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quinta-feira, 22 de junho de 2023

Hellraiser: Renascido do Inferno

Hellraiser: Renascido do Inferno
Tirando o primeiro filme, que hoje em dia já é considerado um clássico  moderno do terror, todos os demais filmes dessa franquia eram muito fracos. O último que assisti que trazia o título "Hellraiser - O Julgamento" era uma verdadeira bomba! Agora os produtores resolveram dar o tratamento merecido a esse universo. Disponibilizaram um orçamento generoso, contrataram um bom diretor e uma competente equipe de roteiristas e como se isso tudo não fosse o bastante, ainda trouxeram Clive Barker, diretor do filme original, para a produção. Com tanta boa vontade e profissionais competentes o filme não poderia deixar de ser muito bom. Gosei de praticamente tudo, apenas com algumas falhas pontuais que definitivamente não comprometem o conjunto da obra. A mudança de gênero do principal Cenobita, por exemplo, não me agradou muito, mas esse é um detalhe menor. 

A história segue basicamente os passos da história do filme de 1987. De certo modo esse filme poderia ser considerado um remake moderno do primeiro filme, mas isso seria também simplista demais. No enredo uma jovem com problemas de vício em drogas acaba colocando as mãos em um cubo que, pelo que se consta, consegue abrir dimensões entre o mundo dos vivos e dos mortos. E isso definitivamente não é uma coisa boa, pois as portas são abertas para que os Cenobitas venham para o mundo dos vivos, fazer aquilo que gostam e para cuja sua existência é justificada, ou seja, torturar e matar sadicamente seres humanos. Pode-se dizer que Hellraiser talvez seja apenas um filmes de monstros sobrenaturais, mas temos que considerar que é um terror com muita classe e imaginação, apesar das atrocidades vistas na tela. Eu particularmente gosto muito desse universo e esse filme me deixou bem satisfeito em termos de qualidade cinematográfica. 

Hellraiser: Renascido do Inferno (Hellraiser, Estados Unidos, 2022) Direção: David Bruckner / Roteiro: Ben Collins, Luke Piotrowski, David S. Goyer / Elenco: Odessa A’zion, Jamie Clayton, Adam Faison / Sinopse: Uma jovem viciada em drogas toma posse de um cubo que abre as portas do inferno, trazendo ao nosso mundo os Cenobitas, seres sobrenaturais que torturam e matam suas vítimas humanas. 

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

O Mestre das Ilusões

Título no Brasil: O Mestre das Ilusões
Título Original: Lord of Illusions
Ano de Produção: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: 20th Century Fox
Direção: Clive Barker
Roteiro: Clive Barker
Elenco: Scott Bakula, Kevin J. O'Connor, Joseph Latimore, Sheila Tousey, Susan Traylor, Ashley Tesoro
  
Sinopse:
O detetive particular Harry D'Amour (Scott Bakula) é contratado para descobrir o que estaria por trás das inúmeras tentativas de assassinato de um famoso mágico da cidade, Phillip Swann (Kevin J. O'Connor). Seguindo as pistas deixadas pela esposa do ilusionista, o investigador acaba descobrindo uma ligação com o passado de uma seita de adoradores de Satã. No meio de seu caminho surgem tentativas de realização de um sacrifício humano. Para Harry agora o mais importante é descobrir a verdadeira identidade de todos os membros daquela sociedade satanista. Filme vencedor do Fangoria Chainsaw Awards na categoria de Melhor Trilha Sonora e do International Horror Guild na categoria de Melhor Filme de Suspense.

Comentários:
Pouca gente vai se lembrar desse filme. A principal referência obviamente vem do fato de ter sido dirigido por Clive Barker. O cineasta inglês (nascido em Liverpool, a mesma cidade natal dos Beatles) tinha se consagrado por causa do clássico de horror "Hellraiser - Renascido do Inferno". Depois de ter sido bastante elogiado pela crítica - e prestigiado pelo público mais antenado com filmes de terror - ele então lançou seu segundo filme, o mal sucedido "Raça das Trevas". Assim esse terceiro filme, "Lord of Illusions" vinha justamente para provar que ele tinha ainda potencial para o sucesso de bilheteria. Não foi bem como era esperado. Esse filme foi lançado em poucas salas de cinema nos Estados Unidos e Inglaterra e no Brasil foi lançado diretamente em vídeo (ainda nos tempos do mercado de fitas VHS). Na época em que o assisti pela primeira vez (por volta de janeiro de 1998) o filme realmente não me impressionou muito. De certa maneira foi um pouco decepcionante por causa justamente de "Hellraiser". Depois daquele filme sempre que o nome de Clive Barker surgia nos créditos ficava aquela expectativa maior, aquela sensação de que se iria assistir a algo fora do comum, surpreendente e inovador. Pois bem, "O Mestre das Ilusões" passa longe disso. Mesmo assim é um bom filme, bem feito, com uma ideia que se não chega a lhe deixar o espectador de queixo caído pelo menos tenta ser um pouco mais original. No geral o filme fica apenas na média do que era realizado em meados dos anos 90. Bem longe da genialidade de "Hellraiser" conseguiu pelo menos chamar alguma atenção por causa do nome de seu diretor, naqueles tempos considerado um verdadeiro mestre do gênero, um autor cult do horror moderno.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Hellraiser II - Renascido das Trevas

Título no Brasil: Hellraiser II - Renascido das Trevas
Título Original: Hellbound: Hellraiser II
Ano de Produção: 1988
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: New World Pictures
Direção: Tony Randel, Clive Barker 
Roteiro: Peter Atkins
Elenco: Doug Bradley, Ashley Laurence, Clare Higgins

Sinopse:
Duas jovens garotas resolvem usar o cubo para irem até o inferno em busca do pai de uma delas. Uma vez nas trevas precisam enfrentar os sádicos e torturadores cenobitas, um médico psicopata e uma mulher enlouquecida pelas chamas eternas da noite eterna, comandadas pelo grande leviatã.

Comentários:
Sequência do cult Hellraiser! O criador de todo o conceito da saga, Clive Barker, acabou brigando com os produtores do estúdio durante os preparativos da continuação e por isso foi afastado, o que não impediu de ter sido creditado como roteirista, pois afinal de contas ele teria escrito todo o enredo dessa segunda parte. O filme foi bem recebido pela crítica em geral, mas os fãs dos cenobitas reclamaram pois o roteiro fazia inúmeras concessões no objetivo de tornar a fita mais comercial e aceita dentro do circuito mainstream. A principal crítica era referente à dupla de garotas que conseguia enfrentar os maiores demônios da escuridão e se sair bem, vivas! Um absurdo completo. O primeiro Hellraiser ficou conhecido por fugir desse tipo de clichê barato, com final feliz. Os adoradores do filme original queriam algo mais incisivo, forte mesmo, com tintas exageradas. De qualquer maneira, apesar do roteiro ser de certa forma medroso em ir até as últimas consequências, o filme ainda se mantém como um bom terror dos anos 80. Não chega a ser uma obra cult como o primeiro mas mantém o interesse, apesar de suas falhas.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 26 de março de 2015

Hellraiser - Renascido do Inferno

Título no Brasil: Hellraiser - Renascido do Inferno
Título Original: Hellraiser
Ano de Produção: 1987
País: Estados Unidos
Estúdio: New World Pictures
Direção: Clive Barker
Roteiro: Clive Barker
Elenco: Andrew Robinson, Clare Higgins, Ashley Laurence, Sean Chapman

Sinopse: 
Frank Cotton (Sean Chapman) é um sujeito que procura o máximo em prazer sexual. Em busca de novidades acaba comprando um artefato desconhecido, um cubo bizarro que ele não consegue compreender completamente. Ao mexer no estranho objeto Cotton acaba abrindo um portal entre o céu e o inferno, liberando forças e criaturas que ele sequer sabia existir. A experiência acaba lhe custando a própria vida. Anos depois seu irmão, Larry (Andrew Robinson), ignorando o destino de Frank, resolve ir morar em sua casa, fechada há mais de dez anos. Ao lado da esposa ele acaba descobrindo que ir fixar residência naquele local foi definitivamente uma má ideia.

Comentários:
"Hellraiser" foi um marco do cinema de terror dos anos 80. O estilo e a concepção eram completamente inovadores, calcado em um misto de terror e sexualidade extrema, com ênfase em muito masoquismo e torturas. Um dos destaques do filme foi sua direção de arte fora do comum e uma maquiagem que até hoje é lembrada (e que sinceramente deveria ter levado o Oscar em sua categoria). Há cenas de forte impacto como a chegada dos cenobitas, criaturas provenientes das profundezas infernais que transformarão Frank em seu objeto de sadismo e violência. Tão marcante se tornou o filme que o próprio diretor, Clive Barker, diria anos depois que "Hellraiser" acabou prejudicando sua própria carreira pois se tornou um marco complicado de superar depois. De uma forma ou outra tudo acabou dando origem a um universo próprio, explorado em revistas, jogos, TV e cinema, com várias produções explorando ainda mais esse bizarro mundo. Já são mais de dez sequências, infelizmente nenhuma delas muito digna de nota. Esse aqui por ser o original vale bastante a pena. Era a década de 80 onde (quase) tudo era permitido em termos de terror. Enfim, um pequeno clássico do gênero.

Pablo Aluísio.