terça-feira, 15 de agosto de 2017

Déjà Vu

Título no Brasil: Déjà Vu
Título Original: Deja Vu
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Tony Scott
Roteiro: Bill Marsilii, Terry Rossio
Elenco: Denzel Washington, Val Kilmer, Paula Patton, Jim Caviezel, Elle Fanning, Bruce Greenwood

Sinopse:
Uma balsa é explodida em um atentado terrorista em New Orleans. Mais de 500 pessoas são mortas, entre eles marinheiros e familiares. Para investigar o caso é enviado o agente Agente Especial Doug Carlin (Denzel Washington). Ele começa as investigações e descobre que há um meio de voltar ao passado, para reviver os acontecimentos e quem sabe mudá-los!

Comentários:
Esse filme é uma produção de Jerry Bruckheimer, então meio que você sabe tudo o que vai acontecer. Muitas explosões, muitas cenas de ação. Um verdadeiro Deja Vu! O diferencial é que essa fita foge um pouco do lugar comum ao investir em um roteiro mais diferenciado, com toques de ficção (puro Sci-fi!). Isso porque há um programa especial do governo que consegue ver o passado com nitidez. Chamado de "Branca de Neve" ele consegue recriar todos os acontecimentos envolvendo o ato terrorista. E vai além disso, se for bem manipulado! Particularmente gostei desse filme, mas devo dizer que com certas reservas. Nem sempre a ideia principal do roteiro funciona muito bem. Em alguns momentos inclusive achei tudo muito forçado, causando um certo cansaço. É aquele tipo de enredo que exige muita boa vontade do espectador para embarcar em suas propostas (que são bem complicadas de engolir em um primeiro momento). Tecnicamente porém tudo é muito bem realizado. O diretor Tony Scott (que se matou em 2012) era um especialista nesse tipo de blockbuster. Já o elenco traz além de um sempre competente Denzel Washington, outro astro carismático, Val Kilmer. Ele trabalhou ao lado de Scott em "Ases Indomáveis" e aqui repetiu a bem sucedida parceria. Então é isso, um filme que pode ser considerado até bom, isso se você conseguir abraçar todas as situações inusitadas criadas por esse roteiro diferente. 

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Pastoral Americana

Título no Brasil: Pastoral Americana
Título Original: American Pastoral
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Lakeshore Entertainment
Direção: Ewan McGregor
Roteiro: John Romano
Elenco: Ewan McGregor, Jennifer Connelly, Dakota Fanning, Valorie Curry, Molly Parker, Rupert Evans

Sinopse:
Baseado no livro escrito por Philip Roth, o filme conta a história de um casal tradicional que nos anos 60 precisa enfrentar a radicalização política da própria filha. Ela se une a outros jovens, todos militantes de uma esquerda radical, para cometer atos de terrorismo, implantando bombas em estabelecimentos comerciais, levando inocentes à morte. 

Comentários:
Esse é o primeiro filme dirigido pelo ator Ewan McGregor. Ele já havia feito uma experiência antes nesse sentido para a televisão, mas agora ele se arrisca pela primeira vez na direção de uma produção para o cinema. O resultado ficou muito bom, aliás iria além, diria que é mesmo surpreendente. O roteiro é muito interessante pois explora o perigo que existe quando uma jovem é doutrinada em ideias radicais de extrema esquerda. Durante os anos 60, a garota Merry Levov (Dakota Fanning) decide entrar em um grupo radical, que a pretexto de protestar contra a guerra do Vietnã, começa a promover atos de terrorismo, colocando bombas em lugares públicos. Os seus pais, Swede Levov (Ewan McGregor) e sua esposa Dawn (Jennifer Connelly), entram em desespero quando descobrem tudo... mas o que poderiam fazer? Pessoas queridas na comunidade, gente de bem, que de repente se vê cercada pelo FBI, dentro de sua própria casa, procurando por pistas da própria filha, agora uma terrorista caçada pela agência de investigação. Esse roteiro tem uma grande lição a passar. Em dias de polaridade política extrema em que vivemos ele demonstra os perigos do pensamento fundamentalista e da radicalização política. A jovem interpretada pela atriz Dakota Fanning, que sempre foi uma pessoa graciosa, de repente se transforma em um poço de ideias radicais, se voltando até mesmo contra seus próprios pais e a comunidade em que sempre viveu. Com isso acabou destruindo sua família. Toda a sua história é contada em flashback, quando um veterano decide ir a uma festa de reunião de antigos alunos da escola local e descobre o que aconteceu com um dos estudantes mais promissores da sua época, justamente o "sueco", interpretado por Ewan McGregor. Bom filme, valorizado por sua mensagem mais do que relevante nos dias atuais.

Pablo Aluísio.

Doce Lar

A Rede Globo vai exibir esse filme hoje na Sessão da Tarde. O enredo é bem simples. Melanie Smooter (Reese Witherspoon) fica eufórica quando é pedida em casamento pelo boa pinta e partidão Andrew Hennings (Patrick Dempsey). Só tem um probleminha que ela precisa resolver antes de aceitar o maravilhoso pedido: resolver seu antigo casamento pois ela ainda não conseguiu se divorciar do caipirão Jake Perry (Josh Lucas). Assim ela resolve fazer uma viagem rápida à cidade natal no Alabama para formalizar seu divórcio do primeiro casamento, mas... voltar para o antigo lar acaba mexendo completamente com ela, ao relembrar sua antiga vida e os amores do seu passado.

De maneira geral é uma simpática comédia romântica cujo roteiro se baseia nas diferenças regionais dos estados americanos. Reese Witherspoon, sulista de nascimento como sua personagem (a atriz nasceu em  New Orleans, na Louisiana), encarna uma garota do Alabama que consegue dar a volta por cima na cidade grande, mas que precisa retornar ao seu "lar" no Alabama para "consertar" um pequeno problema em seu estado civil. Eu costumo dizer que Reese Witherspoon nem é tão carismática e passa longe de ser uma maravilhosa atriz, mas tem um talento e tanto para escolher os filmes certos a estrelar. Veja o caso desse aqui, uma comédia romântica até despretensiosa, de orçamento meramente mediano (custou pouco mais de 30 milhões de dólares, uma pechincha, tendo Reese como uma das produtoras) e que acabou faturando muito bem nas bilheterias americanas. A fotografia é bonita, os figurinos são de bom gosto e se no final ficamos com aquele sentimento de termos visto uma obra vazia, mas bonitinha. Tudo bem, valeu o tempo perdido. Já para os fãs da atriz o filme é uma indicação certeira pois a personagem do filme tem muito dela mesma.

Doce Lar (Sweet Home Alabama, Estados Unidos, 2002) Estúdio: Touchstone Pictures / Direção: Andy Tennant / Roteiro: Douglas J. Eboch, C. Jay Cox / Elenco: Reese Witherspoon, Patrick Dempsey, Josh Lucas, Candice Bergen / Sinopse: Garota do sul, que conseguiu vencer na cidade grande, precisa voltar para sua cidade natal para se acertar com seu ex-marido antes de se casar novamente. Filme indicado ao MTV Movie Awards e ao Teen Choice Awards na categoria de Melhor Atriz (Reese Witherspoon).

Pablo Aluísio.

domingo, 13 de agosto de 2017

Borboleta Negra

Gostei bastante desse novo thriller de suspense. De certa maneira seu roteiro me lembrou até mesmo de "Misery - Louca Obsessão", aquele bom filme baseado na obra de Stephen King. Pois bem, as semelhanças são bem óbvias. A história conta a crise de criatividade que se abate sobre Paul (Antonio Banderas), um escritor. No passado ele fez sucesso com seus livros, sendo aclamado muito jovem por público e crítica. Depois desse começo arrebatador veio a crise. Ele entrou em um período ruim, onde não conseguia criar mais nada que fosse relevante. Com isso sua carreira entrou em declínio, sua esposa o deixou e ele resolveu se isolar, indo morar numa velha casa no meio do campo, sem nada e nem ninguém por perto. Isolamento completo. Numa manhã acaba resolvendo dar uma carona a um andarilho, Jack (Jonathan Rhys Meyers). Pouco tempo antes esse mesmo Jack o havia defendido de um caminhoneiro truculento em um bar da cidade.

Agora, para retribuir o favor, Paul resolve dar uma mão ao sujeito. Mais do que isso, o convida para ir em sua casa, tomar um banho, descansar um pouco. Só que Paul nem desconfia que Jack pode ser um homem bem perigoso. Se ouvisse as notícias que circulam na região, sobre um violento serial killer, teria mais consciência da armadilha que estaria se metendo. Falar mais seria estragar as surpresas do roteiro, que aliás usa e abusa de reviravoltas. Para se ter uma ideia com dez minutos de seu final a trama tem uma grande reviravolta, dessas de deixar todos com o queixo caído. E não fica por aí. No minuto final, mais uma enorme reviravolta! Penso que apesar de todas essas surpresas serem até bem boladas, não era necessário tanta montanha russa. Mesmo assim a diversão estará garantida. A dupla central é muito boa. Tudo bem que acreditar que Antonio Banderas seja um intelectual em crise seja um pouco demais, porém tudo é compensado pela boa atuação de Jonathan Rhys Meyers. Ele está bem magro e com aspecto ameaçador. O ator teve recentes problemas com drogas, o que acabou, mesmo de forma indireta, ajudando em seu trabalho. Então é isso, um bom thriller de suspense que faria até mesmo Stephen King assinar embaixo.

Borboleta Negra (Black Butterfly, Estados Unidos, Espanha, 2017) Direção: Brian Goodman / Roteiro: Marc Frydman, Justin Stanley / Elenco: Antonio Banderas, Jonathan Rhys Meyers, Piper Perabo / Sinopse: Escritor em crise, dominado pelo alcoolismo, entra em uma armadilha mortal ao resolver dar carona a um andarilho das estradas que conheceu em um bar local. O sujeito logo o joga em uma situação de vida e morte dentro de uma cabana perdida no meio do nada. Filme indicado ao Madrid International Film Festival.

Pablo Aluísio.

A Garota Húngara

Szebeni Kató (Laura Döbrösi) é uma pobre garota vinda do interior que chega na capital em busca de trabalho. Não está fácil, ela é jovem, não tem experiência e nem cartas de recomendação de empregos anteriores. Para ela é uma questão crucial arranjar logo alguma forma de sobrevivência pois o inverno chegou e ela não tem onde morar. Solidária com sua situação, a governante de uma atriz e cortesã resolve lhe dar o emprego de doméstica. Sua nova patroa, Mágnás Elza (Patricia Kovács), vive de explorar os sentimentos de um homem mais velho, apaixonado por ela. Elza está ficando cada dia mais velha, perdendo o clamor da juventude, então para ela fica cada vez mais evidente que é preciso tirar o maior proveito daquele sujeito enquanto ele ainda tem interesse nesse caso romântico (no fundo, pura prostituição mesmo, pois ela não o ama).

 Gostei desse filme produzido na Hungria. Não é muito fácil encontrar produções feitas no leste europeu, ainda mais dessa qualidade. O enredo tem um toque de decadência moral, mostrando uma jovem inocente vindo do interior tendo que agora lidar com uma nova vida, com a sordidez de um ambiente onde sua patroa explora um velho rico, visando única e exclusivamente tirar dinheiro dele. Ela quer fazer um filme sobre Joana D´Arc (pois é uma atriz frustrada) e a única forma de levantar esse dinheiro é depenando ainda mais o velho babão que é apaixonado por ela. Não demora e Elza percebe que sua nova empregada é bonitinha e daria uma bela prostituta também, só que a garota é religiosa, procura sempre andar no bom caminho. Porém, sendo pobre demais e sem perspectivas de um futuro melhor, até onde ela vai resistir a vender seu próprio corpo em troca de favores, luxo e dinheiro? Então é isso. Um bom drama, com algumas cenas mais picantes (nada vulgares), mostrando como até mesmo as mulheres mais virtuosas podem balançar em suas convicções quando a pobreza bate à porta!

A Garota Húngara (Félvilág, Hungria, 2015) Direção: Attila Szász / Roteiro: Norbert Köbli / Elenco: Patricia Kovács, Dorka Gryllus, Laura Döbrösi / Sinopse: Jovem e inocente garota vinda do interior acaba arranjando um emprego de doméstica na casa de uma atriz frustrada que vive como cortesã de um homem rico. Logo a nova patroa percebe que sua nova criada é bem bonita, que poderia lhe render bem como a nova prostituta da cidade. A garota porém está decidida a resistir seguir por esse caminho.

Pablo Aluísio.

sábado, 12 de agosto de 2017

Na Mira do Atirador

Apenas razoável esse novo filme de guerra produzido pelo recentemente inaugurado Amazon Studios. Tudo se passa nos últimos dias da intervenção americana no Iraque. Dois soldados da força Ranger são enviados para um posto avançado na tentativa de localizar um sniper (atirador de elite) iraquiano. Eles passam então um longo tempo camuflados esperando localizar o inimigo, mas em vão. Cansados, acabam abrindo guarda e um deles é logo atingido por um tiro certeiro. O outro se fere e procura abrigo em um pequeno muro de uma escola em ruínas. O sniper iraquiano então começa a entrar em contato com ele pelo rádio, dando origem a uma guerra psicológica entre os dois.

É aquele tipo de roteiro que explora uma situação única. Tudo se passa em pouco tempo, com o soldado americano encurralado pelo atirador de elite das forças inimigas, tentando sobreviver aos tiros e ao calor infernal daquele deserto. Até que em alguns momentos o filme apresenta boas cenas, mas no geral não consegue sair muito do lugar comum. O atirador iraquiano nunca aparece, apenas sua voz é ouvida. Ele parece também ser um sujeito bem sádico e ao mesmo tempo bem inteligente pois consegue abater vários soldados americanos. Igualmente é um mestre na camuflagem, nunca sendo localizado pelos rangers. De certa maneira o roteiro dá muito destaque ao sniper inimigo, algo que causa surpresa pois afinal é uma produção americana que deveria colocar os seus como os heróis do filme. Ao contrário disso eles viram patinhos, alvos ambulantes para o muçulmano. Não é algo muito fácil de encontrar em filmes desse tipo. Fora isso é apenas uma fita de guerra mais convencional, que até consegue agradar um pouco, se você não for muito exigente.

Na Mira do Atirador (The Wall, Estados Unidos, 2017) Direção: Doug Liman / Roteiro: Dwain Worrell / Elenco: Aaron Taylor-Johnson, John Cena, Laith Nakli / Sinopse: Dois soldados americanos da força Ranger do exército acabam encurralados por um atirador de elite iraquiano que já matou diversos militares inimigos durante a intervenção americana no Iraque. Filme indicado ao Golden Trailer Awards na categoria cinema independente.

Pablo Aluísio.

O Atirador

Até que gostei desse novo western chamado no Brasil de "O Atirador". O roteiro explora uma situação já bem conhecida em filmes de faroeste: a caçada humana! No enredo temos um fugitivo, Jasper Mudd (Orson Ossman), que após matar um xerife que o perseguia vai parar em um rancho bem distante e isolado. Lá encontra uma mulher sozinha. O marido dela está fora, na cidade mais próxima. Quando matou o xerife esse criminoso pegou suas roupas, sua estrela de prata e documentos... assim se apresenta para a rancheira como um homem da lei. Só que ele está ferido pois levou um tiro no ombro e tem apenas uma bala no tambor de seu revólver. Todo cuidado é pouco, ainda mais ao descobrir que em seu encalço vem um detetive frio e calculita, Eugene Stockton (Chris Voss), que está disposto a pendurá-lo na árvore mais próxima.

Então a trama segue basicamente por esse caminho. O pistoleiro foragido é interpretado pelo ruivo Orson Ossman, que também assina a direção do filme. Ele parece ser uma pessoa bem frágil, algo que fica ainda mais evidente por ter sido ferido e estar sangrando. Há algumas cenas muito boas, como o duelo de Mudd contra dois outros bandoleiros que ele encontra por acaso. Os foras-da-lei estão com seu cavalo. Logo começa um violento acerto de contas. Embora não apresente uma bela produção (o filme foi feito para venda direta ao consumidor e exibição em canais a cabo), esse aspecto não chega a atrapalhar. Há boa movimentação, cenas realmente interessante e um enredo que faz você ficar ligado nos acontecimentos até o final. Desses novos filmes é um dos que mais me deixaram satisfeito com o resultado final.

O Atirador (Estados Unidos, 2016) Direção: Orson Ossman, Tyler Graham Pavey / Roteiro: Orson Ossman, Tyler Graham Pavey / Elenco: Orson Ossman, Chris Voss, Martha Magruder, Eric Roberts / Sinopse: Após um assalto a banco o criminoso Jasper Mudd (Orson Ossman) passa a ser perseguido por um xerife (interpretado por Eric Roberts). Jasper consegue matá-lo, fugindo com suas roupas e pertences. Fazendo-se passar por homem da lei chega em um rancho onde encontra uma mulher sozinha. Ele tem planos para isso, mas antes precisa se livrar de um detetive, um agente especial, que quer enforcá-lo de todas as formas.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

King Kong

Para muitos quando se fala no "King Kong original" o que lhe vem na cabeça é justamente essa versão dos anos 70. Também pudera, o verdadeiro filme original sobre o gorila gigante é da década de 30, quando esses nem eram nascidos. Esse também é o meu caso. O primeiro filme com o personagem King Kong que assisti foi justamente esse. É uma produção do famoso produtor Dino De Laurentiis feito em parceria com a Paramount Pictures. Dino havia comprado os direitos do gorilão dois anos antes. Inicialmente ele pensou em rodar um filme em Roma, mas com o interesse dos americanos ele resolveu produzir o filme em Hollywood mesmo. Embora King Kong tivesse sido explorado em uma série de filmes japoneses (ao estilo trash), De Laurentiis queria uma produção classe A, para ser lançado no natal daquele ano.

Para modernizar a história tudo foi mudado, mantendo-se apenas as linhas básicas da trama. No primeiro filme tudo se passava na década de 30 (algo que seria mantido por Peter Jackson anos depois em sua versão), mas aqui o enredo se passa na atualidade. Kong não enfrenta mais aviões antigos, da I Guerra Mundial (os teco-tecos nostálgicos), mas sim aviões modernos. Ele também não sobe no Empire State, mas sim no World Trade Center (as torres gêmeas que seriam destruídas em 11 de setembro). O elenco também tinha atrativos. Jeff Bridges, ainda bem jovem e com cabelão, chamava a atenção, porém quem roubava a cena era mesmo a loira Jessica Lange, no auge de sua beleza. Suas cenas sensuais até hoje chamam a atenção. No final o diretor John Guillermin realmente fez um belo trabalho. Haveria ainda uma continuação, já nos anos 80, mas dessa é melhor esquecer.

King Kong (King Kong, Estados Unidos, 1976)  Direção: John Guillermin / Roteiro: James Ashmore Creelman, Ruth Rose / Elenco: Jeff Bridges, Charles Grodin, Jessica Lange / Sinopse: Um grupo avançado acaba descobrindo numa ilha remota do pacífico um monstro, um gorila gigante chamado King Kong. Eles então resolvem levá-lo de volta à civilização para explorar economicamente suas aparições públicas, mas tudo acaba saindo do controle, levando caos e destruição a Nova Iorque. Filme vencedor do Oscar na categoria de Melhores Efeitos Especiais (Carlo Rambaldi, Glen Robinson e Frank Van der Veer). Também indicado nas categorias de Melhor Fotografia (Richard H. Kline) e Melhor Som. Vencedor do Globo de Ouro na categoria de Melhor Atriz (Jessica Lange).

Pablo Aluísio.

Dragnet - Desafiando o Perigo

Complicado entender o porquê desse filme não ter dado certo. Já nos anos 80 quando o aluguei pela primeira vez já o achei muito fraquinho, completamente sem graça. O curioso é que havia dois comediantes excelentes formando a dupla principal do filme, Dan Aykroyd e Tom Hanks. Aykroyd estava no pique do sucesso em sua carreira no cinema, ainda aproveitando os frutos do sucesso de "Caça-Fantasmas". Já Hanks ainda era bem jovem, mas já havia se tornado um ator bem conhecido, principalmente por filmes como "Splash - Uma Sereia em Minha Vida", "Um Dia a Casa Cai" e "A Última Festa de Solteiro". Por essa época ele era apenas um comediante e não havia começado sua carreira como ator dramático. Como se não bastasse a presença dos dois ainda havia gente como Christopher Plummer no elenco de apoio...

Mas nem isso, nem o fato de ser um remake de uma série policial de sucesso do passado, ajudou o filme. É tudo muito inofensivo, sem sal, fraco demais... essa é a palavra! Basicamente é uma comédia policial onde Dan Aykroyd interpreta o tira certinho (beirando a obsessão, seguindo à risca as regras) e Hanks é o policial mais deslocado, malandro, com jogo de cintura. E com tudo isso sob a mesa pouca coisa ainda funciona. Acredito que o que estragou o filme foi a trama, muito clichê! Eles deveriam ter escolhido uma estorinha melhor, afinal se "Dragnet" havia sido uma série certamente havia algo melhor em seus vários episódios para adaptar. Do jeito que ficou acabou sendo um tremendo desperdício de tempo, dinheiro e talento. O que era para ser o primeiro de uma série de filmes acabou parando por aqui mesmo. Faltou mesmo gás nessa adaptação.

Dragnet - Desafiando o Perigo (Dragnet, Estados Unidos, 1987) Direção: Tom Mankiewicz / Roteiro: Dan Aykroyd, Alan Zweibel  / Elenco: Dan Aykroyd, Tom Hanks, Christopher Plummer / Sinopse: Dois policiais de Los Angeles resolvem se unir para solucionar um mistério envolvendo um crime que parece ser sem solução. Para isso eles acabam usando dos meios mais incomuns para prender os verdadeiros culpados.

Pablo Aluísio.


quinta-feira, 10 de agosto de 2017

A Última Ressaca do Ano

Parece uma comédia dos anos 80. De certa forma me lembrou até mesmo de "A Última Despedida de Solteiro", porém de forma menos picante e com menos piadas sexistas. A história é bem básica. Uma filial de uma empresa de tecnologia está prestes a ser fechada. Para evitar que isso aconteça é bolada uma enorme festa de fim de ano, daquelas bem chatas que são feitas em escritórios, para ver se um cliente fecha contrato com eles. Esse contrato milionário salvaria a filial e preservaria o emprego de todo mundo. Bom, quem conhece comédias americanas sabe bem onde tudo isso vai dar. As coisas vão fugindo do controle até que a tal festa de natal se torna um caos completo.

É uma fita divertida, não se pode negar. Comédias assim andam bem raras. O roteiro é esperto, tem excelentes tiras de humor. Muito do que se vê de engraçado vem daquele tipo de situação constrangedora que acaba virando piada no dia seguinte. Os tipos que trabalham no escritório são bem clichês, mas isso é basicamente o que se precisa para fazer um roteiro engraçado. O politicamente correto acaba servindo também de instrumento de humor, principalmente pela personagem que trabalha nos recursos humanos da empresa, sempre preocupada com o que se diz e se fala dentro do escritório. T.J. Miller é um dos donos do escritório, um cara boa praça que praticamente arruinou a filial por ser basicamente muito gente boa com seus empregados. Jennifer Aniston é sua irmã, que quer fechar a empresa de todo jeito para economizar custos. Por fim, fechando o trio principal de personagens, temos Jason Bateman como o supervisor, amigo de Miller, que dá apoio a todas as suas criancices. Então é isso. Curti e me diverti. Uma comédia que não aborrece e nem enche a sua paciência. Já está bom demais assim.

A Última Ressaca do Ano (Office Christmas Party, Estados Unidos, 2016) Direção: Josh Gordon, Will Speck / Roteiro: Justin Malen, Laura Solon / Elenco: Jason Bateman, Jennifer Aniston, T.J. Miller, Olivia Munn / Sinopse: Para conquistar um cliente novo e evitar que a filial de uma empresa seja fechada, é criada uma enorme festa de fim de ano, só que as coisas rapidamente fogem do controle.

Pablo Aluísio.