Gostei bastante desse novo thriller de suspense. De certa maneira seu roteiro me lembrou até mesmo de "Misery - Louca Obsessão", aquele bom filme baseado na obra de Stephen King. Pois bem, as semelhanças são bem óbvias. A história conta a crise de criatividade que se abate sobre Paul (Antonio Banderas), um escritor. No passado ele fez sucesso com seus livros, sendo aclamado muito jovem por público e crítica. Depois desse começo arrebatador veio a crise. Ele entrou em um período ruim, onde não conseguia criar mais nada que fosse relevante. Com isso sua carreira entrou em declínio, sua esposa o deixou e ele resolveu se isolar, indo morar numa velha casa no meio do campo, sem nada e nem ninguém por perto. Isolamento completo. Numa manhã acaba resolvendo dar uma carona a um andarilho, Jack (Jonathan Rhys Meyers). Pouco tempo antes esse mesmo Jack o havia defendido de um caminhoneiro truculento em um bar da cidade.
Agora, para retribuir o favor, Paul resolve dar uma mão ao sujeito. Mais do que isso, o convida para ir em sua casa, tomar um banho, descansar um pouco. Só que Paul nem desconfia que Jack pode ser um homem bem perigoso. Se ouvisse as notícias que circulam na região, sobre um violento serial killer, teria mais consciência da armadilha que estaria se metendo. Falar mais seria estragar as surpresas do roteiro, que aliás usa e abusa de reviravoltas. Para se ter uma ideia com dez minutos de seu final a trama tem uma grande reviravolta, dessas de deixar todos com o queixo caído. E não fica por aí. No minuto final, mais uma enorme reviravolta! Penso que apesar de todas essas surpresas serem até bem boladas, não era necessário tanta montanha russa. Mesmo assim a diversão estará garantida. A dupla central é muito boa. Tudo bem que acreditar que Antonio Banderas seja um intelectual em crise seja um pouco demais, porém tudo é compensado pela boa atuação de Jonathan Rhys Meyers. Ele está bem magro e com aspecto ameaçador. O ator teve recentes problemas com drogas, o que acabou, mesmo de forma indireta, ajudando em seu trabalho. Então é isso, um bom thriller de suspense que faria até mesmo Stephen King assinar embaixo.
Borboleta Negra (Black Butterfly, Estados Unidos, Espanha, 2017) Direção: Brian Goodman / Roteiro: Marc Frydman, Justin Stanley / Elenco: Antonio Banderas, Jonathan Rhys Meyers, Piper Perabo / Sinopse: Escritor em crise, dominado pelo alcoolismo, entra em uma armadilha mortal ao resolver dar carona a um andarilho das estradas que conheceu em um bar local. O sujeito logo o joga em uma situação de vida e morte dentro de uma cabana perdida no meio do nada. Filme indicado ao Madrid International Film Festival.
Pablo Aluísio.
Avaliação:
ResponderExcluirDireção: ★★★
Elenco: ★★★
Produção: ★★★
Roteiro: ★★★
Cotação Geral: ★★★
Nota Geral: 7.2
Cotações:
★★★★★ Excelente
★★★★ Muito Bom
★★★ Bom
★★ Regular
★ Ruim
O Antônio Banderas era uma coisa na mão, talvez até na cama, do Pedro Almodóvar. Se tivesse continuado naquela linha talvez hoje convencesse como um intelectual. Hollywood castrou seu potencial.
ResponderExcluirJonathan Rhys Meyers: já foi um Elvis médio, um Drácula bom e um ator digno de trabalhar com Woody Allen no fabuloso Mach Point. Se perdeu e já começou a envelhecer, mal.
Comments; Jerry Lewis; Zorro.
O melhor momento da carreira do Jonathan Rhys Meyers foi na série "The Tudors". Como Elvis eu não gostei muito, até porque ele soltou a frase: "Elvis foi a coisa mais gay que já conheci" que enfureceu os fãs do cantor.
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