terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Os Embalos de Sábado Continuam

Título no Brasil: Os Embalos de Sábado Continuam
Título Original: Staying Alive
Ano de Produção: 1983
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Sylvester Stallone
Roteiro: Nik Cohn, Sylvester Stallone
Elenco: John Travolta, Cynthia Rhodes, Finola Hughes

Sinopse:
Cinco anos depois da história mostrada no primeiro filme o suburbano Tony Manero (Travolta) corre atrás de seu grande sonho, se tornar dançarino profissional de uma grande companhia de dança da Broadway em Nova Iorque. Nada será fácil pois a competição é acirrada e a concorrência numerosa. Apenas os verdadeiros talentos vencerão essa disputa.

Comentários:
Conforme o próprio Sylvester Stallone explicaria, ele era um grande fã do primeiro filme. Em suas próprias palavras: "Aquele era o filme que eu gostaria de ter feito se soubesse dançar como o John Travolta". Certamente Stallone não era Travolta e por isso arranjou um jeito de convencer a Paramount a lhe dar carta branca para dirigir a sequência do grande sucesso musical dos anos 70. O roteiro seria do próprio Stallone. Ele porém queria impor sua própria visão naquele enredo. Transformou Tony Manero em um dançarino profissional, aspirante à entrar em um grande musical da Broadway. Não há como negar que o filme tenha ótimas cenas de dança, embalados com o que havia de melhor na época nesse estilo mas algo se perdeu. Stallone parece obcecado por corpos musculosos e suados de seus dançarinos em números musicais longos e muitas vezes cansativos. O que era para ser algo mais sutil se transformou em um desfile de atores e figurantes bombados - tal como o próprio Stallone. A crítica não gostou e o público, para surpresa de muitos, ignorou completamente o filme, deixando as salas de cinemas vazias. Com isso os embalos de sábado à noite ficaram definitivamente encerrados.

Pablo Aluísio.

Execução Sumária

Título no Brasil: Execução Sumária
Título Original: Instant Justice
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Craig T. Rumar Productions, Mulloway Limited
Direção: Craig T. Rumar
Roteiro: Craig T. Rumar
Elenco: Michael Paré, Tawny Kitaen, Peter Crook

Sinopse:
Scott Youngblood (Michael Paré) é um fuzileiro naval dos EUA que viaja até a  Espanha para ver sua irmã Kim, após muitos anos de separação. Mas ela está morta, e a polícia local não parece disposta a prender os criminosos que a mataram. Sozinho pelas ruas da de Madrid, Scott começa a seguir pistas, procurando pelos verdadeiros assassinos. Ele quer justiça e principalmente vingança.

Comentários:
Nos anos 80 o público estava sedento por filmes de muita ação. Não é para menos, aquela foi a década dos actions heroes como Stallone e cia. No meio de tantos candidatos a astros de action movies surgiu Michael Paré! Ele já tinha se destacado em "Ruas de Fogo" e por essa razão os produtores se convenceram que ele tinha jeito para a coisa. Um dos veículos usados para transformar Paré em astro de bilheteria foi esse "Execução Sumária". Ao contrário de todas as previsões, por se tratar de um filme de orçamento até modesto, a fita foi lançada com marketing e pompa nos cinemas, inclusive no Brasil. O roteiro era uma mera desculpa para muitas cenas de ação e pancadaria (algumas completamente sem noção). Claro que o público gostou do que viu mas a concorrência era muito forte. Assim o filme não conseguiu o retorno esperado e Michael Paré não conseguiu chegar nem perto do trono de brutamontes como Arnold Schwarzenegger. Revisto hoje em dia soa mais absurdo do que nunca mas nos anos 80, não se engane, esse era o tipo de filme de ação típico. Os saudosistas certamente gostarão de rever.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Guerra Sem Cortes

Título no Brasil: Guerra Sem Cortes
Título Original: Redacted
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos
Estúdio: Film Farm, The, HDNet Films
Direção: Brian De Palma
Roteiro: Brian De Palma
Elenco: Patrick Carroll, Rob Devaney, Izzy Diaz

Sinopse:
Um esquadrão de soldados americanos está parado em um posto no Iraque, convivendo com a população local e a mídia instalada na região. Cada grupo destes é afetado pela guerra de forma distinta, e suas histórias são contadas pelas imagens criadas no momento: um soldado produz um vídeo-diário, uma equipe francesa filma um documentário, sites árabes colocam cenas de insurgentes plantando bombas, mulheres mandam mensagens para seus maridos via blogs e o You Tube revela a barbaridade existente na guerra.

Comentários:
Uma tentativa por parte do cineasta Brian de Palma em construir uma produção diferente, que procura captar o momento vivido tanto pelas tropas americanas como pelo povo dos países ocupados. O resultado é irregular, onde bons momentos são intercalados com cenas sem maior impacto, talvez por causa da edição que se mostra um pouco fora de foco, sem um caminho definido a seguir. Mesmo com esses problemas pontuais temos realmente uma obra no mínimo intrigante, mostrando o lado mais pessoal e individual da guerra, procurando fugir do exagero que a imprensa, principalmente americana, costuma construir nessas situações de conflito envolvendo o seu próprio exército.

Pablo Aluísio.

Karate Kid II - A Hora da Verdade Continua

Título no Brasil: Karate Kid II - A Hora da Verdade Continua
Título Original: The Karate Kid, Part II
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: John G. Avildsen
Roteiro: Robert Mark Kamen
Elenco: Pat Morita, Ralph Macchio, Pat E. Johnson

Sinopse:
O jovem pupilo Daniel San (Ralph Macchio) resolve acompanhar seu mestre, o Sr. Miyagi (Pat Morita), ao seu país natal, o Japão. Ele precisa voltar ao antigo lar para resolver algumas questões pessoais que estão inacabadas. Lá reencontra um antigo rival e o amor do seu passado distante.

Comentários:
Já que hoje a Sessão da Tarde vai exibir o primeiro "Karate Kid" e já comentamos sobre ele aqui no blog em outra oportunidade resolvi tecer alguns comentários sobre essa sequência. Não tive a chance de ver o original em seu lançamento mas essa continuação assisti em um cinema tradicional na minha cidade, sala de exibição essa que nem existe mais, infelizmente. Talvez por ter assistido na tela grande e ter vivenciado seu lançamento - com direito a comprar sua trilha sonora, que é ótima, em vinil -  prefiro muito mais esse do que a primeira aventura. Acho que o sucesso do anterior fez com que a Columbia caprichasse muito mais na produção, que foi rodada quase que inteiramente no Japão, na terra do Sr. Miyagi. Até Daniel tem um casinho amoroso com uma linda nativa da região. Tudo bem, o roteiro é uma mera derivação do mesmo argumento do primeiro filme mas aqui sinceramente as coisas soam melhor, a fita é bem mais redondinha mesmo. Além disso o diretor foi um especialista do cinema pop da época, o bem sucedido John G. Avildsen, que havia dirigido o grande sucesso "Rocky, um Lutador" anos antes. Eis um clássico exemplar do cinema pipoca dos anos 80. Até hoje Hollywood não conseguiu fazer nada mais pop do que isso.

Pablo Aluísio.

Fúria de Titãs

Título no Brasil: Fúria de Titãs
Título Original: Clash of the Titans
Ano de Produção: 1981
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Desmond Davis
Roteiro: Beverley Cross
Elenco: Laurence Olivier, Harry Hamlin, Claire Bloom, Maggie Smith, Ursula Andress

Sinopse:
Livre adaptação das estórias de heroísmo da mitologia grega. O Herói Teseu precisa enfrentar várias criaturas monstruosas (entre elas a terrível Medusa e o monstro dos mares Kraken) para salvar a linda e inocente princesa Andrômeda.

Comentários:
Então você gosta mesmo da nova franquia "Fúria de Titãs", não é mesmo? Pois bem meu caro cinéfilo, você precisa mesmo é ver o original realizado no começo dos anos 1980. Por quê? Simples, nada superou o charme dessa produção. Para começo de conversa o filme trazia o mito Sir Laurence Olivier no papel de Zeus (nada mais conveniente). O elenco aliás falava por sí só: a maravilhosa Maggie Smith e a eterna diva Ursula Andress estão presentes como divindades do Olimpo (Ursula provavelmente foi escalada porque o produtor desse filme era o mesmo da franquia James Bond). O atores estão todos bem. Agora, temos que dar o braço a torcer e reconhecer que "Fúria de Titãs" de 1981 será lembrado mesmo para sempre por causa do mestre Ray Harryhausen. As criaturas que ele criou para esse filme são inesquecíveis. Em uma época em que não existia computação gráfica o artesão Harryhausen conseguia dar vida à vários seres da mitologia grega. Até mesmo a corujinha mecânica - que foi reutilizada na nova franquia como uma forma de homenagear os efeitos do filme original - é marcante demais. Podem dizer o que quiserem, que tudo está datado, que o figurino é nada convincente e coisas do tipo. Quem teve o prazer de ver esse filme no cinema certamente não vai esquecer do impacto que ele causou na época. Um marco do cinema de fantasia em Hollywood.

Pablo Aluísio.

domingo, 23 de fevereiro de 2014

No Rastro da Bala

Título no Brasil: No Rastro da Bala
Título Original: Running Scared
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos, Alemanha
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Wayne Kramer
Roteiro: Wayne Kramer
Elenco: Paul Walker, Cameron Bright, Chazz Palminteri

Sinopse:
Joey Gazelle (Paul Walker) é um tira que se envolve em uma grande cilada. Após uma investigação mal sucedida contra policiais corruptos, ele se envolve na morte de outro policial. Encarregado de dar sumiço na arma que matou o colega ele a coloca em um local de difícil acesso. Sem perceber porém um garoto da vizinhança acaba vendo Joey escondendo a arma do crime. Vai lá, se apodera do revólver e mata seu padrasto, um sujeito desprezível. Agora Joey precisa encontrar o garoto fugitivo para evitar que a arma caia em mãos dos investigadores do departamento de polícia.

Comentários:
A morte recente do ator Paul Walker despertou novamente o interesse em seus filmes mais antigos. Esse "Running Scared" é um dos mais interessantes. É uma produção entre Estados Unidos e Alemanha (o ator sempre foi um astro nos países localizados no norte da Europa) e não decepciona os fãs de uma boa fita de ação, mesmo que ela seja de orçamento modesto. A produção foi realizada em parte na República Tcheca. Na direção um cineasta praticamente novato, em seu primeiro filme de maior repercussão. Depois da boa recepção dessa fita ele dirigiu "Território Restrito" com Harrison Ford, em momento burocrático, e o curioso e singular "Pawn Shop Chronicles" que inclusive já comentei aqui no blog. No geral podemos dizer que o filme, se não chega a ser algo marcante, cumpre bem suas pretensões. É um enredo rápido, bem conduzido e que conta com o carisma de Paul Walker, em seu tipo habitual.

Pablo Aluísio.

sábado, 22 de fevereiro de 2014

De Olhos Bem Fechados

Título no Brasil: De Olhos Bem Fechados
Título Original: Eyes Wide Shut
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Stanley Kubrick
Roteiro: Stanley Kubrick, Frederic Raphael
Elenco: Tom Cruise, Nicole Kidman, Todd Field

Sinopse:
Dr. William Harford (Tom Cruise), um médico de Nova York, que é casado com uma curadora de arte, Alice Harford (Nicole Kidman), resolve descobrir o limite de seu relacionamento com a esposa ao experimentar a liberdade sexual e moral de um perigoso jogo de sexo, poder e sedução, numa longa noite de excessos pela cidade.

Comentários:
O último filme do mito Stanley Kubrick. Ao que tudo indica Cruise não deixaria passar a oportunidade de estrelar um filme dirigido pelo famoso cineasta, mesmo que o roteiro e o argumento não fossem lá grande coisa. Ao lado da esposa (na terceira e última atuação juntos no cinema) Cruise se despiu de vaidades, aceitando protagonizar ousadas cenas de sexo e sensualidade (para um astro de seu status, é claro). Após uma conturbada filmagem o filme foi lançado com reações adversas. Muitos não gostaram do resultado final e consideram a pior obra da filmografia do gênio Kubrick. Uma coisa porém é certa, mesmo não sendo unanimidade o filme segue como um dos mais marcantes da filmografia de Tom Cruise. Se do ponto de vista profissional o filme virou uma referência para o ator, no aspecto profissional as coisas não foram tão bem. O relacionamento com sua esposa, Nicole Kidman, se deteriorou bastante, o que causaria o rompimento definitivo entre eles pouco tempo depois. Para alguns, a atriz culpava Cruise por ele ter deixado que ela se expusesse em demasia no filme, em uma concessão descabida, supostamente dada à genialidade de Kubrick. E por falar em genialidade, o mestre Kubrick mostra aqui claros sinais de desgate, falta de novas ideias e saturação. Ele parece querer se esconder atrás da imagem de seu próprio mito mas em vão. "Eyes Wide Shut" é uma obra opaca, sem vida, que tenta desesperadamente se apoiar em cenas chocantes e escandalosas para lhe dar algum sentido artístico. Os esforços porém soam sem resultado. Se não houvesse a assinatura de Stanley Kubrick nos créditos o filme certamente seria massacrado ainda mais pela crítica em seu lançamento. Hoje seria ignorado, certamente. Não foi um canto de cisne à altura de um mito do cinema como Stanley Kubrick, infelizmente.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Juntos Pelo Acaso

Título no Brasil: Juntos Pelo Acaso
Título Original: Life as We Know It
Ano de Produção: 2010
País: Estados Unidos
Estúdio: Village Roadshow Pictures
Direção: Greg Berlanti
Roteiro: Ian Deitchman, Kristin Rusk Robinson
Elenco: Katherine Heigl, Josh Duhamel, Josh Lucas

Sinopse:
Holly Berenson (Katherine Heigl) e Eric Messer (Josh Duhamel) resolvem participar de um encontro às escuras arranjado por seus amigos, Peter e Allison que são casados​​. Nada dá certo e o encontro se transforma em um desastre. Depois que o casal sofre um acidente fatal, eles descobrem que foram nomeados como os guardiões para a filha pequena de Peter e Allison, Sophie. Afinal a garotinha é afilhada de ambos. A partir daí eles tentarão da melhor forma possível honrar os desejos de seus amigos falecidos. Mas criar uma criança definitivamente não será nada fácil. 

Comentários:
Nada mais do que uma comédia romântica que tenta transformar a atriz Katherine Heigl em estrela de primeira grandeza. Como se sabe ela foi revelada na série Grey's Anatomy e depois que largou a TV tenta se estabelecer no mundo do cinema, uma transição que nem sempre dá certo. Por enquanto tudo o que ela tem feito é uma sucessão de fitas como essa, que não estão emplacando muito bem. Também pudera, essa coisa de casal formado por duas pessoas que inicialmente não simpatizam e que depois, com a convivência, vão se afeiçoando, até se descobrirem apaixonadas, é bem saturada. Já se fazia filmes assim na década de 1930. Assim certamente você não vai encontrar absolutamente nada de novo nessa produção. De bom mesmo apenas alguns poucos momentos divertidos e engraçados que mostram que a rotina doméstica destrói mesmo qualquer sentimento mais romântico entre um casal. Enfim, para ver, consumir e jogar fora. É um autêntico cinema fast food com cerejas.

Pablo Aluísio.

Across the Universe

Título no Brasil: Across the Universe
Título Original: Across the Universe
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Revolution Studios, Gross Entertainment
Direção: Julie Taymor
Roteiro: Dick Clement, Ian La Frenais
Elenco: Evan Rachel Wood, Jim Sturgess, Joe Anderson

Sinopse:
Across The Universe é uma história de amor que se passa na década de 1960 em meio aos anos turbulentos de protestos contra a guerra do Vietnã, a luta pela liberdade de expressão e os movimentos pelos direitos civis, tudo embalado sob a magia da música dos Beatles. Ao mesmo tempo ousado, lunático e altamente teatral, a história se move a partir de jovens estudantes que vão descobrindo a vida e amores em uma época que marcou para sempre a cultura e a política em nosso mundo.

Comentários:
Não há como negar que era uma boa ideia. Fazer um musical com as músicas dos Beatles. As letras serviriam de base para a construção de um roteiro mostrando os anseios da juventude perdida em meio a enormes transformações sociais, políticas e culturais. O próprio Paul McCartney foi convidado para a Premiere em Londres e ao final da exibição bateu palmas para o resultado (não se sabe se foi o Paul, o homem de negócios ou Paul, o músico e artista que fez isso!). Não foi uma produção barata, custou mais de 70 milhões de dólares (um orçamento mais do que generoso para musicais) e fez relativo sucesso em seu lançamento. Por mais que eu adore as canções dos Beatles não consegui ficar satisfeito com esse filme. Achei o enredo disperso, para não dizer confuso. Na realidade não há exatamente uma história passando pela tela mas meras desculpas para que as canções do grupo inglês sejam usadas em cenas esporádicas, soltas. Muitos dos momentos inclusive são bem gratuitos. As adaptações musicais também se mostraram problemáticas, há boas ideias e outras nem tanto. No saldo geral o que salva tudo mesmo é a trilha sonora. Se fossem canções menos marcantes o musical certamente seria um abacaxi. Melhor ouvir o velho vinil empoeirado dos Beatles do que perder muito tempo com isso.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

A Gaiola das Loucas

Título no Brasil: A Gaiola das Loucas
Título Original: The Birdcage
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: Mike Nichols
Roteiro: Jean Poiret, Francis Veber
Elenco: Robin Williams, Nathan Lane, Gene Hackman, Dianne Wiest

Sinopse:
Armand (Robin Williams) e Albert (Nathan Lane) formam um casal gay na ensolarada e badalada Miami. Eles também são donos da boate GLS The Birdcage, onde Albert se apresenta com seu famoso número de diva transformista. A tranquilidade dos pombinhos acaba quando o filho de Armand resolve se casar com a filha de um político conservador, quadradão e religioso, o senador republicano Kevin Keeley (Gene Hackman). O auge da situação delicada acontece quando Armand é avisado que receberá o senador para um jantar em sua própria casa, quando as famílias deverão finalmente se conhecer. E agora? O que fazer com Albert e o clube "Gaiola das Loucas"?

Comentários:
Via de regra detesto remakes. Mas nesse aqui tenho que dar o braço a torcer. O filme original é de 1978, uma produção francesa chamada "La Cage Aux Folles" estrelada por Ugo Tognazzi. Pois bem o filme francês já está muito datado e sendo sincero não consegue ser tão divertido como essa refilmagem americana. O segredo dessa nova versão é seu elenco, simplesmente maravilhoso. Robin Williams como Armand é sem dúvida um grande achado mas quem rouba a cena mesmo é Nathan Lane e Gene Hackman. Lane está fenomenal. Sua cena imitando os passos de John Wayne para parecer um autêntico macho viril são de rolar de rir. Pior é quando tenta se passar por uma matrona de fina classe, também tão conservadora quanto o senador. E por falar nele é sempre algo muito gratificante ver um ator como Gene Hackman, que se notabilizou por personagens sérios em dramas pesados, se dando tão bem em uma comédia como essa. Até Dianne Wiest fazendo uma esposa reprimida agrada. Em suma, esse tive o prazer de ver no cinema, na época nem dava nada pelo filme mas foi uma grata surpresa. Divertido e muito engraçado. Alguém espera algo mais de uma comédia do que isso? Claro que não! Se ainda não viu corra para conferir.

Pablo Aluísio.