Título no Brasil: Kojak
Título Original: Kojak
Ano de Produção: 1973 - 1978
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal TV
Direção: Vários
Roteiro: Abby Mann (criador da série)
Elenco: Telly Savalas, Dan Frazer, Kevin Dobson
Sinopse:
O tenente Theo Kojak (Telly Savalas) trabalha no departamento de polícia de uma das maiores cidades dos Estados Unidos. Seu cotidiano é duro, pois tem que enfrentar toda a escória da sociedade. Para isso não se importa de usar métodos pouco convencionais. Grande sucesso popular da TV americana durante os anos 1970.
Comentários:
Se estivesse vivo o ator Telly Savalas (1922 - 1994) estaria fazendo aniversário hoje! Embora tenha tido uma carreira longa e produtiva em Hollywood (com mais de 120 filmes no currículo), Savalas se notabilizou mesmo com essa série policial dos anos 70 chamada "Kojak". O seriado ficou tão popular e famoso (inclusive no Brasil) que Savalas nunca mais se livrou do personagem, chegando ao ponto inclusive de muitos nem mais usarem seu nome real mas sim Kojak para se referir ao ator. O policial careca e durão, sempre com um pirulito na boca, entrou definitivamente na galeria dos tiras imortais da cultura pop. E qual foi o segredo de tamanho êxito comercial? Simples, na década de 70 a TV americana procurou seguir os passos do que estava acontecendo no cinema. Em Hollywood os filmes procuravam por mais realismo, mostrando o mundo como ele realmente era, sem qualquer tipo de amenização ou romantização da realidade. "Kojak" seguia por essa linha. O policial vivia nas ruas infestadas de criminosos, prostitutas, cafetões, escroques e pilantras de toda ordem. As grandes cidades americanas surgiam nas telas sem qualquer tipo de cortina, mostrando a crueldade que imperava nos guetos e ruas mal iluminadas. Esse realismo cru acabou transformando "Kojak" numa febre, o que inspiraria centenas de séries depois dela - inclusive até nos dias atuais conseguimos sentir essa influência viva na TV americana. Assim deixamos a sugestão para você, que gosta de seriados americanos, conhecer uma das séries mais importantes da televisão dos anos 70. Certamente você não se arrependerá.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 21 de janeiro de 2014
segunda-feira, 20 de janeiro de 2014
Percy Jackson e o Ladrão de Raios
Título no Brasil: Percy Jackson e o Ladrão de Raios
Título Original: Percy Jackson & the Olympians: The Lightning Thief
Ano de Produção: 2010
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Chris Columbus
Roteiro: Craig Titley, baseado no livro de Rick Riordan
Elenco: Logan Lerman, Sean Bean, Pierce Brosnan, Uma Thurman
Sinopse:
O jovem Percy Jackson (Logan Lerman) aparenta ser um adolescente comum, igual a todos os outros. Sua verdadeira natureza porém é bem diversa. Ele na realidade é um semideus, filho de uma mortal com o deus Poseidon. Tentando lidar com essa nova realidade ele precisa agora se defender daqueles que o acusam de ter roubado uma das armas mais poderosas da mitologia, o raio de Zeus! Para provar que é inocente ele então parte para uma grande aventura, jamais imaginada por um garoto como ele!
Comentários:
Com o sucesso de franquias como "Harry Potter" e "O Senhor dos Anéis" era de se esperar que outras adaptações de livros populares para o público infanto-juvenil viessem à tona. A aposta dos estúdios Fox então recaiu sobre esse personagem Percy Jackson. Com um orçamento de quase 100 milhões de dólares na produção as expectativas comerciais eram as melhores possíveis mas os resultados foram bem mornos. Em termos de qualidade também não há comparação com as séries de filmes que levaram a Fox a investir tanto aqui. Na verdade as tramas envolvendo Percy Jackson são bem derivativas, sem maiores novidades. Nem o talento do cineasta Chris Columbus para esse tipo de filme fez diferença. Na minha opinião o que atrapalhou mesmo foi o material original que deu origem ao filme. Nem sempre livros de fantasia são adequados para o cinema pois o que funciona na literatura nem sempre funciona na tela. Esse personagem é um exemplo. Ele não tem o carisma de um Harry Potter e nem muito menos a profundidade da saga de J. R. R. Tolkien! É apenas uma aventura fantasiosa com um excelente elenco de apoio mas com um ator bem sem graça no papel principal. O que sobra no final das contas é puro tédio. Talvez agrade a certa parcela do público na faixa dos 14 anos. Já para os adultos o bocejo no final da exibição será inevitável.
Pablo Aluísio.
Título Original: Percy Jackson & the Olympians: The Lightning Thief
Ano de Produção: 2010
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Chris Columbus
Roteiro: Craig Titley, baseado no livro de Rick Riordan
Elenco: Logan Lerman, Sean Bean, Pierce Brosnan, Uma Thurman
Sinopse:
O jovem Percy Jackson (Logan Lerman) aparenta ser um adolescente comum, igual a todos os outros. Sua verdadeira natureza porém é bem diversa. Ele na realidade é um semideus, filho de uma mortal com o deus Poseidon. Tentando lidar com essa nova realidade ele precisa agora se defender daqueles que o acusam de ter roubado uma das armas mais poderosas da mitologia, o raio de Zeus! Para provar que é inocente ele então parte para uma grande aventura, jamais imaginada por um garoto como ele!
Comentários:
Com o sucesso de franquias como "Harry Potter" e "O Senhor dos Anéis" era de se esperar que outras adaptações de livros populares para o público infanto-juvenil viessem à tona. A aposta dos estúdios Fox então recaiu sobre esse personagem Percy Jackson. Com um orçamento de quase 100 milhões de dólares na produção as expectativas comerciais eram as melhores possíveis mas os resultados foram bem mornos. Em termos de qualidade também não há comparação com as séries de filmes que levaram a Fox a investir tanto aqui. Na verdade as tramas envolvendo Percy Jackson são bem derivativas, sem maiores novidades. Nem o talento do cineasta Chris Columbus para esse tipo de filme fez diferença. Na minha opinião o que atrapalhou mesmo foi o material original que deu origem ao filme. Nem sempre livros de fantasia são adequados para o cinema pois o que funciona na literatura nem sempre funciona na tela. Esse personagem é um exemplo. Ele não tem o carisma de um Harry Potter e nem muito menos a profundidade da saga de J. R. R. Tolkien! É apenas uma aventura fantasiosa com um excelente elenco de apoio mas com um ator bem sem graça no papel principal. O que sobra no final das contas é puro tédio. Talvez agrade a certa parcela do público na faixa dos 14 anos. Já para os adultos o bocejo no final da exibição será inevitável.
Pablo Aluísio.
A Melhor Casa Suspeita do Texas
Título no Brasil: A Melhor Casa Suspeita do Texas
Título Original: The Best Little Whorehouse in Texas
Ano de Produção: 1982
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures, RKO Pictures
Direção: Colin Higgins
Roteiro: Larry L. King, Peter Masterson
Elenco: Burt Reynolds, Dolly Parton, Dom DeLuise
Sinopse:
Por 150 anos um simpático bordel, o "Rancho das galinhas", funcionou tranquilamente nos arredores da pequena cidadezinha de Lanville, no Texas. De propriedade de Mona Stangley (Dolly Parton), que inclusive tem um caso com o xerife local (Burt Reynolds), as coisas caminhavam muito bem para ela e suas garotas. A convivência pacífica entre o estabelecimento e os moradores da cidade porém é colocada abaixo por um apresentador de TV moralista, Melvin P. (Dom DeLuise), que lidera uma campanha para fechar o rancho em nome dos mais "altos valores morais"!
Comentários:
"A Melhor Casa Suspeita do Texas" é uma adaptação para o cinema da famosa peça teatral. Com muita música, cenas cômicas e bom humor o enredo logo cativa o espectador. A famosa cantora country e atriz Dolly Parton é um dos grandes atrativos do filme, pois empresta sua bonita voz para as várias canções da trilha sonora. Burt Reynolds, naquela época no auge da carreira, traz seu conhecido carisma para o papel do xerife machão que não leva desaforos para casa. Fechando o trio principal do elenco temos um afetado (e hilário) Dom DeLuise, que na TV posa de defensor dos bons costumes, mas que na vida privada tem segredos a esconder. Todos estão muito bem em seus respectivos personagens, que são, em última análise, caricaturas divertidas de tipos bem conhecidos da sociedade Texana da época.
Assistindo a essa produção do começo dos anos 1980 não pude deixar de pensar em como seria complicado fazer um filme como esse nos dias atuais. Afinal de contas em tempos tão politicamente corretos não seria nada fácil vender um filme simpático e bem humorado que retratasse uma autêntica "Whorehouse" americana, tudo feito até com leveza, sem culpas e remorsos. Certamente iriam aparecer os famosos patrulheiros de costumes e coisas do tipo para aporrinhar os produtores (tal como aparece no enredo do filme). Ainda bem que nos anos 80 as coisas eram bem diferentes, o que é um alívio para o espectador, pois aqui temos uma divertida comédia musical, ambientada no bom e velho Texas, com muito humor e diálogos picantes e engraçados. Uma bem humorada história envolvendo apresentadores de TVs oportunistas, xerifes durões, políticos corruptos (como sempre) e simpáticas moças que vivem numa casa pra lá de suspeita. Assista e tenha uma boa diversão!
Pablo Aluísio.
Título Original: The Best Little Whorehouse in Texas
Ano de Produção: 1982
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures, RKO Pictures
Direção: Colin Higgins
Roteiro: Larry L. King, Peter Masterson
Elenco: Burt Reynolds, Dolly Parton, Dom DeLuise
Sinopse:
Por 150 anos um simpático bordel, o "Rancho das galinhas", funcionou tranquilamente nos arredores da pequena cidadezinha de Lanville, no Texas. De propriedade de Mona Stangley (Dolly Parton), que inclusive tem um caso com o xerife local (Burt Reynolds), as coisas caminhavam muito bem para ela e suas garotas. A convivência pacífica entre o estabelecimento e os moradores da cidade porém é colocada abaixo por um apresentador de TV moralista, Melvin P. (Dom DeLuise), que lidera uma campanha para fechar o rancho em nome dos mais "altos valores morais"!
Comentários:
"A Melhor Casa Suspeita do Texas" é uma adaptação para o cinema da famosa peça teatral. Com muita música, cenas cômicas e bom humor o enredo logo cativa o espectador. A famosa cantora country e atriz Dolly Parton é um dos grandes atrativos do filme, pois empresta sua bonita voz para as várias canções da trilha sonora. Burt Reynolds, naquela época no auge da carreira, traz seu conhecido carisma para o papel do xerife machão que não leva desaforos para casa. Fechando o trio principal do elenco temos um afetado (e hilário) Dom DeLuise, que na TV posa de defensor dos bons costumes, mas que na vida privada tem segredos a esconder. Todos estão muito bem em seus respectivos personagens, que são, em última análise, caricaturas divertidas de tipos bem conhecidos da sociedade Texana da época.
Assistindo a essa produção do começo dos anos 1980 não pude deixar de pensar em como seria complicado fazer um filme como esse nos dias atuais. Afinal de contas em tempos tão politicamente corretos não seria nada fácil vender um filme simpático e bem humorado que retratasse uma autêntica "Whorehouse" americana, tudo feito até com leveza, sem culpas e remorsos. Certamente iriam aparecer os famosos patrulheiros de costumes e coisas do tipo para aporrinhar os produtores (tal como aparece no enredo do filme). Ainda bem que nos anos 80 as coisas eram bem diferentes, o que é um alívio para o espectador, pois aqui temos uma divertida comédia musical, ambientada no bom e velho Texas, com muito humor e diálogos picantes e engraçados. Uma bem humorada história envolvendo apresentadores de TVs oportunistas, xerifes durões, políticos corruptos (como sempre) e simpáticas moças que vivem numa casa pra lá de suspeita. Assista e tenha uma boa diversão!
Pablo Aluísio.
Perfeição
Esse filme é da época em que o Travolta ainda era considerado apenas um ator dançarino. Depois de "Grease" e "Os Embalos de Sábado à Noite" os produtores só conseguiam ver o ator como um astro de musicais. Assim Travolta foi tentando voltar ao sucesso de bilheteria, sempre trilhando por esse caminho. Infelizmente as coisas não iam nada bem. Houve uma continuação de seu maior sucesso, "Saturday Night Fever", dirigido por Stallone mas o filme, apesar das esperanças do estúdio, naufragou completamente. Foi ignorado pelo público. Mas como ninguém por essa época conseguia ver o ator em outro tipo de papel os produtores bancaram uma nova tentativa que foi justamente esse "Perfeição". Em meados dos anos 1980 havia uma moda de vídeos de aeróbica, estrelados por Jane Fonda. Essas fitas VHS venderam muito - e se tornaram um grande sucesso. Essa produção tenta pegar carona nessa modinha.
Jamie Lee Curtis interpreta a instrutora de aeróbica que se envolve com um repórter, John Travolta na pele de um jornalista investigativo que pretende escrever sobre esse mundo dos clubes, dos costumes, dos figurinos e tudo mais. O curioso é que Travolta interpretava um enviado da famosa revista Rolling Stone que na época de lançamento do filme se incomodou como a forma que seu personagem agia. Para os donos da revista não havia qualquer semelhança entre a falta de ética de Travolta no filme e dos profissionais que trabalhavam para a Rolling Stone real. Até ameaças de processo foram levantadas mas depois a revista voltou atrás e deixou a Columbia, estúdio que produziu o filme, em paz. Isso talvez se deva pelo fato de "Perfeição" ter ido muito mal nas bilheterias, o que talvez não justificasse uma longa, cara e cansativa luta nos tribunais. "Perfeição" soa hoje em dia bem datado mas ainda tem seu charme. A trilha sonora, as coreografias e o estilo de dança dos protagonistas deixam um gostinho de saudades para quem viveu naqueles distantes anos 80. Já para os fãs de Travolta o filme se torna mais do que obrigatório já que o ator está mais rebolativo do que de costume. Se lhe interessa, arrisque. A diversão certamente estará garantida.
Perfeição (Perfect, Estados Unidos, 1985) Direção: James Bridges / Roteiro: Aaron Latham, James Bridges / Elenco: John Travolta, Jamie Lee Curtis, Ramey Ellis / Sinopse: Jornalista e instrutora de dança e aeróbica se enamoram no meio do mundo dos clubes e academias dos anos 80.
Pablo Aluísio.
Jamie Lee Curtis interpreta a instrutora de aeróbica que se envolve com um repórter, John Travolta na pele de um jornalista investigativo que pretende escrever sobre esse mundo dos clubes, dos costumes, dos figurinos e tudo mais. O curioso é que Travolta interpretava um enviado da famosa revista Rolling Stone que na época de lançamento do filme se incomodou como a forma que seu personagem agia. Para os donos da revista não havia qualquer semelhança entre a falta de ética de Travolta no filme e dos profissionais que trabalhavam para a Rolling Stone real. Até ameaças de processo foram levantadas mas depois a revista voltou atrás e deixou a Columbia, estúdio que produziu o filme, em paz. Isso talvez se deva pelo fato de "Perfeição" ter ido muito mal nas bilheterias, o que talvez não justificasse uma longa, cara e cansativa luta nos tribunais. "Perfeição" soa hoje em dia bem datado mas ainda tem seu charme. A trilha sonora, as coreografias e o estilo de dança dos protagonistas deixam um gostinho de saudades para quem viveu naqueles distantes anos 80. Já para os fãs de Travolta o filme se torna mais do que obrigatório já que o ator está mais rebolativo do que de costume. Se lhe interessa, arrisque. A diversão certamente estará garantida.
Perfeição (Perfect, Estados Unidos, 1985) Direção: James Bridges / Roteiro: Aaron Latham, James Bridges / Elenco: John Travolta, Jamie Lee Curtis, Ramey Ellis / Sinopse: Jornalista e instrutora de dança e aeróbica se enamoram no meio do mundo dos clubes e academias dos anos 80.
Pablo Aluísio.
domingo, 19 de janeiro de 2014
Uma Noite no Museu 2
Título no Brasil: Uma Noite no Museu 2
Título Original: Night at the Museum: Battle of the Smithsonian
Ano de Produção: 2009
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Shawn Levy
Roteiro: Robert Ben Garant, Thomas Lennon
Elenco: Ben Stiller, Owen Wilson, Amy Adams, Robin Williams
Sinopse:
No Instituto Smithsonian, em Washington, um faraó milenar chamado Kahmunrah, desperta de seu sono eterno para conquistar o mundo. Os demais membros que fazem parte da coleção do museu decidem então pedir a ajuda do velho amigo Larry Daley (Ben Stiller) para combater a terrível ameaça.
Comentários:
Praticamente o mesmo filme anterior, só que com pequenas mudanças para disfarçar a falta de novidades. Falando francamente essa franquia é muito chata. Tudo se baseia em usar ao máximo a tecnologia de efeitos digitais para criar cenas bacaninhas para o público infanto-juvenil. Fora isso nada que venha a ter algum valor cinematográfico. É o chamado filme pipoca de verão por excelência. No elenco, além do chatinho Ben Stiller, ainda temos a presença da carismática Amy Adams em um papel que deve dar vergonha alheia a ela hoje em dia. Owen Wilson também tenta tirar algo de seu raso personagem mas em vão. Pior se sai Robin Williams, que de um passado de sucessos passou a ser coadjuvante de luxo nessa comédia pirotécnica sem a maior importância. A direção é burocrática e as cenas são meras imitações do primeiro filme, mostrando que tudo não passa de um prato ruim requentado. Assim se você viu o primeiro filme só podemos lamentar. Não vá perder seu tempo novamente vendo esse verdadeiro pastel de vento do cinema.
Pablo Aluísio.
Título Original: Night at the Museum: Battle of the Smithsonian
Ano de Produção: 2009
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Shawn Levy
Roteiro: Robert Ben Garant, Thomas Lennon
Elenco: Ben Stiller, Owen Wilson, Amy Adams, Robin Williams
Sinopse:
No Instituto Smithsonian, em Washington, um faraó milenar chamado Kahmunrah, desperta de seu sono eterno para conquistar o mundo. Os demais membros que fazem parte da coleção do museu decidem então pedir a ajuda do velho amigo Larry Daley (Ben Stiller) para combater a terrível ameaça.
Comentários:
Praticamente o mesmo filme anterior, só que com pequenas mudanças para disfarçar a falta de novidades. Falando francamente essa franquia é muito chata. Tudo se baseia em usar ao máximo a tecnologia de efeitos digitais para criar cenas bacaninhas para o público infanto-juvenil. Fora isso nada que venha a ter algum valor cinematográfico. É o chamado filme pipoca de verão por excelência. No elenco, além do chatinho Ben Stiller, ainda temos a presença da carismática Amy Adams em um papel que deve dar vergonha alheia a ela hoje em dia. Owen Wilson também tenta tirar algo de seu raso personagem mas em vão. Pior se sai Robin Williams, que de um passado de sucessos passou a ser coadjuvante de luxo nessa comédia pirotécnica sem a maior importância. A direção é burocrática e as cenas são meras imitações do primeiro filme, mostrando que tudo não passa de um prato ruim requentado. Assim se você viu o primeiro filme só podemos lamentar. Não vá perder seu tempo novamente vendo esse verdadeiro pastel de vento do cinema.
Pablo Aluísio.
James e o Pêssego Gigante
Título no Brasil: James e o Pêssego Gigante
Título Original: James and the Giant Peach
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Walt Disney Pictures
Direção: Henry Selick
Roteiro: Roald Dahl, Karey Kirkpatrick
Elenco: Paul Terry, Joanna Lumley, Pete Postlethwaite
Sinopse:
James é um garotinho feliz até o dia em que seus pais desaparecem, o que para ele foi o resultado do ataque de um rinoceronte voador. Depois da morte de sua mãe e seu pai ele vai morar com suas tias solteironas que o tratam muito mal. Fazem James trabalhar, arrumando a casa e limpando o quintal. Ele se torna um menino solitário, sem amigos, que procura superar sua carência emocional tentando se tornar amigo dos pequenos bichinhos que encontra pela frente na fazenda, como uma aranha em sua janela. Um dia James vê sua vida mudar. Ele encontra um misterioso sujeito que lhe dá um saco cheio de objetos mágicos dentro. Sem querer James deixa tudo cair no chão, transformando totalmente a triste realidade ao seu redor em um mundo mágico e encantado.
Comentários:
Produzido por Tim Burton para a Disney esse pequeno conto "James and the Giant Peach" não é muito familiar às crianças brasileiras. O enredo é bem surreal e se torna mais ainda quando após deixar cair um saco mágico no chão James e suas tias percebem o surgimento de um pêssego gigante em seu quintal. Elas querem explorar comercialmente a enorme fruta enquanto que James acaba entrando dentro dela, dando origem a muitas aventuras mágicas. O filme é muito terno e começa convencional, com atores de carne e osso. Depois que James entra dentro do Pêssego tudo vira uma animação com técnica de stop motion, ou seja, animação de bonecos quadro a quadro. Impossível negar que esse tipo de estilo de animação é muito charmosa. Também não há como não sentir a mão de Tim Burton em toda a produção. O design dos personagens são a sua cara, e o estilo se torna obviamente Burtoniano. Há várias canções na trilha (o diretor Burton certa vez disse que essa animação era um musical em essência) e muitos números musicais ao estilo Broadway. O enredo é bem infantil, mais indicado para crianças bem pequenas, na faixa etária dos 7 anos pois o mundo muito imaginativo que se vê na tela certamente vai deixar todas elas encantadas. É algo que se comunica melhor com a mente delas nessa idade. Já para os mais adultos tudo vai soar como uma grande viagem lisérgica comandada pelo sempre singular Tim Burton.
]Pablo Aluísio.
Título Original: James and the Giant Peach
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Walt Disney Pictures
Direção: Henry Selick
Roteiro: Roald Dahl, Karey Kirkpatrick
Elenco: Paul Terry, Joanna Lumley, Pete Postlethwaite
Sinopse:
James é um garotinho feliz até o dia em que seus pais desaparecem, o que para ele foi o resultado do ataque de um rinoceronte voador. Depois da morte de sua mãe e seu pai ele vai morar com suas tias solteironas que o tratam muito mal. Fazem James trabalhar, arrumando a casa e limpando o quintal. Ele se torna um menino solitário, sem amigos, que procura superar sua carência emocional tentando se tornar amigo dos pequenos bichinhos que encontra pela frente na fazenda, como uma aranha em sua janela. Um dia James vê sua vida mudar. Ele encontra um misterioso sujeito que lhe dá um saco cheio de objetos mágicos dentro. Sem querer James deixa tudo cair no chão, transformando totalmente a triste realidade ao seu redor em um mundo mágico e encantado.
Comentários:
Produzido por Tim Burton para a Disney esse pequeno conto "James and the Giant Peach" não é muito familiar às crianças brasileiras. O enredo é bem surreal e se torna mais ainda quando após deixar cair um saco mágico no chão James e suas tias percebem o surgimento de um pêssego gigante em seu quintal. Elas querem explorar comercialmente a enorme fruta enquanto que James acaba entrando dentro dela, dando origem a muitas aventuras mágicas. O filme é muito terno e começa convencional, com atores de carne e osso. Depois que James entra dentro do Pêssego tudo vira uma animação com técnica de stop motion, ou seja, animação de bonecos quadro a quadro. Impossível negar que esse tipo de estilo de animação é muito charmosa. Também não há como não sentir a mão de Tim Burton em toda a produção. O design dos personagens são a sua cara, e o estilo se torna obviamente Burtoniano. Há várias canções na trilha (o diretor Burton certa vez disse que essa animação era um musical em essência) e muitos números musicais ao estilo Broadway. O enredo é bem infantil, mais indicado para crianças bem pequenas, na faixa etária dos 7 anos pois o mundo muito imaginativo que se vê na tela certamente vai deixar todas elas encantadas. É algo que se comunica melhor com a mente delas nessa idade. Já para os mais adultos tudo vai soar como uma grande viagem lisérgica comandada pelo sempre singular Tim Burton.
]Pablo Aluísio.
sábado, 18 de janeiro de 2014
O Informante
Título no Brasil: O Informante
Título Original: The Insider
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Michael Mann
Roteiro: Marie Brenner, Eric Roth
Elenco: Russell Crowe, Al Pacino, Christopher Plummer
Sinopse:
O filme narra a estória de um ex-executivo da indústria de cigarros dos Estados Unidos que após anos trabalhando em uma grande empresa decide revelar todo o jogo antiético das corporações que sempre em busca de grandes lucros promovem modificações na composição de seus produtos visando aumentar a dependência dos seus usuários. Baseado em fatos reais. Indicado ao Oscar nas categorias de melhor filme, melhor direção (Michael Mann), melhor ator (Russell Crowe), melhor roteiro adaptado, melhor fotografia, melhor montagem e melhor som. Indicado ao Globo de Ouro nas categorias de melhor filme - drama, melhor direção (Michael Mann), melhor ator em drama (Russel Crowe), melhor roteiro e melhor trilha sonora original.
Comentários:
Durante décadas a indústria do tabaco nos Estados Unidos (e por extensão do mundo todo) promoveu estudos internos tentando encontrar algum resultado positivo em seu produto. Tudo o que concluiu porém foi que o tabaco era certamente responsável por terríveis doenças como o câncer de pulmão, entre outros. Obviamente que por mero interesse comercial (havia milhões em jogo) tudo foi varrido para debaixo do tapete. Como se isso não bastasse, de forma sorrateira, algumas empresas também começaram a apostar numa mudança na composição química de seus cigarros para aumentar o nível de dependência de seus usuários, os fumantes, tanto passivos como ativos. Tal comportamento, completamente antiético e ilegal, só veio à tona quando um ex-executivo da própria indústria americana resolveu abrir o jogo em um artigo publicado em um dos grandes jornais de Nova Iorque, mostrando todo o jogo sujo que havia por trás das grandes indústrias do fumo nos Estados Unidos.
Foi a partir desse material que nasceu "O Informante". Se trata de um filme que se propõe a denunciar o que está por baixo das pesquisas feitas pelas milionárias empresas que comercializam cigarros na América. O personagem interpretado por Russell Crowe pode até soar esquisito para alguns, mas o valor de seu trabalho não pode ser contestado. Crowe se entregou de corpo e alma ao papel e acabou recebendo importantes indicações para todos os principais prêmios da indústria do cinema (Oscar, Globo de Ouro, BAFTA e até Satellite Awards). Some-se a isso o excelente elenco de apoio que conta com monstros como Al Pacino (pouco tempo em cena, mas marcante como sempre) e Christopher Plummer e você entenderá a força da mensagem dessa produção. É um filme para reflexão, bem investigativo e que levanta questões importantes. Por essa razão talvez não desperte mais nem sequer a curiosidade dos mais jovens hoje em dia, mais interessados em banalidades. De qualquer forma para quem está em busca de respostas sobre o tema ainda não há nada melhor no cinema.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Insider
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Michael Mann
Roteiro: Marie Brenner, Eric Roth
Elenco: Russell Crowe, Al Pacino, Christopher Plummer
Sinopse:
O filme narra a estória de um ex-executivo da indústria de cigarros dos Estados Unidos que após anos trabalhando em uma grande empresa decide revelar todo o jogo antiético das corporações que sempre em busca de grandes lucros promovem modificações na composição de seus produtos visando aumentar a dependência dos seus usuários. Baseado em fatos reais. Indicado ao Oscar nas categorias de melhor filme, melhor direção (Michael Mann), melhor ator (Russell Crowe), melhor roteiro adaptado, melhor fotografia, melhor montagem e melhor som. Indicado ao Globo de Ouro nas categorias de melhor filme - drama, melhor direção (Michael Mann), melhor ator em drama (Russel Crowe), melhor roteiro e melhor trilha sonora original.
Comentários:
Durante décadas a indústria do tabaco nos Estados Unidos (e por extensão do mundo todo) promoveu estudos internos tentando encontrar algum resultado positivo em seu produto. Tudo o que concluiu porém foi que o tabaco era certamente responsável por terríveis doenças como o câncer de pulmão, entre outros. Obviamente que por mero interesse comercial (havia milhões em jogo) tudo foi varrido para debaixo do tapete. Como se isso não bastasse, de forma sorrateira, algumas empresas também começaram a apostar numa mudança na composição química de seus cigarros para aumentar o nível de dependência de seus usuários, os fumantes, tanto passivos como ativos. Tal comportamento, completamente antiético e ilegal, só veio à tona quando um ex-executivo da própria indústria americana resolveu abrir o jogo em um artigo publicado em um dos grandes jornais de Nova Iorque, mostrando todo o jogo sujo que havia por trás das grandes indústrias do fumo nos Estados Unidos.
Foi a partir desse material que nasceu "O Informante". Se trata de um filme que se propõe a denunciar o que está por baixo das pesquisas feitas pelas milionárias empresas que comercializam cigarros na América. O personagem interpretado por Russell Crowe pode até soar esquisito para alguns, mas o valor de seu trabalho não pode ser contestado. Crowe se entregou de corpo e alma ao papel e acabou recebendo importantes indicações para todos os principais prêmios da indústria do cinema (Oscar, Globo de Ouro, BAFTA e até Satellite Awards). Some-se a isso o excelente elenco de apoio que conta com monstros como Al Pacino (pouco tempo em cena, mas marcante como sempre) e Christopher Plummer e você entenderá a força da mensagem dessa produção. É um filme para reflexão, bem investigativo e que levanta questões importantes. Por essa razão talvez não desperte mais nem sequer a curiosidade dos mais jovens hoje em dia, mais interessados em banalidades. De qualquer forma para quem está em busca de respostas sobre o tema ainda não há nada melhor no cinema.
Pablo Aluísio.
A Hora do Espanto 2 (2013)
Título no Brasil: A Hora do Espanto 2
Título Original: Fright Night 2
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Gaeta / Rosenzweig Films
Direção: Eduardo Rodriguez
Roteiro: Matt Venne
Elenco: Will Payne, Jaime Murray, Sean Power
Sinopse:
Charley Brewster (Will Payne) é um estudante americano que vai para a Romênia participar de um curso sobre história da arte européia. A professora é a bonita e sexy Gerri Dandridge (Jaime Murray) que durante as aulas começa a exercer um estranho fascínio em Charley. Ele fica intrigado com ela e para sua surpresa acaba presenciando nos corredores da universidade, numa noite escura, a morte de um aluno pelas mãos de Gerri, que na verdade nada mais é do que uma vampira secular, sempre em busca de sangue de seus jovens alunos. Agora, desesperado, ele parte a procura de ajuda e ao lado do amigo Evil (Chris Waller) tentará convencer o apresentador de reality shows sobre temas misteriosos, Peter Vincent (Sean Power), a participar da caçada contra a vampira sanguinária.
Comentários:
Isso tem se tornado comum ultimamente nos Estados Unidos. Continuações de grandes sucessos do passado sendo lançadas diretamente no mercado de DVD. Com orçamentos bem mais modestos e elenco desconhecido do grande público esse tipo de lançamento visa faturar alguns trocados a mais em cima do nome comercial forte de franquias que não despertam mais o interesse dos grandes estúdios. Esse "Fright Night 2" traz um roteiro genérico, que tenta mais uma vez parecer diferente dos demais filmes, mesmo sendo em última análise igual aos anteriores. Os personagens que conhecemos (Charley, Evil e Peter Vincent) estão todos lá, com novos atores, mas obviamente sem o mesmo charme de antigamente. O curioso é que se "A Hora do Espanto" (o original de 1985) investia brilhantemente em um um terror com pitadas divertidas de um humor mais cômico, esse aqui não tem nada de engraçado. O roteiro pega carona na lenda de Elizabeth Báthory, a condessa que matava jovens virgens para se banhar em seu sangue, em busca de uma suposta juventude e beleza eternas. Essa mulher que realmente existiu acabou inspirando Bram Stoker na composição de seu mais famoso e imortal livro, "Drácula" em 1897. Assim espere pelo pacote completo, mortes, banheiras (e piscinas!) cheias de sangue humano e uma ou outra cena mais violenta. A atriz Jaime Murray que interpreta a vampira de fato é uma mulher muito bonita mas como atriz deixa a desejar. O personagem Peter Vincent, que tanto carisma emprestou ao filme original, está novamente desfigurado, sem graça, sem charme. Só recomendaria mesmo essa produção aos fãs da franquia "Fright Night" mas mesmo assim apenas para servir como mera curiosidade. Se você for esperar por algo especial vai se decepcionar. O filme até tem alguns bons momentos (como a cena inicial do ataque no posto de gasolina) mas no geral é um filme de terror apenas bem mediano.
Pablo Aluísio.
Título Original: Fright Night 2
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Gaeta / Rosenzweig Films
Direção: Eduardo Rodriguez
Roteiro: Matt Venne
Elenco: Will Payne, Jaime Murray, Sean Power
Sinopse:
Charley Brewster (Will Payne) é um estudante americano que vai para a Romênia participar de um curso sobre história da arte européia. A professora é a bonita e sexy Gerri Dandridge (Jaime Murray) que durante as aulas começa a exercer um estranho fascínio em Charley. Ele fica intrigado com ela e para sua surpresa acaba presenciando nos corredores da universidade, numa noite escura, a morte de um aluno pelas mãos de Gerri, que na verdade nada mais é do que uma vampira secular, sempre em busca de sangue de seus jovens alunos. Agora, desesperado, ele parte a procura de ajuda e ao lado do amigo Evil (Chris Waller) tentará convencer o apresentador de reality shows sobre temas misteriosos, Peter Vincent (Sean Power), a participar da caçada contra a vampira sanguinária.
Comentários:
Isso tem se tornado comum ultimamente nos Estados Unidos. Continuações de grandes sucessos do passado sendo lançadas diretamente no mercado de DVD. Com orçamentos bem mais modestos e elenco desconhecido do grande público esse tipo de lançamento visa faturar alguns trocados a mais em cima do nome comercial forte de franquias que não despertam mais o interesse dos grandes estúdios. Esse "Fright Night 2" traz um roteiro genérico, que tenta mais uma vez parecer diferente dos demais filmes, mesmo sendo em última análise igual aos anteriores. Os personagens que conhecemos (Charley, Evil e Peter Vincent) estão todos lá, com novos atores, mas obviamente sem o mesmo charme de antigamente. O curioso é que se "A Hora do Espanto" (o original de 1985) investia brilhantemente em um um terror com pitadas divertidas de um humor mais cômico, esse aqui não tem nada de engraçado. O roteiro pega carona na lenda de Elizabeth Báthory, a condessa que matava jovens virgens para se banhar em seu sangue, em busca de uma suposta juventude e beleza eternas. Essa mulher que realmente existiu acabou inspirando Bram Stoker na composição de seu mais famoso e imortal livro, "Drácula" em 1897. Assim espere pelo pacote completo, mortes, banheiras (e piscinas!) cheias de sangue humano e uma ou outra cena mais violenta. A atriz Jaime Murray que interpreta a vampira de fato é uma mulher muito bonita mas como atriz deixa a desejar. O personagem Peter Vincent, que tanto carisma emprestou ao filme original, está novamente desfigurado, sem graça, sem charme. Só recomendaria mesmo essa produção aos fãs da franquia "Fright Night" mas mesmo assim apenas para servir como mera curiosidade. Se você for esperar por algo especial vai se decepcionar. O filme até tem alguns bons momentos (como a cena inicial do ataque no posto de gasolina) mas no geral é um filme de terror apenas bem mediano.
Pablo Aluísio.
Rota de Fuga
Título no Brasil: Rota de Fuga
Título Original: Ticket Out
Ano de Produção: 2011
País: Estados Unidos
Estúdio: Disparate Films, Minds Eye Entertainment
Direção: Doug Lodato
Roteiro: Suzanne Collins, Doug Lodato
Elenco: Ray Liotta, Alexandra Breckenridge, Colin Ford, Billy Burke
Sinopse:
Após um fim de casamento muito complicado, a divorciada Jocelyn (Alexandra Breckenridge) precisa proteger seus dois filhos de seu ex-marido, um homem violento e abusivo. Para isso ela só conta a ajuda de Jim (Ray Liotta), um homem de fibra e coragem que assume a responsabilidade de proteger a família. Ele mostra para Jocelyn uma extensa rota de fuga que foi criada justamente para amparar famílias vítimas de violência doméstica como ela. Procurada pelo marido irascível Jocelyn agora precisa fugir por sua vida e a de seus filhos.
Comentários:
Na falta de argumentos melhores Hollywood resolveu transformar as eternas brigas pelas custódias dos filhos em um thriller de ação. A estrutura do filme porém é das mais convencionais, chegando muitas vezes a ter aquele jeitão de telefilmes baseados em fatos reais que tanto conhecemos. O roteiro é obviamente muito manipulador pois coloca o marido como um sujeito tão desprezível que logo cai na caricatura. Ray Liotta, mesmo interpretando um personagem supostamente do bem, não consegue perder seus maneirismos típicos de vilões. Não são poucas as cenas em que ele se comporta como se estivesse em "Os Bons Companheiros". Sua interpretação inclusive quase leva o espectador a acreditar que haverá algum tipo de reviravolta na trama, sendo ele o autor de algum plano maquiavélico no meio do caminho. Já Alexandra Breckenridge é uma beldade e tanto, uma loira muito bonita, com cara de modelo e que por isso se torna pouco convincente no papel de uma mãe desesperada querendo salvar seus dois filhos das garras do marido malvado. A trilha sonora incidental é péssima mas isso é compensando pela fotografia, pois há belas paisagens em cena. No saldo geral é um filme que não consegue ser muito convincente em muitos aspectos. Para uma noite de sábado sem balada porém até que pode servir para alguma coisa. Se for o seu caso tente, pois será exibido hoje à noite em Supercine, na Globo.
Pablo Aluísio.
Título Original: Ticket Out
Ano de Produção: 2011
País: Estados Unidos
Estúdio: Disparate Films, Minds Eye Entertainment
Direção: Doug Lodato
Roteiro: Suzanne Collins, Doug Lodato
Elenco: Ray Liotta, Alexandra Breckenridge, Colin Ford, Billy Burke
Sinopse:
Após um fim de casamento muito complicado, a divorciada Jocelyn (Alexandra Breckenridge) precisa proteger seus dois filhos de seu ex-marido, um homem violento e abusivo. Para isso ela só conta a ajuda de Jim (Ray Liotta), um homem de fibra e coragem que assume a responsabilidade de proteger a família. Ele mostra para Jocelyn uma extensa rota de fuga que foi criada justamente para amparar famílias vítimas de violência doméstica como ela. Procurada pelo marido irascível Jocelyn agora precisa fugir por sua vida e a de seus filhos.
Comentários:
Na falta de argumentos melhores Hollywood resolveu transformar as eternas brigas pelas custódias dos filhos em um thriller de ação. A estrutura do filme porém é das mais convencionais, chegando muitas vezes a ter aquele jeitão de telefilmes baseados em fatos reais que tanto conhecemos. O roteiro é obviamente muito manipulador pois coloca o marido como um sujeito tão desprezível que logo cai na caricatura. Ray Liotta, mesmo interpretando um personagem supostamente do bem, não consegue perder seus maneirismos típicos de vilões. Não são poucas as cenas em que ele se comporta como se estivesse em "Os Bons Companheiros". Sua interpretação inclusive quase leva o espectador a acreditar que haverá algum tipo de reviravolta na trama, sendo ele o autor de algum plano maquiavélico no meio do caminho. Já Alexandra Breckenridge é uma beldade e tanto, uma loira muito bonita, com cara de modelo e que por isso se torna pouco convincente no papel de uma mãe desesperada querendo salvar seus dois filhos das garras do marido malvado. A trilha sonora incidental é péssima mas isso é compensando pela fotografia, pois há belas paisagens em cena. No saldo geral é um filme que não consegue ser muito convincente em muitos aspectos. Para uma noite de sábado sem balada porém até que pode servir para alguma coisa. Se for o seu caso tente, pois será exibido hoje à noite em Supercine, na Globo.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 17 de janeiro de 2014
Oscar 1987
Oscar 1987
Eu acompanho o Oscar com regularidade desde 1987. Por essa razão vou começar hoje uma pequena retrospectiva sobre o prêmio justamente por esse ano. Todas as sextas estarei falando sobre uma premiação do Oscar aqui no blog. É claro que entendo que o Oscar é antes de mais nada um espetáculo para as massas, mais um show dentro do muito apropriadamente chamado show business. Dito isso não significa que o filme que vence o Oscar de Melhor Filme em seu ano é de fato o mais perfeito lançado naquele período. Nada disso. Oscar além de um grande negócio para a Academia é também política! Como a votação é feita pelos próprios membros da Academia o indicado deve saber manejar bem seu jogo de relações públicas entre seus colegas, caso contrário nada feito. Pode ser o ator mais talentoso, o mais criativo diretor de todos os tempos ou o roteirista mais maravilhoso que nada levará. Oscar é isso, acima de tudo. Mesmo assim é impossível negar seu glamour e seu charme mesmo após tantas décadas. Pessoas que não ligam para o cinema acabam se interessando um pouco todos os anos, justamente por causa do Oscar. Negar isso é simplesmente negar a realidade dos fatos. O Oscar é justo? Quase nunca não! É importante para o cinema? Tenha plena certeza disso.
Pois bem, em 1987 o grande vencedor da noite foi "Platoon" de Oliver Stone. Era um filme escrito e dirigido por alguém que esteve na Guerra do Vietnã e viu de perto o absurdo daquele conflito. Na época Stone explicou que havia escrito o roteiro de "Platoon" (que significa em português, "Pelotão") pela simples razão de tentar entender por tudo o que passou. Era um tipo de auto análise, exorcismo pessoal, para finalmente superar tudo aquilo. O enredo era metade ficção e metade baseado em fatos reais. De fato é um ótimo texto, um excelente roteiro, que mostrava o outro lado do soldado americano. Não mais o herói dos antigos filmes de guerra mas sim um sujeito meio perdido, vivenciando uma guerra que mal compreendia e presenciando atos horrendos de violência gratuita - inclusive contra civis. "Platoon" daria mais força ainda ao chamado ciclo do Vietnã, uma série de filmes dos anos 80 sobre o conflito que até aquela década os americanos queriam mais era esquecer.
Concorreram ao Oscar de Melhor filme com "Platoon" naquele ano os filmes "Filhos do Silêncio", "Hannah e Suas Irmãs", "A Missão" e "Uma Janela para o Amor". Todos bons filmes, acima da média. Eu sou um defensor do número de apenas cinco concorrentes ao Oscar de melhor filme do ano. Hoje em dia como sabemos temos 10 indicados - um exagero completo! Cinco está de bom tamanho. Quando se indicam 10 filmes a tendência é que entrem bobagens entre os concorrentes (como inclusive já entrou nas últimas premiações). Desses quatro indicados eu destaco "Uma Janela para o Amor" do excelente diretor James Ivory (que também foi indicado ao Oscar de Melhor Direção). Ivory, gosto de repetir, é sinônimo de elegância, classe e sofisticação. Woody Allen e David Lynch (por "Veludo Azul") também concorreram naquele ano mas o vencedor foi mesmo Oliver Stone por "Platoon". Aliás é tradição o melhor filme levar o prêmio também de melhor direção. Poucos foram os anos em que isso não ocorreu. Acho essa mentalidade plenamente justa já que é lógico supor que o melhor filme do ano também seja o mais bem dirigido.
Na categoria Melhor ator do ano houve um fato marcante. Após uma das carreiras mais brilhantes da história de Hollywood finalmente o grande Paul Newman foi premiado por "A Cor do Dinheiro". Ele corria o risco de seguir os passos de outros monstros da história do cinema como Charles Chaplin e Alfred Hitchcock que nunca venceram o Oscar por seus trabalhos maravilhosos. Tentando corrigir esse erro que seria histórico então resolveram premiar o velho Newman numa justa (mas tardia) premiação em sua carreira. O filme aliás era realmente muito bom. Ao seu lado o maior galã da época, Tom Cruise, que iria perseguir o Oscar por longos anos, sempre se frustrando a cada premiação. Para melhor ator coadjuvante o vencedor do ano foi outro veterano muito querido, Michael Caine, por seu trabalho em "Hannah e Suas Irmãs". Durante anos Caine foi satirizado por topar fazer qualquer filme, inclusive algumas horrendas continuações de "Tubarão" mas aqui teve seu reconhecimento, também tardio, mas também justo.
Na categoria atriz Marlee Matlin foi premiada por "Filhos do Silêncio". O prêmio teve um significado profundo pois foi o primeiro dado a uma deficiente. O mais importante porém é reconhecer que ela de fato mereceu a premiação. Seu trabalho no filme é realmente emocionante. Na categoria atriz coadjuvante Dianne Wiest levou o prêmio por "Hannah e Suas Irmãs", outra premiação também merecida, muito embora eu pessoalmente preferisse a querida Maggie Smith por "Uma Janela para o Amor", Já o prêmio de roteiro foi para Woody Allen por "Hannah e Suas Irmãs" mas ele não apareceu na festa para receber seu Oscar, preferindo ficar tocando clarinete em um clube de jazz de Nova Iorque - seu hobbie de longos anos. Já nos chamados Oscars técnicos o grande vencedor da noite foi a excelente ficção "Aliens, o Resgate". Levando os prêmios de Efeitos Especiais, Efeitos Sonoros (Som). "A Mosca", como era de se esperar levou o Oscar de Melhor Maquiagem em uma das maiores barbadas da história da Academia. Ninguém pensaria que seria diferente. A melhor música original do ano foi a do grande sucesso "Top Gun: Ases Indomáveis" que superou inclusive outros "clássicos" dos anos 80 como por exemplo "Karate Kid II - A Hora da Verdade Continua" e "A Pequena Loja dos Horrores" (na minha opinião a mais bem escrita).
Finalizando essa pequena retrospectiva do Oscar de 1987 não poderia deixar de citar o prêmio Irving G. Thalberg dado a Steven Spielberg. Como se sabe Spielberg nos anos 80 foi o monarca absoluto de Hollywood mas nunca conseguia levar o prêmio máximo da sétima arte para casa. Oscar para ele era uma miragem. A indústria então resolveu reconhecer sua importância para a indústria o premiado com esse honroso troféu. Spielberg sabia que sua fama de "Peter Pan" o estava atrapalhando em busca de seu Oscar e por isso ainda nos anos 80 providenciou uma série de projetos mais sérios para um dia, quem sabe, chegar lá! E isso como todos sabemos realmente aconteceria. O eterno Peter Pan cresceria e seria finalmente reconhecido pela Academia alguns anos mais tarde.
Pablo Aluísio.
Eu acompanho o Oscar com regularidade desde 1987. Por essa razão vou começar hoje uma pequena retrospectiva sobre o prêmio justamente por esse ano. Todas as sextas estarei falando sobre uma premiação do Oscar aqui no blog. É claro que entendo que o Oscar é antes de mais nada um espetáculo para as massas, mais um show dentro do muito apropriadamente chamado show business. Dito isso não significa que o filme que vence o Oscar de Melhor Filme em seu ano é de fato o mais perfeito lançado naquele período. Nada disso. Oscar além de um grande negócio para a Academia é também política! Como a votação é feita pelos próprios membros da Academia o indicado deve saber manejar bem seu jogo de relações públicas entre seus colegas, caso contrário nada feito. Pode ser o ator mais talentoso, o mais criativo diretor de todos os tempos ou o roteirista mais maravilhoso que nada levará. Oscar é isso, acima de tudo. Mesmo assim é impossível negar seu glamour e seu charme mesmo após tantas décadas. Pessoas que não ligam para o cinema acabam se interessando um pouco todos os anos, justamente por causa do Oscar. Negar isso é simplesmente negar a realidade dos fatos. O Oscar é justo? Quase nunca não! É importante para o cinema? Tenha plena certeza disso.
Pois bem, em 1987 o grande vencedor da noite foi "Platoon" de Oliver Stone. Era um filme escrito e dirigido por alguém que esteve na Guerra do Vietnã e viu de perto o absurdo daquele conflito. Na época Stone explicou que havia escrito o roteiro de "Platoon" (que significa em português, "Pelotão") pela simples razão de tentar entender por tudo o que passou. Era um tipo de auto análise, exorcismo pessoal, para finalmente superar tudo aquilo. O enredo era metade ficção e metade baseado em fatos reais. De fato é um ótimo texto, um excelente roteiro, que mostrava o outro lado do soldado americano. Não mais o herói dos antigos filmes de guerra mas sim um sujeito meio perdido, vivenciando uma guerra que mal compreendia e presenciando atos horrendos de violência gratuita - inclusive contra civis. "Platoon" daria mais força ainda ao chamado ciclo do Vietnã, uma série de filmes dos anos 80 sobre o conflito que até aquela década os americanos queriam mais era esquecer.
Concorreram ao Oscar de Melhor filme com "Platoon" naquele ano os filmes "Filhos do Silêncio", "Hannah e Suas Irmãs", "A Missão" e "Uma Janela para o Amor". Todos bons filmes, acima da média. Eu sou um defensor do número de apenas cinco concorrentes ao Oscar de melhor filme do ano. Hoje em dia como sabemos temos 10 indicados - um exagero completo! Cinco está de bom tamanho. Quando se indicam 10 filmes a tendência é que entrem bobagens entre os concorrentes (como inclusive já entrou nas últimas premiações). Desses quatro indicados eu destaco "Uma Janela para o Amor" do excelente diretor James Ivory (que também foi indicado ao Oscar de Melhor Direção). Ivory, gosto de repetir, é sinônimo de elegância, classe e sofisticação. Woody Allen e David Lynch (por "Veludo Azul") também concorreram naquele ano mas o vencedor foi mesmo Oliver Stone por "Platoon". Aliás é tradição o melhor filme levar o prêmio também de melhor direção. Poucos foram os anos em que isso não ocorreu. Acho essa mentalidade plenamente justa já que é lógico supor que o melhor filme do ano também seja o mais bem dirigido.
Na categoria Melhor ator do ano houve um fato marcante. Após uma das carreiras mais brilhantes da história de Hollywood finalmente o grande Paul Newman foi premiado por "A Cor do Dinheiro". Ele corria o risco de seguir os passos de outros monstros da história do cinema como Charles Chaplin e Alfred Hitchcock que nunca venceram o Oscar por seus trabalhos maravilhosos. Tentando corrigir esse erro que seria histórico então resolveram premiar o velho Newman numa justa (mas tardia) premiação em sua carreira. O filme aliás era realmente muito bom. Ao seu lado o maior galã da época, Tom Cruise, que iria perseguir o Oscar por longos anos, sempre se frustrando a cada premiação. Para melhor ator coadjuvante o vencedor do ano foi outro veterano muito querido, Michael Caine, por seu trabalho em "Hannah e Suas Irmãs". Durante anos Caine foi satirizado por topar fazer qualquer filme, inclusive algumas horrendas continuações de "Tubarão" mas aqui teve seu reconhecimento, também tardio, mas também justo.
Na categoria atriz Marlee Matlin foi premiada por "Filhos do Silêncio". O prêmio teve um significado profundo pois foi o primeiro dado a uma deficiente. O mais importante porém é reconhecer que ela de fato mereceu a premiação. Seu trabalho no filme é realmente emocionante. Na categoria atriz coadjuvante Dianne Wiest levou o prêmio por "Hannah e Suas Irmãs", outra premiação também merecida, muito embora eu pessoalmente preferisse a querida Maggie Smith por "Uma Janela para o Amor", Já o prêmio de roteiro foi para Woody Allen por "Hannah e Suas Irmãs" mas ele não apareceu na festa para receber seu Oscar, preferindo ficar tocando clarinete em um clube de jazz de Nova Iorque - seu hobbie de longos anos. Já nos chamados Oscars técnicos o grande vencedor da noite foi a excelente ficção "Aliens, o Resgate". Levando os prêmios de Efeitos Especiais, Efeitos Sonoros (Som). "A Mosca", como era de se esperar levou o Oscar de Melhor Maquiagem em uma das maiores barbadas da história da Academia. Ninguém pensaria que seria diferente. A melhor música original do ano foi a do grande sucesso "Top Gun: Ases Indomáveis" que superou inclusive outros "clássicos" dos anos 80 como por exemplo "Karate Kid II - A Hora da Verdade Continua" e "A Pequena Loja dos Horrores" (na minha opinião a mais bem escrita).
Finalizando essa pequena retrospectiva do Oscar de 1987 não poderia deixar de citar o prêmio Irving G. Thalberg dado a Steven Spielberg. Como se sabe Spielberg nos anos 80 foi o monarca absoluto de Hollywood mas nunca conseguia levar o prêmio máximo da sétima arte para casa. Oscar para ele era uma miragem. A indústria então resolveu reconhecer sua importância para a indústria o premiado com esse honroso troféu. Spielberg sabia que sua fama de "Peter Pan" o estava atrapalhando em busca de seu Oscar e por isso ainda nos anos 80 providenciou uma série de projetos mais sérios para um dia, quem sabe, chegar lá! E isso como todos sabemos realmente aconteceria. O eterno Peter Pan cresceria e seria finalmente reconhecido pela Academia alguns anos mais tarde.
Pablo Aluísio.
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