo DiCaprio). Se fazendo passar por traficantes de escravos eles tentarão resgatar a amada de Django.
Pablo Aluísio.
É curioso porque assim que o projeto foi anunciado esperei por um verdadeiro delírio por parte do diretor pois se o Spaguetti era uma paródia do western americano, o que esperar de uma paródia da paródia? Obviamente um exagero completo, um delírio absoluto! Mas não é isso o que acontece. “Django Livre” pode até mesmo ser considerado conservador em certos aspectos. Não há dúvidas que existem produções Spaguetti que são bem mais violentas ou ousadas que “Django Livre”. Nesse ponto Tarantino foi passado para trás. Assim sobra pouca coisa para se surpreender. Quem é fã do gênero, que acompanha filmes de faroeste com freqüência, simplesmente não vai se impressionar com nada no filme de Tarantino. Nem é ousado e nem surpreendente. Mesmo assim não é um produto ruim, longe disso, só é menos revolucionário do que se esperava (ou melhor dizendo, não é revolucionário em nada).
Um bom western? Sim, não há como negar. O melhor vem dos talentosos atores em cena. O elenco está muito bem, em especial Christopher Waltz e Leonardo DiCaprio. Jamie Foxx como Django não chega a empolgar e nem está tão intenso quanto era de se esperar. Spike Lee reclamou do retrato que foi feito da escravidão negra nos EUA mas sua posição é obviamente um exagero. Os negros aliás estão no centro da trama e o próprio Django é um bom protagonista para o público afrodescendente se identificar. Recentemente “Django Livre” venceu o Globo de Ouro de Melhor Roteiro mas depois de assistir ao filme achei o prêmio um pouco desmerecido. A trama é até banal, sem surpresas, e o filme tem inclusive um problema no último ato que se tornar desnecessário e constrangedor, para não dizer bobo! Os diálogos, que sempre foram a marca registrada do diretor, aqui estão bem escritos mas muito abaixo das outras obras da filmografia de Tarantino. São um pouco acima da média mas nada excepcionais. Além disso o desenrolar da estória é comum, ordinário. Tarantino parece que tremeu nas bases ao se envolver com a mitologia do western.
Ao invés de jogar as bases do gênero para o alto, como fez em “Bastardos Inglórios”, ele aqui não consegue em momento algum se desvincular das regras dos faroestes mais tradicionais. Até a divisão em três atos está de acordo com os dogmas do estilo. Tarantino não alça vôo em momento algum, prefere ficar no chão, ao lado das regras mais caras ao velho e bom western. Não se aproxima de sua tão falada desmistificação, pelo contrário, louva ao seu modo todos os fundamentos desse tipo de filme e se rende à tradição. Assim não vejo motivo algum para toda a badalação que está sendo feita em torno de “Django Livre” pois em essência ele se apresenta como um western dos mais tradicionais, sem qualquer marca mais relevante que o torne uma obra prima ou algo do gênero. Definitivamente não foi dessa vez que o cineasta maravilhou ou deixou surpreendidos os fãs de faroestes. Em conclusão temos aqui um bom western que sobressai pelo elenco inspirado. A trama é sem surpresas e o roteiro bem abaixo do esperado. Não é um filme ofensivo contra os negros, longe disso, e pode ser visto como bom passatempo, muito embora um corte mais bem cuidadoso em sua duração cairia bem. Deve ser conferido mas sem esperar nada grandioso.
Django Livre (Django Unchained, EUA, 2012) Direção: Quentin Tarantino / Roteiro: Quentin Tarantino / Elenco: Jamie Foxx, Christopher Waltz, Leonardo DiCaprio, Samuel L. Jackson, Sacha Baron Cohen, Joseph Gordon-Levitt, Kurt Russell, Kerry Washington, Walton Goggins, James Remar, Don Johnson, Anthony LaPaglia, Tom Savini, James Russo. / Sinopse: King Schultz (Christoph Waltz) é um caçador de recompensas que se une a um escravo chamado Django (Jamie Foxx) para sair na caça de três irmãos que estão com a cabeça a prêmio. Depois do serviço concluído eles resolvem ir atrás da esposa de Django que agora se tornou propriedade de um cruel fazendeiro do sul chamado Calvin Candie (Leonardo DiCaprio). Se fazendo passar por traficantes de escravos eles tentarão resgatar a amada de Django.
Pablo Aluísio.
Thor Ragnarok
Divertido, ultra colorido e pura linguagem de quadrinhos. Assim podemos resumir em poucas palavras essa aventura do Thor no cinema. A Marvel procurando fazer diferente no cinema buscou inspiração exatamente no mundo das revistas do personagem. Sim, é verdade que muitos fãs reclamaram desse filme. Não foram poucos os que o acusaram de ser até mesmo bobo e infantil. Esse tipo de argumento não vai muito longe. O filme é tão divertido como uma revista em quadrinhos dos anos 70, com muitas cores e cenas de ação, principalmente no ringue dos gladiadores, algo que foi trazido de "Planeta Hulk" e que acabou dando muito certo aqui. E a trama? Básica, mas funcional. Nela o deus do trovão Thor (Chris Hemsworth) vai parar em um planeta desconhecido, onde acaba reencontrando o Hulk (Mark Ruffalo) que agora é um lutador de arenas de gladiadores. Thor porém não pode perder tempo pois ele precisa salvar o seu próprio mundo, agora sob perigo de destruição completa.
Assim se você curtiu as HQs, provavelmente vai gostar do que verá na tela. Todos os efeitos especiais são muito bons, o que era mesmo de se esperar de uma produção conjunta entre a Marvel e a Disney. Fora isso temos coadjuvantes impagáveis, como o mestre Anthony Hopkins se divertindo bastante com seu Loki travestido de Odin e Jeff Goldblum, como um mestre de cerimônias transgênero, afetado e engraçado. A crítica gostou do filme por ser despretensioso, com um roteiro que flui muito bem. Nada de exageros e excessos de personagens secundários sem importância, o que acaba deixando qualquer filme pesado e enfadonho. No geral é a mais pura diversão, como deve ser sempre que se adapta esses personagens para o cinema. Do contrário tudo fica muito chato e pretensioso. Stan Lee (que também está no filme, em participação especial, uma das últimas antes de falecer) certamente assinaria embaixo desse roteiro.
Thor Ragnarok (Estados Unidos, 2017) Direção: Taika Waititi / Roteiro: Eric Pearson, Craig Kyle / Elenco: Chris Hemsworth, Tom Hiddleston, Cate Blanchett, Mark Ruffalo, Anthony Hopkins, Jeff Goldblum / Sinopse: Enquanto seu mundo está sob forte ataque de forças poderosas, Thor acaba indo parar em um estranho planeta, onde domina a violência, os jogos e a corrupção.
Pablo Aluísio.
Assim se você curtiu as HQs, provavelmente vai gostar do que verá na tela. Todos os efeitos especiais são muito bons, o que era mesmo de se esperar de uma produção conjunta entre a Marvel e a Disney. Fora isso temos coadjuvantes impagáveis, como o mestre Anthony Hopkins se divertindo bastante com seu Loki travestido de Odin e Jeff Goldblum, como um mestre de cerimônias transgênero, afetado e engraçado. A crítica gostou do filme por ser despretensioso, com um roteiro que flui muito bem. Nada de exageros e excessos de personagens secundários sem importância, o que acaba deixando qualquer filme pesado e enfadonho. No geral é a mais pura diversão, como deve ser sempre que se adapta esses personagens para o cinema. Do contrário tudo fica muito chato e pretensioso. Stan Lee (que também está no filme, em participação especial, uma das últimas antes de falecer) certamente assinaria embaixo desse roteiro.
Thor Ragnarok (Estados Unidos, 2017) Direção: Taika Waititi / Roteiro: Eric Pearson, Craig Kyle / Elenco: Chris Hemsworth, Tom Hiddleston, Cate Blanchett, Mark Ruffalo, Anthony Hopkins, Jeff Goldblum / Sinopse: Enquanto seu mundo está sob forte ataque de forças poderosas, Thor acaba indo parar em um estranho planeta, onde domina a violência, os jogos e a corrupção.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 7 de janeiro de 2019
A Hora do Espanto
Charley Brewster (William Ragsdale) é um típico jovem americano que começa a desconfiar dos estranhos hábitos de seu novo vizinho, o misterioso e charmoso Jerry Dandrige (Chris Sarandon). Após investigar por conta própria ele acaba descobrindo que Jerry é na verdade um vampiro, igual aos que vê todas as noites nos filmes da TV. Sem saber o que fazer pede ajuda a Peter Vincent (Roddy McDowall), um ator decadente que apresenta um programa que exibe velhas produções de terror. Claro que essa ideia não dará muito certo!
Esse filme segue sendo um dos melhores feitos na década de 80. Quem foi jovem na época lembra do grande sucesso que fez, a tal ponto que deu origem a uma série de filmes genéricos, que inclusive imitavam seu título original. A premissa também tinha tudo a ver com os anos 80. Naquela época havia uma série de programas na TV, ou melhor dizendo, sessões de filmes, geralmente sendo exibidos nas madrugadas, que eram apresentados por atores veteranos do terror. Quem aqui no Brasil não se lembra do Cine Trash? Era bem nessa linha. Por isso o roteiro brincava bastante com essa situação, a de um jovem comum, que curtia esses filmes de horror e que de repente descobria que havia um vampiro de verdade se mudando para a casa ao lado!
Muito divertida essa ideia. Depois ele ia descobrindo mais e mais coisas e acabava pedindo ajuda a um apresentador de programas como as que eu falei, sessões de filmes porcarias, exibidos madrugadas adentro. Só que obviamente o sujeito era apenas um ator e não um caçador de vampiros! O mais legal desse ícone do terror 80´s é que todo o elenco está afinadíssimo em cena. A começar por Chris Sarandon como o vampiro, retomando todo aquele charme antigo dos monstros da Hammer. Charmoso e perigoso, ele se leva à sério em um filme que tinha duplo objetivo: fazer rir e dar sustos! Assim "A Hora do Espanto", o original e não suas refilmagens sem graça, ainda continua à prova do tempo, mesmo que seus efeitos especiais tenham envelhecido, nada consegue estragar essa produção verdadeiramente atemporal. Tudo envolvido agora com um delicioso saber de nostalgia.
A Hora do Espanto (Fright Night, Estados Unidos, 1985) Estúdio: Columbia Pictures / Direção: Tom Holland / Roteiro: Tom Holland / Elenco: Chris Sarandon, William Ragsdale, Amanda Bearse, Roddy McDowall, Stephen Geoffreys, Jonathan Stark / Sinopse: Para seu espanto, jovem fã de filmes de horror de baixo orçamento descobre que seu novo vizinho é na verdade um vampiro! Filme premiado no Avoriaz Fantastic Film Festival na categoria de Melhor Direção (Tom Holland).
Pablo Aluísio.
Esse filme segue sendo um dos melhores feitos na década de 80. Quem foi jovem na época lembra do grande sucesso que fez, a tal ponto que deu origem a uma série de filmes genéricos, que inclusive imitavam seu título original. A premissa também tinha tudo a ver com os anos 80. Naquela época havia uma série de programas na TV, ou melhor dizendo, sessões de filmes, geralmente sendo exibidos nas madrugadas, que eram apresentados por atores veteranos do terror. Quem aqui no Brasil não se lembra do Cine Trash? Era bem nessa linha. Por isso o roteiro brincava bastante com essa situação, a de um jovem comum, que curtia esses filmes de horror e que de repente descobria que havia um vampiro de verdade se mudando para a casa ao lado!
Muito divertida essa ideia. Depois ele ia descobrindo mais e mais coisas e acabava pedindo ajuda a um apresentador de programas como as que eu falei, sessões de filmes porcarias, exibidos madrugadas adentro. Só que obviamente o sujeito era apenas um ator e não um caçador de vampiros! O mais legal desse ícone do terror 80´s é que todo o elenco está afinadíssimo em cena. A começar por Chris Sarandon como o vampiro, retomando todo aquele charme antigo dos monstros da Hammer. Charmoso e perigoso, ele se leva à sério em um filme que tinha duplo objetivo: fazer rir e dar sustos! Assim "A Hora do Espanto", o original e não suas refilmagens sem graça, ainda continua à prova do tempo, mesmo que seus efeitos especiais tenham envelhecido, nada consegue estragar essa produção verdadeiramente atemporal. Tudo envolvido agora com um delicioso saber de nostalgia.
A Hora do Espanto (Fright Night, Estados Unidos, 1985) Estúdio: Columbia Pictures / Direção: Tom Holland / Roteiro: Tom Holland / Elenco: Chris Sarandon, William Ragsdale, Amanda Bearse, Roddy McDowall, Stephen Geoffreys, Jonathan Stark / Sinopse: Para seu espanto, jovem fã de filmes de horror de baixo orçamento descobre que seu novo vizinho é na verdade um vampiro! Filme premiado no Avoriaz Fantastic Film Festival na categoria de Melhor Direção (Tom Holland).
Pablo Aluísio.
Amor à Segunda Vista
Como é que não pensaram nisso antes? Era meio que natural que mais cedo ou mais tarde Sandra Bullock e Hugh Grant fizessem um filme juntos. Afinal eles eram os atores mais famosos nesse estilo de comédia romântica na época. Assim quando o filme foi anunciado não houve mesmo muitas surpresas. Pena que o filme não foi nenhum grande sucesso de bilheteria e nem tampouco chamou muito a atenção. Para falar a verdade, olhando para trás, podemos perceber que foi mesmo uma película que caiu completamente no esquecimento, inclusive para esse que escreve, afinal vi o filme no cinema (segundo meus registros), mas pouco me lembro de maiores detalhes. É sim bem esquecível mesmo.
E que grande enredo vos espera? Bom, não espere por muita coisa. Lucy Kelson (Sandra Bullock) é advogada do bilionário George Wade (Hugh Grant). A cada dia que passa George fica mais dependente dela, para tomar qualquer decisão. Até que Lucy decide dar um tempo, chamando uma substituta. Claro que ambos vão se descobrir apaixonados, pois é praxe nesse tipo de comédia romântica. O Grant continuava o mesmo, interpretando basicamente ele mesmo nas telas. A Sandra Bullock que chegou a ser eleita uma das mulheres mais sensuais do mundo (exagero), sempre teve bom feeling para esse tipo de filme. Então é isso, um filme que muita gente já esqueceu. Também pudera, nunca foi mesmo memorável.
Amor à Segunda Vista (Two Weeks Notice, Estados Unidos, 2002) Direção: Marc Lawrence / Roteiro: Marc Lawrence / Elenco: Sandra Bullock, Hugh Grant, Alicia Witt / Sinopse: Bilionário (Hugh Grant) descobre, após anos, que sua advogada é na verdade o grande amor de sua vida. Quando ela decide dar um tempo como sua advogada pessoal ele descobre que tem esse nobre sentimento por ela.
Pablo Aluísio.
E que grande enredo vos espera? Bom, não espere por muita coisa. Lucy Kelson (Sandra Bullock) é advogada do bilionário George Wade (Hugh Grant). A cada dia que passa George fica mais dependente dela, para tomar qualquer decisão. Até que Lucy decide dar um tempo, chamando uma substituta. Claro que ambos vão se descobrir apaixonados, pois é praxe nesse tipo de comédia romântica. O Grant continuava o mesmo, interpretando basicamente ele mesmo nas telas. A Sandra Bullock que chegou a ser eleita uma das mulheres mais sensuais do mundo (exagero), sempre teve bom feeling para esse tipo de filme. Então é isso, um filme que muita gente já esqueceu. Também pudera, nunca foi mesmo memorável.
Amor à Segunda Vista (Two Weeks Notice, Estados Unidos, 2002) Direção: Marc Lawrence / Roteiro: Marc Lawrence / Elenco: Sandra Bullock, Hugh Grant, Alicia Witt / Sinopse: Bilionário (Hugh Grant) descobre, após anos, que sua advogada é na verdade o grande amor de sua vida. Quando ela decide dar um tempo como sua advogada pessoal ele descobre que tem esse nobre sentimento por ela.
Pablo Aluísio.
Assinar:
Postagens (Atom)