Título no Brasil: Traídos pelo Desejo
Título Original: The Crying Game
Ano de Produção: 1992
País: Inglaterra, Japão
Estúdio: Palace Pictures, Channel Four Films
Direção: Neil Jordan
Roteiro: Neil Jordan
Elenco: Stephen Rea, Jaye Davidson, Forest Whitaker
Sinopse:
Um soldado inglês (Forest Whitaker) acaba caindo nas mãos do IRA, o Exército Republicano Irlandês, grupo que luta pela libertação da Irlanda da dominação da Inglaterra. Nas mãos dos sequestradores ele acaba criando uma estranha aproximação com um dos membros (Stephen Rea) do grupo que o sequestrou. Filme vencedor do Oscar na categoria de Melhor Roteiro Original (Neil Jordan). Também indicado nas categorias de Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Edição, Melhor Ator (Stephen Rea) e Melhor Ator Coadjuvante (Jaye Davidson). Indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Filme - Drama. Vencedor do Bafta Awards na categoria de Melhor Filme Britânico.
Comentários:
Grande filme. Infelizmente muitas pequenas obras primas como essa andam bem esquecidas entre os cinéfilos ultimamente. Por isso quando um canal de TV aberta o reprisa, como vai acontecer hoje na madrugada, é sempre bom tecer alguns comentários, mesmo que breves, só para avisar sobre sua exibição e deixar uma dica de programação. Sempre considerei "Traídos pelo Desejo" um dos mais expressivos filmes da carreira do excelente Neil Jordan. É curioso porque sempre tive um certo sentimento de amor e ódio com a obra desse diretor. Alguns filmes dele detestei logo de cara, mas outros jamais esqueci. Embora seja sempre tão "irlandês" em suas temáticas (especialistas em sua filmografia entenderão o que estou escrevendo), Jordan também conseguiu lidar com temas universais, válidos tanto para quem mora na Irlanda, como para quem vive em uma grande cidade brasileira. Dito isso esse "The Crying Game" é considerado por muitos sua maior obra prima, o filme pelo qual ele provavelmente será lembrado no futuro. Eu não gosto de previsões, principalmente quando diz respeito a perenidade ou não de uma obra de arte, mas tenho que concordar em parte com essa linha de pensamento. O que posso dizer é que aqui ele conseguiu realmente aliar um roteiro poderoso, excepcionalmente bem escrito, com atuações brilhantes e uma técnica de filmagem que ficará na sua mente de cinéfilo por um bom tempo. Não precisa ir muito longe para entender que com tantas peças certas em seus devidos lugares essa é de fato uma obra cinematográfica maravilhosa. Recomendo duas, três, quatro vezes, se possível. Se ainda não conhece, não vá perder essa oportunidade de assistir.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 3 de abril de 2015
Quanto Mais Idiota Melhor
Título no Brasil: Quanto Mais Idiota Melhor
Título Original: Wayne's World
Ano de Produção: 1992
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Penelope Spheeris
Roteiro: Mike Myers
Elenco: Mike Myers, Dana Carvey, Rob Lowe
Sinopse:
Dois amigos idiotas e preguiçosos, loucos por rock, tentam promover seu programa de TV a cabo de acesso público. E nesse meio acabam se envolvendo nas maiores confusões. Filme indicado ao MTV Movie Awards e ao ASCAP Film and Television Music Awards.
Comentários:
A primeira vez que ouvi falar em Mike Myers foi quando aluguei esse filme pela primeira vez, lá nos idos dos anos 1990. Não que isso significasse alguma coisa relevante em minha vida de cinéfilo, mas de qualquer maneira foi um primeiro contato. Nos Estados Unidos Myers já era bem conhecido por causa de suas participações no popular programa SNL. Por aqui porém ele seguia sendo um notório desconhecido. Na verdade só aluguei mesmo o filme para completar pacote. Ok, você provavelmente é jovem e não sabe o que é isso, mas nos tempos das locadoras de VHS existiam promoções, então você alugava um determinado número de fitas e levava outra de graça. Eu sinceramente jamais levaria essa comédia por querer ver mesmo o filme. Assim de maneira indireta acabei assistindo. Confesso que não consegui me divertir, achei o humor muito tosco (e sem maior graça). Provavelmente o roteiro só funcione mesmo se: a) você for um adolescente nerd ou b) você gosta de humor mais físico, do tipo "A Praça é Nossa" (que nem sei se ainda passa na TV aberta brasileira). O roteiro? Uma série de piadinhas explorando a figura desses dois nerds, que tentam emplacar um programa amador, mas sem muito sucesso. Bom mesmo apenas a trilha sonora e participações especiais (e metidas a gaiatas) de outros atores mais conhecidos como o ex-ídolo jovem da década de 80, Rob Lowe. No fundo é puro lixo cultural (e o filme não nega isso, se assumindo dessa maneira, sem nenhum pingo de vergonha ou maiores problemas). Só não funcionou muito comigo... Para piorar as várias citações ao mundo da cultura pop não farão mais nenhum sentido aos jovens de hoje.
Pablo Aluísio.
Título Original: Wayne's World
Ano de Produção: 1992
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Penelope Spheeris
Roteiro: Mike Myers
Elenco: Mike Myers, Dana Carvey, Rob Lowe
Sinopse:
Dois amigos idiotas e preguiçosos, loucos por rock, tentam promover seu programa de TV a cabo de acesso público. E nesse meio acabam se envolvendo nas maiores confusões. Filme indicado ao MTV Movie Awards e ao ASCAP Film and Television Music Awards.
Comentários:
A primeira vez que ouvi falar em Mike Myers foi quando aluguei esse filme pela primeira vez, lá nos idos dos anos 1990. Não que isso significasse alguma coisa relevante em minha vida de cinéfilo, mas de qualquer maneira foi um primeiro contato. Nos Estados Unidos Myers já era bem conhecido por causa de suas participações no popular programa SNL. Por aqui porém ele seguia sendo um notório desconhecido. Na verdade só aluguei mesmo o filme para completar pacote. Ok, você provavelmente é jovem e não sabe o que é isso, mas nos tempos das locadoras de VHS existiam promoções, então você alugava um determinado número de fitas e levava outra de graça. Eu sinceramente jamais levaria essa comédia por querer ver mesmo o filme. Assim de maneira indireta acabei assistindo. Confesso que não consegui me divertir, achei o humor muito tosco (e sem maior graça). Provavelmente o roteiro só funcione mesmo se: a) você for um adolescente nerd ou b) você gosta de humor mais físico, do tipo "A Praça é Nossa" (que nem sei se ainda passa na TV aberta brasileira). O roteiro? Uma série de piadinhas explorando a figura desses dois nerds, que tentam emplacar um programa amador, mas sem muito sucesso. Bom mesmo apenas a trilha sonora e participações especiais (e metidas a gaiatas) de outros atores mais conhecidos como o ex-ídolo jovem da década de 80, Rob Lowe. No fundo é puro lixo cultural (e o filme não nega isso, se assumindo dessa maneira, sem nenhum pingo de vergonha ou maiores problemas). Só não funcionou muito comigo... Para piorar as várias citações ao mundo da cultura pop não farão mais nenhum sentido aos jovens de hoje.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 2 de abril de 2015
Atraída Pelo Perigo
Título no Brasil: Atraída Pelo Perigo
Título Original: Catchfire
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia TriStar
Direção: Dennis Hopper
Roteiro: Rachel Kronstadt Mann
Elenco: Dennis Hopper, Jodie Foster, Dean Stockwell
Sinopse:
Anne Benton (Jodie Foster) é uma artista que sem querer acaba testemunhando o assassinato cometido por membros da máfia. Imediatamente ela chama a polícia, mas acaba descobrindo que o crime organizado tem agentes infiltrados até mesmo dentro da corporação. Lutando por sua vida, uma vez que é a única testemunha daquele crime, ela decide fugir para o México, onde acaba sendo perseguida por um assassino profissional, o estranho e frio Milo (Dennis Hopper).
Comentários:
Dennis Hopper foi uma das figuras mais interessantes da história de Hollywood. Um sobrevivente da geração paz e amor, que usou todos os tipos de drogas por anos e anos. Tanta festa um dia tinha que chegar ao fim. Assim Hopper chegou aos anos 1990 como um ícone da contracultura, mas também como um profissional virtualmente falido e sem dinheiro. Em determinado momento a única coisa que lhe restava era o prestígio conquistado pelos muitos anos de carreira no cinema. Assim, em grande parte para continuar sobrevivendo, ele acabou aceitando dirigir esse filme de suspense chamado "Catchfire". É praticamente uma produção independente, feita sem maiores recursos, contando com o apoio de seus amigos no meio cinematográfico como a gatinha Jodie Foster que aceitou trabalhar por um cachê irrisório. Na verdade ela topou participar desse pequeno filme apenas pelo prazer de trabalhar ao lado de Dennis Hopper. Curiosamente o próprio resolveu usar um pseudônimo, assinando a fita como Alan Smithee! (um codinome muito usado por cineastas que não querem que seus nomes verdadeiros sejam revelados). Não se sabe se ele estava com vergonha do filme em si ou se tudo não passou de mais uma de suas conhecidas excentricidades malucas, ecos do Flower Power. O resultado de todo esse rocambole? Uma fitinha meio descartável, boa para o mercado de vídeo da época, mas envelhecida precocemente se revista nos dias de hoje.
Pablo Aluísio.
Título Original: Catchfire
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia TriStar
Direção: Dennis Hopper
Roteiro: Rachel Kronstadt Mann
Elenco: Dennis Hopper, Jodie Foster, Dean Stockwell
Sinopse:
Anne Benton (Jodie Foster) é uma artista que sem querer acaba testemunhando o assassinato cometido por membros da máfia. Imediatamente ela chama a polícia, mas acaba descobrindo que o crime organizado tem agentes infiltrados até mesmo dentro da corporação. Lutando por sua vida, uma vez que é a única testemunha daquele crime, ela decide fugir para o México, onde acaba sendo perseguida por um assassino profissional, o estranho e frio Milo (Dennis Hopper).
Comentários:
Dennis Hopper foi uma das figuras mais interessantes da história de Hollywood. Um sobrevivente da geração paz e amor, que usou todos os tipos de drogas por anos e anos. Tanta festa um dia tinha que chegar ao fim. Assim Hopper chegou aos anos 1990 como um ícone da contracultura, mas também como um profissional virtualmente falido e sem dinheiro. Em determinado momento a única coisa que lhe restava era o prestígio conquistado pelos muitos anos de carreira no cinema. Assim, em grande parte para continuar sobrevivendo, ele acabou aceitando dirigir esse filme de suspense chamado "Catchfire". É praticamente uma produção independente, feita sem maiores recursos, contando com o apoio de seus amigos no meio cinematográfico como a gatinha Jodie Foster que aceitou trabalhar por um cachê irrisório. Na verdade ela topou participar desse pequeno filme apenas pelo prazer de trabalhar ao lado de Dennis Hopper. Curiosamente o próprio resolveu usar um pseudônimo, assinando a fita como Alan Smithee! (um codinome muito usado por cineastas que não querem que seus nomes verdadeiros sejam revelados). Não se sabe se ele estava com vergonha do filme em si ou se tudo não passou de mais uma de suas conhecidas excentricidades malucas, ecos do Flower Power. O resultado de todo esse rocambole? Uma fitinha meio descartável, boa para o mercado de vídeo da época, mas envelhecida precocemente se revista nos dias de hoje.
Pablo Aluísio.
Três Solteirões e um Bebê
Título no Brasil: Três Solteirões e um Bebê
Título Original: 3 Men and a Baby
Ano de Produção: 1987
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Leonard Nimoy
Roteiro: Coline Serreau, James Orr
Elenco: Tom Selleck, Steve Guttenberg, Ted Danson, Nancy Travis
Sinopse:
Pete, Michael e Jack (Tom Selleck, Steve Guttenberg e Ted Danson respectivamente) são três solteirões, bem sucedidos no trabalho, que acabam sendo surpreendidos quando um bebê é deixado em seu apartamento. Como eles, sujeitos que nunca lidaram ou quiseram lidar com crianças, poderiam administrar uma situação tão delicada como essa? Remake americano do filme "Trois Hommes et un Couffin". Filme indicado aos prêmios ASCAP Film and Television Music Awards, People's Choice Awards e Young Artist Awards.
Comentários:
Infelizmente tivemos nesse ano a morte do ator e diretor Leonard Nimoy (1931 - 2015), o eterno Spock da série "Star Trek". Pois bem, o que poucos sabem é que essa despretensiosa comédia foi o maior sucesso comercial de sua carreira como cineasta. Isso mesmo, "3 Men and a Baby" em seu estilo infantil, diria até pueril de ser, acabou se tornando o grande hit do Leonard Nimoy na direção. O filme foi produzido pela Touchstone Pictures da Disney e foi lançado em uma época de baixa estação no circuito comercial americano, em um período do ano onde os grandes estúdios acabavam jogando seus filmes mais descartáveis. Para surpresa de muitos a comédia acabou estourando nas bilheterias, muito em razão do chamado efeito boca a boca, quando pessoas comuns acabam recomendando o filme a seus amigos, parentes, etc. O próprio trio principal de atores do elenco (Tom Selleck, Steve Guttenberg e Ted Danson) eram considerados naquele momento como cartas fora do baralho, pois vinham em baixa em suas carreiras cinematográficas. Nada disso atrapalhou. Na verdade o segredo do sucesso dessa fita nem é tão complicado de desvendar, pois o público feminino simplesmente adorou ver um grupo de marmanjos tentando lidar com um bebê, uma criança pequena. Era uma forma de jogar na cara deles as dificuldades de se criar uma criança, algo que nem sempre era muito valorizado pelos homens em geral. Pelo visto o Dr. Spock conhecia muito bem da alma humana, quem diria...
Pablo Aluísio.
Título Original: 3 Men and a Baby
Ano de Produção: 1987
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Leonard Nimoy
Roteiro: Coline Serreau, James Orr
Elenco: Tom Selleck, Steve Guttenberg, Ted Danson, Nancy Travis
Sinopse:
Pete, Michael e Jack (Tom Selleck, Steve Guttenberg e Ted Danson respectivamente) são três solteirões, bem sucedidos no trabalho, que acabam sendo surpreendidos quando um bebê é deixado em seu apartamento. Como eles, sujeitos que nunca lidaram ou quiseram lidar com crianças, poderiam administrar uma situação tão delicada como essa? Remake americano do filme "Trois Hommes et un Couffin". Filme indicado aos prêmios ASCAP Film and Television Music Awards, People's Choice Awards e Young Artist Awards.
Comentários:
Infelizmente tivemos nesse ano a morte do ator e diretor Leonard Nimoy (1931 - 2015), o eterno Spock da série "Star Trek". Pois bem, o que poucos sabem é que essa despretensiosa comédia foi o maior sucesso comercial de sua carreira como cineasta. Isso mesmo, "3 Men and a Baby" em seu estilo infantil, diria até pueril de ser, acabou se tornando o grande hit do Leonard Nimoy na direção. O filme foi produzido pela Touchstone Pictures da Disney e foi lançado em uma época de baixa estação no circuito comercial americano, em um período do ano onde os grandes estúdios acabavam jogando seus filmes mais descartáveis. Para surpresa de muitos a comédia acabou estourando nas bilheterias, muito em razão do chamado efeito boca a boca, quando pessoas comuns acabam recomendando o filme a seus amigos, parentes, etc. O próprio trio principal de atores do elenco (Tom Selleck, Steve Guttenberg e Ted Danson) eram considerados naquele momento como cartas fora do baralho, pois vinham em baixa em suas carreiras cinematográficas. Nada disso atrapalhou. Na verdade o segredo do sucesso dessa fita nem é tão complicado de desvendar, pois o público feminino simplesmente adorou ver um grupo de marmanjos tentando lidar com um bebê, uma criança pequena. Era uma forma de jogar na cara deles as dificuldades de se criar uma criança, algo que nem sempre era muito valorizado pelos homens em geral. Pelo visto o Dr. Spock conhecia muito bem da alma humana, quem diria...
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 1 de abril de 2015
Cara, Cadê Meu Carro?
Título no Brasil: Cara, Cadê Meu Carro?
Título Original: Dude, Where's My Car?
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Danny Leiner
Roteiro: Philip Stark
Elenco: Ashton Kutcher, Seann William Scott, Jennifer Garner
Sinopse:
Jesse e Chester (Ashton Kutcher e Seann William Scott, respectivamente) são dois jovens idiotas que saem de uma festa de arromba e descobrem, abismados, que seu carro simplesmente sumiu! Eles na verdade mal lembram o que aconteceu na noite anterior e por essa razão saem em uma alucinada busca pelo veículo desaparecido, encontrando os tipos mais esquisitos pelo caminho. Comédia adolescente indicada aos prêmios do Las Vegas Film Critics Society Awards, MTV Movie Awards e Teen Choice Awards.
Comentários:
Comédia completamente nonsense que fez sucesso entre os adolescentes da época. É a tal coisa, nunca consegui gostar. Nada contra comediazinhas bobocas focadas em teens, tudo tem seu espaço, porém essa aqui realmente não me agradou em praticamente nada. Com poucos minutos de duração já estava cansado, aborrecido, olhando para o relógio. Curiosamente a crítica, tentando ser indie e antenada, fazendo média com a galera jovem, falou bem quando o filme foi lançado no mercado de VHS / DVD no Brasil (até hoje fico pensando como alguém teve a coragem de ver isso nos cinemas!). De uma forma em geral o filme se apóia bastante na figura de Ashton Kutcher, um comediante que sempre achei muito limitado. Seu personagem pomposamente chamado de Jesse Montgomery III (que coisa!) nada mais é do que uma versão requentada e rebatida do Michael Kelso da série "That '70s Show" (que até era engraçadinha e divertida, mas também nada demais, outro produto pop chiclete direcionado aos adolescentes de corpo e espírito). Então é isso, "Dude, Where's My Car?" nada mais é do que um chicletaço comercial sem sentido para maconheiros chapados de plantão.
Pablo Aluísio.
Título Original: Dude, Where's My Car?
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Danny Leiner
Roteiro: Philip Stark
Elenco: Ashton Kutcher, Seann William Scott, Jennifer Garner
Sinopse:
Jesse e Chester (Ashton Kutcher e Seann William Scott, respectivamente) são dois jovens idiotas que saem de uma festa de arromba e descobrem, abismados, que seu carro simplesmente sumiu! Eles na verdade mal lembram o que aconteceu na noite anterior e por essa razão saem em uma alucinada busca pelo veículo desaparecido, encontrando os tipos mais esquisitos pelo caminho. Comédia adolescente indicada aos prêmios do Las Vegas Film Critics Society Awards, MTV Movie Awards e Teen Choice Awards.
Comentários:
Comédia completamente nonsense que fez sucesso entre os adolescentes da época. É a tal coisa, nunca consegui gostar. Nada contra comediazinhas bobocas focadas em teens, tudo tem seu espaço, porém essa aqui realmente não me agradou em praticamente nada. Com poucos minutos de duração já estava cansado, aborrecido, olhando para o relógio. Curiosamente a crítica, tentando ser indie e antenada, fazendo média com a galera jovem, falou bem quando o filme foi lançado no mercado de VHS / DVD no Brasil (até hoje fico pensando como alguém teve a coragem de ver isso nos cinemas!). De uma forma em geral o filme se apóia bastante na figura de Ashton Kutcher, um comediante que sempre achei muito limitado. Seu personagem pomposamente chamado de Jesse Montgomery III (que coisa!) nada mais é do que uma versão requentada e rebatida do Michael Kelso da série "That '70s Show" (que até era engraçadinha e divertida, mas também nada demais, outro produto pop chiclete direcionado aos adolescentes de corpo e espírito). Então é isso, "Dude, Where's My Car?" nada mais é do que um chicletaço comercial sem sentido para maconheiros chapados de plantão.
Pablo Aluísio.
Será Que Ele É?
Título no Brasil: Será Que Ele É?
Título Original: In & Out
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Frank Oz
Roteiro: Paul Rudnick
Elenco: Kevin Kline, Joan Cusack, Tom Selleck
Sinopse:
Howard Brackett (Kevin Kline) é um professor do ensino médio que acaba tendo sua vida pessoal escancarada após um ex-aluno agradecer a ele ao receber o seu Oscar. Acontece que o rapaz não se limita a dedicar o prêmio a ele, mas também revelar sua opção sexual, ao declarar que ele na realidade era gay! A partir daí a vida de Howard vira de ponta cabeça, pois o fato chama a atenção da imprensa mundial que começa a bisbilhotar a vida do discreto professor. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante (Joan Cusack). Também indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Ator - Comédia ou Musical (Kevin Kline) e Melhor Atriz Coadjuvante - Comédia ou Musical (Joan Cusack).
Comentários:
Há muitas maneiras de se lidar com o espinhoso tema da homossexualidade no cinema. Muitas vezes o tema ou é tratado como mera galhofa ou com tintas pesadas, escuras, sensacionalistas. Em "In & Out" temos um meio termo muito satisfatório. O enredo lida com esse personagem, um professor respeitado em sua comunidade, muito querido por seus alunos, que acaba entrando numa situação embaraçosa após um ex-aluno falar que ele é gay em um evento de repercussões midiáticas absurdas (nada mais, nada menos, do que a própria festa do Oscar!). De repente o antes e discreto mestre vê sua vida pessoal exposta ao redor do mundo, virando alvo de atenção e olhares indiscretos de curiosos em geral. Achei essa comédia de muito bom gosto, principalmente pela forma como resolveram explorar o tema. Kevin Kline sempre foi um ator bem subestimado por Hollywood e aqui mostra toda a versatilidade de seu talento. Ele, em nenhum momento, se torna caricato ou desrespeitoso em relação aos gays em geral. Pelo contrário, sua sensibilidade e classe se tornam evidentes logo nos primeiros momentos. Outro ponto positivo vem do trabalho da maravilhosa atriz Joan Cusack. Sua atuação foi tão elogiada que ela chegou inclusive a ser indicada para prêmios importantes como o Oscar e o Globo de Ouro. Penso que o caminho é esse, tratar a questão gay com equilíbrio, sensatez e naturalidade. Nada de exageros ou de levantamento de bandeiras multicoloridas. Nesse caso o caminho é de fato procurar por algo mais sensível, sem cair no sensacionalismo barato. Só por ter ido por esse lado essa comédia já vale a pena.
Pablo Aluísio.
Título Original: In & Out
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Frank Oz
Roteiro: Paul Rudnick
Elenco: Kevin Kline, Joan Cusack, Tom Selleck
Sinopse:
Howard Brackett (Kevin Kline) é um professor do ensino médio que acaba tendo sua vida pessoal escancarada após um ex-aluno agradecer a ele ao receber o seu Oscar. Acontece que o rapaz não se limita a dedicar o prêmio a ele, mas também revelar sua opção sexual, ao declarar que ele na realidade era gay! A partir daí a vida de Howard vira de ponta cabeça, pois o fato chama a atenção da imprensa mundial que começa a bisbilhotar a vida do discreto professor. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante (Joan Cusack). Também indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Ator - Comédia ou Musical (Kevin Kline) e Melhor Atriz Coadjuvante - Comédia ou Musical (Joan Cusack).
Comentários:
Há muitas maneiras de se lidar com o espinhoso tema da homossexualidade no cinema. Muitas vezes o tema ou é tratado como mera galhofa ou com tintas pesadas, escuras, sensacionalistas. Em "In & Out" temos um meio termo muito satisfatório. O enredo lida com esse personagem, um professor respeitado em sua comunidade, muito querido por seus alunos, que acaba entrando numa situação embaraçosa após um ex-aluno falar que ele é gay em um evento de repercussões midiáticas absurdas (nada mais, nada menos, do que a própria festa do Oscar!). De repente o antes e discreto mestre vê sua vida pessoal exposta ao redor do mundo, virando alvo de atenção e olhares indiscretos de curiosos em geral. Achei essa comédia de muito bom gosto, principalmente pela forma como resolveram explorar o tema. Kevin Kline sempre foi um ator bem subestimado por Hollywood e aqui mostra toda a versatilidade de seu talento. Ele, em nenhum momento, se torna caricato ou desrespeitoso em relação aos gays em geral. Pelo contrário, sua sensibilidade e classe se tornam evidentes logo nos primeiros momentos. Outro ponto positivo vem do trabalho da maravilhosa atriz Joan Cusack. Sua atuação foi tão elogiada que ela chegou inclusive a ser indicada para prêmios importantes como o Oscar e o Globo de Ouro. Penso que o caminho é esse, tratar a questão gay com equilíbrio, sensatez e naturalidade. Nada de exageros ou de levantamento de bandeiras multicoloridas. Nesse caso o caminho é de fato procurar por algo mais sensível, sem cair no sensacionalismo barato. Só por ter ido por esse lado essa comédia já vale a pena.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 31 de março de 2015
Interestelar
Piloto de testes no passado, Cooper (Matthew McConaughey) agora precisa cuidar de uma fazenda no meio oeste americano. O programa espacial foi praticamente desativado pois o planeta passa por um sério problema com sua agricultura. Várias culturas agrícolas essenciais para a humanidade estão simplesmente deixando de existir por questões ambientais. Indignada com os gastos do programa espacial a população acabou exigindo que todos os gastos com a exploração do cosmos fossem suspensas. Para Cooper, que é viúvo e vive ao lado de seus dois filhos adolescentes e seu pai na sede da fazenda, a ciência é agora apenas um ponto nostálgico de sua vida passada. Após uma terrível tempestade de areia em sua propriedade rural ele percebe que há um estranho fenômeno acontecendo no quarto de sua filha - uma alteração gravitacional sem explicação aparente. Tentando decifrar o enigma, ele acaba descobrindo que há uma linguagem binária envolvida naquela situação. Usando os números como guia acaba descobrindo tratar-se de uma posição geográfica. Indo até lá, no meio do deserto, acaba descobrindo uma imponente instalação governamental, um projeto espacial secreto, que tem como objetivo enviar astronautas na exploração de um "buraco de minhoca" perto de Saturno. O termo é usado designar fendas cósmicas que conseguem alinhar o tempo-espaço do universo. Esse lugar proporciona um salto interestelar, tornando possível uma viagem até uma estrela longínqua do universo e seu próprio sistema planetário. Imediatamente Cooper é convidado pelo cientista e professor Brand (Michael Caine) para participar de uma nova missão de reconhecimento rumo ao desconhecido. Acontece que três pioneiros foram enviados para exoplanetas há muitos anos e de lá nunca retornaram. Estarão vivos ou foram tragados pelo universo? A única maneira de responder a essa pergunta é enviando uma nova missão para esses planetas desconhecidos. Assim Cooper se une à filha de Brand (interpretada pela atriz Anne Hathaway) para juntos cruzarem o buraco de minhoca. Uma vez lá descobrem que nem tudo é tão dimensional e simples de explicar como tenta entender a vã ciência humana.
Que Christopher Nolan é um dos diretores mais talentosos do cinema americano atual já não restam dúvidas. Qualquer filme assinado por ele já é motivo por si só para ser conferido, até de forma obrigatória, pelos cinéfilos mais antenados. Nessa produção Nolan resolveu ir além. Desde os primeiros momentos sabemos que ele vai explorar um tema que já foi muito caro na história da sétima arte. Não precisa ir muito longe para entender que o grande modelo seguido por Nolan foi o clássico de Stanley Kubrick, "2001 - Uma Odisseia no Espaço". O argumento basicamente segue os passos do clássico filme original. De certa maneira tudo pode até mesmo ser encarado como uma revitalização do tema ou até mesmo uma forma de tornar sua proposta mais acessível ao grande público. Obviamente que essa produção não tem a consistência filosófica e existencial do filme original. isso porém não se torna um problema. Acredito que Nolan quis apenas realizar uma ficção científica inteligente, lidando com temas da Astrofísica que estão bastante em voga atualmente. Se você não entende ou não curte ciência não precisa também se preocupar. Nolan escreveu seu filme de forma que seja acessível ao homem médio. Claro que conceitos relativos como tempo, espaço e gravidade, formam a espinha dorsal do enredo, mas isso pode ser entendido sem maiores problemas desde que você tenha ao menos uma base de física (até mesmo o feijão com arroz ensinado no ensino médio lhe trará algum apoio nesse sentido). Assim o que temos aqui é uma estória até simples, muitas vezes bem fantasiosa, com um background científico mais aprofundado. Algumas situações do roteiro chegam um pouco a incomodar pelas soluções fáceis demais que vão surgindo. Por exemplo, mesmo aposentado há anos o personagem de Matthew McConaughey é logo incorporado na missão espacial, assim quase da noite para o dia, algo que seria inimaginável em uma situação real. Parece que Nolan e seu irmão Jonathan capricharam nas tintas científicas de sua trama e se descuidaram um pouco de certos acontecimentos mais banais do enredo.
Além disso alguns aspectos dos planetas visitados são bem pueris (diria até primários) do ponto de vista astronômico, mas nada disso chega a se tornar um problema de complicada superação. O que vale mesmo em tudo é o conceito de dimensões paralelas explorada por Nolan, principalmente nas sequências finais quando temos uma verdadeira flâmula dos conceitos de multi universos dimensionais. Sim, alguns aspectos do roteiro serão banais, como a enésima exploração do tema de um planeta exaurido em seus recursos naturais, mas se pensarmos bem tudo isso nada mais é do que uma bengala narrativa para que Nolan desenvolva seu tema principal. No geral a família - que mais parece ter saído de um filme de Spielberg por causa da pieguice excessiva - acaba também servindo de uma ferramenta puramente narrativa para que o diretor desenvolva suas ideias mais científicas, as principais no final de tudo. Certamente Interestelar é um belo filme, com uma proposta que vai até mesmo soar intrigante nos dias de hoje. Poderia ser uma obra prima se Nolan fosse mais além mesmo, com coragem, como fez Kubrick no passado em sua obra cinematográfica imortal. Ao dar espaço para pequenas concessões comerciais em seu roteiro, Nolan perdeu talvez a grande chance de realizar a maior obra prima de toda a sua carreira. Nem sempre tentar agradar ao grande público que lota os cinemas comerciais pode compensar, olhando-se tudo sob esse ponto de vista, esse tipo de situação. De bom mesmo o que ficará dessa produção será o desenvolvimento de conceitos científicos e a bela mensagem de Nolan sobre a importância do amor, encarado quase como uma variável puramente astrofísica. Quem diria que um cineasta conseguiria reunir dois temas assim tão dispares em um mesmo pacote? Sensacional.
Interestelar (Interstellar, EUA, 2014) Direção: Christopher Nolan / Roteiro: Jonathan Nolan, Christopher Nolan / Elenco: Matthew McConaughey, Anne Hathaway, Michael Caine, John Lithgow, Ellen Burstyn, Jessica Chastain, Casey Affleck / Sinopse: Ex piloto do programa espacial é recrutado para uma nova missão da NASA. Ele deverá ir junto com sua tripulação em direção a um enorme "buraco de minhoca" cósmico em busca de respostas sobre três missões anteriores que não retornaram ao planeta Terra. O objetivo é procurar um novo lugar para colonização pela raça humana pois os recursos naturais da Terra estão virtualmente esgotados. O lema da missão passa a ser "A humanidade nasceu na Terra, mas não precisa morrer nela". Filme vencedor do Oscar na categoria de Melhores Efeitos Especiais. Também indicado nas categorias de Melhor mixagem de Som, Melhor Edição de Som, Melhor Design de Produção e Melhor Música Original.
Pablo Aluísio.
Que Christopher Nolan é um dos diretores mais talentosos do cinema americano atual já não restam dúvidas. Qualquer filme assinado por ele já é motivo por si só para ser conferido, até de forma obrigatória, pelos cinéfilos mais antenados. Nessa produção Nolan resolveu ir além. Desde os primeiros momentos sabemos que ele vai explorar um tema que já foi muito caro na história da sétima arte. Não precisa ir muito longe para entender que o grande modelo seguido por Nolan foi o clássico de Stanley Kubrick, "2001 - Uma Odisseia no Espaço". O argumento basicamente segue os passos do clássico filme original. De certa maneira tudo pode até mesmo ser encarado como uma revitalização do tema ou até mesmo uma forma de tornar sua proposta mais acessível ao grande público. Obviamente que essa produção não tem a consistência filosófica e existencial do filme original. isso porém não se torna um problema. Acredito que Nolan quis apenas realizar uma ficção científica inteligente, lidando com temas da Astrofísica que estão bastante em voga atualmente. Se você não entende ou não curte ciência não precisa também se preocupar. Nolan escreveu seu filme de forma que seja acessível ao homem médio. Claro que conceitos relativos como tempo, espaço e gravidade, formam a espinha dorsal do enredo, mas isso pode ser entendido sem maiores problemas desde que você tenha ao menos uma base de física (até mesmo o feijão com arroz ensinado no ensino médio lhe trará algum apoio nesse sentido). Assim o que temos aqui é uma estória até simples, muitas vezes bem fantasiosa, com um background científico mais aprofundado. Algumas situações do roteiro chegam um pouco a incomodar pelas soluções fáceis demais que vão surgindo. Por exemplo, mesmo aposentado há anos o personagem de Matthew McConaughey é logo incorporado na missão espacial, assim quase da noite para o dia, algo que seria inimaginável em uma situação real. Parece que Nolan e seu irmão Jonathan capricharam nas tintas científicas de sua trama e se descuidaram um pouco de certos acontecimentos mais banais do enredo.
Além disso alguns aspectos dos planetas visitados são bem pueris (diria até primários) do ponto de vista astronômico, mas nada disso chega a se tornar um problema de complicada superação. O que vale mesmo em tudo é o conceito de dimensões paralelas explorada por Nolan, principalmente nas sequências finais quando temos uma verdadeira flâmula dos conceitos de multi universos dimensionais. Sim, alguns aspectos do roteiro serão banais, como a enésima exploração do tema de um planeta exaurido em seus recursos naturais, mas se pensarmos bem tudo isso nada mais é do que uma bengala narrativa para que Nolan desenvolva seu tema principal. No geral a família - que mais parece ter saído de um filme de Spielberg por causa da pieguice excessiva - acaba também servindo de uma ferramenta puramente narrativa para que o diretor desenvolva suas ideias mais científicas, as principais no final de tudo. Certamente Interestelar é um belo filme, com uma proposta que vai até mesmo soar intrigante nos dias de hoje. Poderia ser uma obra prima se Nolan fosse mais além mesmo, com coragem, como fez Kubrick no passado em sua obra cinematográfica imortal. Ao dar espaço para pequenas concessões comerciais em seu roteiro, Nolan perdeu talvez a grande chance de realizar a maior obra prima de toda a sua carreira. Nem sempre tentar agradar ao grande público que lota os cinemas comerciais pode compensar, olhando-se tudo sob esse ponto de vista, esse tipo de situação. De bom mesmo o que ficará dessa produção será o desenvolvimento de conceitos científicos e a bela mensagem de Nolan sobre a importância do amor, encarado quase como uma variável puramente astrofísica. Quem diria que um cineasta conseguiria reunir dois temas assim tão dispares em um mesmo pacote? Sensacional.
Interestelar (Interstellar, EUA, 2014) Direção: Christopher Nolan / Roteiro: Jonathan Nolan, Christopher Nolan / Elenco: Matthew McConaughey, Anne Hathaway, Michael Caine, John Lithgow, Ellen Burstyn, Jessica Chastain, Casey Affleck / Sinopse: Ex piloto do programa espacial é recrutado para uma nova missão da NASA. Ele deverá ir junto com sua tripulação em direção a um enorme "buraco de minhoca" cósmico em busca de respostas sobre três missões anteriores que não retornaram ao planeta Terra. O objetivo é procurar um novo lugar para colonização pela raça humana pois os recursos naturais da Terra estão virtualmente esgotados. O lema da missão passa a ser "A humanidade nasceu na Terra, mas não precisa morrer nela". Filme vencedor do Oscar na categoria de Melhores Efeitos Especiais. Também indicado nas categorias de Melhor mixagem de Som, Melhor Edição de Som, Melhor Design de Produção e Melhor Música Original.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 26 de março de 2015
Hellraiser - Renascido do Inferno
Título no Brasil: Hellraiser - Renascido do Inferno
Título Original: Hellraiser
Ano de Produção: 1987
País: Estados Unidos
Estúdio: New World Pictures
Direção: Clive Barker
Roteiro: Clive Barker
Elenco: Andrew Robinson, Clare Higgins, Ashley Laurence, Sean Chapman
Sinopse:
Frank Cotton (Sean Chapman) é um sujeito que procura o máximo em prazer sexual. Em busca de novidades acaba comprando um artefato desconhecido, um cubo bizarro que ele não consegue compreender completamente. Ao mexer no estranho objeto Cotton acaba abrindo um portal entre o céu e o inferno, liberando forças e criaturas que ele sequer sabia existir. A experiência acaba lhe custando a própria vida. Anos depois seu irmão, Larry (Andrew Robinson), ignorando o destino de Frank, resolve ir morar em sua casa, fechada há mais de dez anos. Ao lado da esposa ele acaba descobrindo que ir fixar residência naquele local foi definitivamente uma má ideia.
Comentários:
"Hellraiser" foi um marco do cinema de terror dos anos 80. O estilo e a concepção eram completamente inovadores, calcado em um misto de terror e sexualidade extrema, com ênfase em muito masoquismo e torturas. Um dos destaques do filme foi sua direção de arte fora do comum e uma maquiagem que até hoje é lembrada (e que sinceramente deveria ter levado o Oscar em sua categoria). Há cenas de forte impacto como a chegada dos cenobitas, criaturas provenientes das profundezas infernais que transformarão Frank em seu objeto de sadismo e violência. Tão marcante se tornou o filme que o próprio diretor, Clive Barker, diria anos depois que "Hellraiser" acabou prejudicando sua própria carreira pois se tornou um marco complicado de superar depois. De uma forma ou outra tudo acabou dando origem a um universo próprio, explorado em revistas, jogos, TV e cinema, com várias produções explorando ainda mais esse bizarro mundo. Já são mais de dez sequências, infelizmente nenhuma delas muito digna de nota. Esse aqui por ser o original vale bastante a pena. Era a década de 80 onde (quase) tudo era permitido em termos de terror. Enfim, um pequeno clássico do gênero.
Pablo Aluísio.
Título Original: Hellraiser
Ano de Produção: 1987
País: Estados Unidos
Estúdio: New World Pictures
Direção: Clive Barker
Roteiro: Clive Barker
Elenco: Andrew Robinson, Clare Higgins, Ashley Laurence, Sean Chapman
Sinopse:
Frank Cotton (Sean Chapman) é um sujeito que procura o máximo em prazer sexual. Em busca de novidades acaba comprando um artefato desconhecido, um cubo bizarro que ele não consegue compreender completamente. Ao mexer no estranho objeto Cotton acaba abrindo um portal entre o céu e o inferno, liberando forças e criaturas que ele sequer sabia existir. A experiência acaba lhe custando a própria vida. Anos depois seu irmão, Larry (Andrew Robinson), ignorando o destino de Frank, resolve ir morar em sua casa, fechada há mais de dez anos. Ao lado da esposa ele acaba descobrindo que ir fixar residência naquele local foi definitivamente uma má ideia.
Comentários:
"Hellraiser" foi um marco do cinema de terror dos anos 80. O estilo e a concepção eram completamente inovadores, calcado em um misto de terror e sexualidade extrema, com ênfase em muito masoquismo e torturas. Um dos destaques do filme foi sua direção de arte fora do comum e uma maquiagem que até hoje é lembrada (e que sinceramente deveria ter levado o Oscar em sua categoria). Há cenas de forte impacto como a chegada dos cenobitas, criaturas provenientes das profundezas infernais que transformarão Frank em seu objeto de sadismo e violência. Tão marcante se tornou o filme que o próprio diretor, Clive Barker, diria anos depois que "Hellraiser" acabou prejudicando sua própria carreira pois se tornou um marco complicado de superar depois. De uma forma ou outra tudo acabou dando origem a um universo próprio, explorado em revistas, jogos, TV e cinema, com várias produções explorando ainda mais esse bizarro mundo. Já são mais de dez sequências, infelizmente nenhuma delas muito digna de nota. Esse aqui por ser o original vale bastante a pena. Era a década de 80 onde (quase) tudo era permitido em termos de terror. Enfim, um pequeno clássico do gênero.
Pablo Aluísio.
Paixão de Ocasião
Título no Brasil: Paixão de Ocasião
Título Original: Picture Perfect
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Glenn Gordon Caron
Roteiro: Arleen Sorkin, Paul Slansky
Elenco: Jennifer Aniston, Jay Mohr, Kevin Bacon
Sinopse:
Kate (Jennifer Aniston) trabalha no ramo publicitário, é focada, determinada e muito empenhada em crescer na empresa mas nunca é devidamente reconhecida. Seu patrão a considera jovem demais, além de pouco resolvida emocionalmente, uma vez que não tem namorado e nem um relacionamento sério. Para resolver esse impasse Kate resolve arrumar um falso noivo de aluguel, Nick (Jay Mohr), com o objetivo de impressionar seu chefe a finalmente lhe dar a tão almejada promoção.
Comentários:
O argumento é meio batido mas até que o filme é simpático. Jennifer Aniston está bem jovem nessa pequena comédia romântica que passou meio batida quando foi lançada. Nem precisa ser Phd em cinema para entender também que a fita foi realizada para aproveitar a popularidade de Aniston na série "Friends" que estava no ar, batendo recordes de audiência. Até essa época ela não tinha feito nada de importante no cinema, a não ser talvez o bem intencionado "Alma de Poeta, Olhos de Sinatra". Para quem já tinha aparecido em um trash como "O Duende" até que era uma mudança e tanto. Assim a produção se tornou uma das primeiras tentativas da atriz em colocar um pezinho na sétima arte, coisa que ela até hoje vem tentando, diga-se de passagem. No geral não há nada demais por aqui, apenas a curiosidade de ver Jennifer tentando encontrar um novo rumo em sua carreira. Para os fãs de "Friends" vale a espiada.
Pablo Aluísio.
Título Original: Picture Perfect
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Glenn Gordon Caron
Roteiro: Arleen Sorkin, Paul Slansky
Elenco: Jennifer Aniston, Jay Mohr, Kevin Bacon
Sinopse:
Kate (Jennifer Aniston) trabalha no ramo publicitário, é focada, determinada e muito empenhada em crescer na empresa mas nunca é devidamente reconhecida. Seu patrão a considera jovem demais, além de pouco resolvida emocionalmente, uma vez que não tem namorado e nem um relacionamento sério. Para resolver esse impasse Kate resolve arrumar um falso noivo de aluguel, Nick (Jay Mohr), com o objetivo de impressionar seu chefe a finalmente lhe dar a tão almejada promoção.
Comentários:
O argumento é meio batido mas até que o filme é simpático. Jennifer Aniston está bem jovem nessa pequena comédia romântica que passou meio batida quando foi lançada. Nem precisa ser Phd em cinema para entender também que a fita foi realizada para aproveitar a popularidade de Aniston na série "Friends" que estava no ar, batendo recordes de audiência. Até essa época ela não tinha feito nada de importante no cinema, a não ser talvez o bem intencionado "Alma de Poeta, Olhos de Sinatra". Para quem já tinha aparecido em um trash como "O Duende" até que era uma mudança e tanto. Assim a produção se tornou uma das primeiras tentativas da atriz em colocar um pezinho na sétima arte, coisa que ela até hoje vem tentando, diga-se de passagem. No geral não há nada demais por aqui, apenas a curiosidade de ver Jennifer tentando encontrar um novo rumo em sua carreira. Para os fãs de "Friends" vale a espiada.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 25 de março de 2015
Fenômeno
Título no Brasil: Fenômeno
Título Original: Phenomenon
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Jon Turteltaub
Roteiro: Gerald Di Pego
Elenco: John Travolta, Kyra Sedgwick, Forest Whitaker
Sinopse:
George Malley (John Travolta) é um sujeito simples, comum, que ganha a vida como mecânico. Sua vida pacata acaba quando visualiza uma estranha luz na mesma noite em que celebra sua aniversário. A partir daí começa a desenvolver enormes mudanças em si mesmo. Da noite para o dia ele adquire uma capacidade intelectual fora do comum, muito superior ao das demais pessoas. Isso chama a atenção das autoridades que logo decidem se apossar dele para realizar testes.
Comentários:
Filme meio estranho que aposta em uma visão esotérica e new age da vida espiritual. Travolta deve ter gostado de fazer algo tão diferente em sua carreira. Na época de seu lançamento a produção levou pauladas de todos os lados, pois os críticos americanos de uma maneira em geral não gostaram nada do resultado. A película foi acusada de ser sensacionalista, boboca e com roteiro cheio de clichês do começo ao fim. É a tal coisa, em tempos de tanta (falsa) espiritualidade o argumento certamente agradará aos mais alternativos. Mas o problema de "Phenomenon" nem é bem esse, na verdade o maior defeito é do roteiro mesmo. Perceba que a situação é colocada no começo da trama, vem a surpresa sobre os tais poderes do personagem de Travolta e pronto, o enredo poderia acabar por aí, pois nada de mais interessante acontece até o fim do filme. Não gostei da conclusão e nem da proposta final dos roteiristas. A tal mensagem mais espiritualizada que o clímax tenta passar é uma bobagem sem tamanho, vamos convir. Enfim, nada de muito relevante em um momento que agradou ao Travolta em sua carreira (o problema é que parece ter agradado apenas a ele mesmo!).
Pablo Aluísio.
Título Original: Phenomenon
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Jon Turteltaub
Roteiro: Gerald Di Pego
Elenco: John Travolta, Kyra Sedgwick, Forest Whitaker
Sinopse:
George Malley (John Travolta) é um sujeito simples, comum, que ganha a vida como mecânico. Sua vida pacata acaba quando visualiza uma estranha luz na mesma noite em que celebra sua aniversário. A partir daí começa a desenvolver enormes mudanças em si mesmo. Da noite para o dia ele adquire uma capacidade intelectual fora do comum, muito superior ao das demais pessoas. Isso chama a atenção das autoridades que logo decidem se apossar dele para realizar testes.
Comentários:
Filme meio estranho que aposta em uma visão esotérica e new age da vida espiritual. Travolta deve ter gostado de fazer algo tão diferente em sua carreira. Na época de seu lançamento a produção levou pauladas de todos os lados, pois os críticos americanos de uma maneira em geral não gostaram nada do resultado. A película foi acusada de ser sensacionalista, boboca e com roteiro cheio de clichês do começo ao fim. É a tal coisa, em tempos de tanta (falsa) espiritualidade o argumento certamente agradará aos mais alternativos. Mas o problema de "Phenomenon" nem é bem esse, na verdade o maior defeito é do roteiro mesmo. Perceba que a situação é colocada no começo da trama, vem a surpresa sobre os tais poderes do personagem de Travolta e pronto, o enredo poderia acabar por aí, pois nada de mais interessante acontece até o fim do filme. Não gostei da conclusão e nem da proposta final dos roteiristas. A tal mensagem mais espiritualizada que o clímax tenta passar é uma bobagem sem tamanho, vamos convir. Enfim, nada de muito relevante em um momento que agradou ao Travolta em sua carreira (o problema é que parece ter agradado apenas a ele mesmo!).
Pablo Aluísio.
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