Título no Brasil: Mad Max - Além da Cúpula do Trovão
Título Original: Mad Max Beyond Thunderdome
Ano de Produção: 1985
País: Estados Unidos, Austrália
Estúdio: Warner Bros
Direção: George Miller, George Ogilvie
Roteiro: Terry Hayes, George Miller
Elenco: Mel Gibson, Tina Turner, Bruce Spence
Sinopse:
Terceiro e último filme da franquia original Mad Max. Agora o ex-patrulheiro Mad Max Rockatansky (Mel Gibson) precisa enfrentar novos desafios em um mundo pós-apocalíptico, em especial crianças que vivem numa tribo selvagem no meio do deserto e uma monarca sanguinária e cruel com os seus inimigos. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria Melhor Canção Original ("We Don't Need Another Hero" por Tina Turner). Filme indicado ao prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films nas categorias Melhor Filme de Ficção, Direção, Roteiro e Figurino.
Comentários:
Esse foi o mais caro e dispendioso "Mad Max". Ok, a franquia é mundialmente aclamada desde os anos 80, mas vamos ser bem sinceros, os dois primeiros filmes são bem precários em termos de produção e orçamento. O primeiro Mad Max é quase um filme amador rodado pelas estradas mais desertas da Austrália. Realizado com um orçamento mínimo só virou um cult por causa da força do mercado de vídeo que nascia naquele momento nos Estados Unidos. O segundo sem dúvida era muito melhor, mais bem produzido, porém em nada comparável com essa super produção. Agora o curioso é que "Mad Max Beyond Thunderdome" foi criticado justamente por causa dos exageros de sua produção. Se antes faltava dinheiro, agora a sensação foi que exageraram na dose. Tudo é over, os figurinos, os cenários, a direção de arte. A cantora Tina Turner, um dos destaques do elenco, usa e abusa de uma peruca que parece ter sido roubada do armário de alguma drag queen. Mel Gibson também está mais maluco do que o habitual. Mesmo com o clima assumidamente kitsch, o filme ainda diverte bastante, principalmente se você for um fã nostálgico dos anos 80. Poucos filmes são tão a cara daquela década como esse aqui (só faltou o Michael Jackson e o Bruce Springsteen na trilha para o quadro ficar completo). Ligue a vitrola e se divirta o máximo que puder.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 27 de agosto de 2014
Hot Spot - Um Local Muito Quente
Título no Brasil: Hot Spot - Um Local Muito Quente
Título Original: The Hot Spot
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Orion Pictures
Direção: Dennis Hopper
Roteiro: Charles Williams, Nona Tyson
Elenco: Don Johnson, Virginia Madsen, Jennifer Connelly
Sinopse:
Harry Madox (Don Johnson) é um viajante sem rumo que vai parar em uma cidadezinha perdida do Texas. Para sobreviver acaba arranjando um emprego medíocre por lá. Após um incidente envolvendo um incêndio ele percebe como é falha a segurança do banco local. Isso faz com que planeje um roubo na instituição, mas para isso precisará traçar bem todos os mínimos detalhes do crime que pretende executar.
Comentários:
Embora tenha sido lançado no começo da década de 1990 esse "The Hot Spot" tem todas as características dos filmes americanos dos anos 1980. Dirigido pelo ator e doidão de plantão Dennis Hopper a fita tinha a proposta de unir um roteiro com muita ação e sensualidade. De certa forma foi mais uma tentativa do ator Don Johnson em emplacar no mundo do cinema, se desligando completamente do universo da TV (ele fez grande sucesso na série policial "Miami Vice" durante seis anos, entre 1984 a 1990). No elenco todas as atenções porém são desviadas para a atriz Jennifer Connelly então no auge de sua beleza juvenil. A fotografia até é bonita, o diretor Dennis Hopper realmente conseguiu belas tomadas do pôr do sol mas o filme não consegue ser muito mais do que isso, um belo exercício estético que acaba se perdendo em suas próprias pretensões. Depois que o plano de assalto do personagem de Johnson é colocado em execução as coisas ficam ainda piores pois não há mais muita sutileza nas cenas - algo que vinha sendo a marca registrado do desenvolvimento do enredo. No saldo geral fica como mera curiosidade dos cacoetes cinematográficos da época.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Hot Spot
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Orion Pictures
Direção: Dennis Hopper
Roteiro: Charles Williams, Nona Tyson
Elenco: Don Johnson, Virginia Madsen, Jennifer Connelly
Sinopse:
Harry Madox (Don Johnson) é um viajante sem rumo que vai parar em uma cidadezinha perdida do Texas. Para sobreviver acaba arranjando um emprego medíocre por lá. Após um incidente envolvendo um incêndio ele percebe como é falha a segurança do banco local. Isso faz com que planeje um roubo na instituição, mas para isso precisará traçar bem todos os mínimos detalhes do crime que pretende executar.
Comentários:
Embora tenha sido lançado no começo da década de 1990 esse "The Hot Spot" tem todas as características dos filmes americanos dos anos 1980. Dirigido pelo ator e doidão de plantão Dennis Hopper a fita tinha a proposta de unir um roteiro com muita ação e sensualidade. De certa forma foi mais uma tentativa do ator Don Johnson em emplacar no mundo do cinema, se desligando completamente do universo da TV (ele fez grande sucesso na série policial "Miami Vice" durante seis anos, entre 1984 a 1990). No elenco todas as atenções porém são desviadas para a atriz Jennifer Connelly então no auge de sua beleza juvenil. A fotografia até é bonita, o diretor Dennis Hopper realmente conseguiu belas tomadas do pôr do sol mas o filme não consegue ser muito mais do que isso, um belo exercício estético que acaba se perdendo em suas próprias pretensões. Depois que o plano de assalto do personagem de Johnson é colocado em execução as coisas ficam ainda piores pois não há mais muita sutileza nas cenas - algo que vinha sendo a marca registrado do desenvolvimento do enredo. No saldo geral fica como mera curiosidade dos cacoetes cinematográficos da época.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 26 de agosto de 2014
Perigosamente Juntos
Título no Brasil: Perigosamente Juntos
Título Original: Legal Eagles
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Ivan Reitman
Roteiro: Ivan Reitman, Jim Cash
Elenco: Robert Redford, Debra Winger, Daryl Hannah, Brian Dennehy, Terence Stamp
Sinopse:
Tom Logan (Robert Redford) é um bem sucedido advogado que não consegue se decidir entre duas mulheres igualmente interessantes, uma advogada em ascensão, bonita e inteligente, e uma jovem e rica herdeira que parece estar envolvida no submundo do mercado de obras de arte roubadas. Filme vencedor do prêmio da ASCAP Awards na categoria Melhor Canção ("Love Touch").
Comentários:
Sofisticado filme de romance que contou com ótimo elenco, inclusive de apoio, e um roteiro deliciosamente dúbio, mostrando as várias facetas dos personagens envolvidos nesse triângulo amoroso passado no mundo jurídico dos Estados Unidos. Redford novamente comparece com seu grande carisma e talento. Por essa época o ator estava muito seletivo em seus filmes, realizando poucas películas, pois desenvolvia um projeto para a criação de um festival apenas com filmes do circuito independente americano (que iria se chamar Sundance Festival, hoje um dos mais importantes do cinema ianque). As duas outras atrizes são símbolos dos anos 80, a loira e alta Daryl Hannah (que na época namorava o filho de JFK) e a elegante Debra Winger (que infelizmente anda bem sumida). No elenco coadjuvante vale destacar também a talentosa atuação do ator Terence Stamp, que interpreta um deliciosamente cínico dono de galeria de arte em Nova Iorque. Em suma, "Legal Eagles" é um filme que anda bem esquecido, mas que ainda satisfaz plenamente o bom gosto de qualquer cinéfilo.
Pablo Aluísio.
Título Original: Legal Eagles
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Ivan Reitman
Roteiro: Ivan Reitman, Jim Cash
Elenco: Robert Redford, Debra Winger, Daryl Hannah, Brian Dennehy, Terence Stamp
Sinopse:
Tom Logan (Robert Redford) é um bem sucedido advogado que não consegue se decidir entre duas mulheres igualmente interessantes, uma advogada em ascensão, bonita e inteligente, e uma jovem e rica herdeira que parece estar envolvida no submundo do mercado de obras de arte roubadas. Filme vencedor do prêmio da ASCAP Awards na categoria Melhor Canção ("Love Touch").
Comentários:
Sofisticado filme de romance que contou com ótimo elenco, inclusive de apoio, e um roteiro deliciosamente dúbio, mostrando as várias facetas dos personagens envolvidos nesse triângulo amoroso passado no mundo jurídico dos Estados Unidos. Redford novamente comparece com seu grande carisma e talento. Por essa época o ator estava muito seletivo em seus filmes, realizando poucas películas, pois desenvolvia um projeto para a criação de um festival apenas com filmes do circuito independente americano (que iria se chamar Sundance Festival, hoje um dos mais importantes do cinema ianque). As duas outras atrizes são símbolos dos anos 80, a loira e alta Daryl Hannah (que na época namorava o filho de JFK) e a elegante Debra Winger (que infelizmente anda bem sumida). No elenco coadjuvante vale destacar também a talentosa atuação do ator Terence Stamp, que interpreta um deliciosamente cínico dono de galeria de arte em Nova Iorque. Em suma, "Legal Eagles" é um filme que anda bem esquecido, mas que ainda satisfaz plenamente o bom gosto de qualquer cinéfilo.
Pablo Aluísio.
A Árvore da Vida
Título no Brasil: A Árvore da Vida
Título Original: The Tree of Life
Ano de Produção: 2011
País: Estados Unidos
Estúdio: Fox Searchlight Pictures
Direção: Terrence Malick
Roteiro: Terrence Malick
Elenco: Brad Pitt, Sean Penn, Jessica Chastain
Sinopse:
Jack (Sean Penn) é um arquiteto bem sucedido que começa a relembrar fatos dispersos de sua infância, nos nos 1950, ao lado de seus três irmãos, sua mãe submissa e seu pai Mr. O'Brien (Brad Pitt), um homem disciplinador, rígido, austero mas também bem hipócrita. Filme indicado ao Oscar nas categorias Melhor Direção, Melhor Fotografia e Melhor Filme. Vencedor do prêmio da AFI Awards na categoria Melhor Filme. Vencedor da Palma de Ouro no Cannes Film Festival.
Comentários:
Considero um dos filmes mais pretensiosos do cineasta Terrence Malick. Isso porém não é uma crítica negativa, apenas uma observação. O que ele deseja com sua linha narrativa (ou a falta dela, dependendo do ponto de vista) é fazer uma parábola entre a insignificância da vida de um ser humano com a imensidão do cosmos. A chave que abre essa dualidade ocorre justamente quando a mãe, desesperada pela morte do filho, pergunta onde estaria Deus diante de sua tragédia familiar? A partir desse ponto Malick dá vazão ao seu pretensioso ciclo estético e filosófico, mostrando a evolução da vida e o surgimento do universo desde os seus primórdios, passando pela era dos primeiros seres vivos, até chegar de volta ao seio daquela tipica família americana. A partir daí mergulhamos nas lembranças do personagem Jack. O curioso é que todo o filme é desenvolvido assim, em ritmo de memórias, e por isso não há espaço para uma narração convencional, mas apenas momentos marcantes, quase sem diálogos, que vão se desenrolando na tela. Materialmente o substrato desse filme é muito rico em linguagem cinematográfica pura, mas em termos de comunicação com o público em geral não é uma obra fácil de absorver. Os dialogos são poucos, dispersos, e Terrence Malick procura muito mais pela sensibilidade emocional do que pela razão de uma narrativa linear. As imagens são lindíssimas e isso acaba deixando todo o resto em segundo plano. Certamente Malick não conseguiu com esse filme responder as grandes questões existenciais do ser humano, mas seguramente chegou bem perto disso. É uma obra prima da sétima arte.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Tree of Life
Ano de Produção: 2011
País: Estados Unidos
Estúdio: Fox Searchlight Pictures
Direção: Terrence Malick
Roteiro: Terrence Malick
Elenco: Brad Pitt, Sean Penn, Jessica Chastain
Sinopse:
Jack (Sean Penn) é um arquiteto bem sucedido que começa a relembrar fatos dispersos de sua infância, nos nos 1950, ao lado de seus três irmãos, sua mãe submissa e seu pai Mr. O'Brien (Brad Pitt), um homem disciplinador, rígido, austero mas também bem hipócrita. Filme indicado ao Oscar nas categorias Melhor Direção, Melhor Fotografia e Melhor Filme. Vencedor do prêmio da AFI Awards na categoria Melhor Filme. Vencedor da Palma de Ouro no Cannes Film Festival.
Comentários:
Considero um dos filmes mais pretensiosos do cineasta Terrence Malick. Isso porém não é uma crítica negativa, apenas uma observação. O que ele deseja com sua linha narrativa (ou a falta dela, dependendo do ponto de vista) é fazer uma parábola entre a insignificância da vida de um ser humano com a imensidão do cosmos. A chave que abre essa dualidade ocorre justamente quando a mãe, desesperada pela morte do filho, pergunta onde estaria Deus diante de sua tragédia familiar? A partir desse ponto Malick dá vazão ao seu pretensioso ciclo estético e filosófico, mostrando a evolução da vida e o surgimento do universo desde os seus primórdios, passando pela era dos primeiros seres vivos, até chegar de volta ao seio daquela tipica família americana. A partir daí mergulhamos nas lembranças do personagem Jack. O curioso é que todo o filme é desenvolvido assim, em ritmo de memórias, e por isso não há espaço para uma narração convencional, mas apenas momentos marcantes, quase sem diálogos, que vão se desenrolando na tela. Materialmente o substrato desse filme é muito rico em linguagem cinematográfica pura, mas em termos de comunicação com o público em geral não é uma obra fácil de absorver. Os dialogos são poucos, dispersos, e Terrence Malick procura muito mais pela sensibilidade emocional do que pela razão de uma narrativa linear. As imagens são lindíssimas e isso acaba deixando todo o resto em segundo plano. Certamente Malick não conseguiu com esse filme responder as grandes questões existenciais do ser humano, mas seguramente chegou bem perto disso. É uma obra prima da sétima arte.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 25 de agosto de 2014
A Ilha da Garganta Cortada
Título no Brasil: A Ilha da Garganta Cortada
Título Original: Cutthroat Island
Ano de Produção: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Carolco Pictures
Direção: Renny Harlin
Roteiro: Michael Frost Beckner, James Gorman
Elenco: Geena Davis, Matthew Modine, Frank Langella
Sinopse:
Morgan (Geena Davis) é uma aventureira, uma pirata dos mares, que está decidida a encontrar um enorme tesouro enterrado numa ilha do caribe. Para sua missão ser bem sucedida porém ela terá que enfrentar uma fila de rivais mal encarados e dispostos a tudo para colocar suas mãos na fortuna perdida! Filme indicado ao Framboesa de Ouro na categoria pior direção.
Comentários:
Muitos anos antes de Johnny Depp e a Disney ressuscitarem com grande êxito comercial os filmes de capa e espada com "Piratas do Caribe" houve essa tentativa muito mal sucedida de trazer os velhos bucaneiros dos sete mares de volta para as telas de cinema. O filme era dirigido pelo marido da atriz Geena Davis, o diretor especialista em explosões Renny Harlin, e contava com um bom elenco de apoio. A direção de arte também era bonita e bem feita mas... o roteiro, bobo e derivativo, não conseguiu enganar ninguém. Lançado em pleno verão americano - uma das épocas mais concorridas do circuito comercial - "Cutthroat Island" afundou ruidosamente nas bilheterias, tal como uma nau cheia de piratas fugindo dos navios reais de vossa majestade. O público não comprou a ideia de ir ver um filme novo com sabor das antigas fitas estreladas por Errol Flynn. O péssimo resultado comercial foi um duro golpe para a companhia Carolco que praticamente fechou as portas por causa dos custos não recuperados. No final das contas a única garganta cortada foi mesmo a do estúdio.
Pablo Aluísio.
Título Original: Cutthroat Island
Ano de Produção: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Carolco Pictures
Direção: Renny Harlin
Roteiro: Michael Frost Beckner, James Gorman
Elenco: Geena Davis, Matthew Modine, Frank Langella
Sinopse:
Morgan (Geena Davis) é uma aventureira, uma pirata dos mares, que está decidida a encontrar um enorme tesouro enterrado numa ilha do caribe. Para sua missão ser bem sucedida porém ela terá que enfrentar uma fila de rivais mal encarados e dispostos a tudo para colocar suas mãos na fortuna perdida! Filme indicado ao Framboesa de Ouro na categoria pior direção.
Comentários:
Muitos anos antes de Johnny Depp e a Disney ressuscitarem com grande êxito comercial os filmes de capa e espada com "Piratas do Caribe" houve essa tentativa muito mal sucedida de trazer os velhos bucaneiros dos sete mares de volta para as telas de cinema. O filme era dirigido pelo marido da atriz Geena Davis, o diretor especialista em explosões Renny Harlin, e contava com um bom elenco de apoio. A direção de arte também era bonita e bem feita mas... o roteiro, bobo e derivativo, não conseguiu enganar ninguém. Lançado em pleno verão americano - uma das épocas mais concorridas do circuito comercial - "Cutthroat Island" afundou ruidosamente nas bilheterias, tal como uma nau cheia de piratas fugindo dos navios reais de vossa majestade. O público não comprou a ideia de ir ver um filme novo com sabor das antigas fitas estreladas por Errol Flynn. O péssimo resultado comercial foi um duro golpe para a companhia Carolco que praticamente fechou as portas por causa dos custos não recuperados. No final das contas a única garganta cortada foi mesmo a do estúdio.
Pablo Aluísio.
O Homem Duplicado
Título no Brasil: O Homem Duplicado
Título Original: Enemy
Ano de Produção: 2013
País: Canadá, Espanha
Estúdio: Lionsgate
Direção: Denis Villeneuve
Roteiro: Javier Gullón, baseado na obra de José Saramago
Elenco: Jake Gyllenhaal, Mélanie Laurent, Sarah Gadon
Sinopse:
A vida para o professor universitário Adam (Jake Gyllenhaal) é de uma rotina massacrante. Seus dias são praticamente iguais, onde ele dá a mesma aula para os mesmos alunos desmotivados. Sua vida pessoal também é repetitiva e sem brilho. Em mais um dia comum resolve acatar a sugestão de um colega da universidade e vai até uma locadora alugar um filme qualquer, para quebrar a monotonia de seus dias. Para sua surpresa porém acaba percebendo que um dos atores do elenco é idêntico fisicamente a ele! Não demora muito para Adam ficar completamente obcecado em encontrar aquele sujeito pessoalmente.
Comentários:
Filme bem incomum que explora um roteiro muito inteligente e enigmático. O clima é opressivo, com o personagem de Jake Gyllenhaal tentando encontrar respostas para aquela situação que lhe pega completamente de surpresa. Afinal como explicar o fato de um desconhecido ser totalmente idêntico a ele? Seria um irmão gêmeo perdido ou algo mais sinistro está envolvido naquela perturbadora semelhança entre os dois? Como não poderia deixar de ser, todos os elogios vão para o trabalho do ator Jake Gyllenhaal. Ele consegue surpreender atuando em personagens tão diferentes. O professor universitário Adam não tem vida social, é tímido, oprimido e não consegue se relacionar bem com as pessoas. Seu mundo é caótico e cinzento, seu apartamento é escuro e quase não tem móveis, além de muito chato. Já o ator Anthony parece ser o seu extremo oposto. Como todo artista tem uma personalidade expansiva, ativa e extrovertida. O choque entre personalidades tão antagônicas encontra pleno respaldo em uma atuação digna de aplausos por parte de Gyllenhaal. Dito isso é bom salientar também que não é um filme para todos os públicos. O clima enigmático, mas também opressor e cheio de nuances psicológicas, certamente não agradará a todo mundo. De qualquer maneira quem se aventurar pela película certamente será bem recompensado pois é de fato uma obra instigante e inteligente, algo cada vez mais raro nos dias atuais.
Pablo Aluísio.
Título Original: Enemy
Ano de Produção: 2013
País: Canadá, Espanha
Estúdio: Lionsgate
Direção: Denis Villeneuve
Roteiro: Javier Gullón, baseado na obra de José Saramago
Elenco: Jake Gyllenhaal, Mélanie Laurent, Sarah Gadon
Sinopse:
A vida para o professor universitário Adam (Jake Gyllenhaal) é de uma rotina massacrante. Seus dias são praticamente iguais, onde ele dá a mesma aula para os mesmos alunos desmotivados. Sua vida pessoal também é repetitiva e sem brilho. Em mais um dia comum resolve acatar a sugestão de um colega da universidade e vai até uma locadora alugar um filme qualquer, para quebrar a monotonia de seus dias. Para sua surpresa porém acaba percebendo que um dos atores do elenco é idêntico fisicamente a ele! Não demora muito para Adam ficar completamente obcecado em encontrar aquele sujeito pessoalmente.
Comentários:
Filme bem incomum que explora um roteiro muito inteligente e enigmático. O clima é opressivo, com o personagem de Jake Gyllenhaal tentando encontrar respostas para aquela situação que lhe pega completamente de surpresa. Afinal como explicar o fato de um desconhecido ser totalmente idêntico a ele? Seria um irmão gêmeo perdido ou algo mais sinistro está envolvido naquela perturbadora semelhança entre os dois? Como não poderia deixar de ser, todos os elogios vão para o trabalho do ator Jake Gyllenhaal. Ele consegue surpreender atuando em personagens tão diferentes. O professor universitário Adam não tem vida social, é tímido, oprimido e não consegue se relacionar bem com as pessoas. Seu mundo é caótico e cinzento, seu apartamento é escuro e quase não tem móveis, além de muito chato. Já o ator Anthony parece ser o seu extremo oposto. Como todo artista tem uma personalidade expansiva, ativa e extrovertida. O choque entre personalidades tão antagônicas encontra pleno respaldo em uma atuação digna de aplausos por parte de Gyllenhaal. Dito isso é bom salientar também que não é um filme para todos os públicos. O clima enigmático, mas também opressor e cheio de nuances psicológicas, certamente não agradará a todo mundo. De qualquer maneira quem se aventurar pela película certamente será bem recompensado pois é de fato uma obra instigante e inteligente, algo cada vez mais raro nos dias atuais.
Pablo Aluísio.
domingo, 24 de agosto de 2014
Aranhas 3D
Título no Brasil: Aranhas 3D
Título Original: Spiders
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Nu Image Films
Direção: Tibor Takács
Roteiro: Joseph Farrugia, Tibor Takács
Elenco: William Hope, Shelly Varod, Brian Hankey
Sinopse:
Pedaços de um satélite russo caem em Nova Iorque. Dentro dos detritos surge uma estranha espécie de aranha que parece usar o corpo de pessoas e ratos como incubadoras de seus ovos. Em pouco tempo os insetos começam a tomar proporções inimagináveis, tomando de pânico as ruas da cidade, enquanto as forças armadas tentam parar o terrível ataque dos aracnídeos gigantes.
Comentários:
Imagine um filme atual com um roteiro trash dos anos 1950. Bom, é justamente isso que você encontrará aqui nesse "Aranhas 3D". A proposta é tentar recriar os filmes de aranhas gigantes do passado e para isso se usa da moderna tecnologia digital para dar vida aos monstros. Por falar neles são até bem realizados, embora levemente caricatos. Como é de se esperar nesse tipo de enredo elas vão ficando cada vez maiores até ganharem as ruas de uma Nova Iorque de mentirinha (na verdade o filme apesar de ser americano foi todo rodado em estúdio na cidade de Sofia, na Bulgária). Infelizmente a produção não consegue empolgar, tudo culpa do casal protagonista formado por dois atores canastrões e chatos até dizer chega! Afinal de contas uma pessoa que aluga um filme sobre aranhas gigantes espaciais não está interessado em ver um casal enfadonho discutindo sobre seu divórcio enquanto foge dos aracnídeos de dez metros! Assim você vai passar o filme todo torcendo para que eles sejam logo devorados, de tão irritantes que são. Assista se você gosta de monstros gigantes mas fique sabendo de antemão que o filme passa longe de ser algo bom ou marcante.
Pablo Aluísio.
Título Original: Spiders
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Nu Image Films
Direção: Tibor Takács
Roteiro: Joseph Farrugia, Tibor Takács
Elenco: William Hope, Shelly Varod, Brian Hankey
Sinopse:
Pedaços de um satélite russo caem em Nova Iorque. Dentro dos detritos surge uma estranha espécie de aranha que parece usar o corpo de pessoas e ratos como incubadoras de seus ovos. Em pouco tempo os insetos começam a tomar proporções inimagináveis, tomando de pânico as ruas da cidade, enquanto as forças armadas tentam parar o terrível ataque dos aracnídeos gigantes.
Comentários:
Imagine um filme atual com um roteiro trash dos anos 1950. Bom, é justamente isso que você encontrará aqui nesse "Aranhas 3D". A proposta é tentar recriar os filmes de aranhas gigantes do passado e para isso se usa da moderna tecnologia digital para dar vida aos monstros. Por falar neles são até bem realizados, embora levemente caricatos. Como é de se esperar nesse tipo de enredo elas vão ficando cada vez maiores até ganharem as ruas de uma Nova Iorque de mentirinha (na verdade o filme apesar de ser americano foi todo rodado em estúdio na cidade de Sofia, na Bulgária). Infelizmente a produção não consegue empolgar, tudo culpa do casal protagonista formado por dois atores canastrões e chatos até dizer chega! Afinal de contas uma pessoa que aluga um filme sobre aranhas gigantes espaciais não está interessado em ver um casal enfadonho discutindo sobre seu divórcio enquanto foge dos aracnídeos de dez metros! Assim você vai passar o filme todo torcendo para que eles sejam logo devorados, de tão irritantes que são. Assista se você gosta de monstros gigantes mas fique sabendo de antemão que o filme passa longe de ser algo bom ou marcante.
Pablo Aluísio.
Alien - A Ressurreição
Título no Brasil: Alien - A Ressurreição
Título Original: Alien Resurrection
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Jean-Pierre Jeunet
Roteiro: Dan O'Bannon, Ronald Shusett
Elenco: Sigourney Weaver, Winona Ryder, Dominique Pinon
Sinopse:
Quarto e último filme da franquia original "Aliens". O enredo se passa 200 anos após o primeiro contato da tenente Ripley contra os Aliens (enredo visto em "Alien, O Oitavo Passageiro"). Obviamente ela está morta, mas seu DNA é mesclado com o DNA alienígena, dando origem ao clone denominado Ellen Ripley (Sigourney Weaver), criada para ser justamente uma super combatente contra a ameaça Alien que aterroriza a humanidade em um futuro sombrio.
Comentários:
Como ressuscitar uma franquia de sucesso que parecia encerrada de forma definitiva no filme anterior? Ora, com a criatividade de roteiristas bem pagos por produtores loucos para lucrarem novamente com a famosa marca "Aliens". Afinal de contas a Fox passava por problemas financeiros e era vital trazer de volta filmes de grande bilheteria do passado. O problema é que esse tipo de coisa pouco justifica a volta de uma trilogia que já havia se fechado muito bem em três boas produções que foram sucessos de crítica e público. Por essas e outras razões temos que reconhecer que "Alien: Resurrection" é um filme que só existe mesmo por puros motivos comerciais. O roteiro, truncado e oportunista até o último grau, não empolga mais e até a talentosa Sigourney Weaver (interpretando Ellen Ripley) não convence. A atriz parece quase pedir desculpas por estar presente nesse produto caça-níqueis. A direção foi entregue ao francês Jean-Pierre Jeunet que não tinha nenhuma experiência em filmes de ficção e isso acabou prejudicando ainda mais o resultado final. A conclusão é que a fórmula estava saturada e com um roteiro fraco desses a coisa só piorou. Melhor esquecer, principalmente se você é fã dos excelentes filmes anteriores.
Pablo Aluísio.
Título Original: Alien Resurrection
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Jean-Pierre Jeunet
Roteiro: Dan O'Bannon, Ronald Shusett
Elenco: Sigourney Weaver, Winona Ryder, Dominique Pinon
Sinopse:
Quarto e último filme da franquia original "Aliens". O enredo se passa 200 anos após o primeiro contato da tenente Ripley contra os Aliens (enredo visto em "Alien, O Oitavo Passageiro"). Obviamente ela está morta, mas seu DNA é mesclado com o DNA alienígena, dando origem ao clone denominado Ellen Ripley (Sigourney Weaver), criada para ser justamente uma super combatente contra a ameaça Alien que aterroriza a humanidade em um futuro sombrio.
Comentários:
Como ressuscitar uma franquia de sucesso que parecia encerrada de forma definitiva no filme anterior? Ora, com a criatividade de roteiristas bem pagos por produtores loucos para lucrarem novamente com a famosa marca "Aliens". Afinal de contas a Fox passava por problemas financeiros e era vital trazer de volta filmes de grande bilheteria do passado. O problema é que esse tipo de coisa pouco justifica a volta de uma trilogia que já havia se fechado muito bem em três boas produções que foram sucessos de crítica e público. Por essas e outras razões temos que reconhecer que "Alien: Resurrection" é um filme que só existe mesmo por puros motivos comerciais. O roteiro, truncado e oportunista até o último grau, não empolga mais e até a talentosa Sigourney Weaver (interpretando Ellen Ripley) não convence. A atriz parece quase pedir desculpas por estar presente nesse produto caça-níqueis. A direção foi entregue ao francês Jean-Pierre Jeunet que não tinha nenhuma experiência em filmes de ficção e isso acabou prejudicando ainda mais o resultado final. A conclusão é que a fórmula estava saturada e com um roteiro fraco desses a coisa só piorou. Melhor esquecer, principalmente se você é fã dos excelentes filmes anteriores.
Pablo Aluísio.
sábado, 23 de agosto de 2014
A Espada Era a Lei
Título no Brasil: A Espada Era a Lei
Título Original: The Sword in the Stone
Ano de Produção: 1963
País: Estados Unidos
Estúdio: Walt Disney Pictures
Direção: Wolfgang Reitherman
Roteiro: Bill Peet, T.H. White
Elenco: Rickie Sorensen, Sebastian Cabot, Karl Swenson
Sinopse:
Com a morte do Rei da Inglaterra o país fica sem um monarca pois ele não deixou herdeiros e nem sucessores. Um jovem rapaz órfão chamado Arthur é escolhido pelo mago Merlim para um dia ser o futuro soberano da nação, mas antes precisará passar por um treinamento muito especial dado pelo seu sábio mentor. Filme indicado ao Oscar de Melhor Música (George Bruns).
Comentários:
Por muitos anos Walt Disney teve o sonho de adaptar a lendária estória do Rei Arthur e seus cavaleiros da távola redonda. Três anos antes de sua morte realizou esse sonho ao lançar esse longa-metragem. Como era um homem de grande visão entendeu que contar o enredo tradicional seria muito óbvio, por isso optou por esse script onde era narrado os acontecimentos da juventude de Arthur, antes dele retirar a famosa espada Excalibur da pedra! A animação é muito simpática e já traz características que iriam se tornar a marca registrada do estúdio na década seguinte, como por exemplo os traços fortes embalados por roteiros bem enxutos. Aqui temos uma estorinha bem simples, onde Merlim vai ensinando ao seu pupilo Arthur algumas lições de vida ao lhe transformar em um peixinho, um passarinho e um esquilo. Tudo bem pueril, bem de acordo com a filosofia Disney de ensinar encantando. Não é dos desenhos mais lembrados do estúdio mas certamente é um dos mais carismáticos.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Sword in the Stone
Ano de Produção: 1963
País: Estados Unidos
Estúdio: Walt Disney Pictures
Direção: Wolfgang Reitherman
Roteiro: Bill Peet, T.H. White
Elenco: Rickie Sorensen, Sebastian Cabot, Karl Swenson
Sinopse:
Com a morte do Rei da Inglaterra o país fica sem um monarca pois ele não deixou herdeiros e nem sucessores. Um jovem rapaz órfão chamado Arthur é escolhido pelo mago Merlim para um dia ser o futuro soberano da nação, mas antes precisará passar por um treinamento muito especial dado pelo seu sábio mentor. Filme indicado ao Oscar de Melhor Música (George Bruns).
Comentários:
Por muitos anos Walt Disney teve o sonho de adaptar a lendária estória do Rei Arthur e seus cavaleiros da távola redonda. Três anos antes de sua morte realizou esse sonho ao lançar esse longa-metragem. Como era um homem de grande visão entendeu que contar o enredo tradicional seria muito óbvio, por isso optou por esse script onde era narrado os acontecimentos da juventude de Arthur, antes dele retirar a famosa espada Excalibur da pedra! A animação é muito simpática e já traz características que iriam se tornar a marca registrada do estúdio na década seguinte, como por exemplo os traços fortes embalados por roteiros bem enxutos. Aqui temos uma estorinha bem simples, onde Merlim vai ensinando ao seu pupilo Arthur algumas lições de vida ao lhe transformar em um peixinho, um passarinho e um esquilo. Tudo bem pueril, bem de acordo com a filosofia Disney de ensinar encantando. Não é dos desenhos mais lembrados do estúdio mas certamente é um dos mais carismáticos.
Pablo Aluísio.
A Síndrome da China
Título no Brasil: A Síndrome da China
Título Original: The China Syndrome
Ano de Produção: 1979
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: James Bridges
Roteiro: Mike Gray, T.S. Cook
Elenco: Jane Fonda, Jack Lemmon, Michael Douglas
Sinopse:
Durante uma reportagem investigativa a jornalista Kimberly Wells (Jane Fonda) e seu cinegrafista Richard Adams (Michael Douglas) descobrem uma série de falhas de segurança numa usina nuclear. Jack Godell (Jack Lemmon), um engenheiro da usina, decide colaborar com eles para mostrar os riscos que todos correm por causa dos inúmeros problemas na usina. Filme indicado ao Oscar nas categorias Melhor Ator Coadjuvante (Jack Lemmon), Melhor Atriz Coadjuvante (Jane Fonda), Melhor Roteiro e Melhor Direção de Arte. Vencedor do BAFTA Awards nas categorias de Melhor Ator (Jack Lemmon) e Melhor Atriz (Jane Fonda).
Comentários:
Hoje em dia a carreira de Michael Douglas está resumida em comediazinhas bobas que tentam fazer graça de sua idade. Pois bem, o tempo cobra seu preço. Em nada lembra o jovem ator engajado politicamente do começo de sua carreira, não apenas como intérprete mas também como produtor. Nos anos 1970 ele ainda estava tentando sair da sombra de seu pai, o grande Kirk Douglas, e procurava por um caminho próprio. Para sua sorte caiu em suas mãos o script de "The China Syndrome", um texto que denunciava os perigos da energia nuclear e a falta de cuidado que existia dentro das inúmeras usinas nucleares espalhadas pelo território americano. Ele achou ótimo aquele texto e resolveu ele próprio produzir o filme. Por uma ironia do destino poucas semanas antes da produção ser lançada nos cinemas ocorreu um desastre real numa usina americana, o que trouxe uma publicidade extra para a película que logo se transformaria em um sucesso de público e crítica. Além de Douglas ainda temos a presença de dois nomes de expressão na história do cinema no elenco, Jane Fonda (a liberal que sempre procurava por temas intrigantes no campo político) e Jack Lemmon (que surge em um papel atípico, bem longe de suas comédias sofisticadas). Assim deixamos a dica dessa produção que causou grande impacto em seu lançamento mas que hoje em dia anda pouco lembrada, infelizmente.
Pablo Aluísio.
Título Original: The China Syndrome
Ano de Produção: 1979
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: James Bridges
Roteiro: Mike Gray, T.S. Cook
Elenco: Jane Fonda, Jack Lemmon, Michael Douglas
Sinopse:
Durante uma reportagem investigativa a jornalista Kimberly Wells (Jane Fonda) e seu cinegrafista Richard Adams (Michael Douglas) descobrem uma série de falhas de segurança numa usina nuclear. Jack Godell (Jack Lemmon), um engenheiro da usina, decide colaborar com eles para mostrar os riscos que todos correm por causa dos inúmeros problemas na usina. Filme indicado ao Oscar nas categorias Melhor Ator Coadjuvante (Jack Lemmon), Melhor Atriz Coadjuvante (Jane Fonda), Melhor Roteiro e Melhor Direção de Arte. Vencedor do BAFTA Awards nas categorias de Melhor Ator (Jack Lemmon) e Melhor Atriz (Jane Fonda).
Comentários:
Hoje em dia a carreira de Michael Douglas está resumida em comediazinhas bobas que tentam fazer graça de sua idade. Pois bem, o tempo cobra seu preço. Em nada lembra o jovem ator engajado politicamente do começo de sua carreira, não apenas como intérprete mas também como produtor. Nos anos 1970 ele ainda estava tentando sair da sombra de seu pai, o grande Kirk Douglas, e procurava por um caminho próprio. Para sua sorte caiu em suas mãos o script de "The China Syndrome", um texto que denunciava os perigos da energia nuclear e a falta de cuidado que existia dentro das inúmeras usinas nucleares espalhadas pelo território americano. Ele achou ótimo aquele texto e resolveu ele próprio produzir o filme. Por uma ironia do destino poucas semanas antes da produção ser lançada nos cinemas ocorreu um desastre real numa usina americana, o que trouxe uma publicidade extra para a película que logo se transformaria em um sucesso de público e crítica. Além de Douglas ainda temos a presença de dois nomes de expressão na história do cinema no elenco, Jane Fonda (a liberal que sempre procurava por temas intrigantes no campo político) e Jack Lemmon (que surge em um papel atípico, bem longe de suas comédias sofisticadas). Assim deixamos a dica dessa produção que causou grande impacto em seu lançamento mas que hoje em dia anda pouco lembrada, infelizmente.
Pablo Aluísio.
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