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domingo, 22 de janeiro de 2012

Compramos um Zoológico

Jovem viúvo (Matt Damon) resolve comprar uma nova casa para ele e seus dois filhos, uma garotinha e um pré adolescente. Após pesquisar por vários imóveis escolhe uma bela casa com amplo terreno. O problema é que o local na realidade é um zoológico com tigres, ursos e animais diversos. O novo filme do diretor Cameron Crowe é uma produção família, bem desenvolvido, leve, soft, tipicamente um filme familiar que enobrece os laços de parentesco entre pais e filhos. Há uma pequena tensão entre Damon e seu primogênito mas nada que se torne pesado ou dramático demais. O filme tem dramas familiares contidos, nada que vá preocupar a quem quer apenas um passatempo divertido. Apesar disso também não é uma produção infantil. Nada de bichos falantes ou algo do tipo. Obviamente os animais estão todos lá, mas como meras peças do enredo. Matt Damon está bem adequado ao papel. Ele tem esse estilo boa praça e amigão e facilmente os espectadores criarão empatia com ele. Já Scarlett Johansson é apenas uma coadjuvante de luxo. Não tem uma presença marcante e também não mostra muita química com Damon no namorico que acontece no roteiro.

Esse é o filme mais singular de Cameron Crowe. Não existe nenhum traço mais autoral do diretor (que ficou conhecido em suas obras originais justamente por isso). Crowe apresenta apenas um daqueles chamados "filmes de estúdio" onde tudo já vem devidamente empacotado e pensado pelos executivos engravatados das grandes produtoras cabendo ao diretor apenas entregar o produto pronto e embalado. É uma produção típica para passar nos cinemas de shopping center - divertido sim mas sem maiores pretensões. Pelo menos esse aqui não aborrece no final das contas, dando para assistir sem maiores problemas.

Compramos um Zoológico (We Bought a Zoo, Estados Unidos, 2011) / Diretor: Cameron Crowe / Roteiro: Aline Brosh McKenna, Cameron Crowe, baseados na obra de Benjamin Mee / Elenco: Matt Damon, Scarlett Johansson, Elle Fanning, Patrick Fugit, Stephanie Szostak, Thomas Haden Church, Carla Gallo, Desi Lydic, John Michael Higgins / Sinopse: Benjamin Mee (Matt Damon) é um homem que, ao lado de sua família, encontra uma bela casa no interior, mas é surpreendido ao descobrir que o lugar é um zoológico abandonado. Assim, ele aceita o desafio e compra a casa, na esperança de restaurar a antiga glória do local.

Pablo Aluísio.

domingo, 15 de janeiro de 2012

Zona Verde

Os atos do governo George W. Bush continuam a assombrar os americanos. Uma prova é o argumento desse filme que retrata um oficial americano envolvido na busca das chamadas ADM (Armas de Destruição em Massa). Como hoje sabemos nada foi encontrado no Iraque. Para quem não se lembra foi justamente a existência dessas armas que justificou a invasão americana ao país de Saddam Hussein. Curiosamente mesmo após tantos anos nenhum figurão foi responsabilizado pelas mortes e pela operação militar naquele país. Pelo jeito não é só em nosso país que existe impunidade para os altos cargos governamentais. Mas deixemos esse debate um pouco de lado. "Zona Verde" é um bom filme de inteligência militar. O roteiro é bem escrito, bem desenvolvido. Matt Damon surge à vontade em seu papel, com ecos de sua franquia bem sucedida Bourne. O filme também mostra um aspecto curioso envolvendo duas das maiores agências de segurança dos EUA: a CIA e o FBI. O Pentágono e o complexo industrial armamentista também são lembrados e citados. Afinal a quem interessava um conflito dessa dimensão?

Como, apesar das boas intenções, se trata de um produto comercial "Zona Verde" traz diversas concessões. Uma delas é a própria figura do personagem principal. O "mocinho" aqui é personificado pelo Oficial Miller (Matt Damon) que é ajudado por um agente da CIA inconformado pelos rumos que a guerra tomou. Já o antagonista é todo centralizado em apenas uma figura cheia de mistérios (talvez para simplificar o que acontece em cena ao grande público) interpretado pelo sempre eficiente Greg Kinnear. Nesse labirinto de intrigas, meias verdades e falsas pistas o filme vai se desenvolvendo de forma que realmente prende a atenção do espectador. As cenas de ação propriamente ditas são bem realizadas, com muita câmera na mão e correria (o que pode incomodar alguns) mas mesmo assim não chegam a comprometer o resultado final. Há uma cena em especial que achei bem conduzida, já no final, com uma queda de um helicóptero americano. Até me recordei do bom "Falcão Negro em Perigo". Em conclusão "Zona Verde" é um bom filme de ação que não se descuida de uma bem escrita trama de espionagem. Vale a sessão certamente.

Zona Verde (Green Zone, Estados Unidos, 2010) Direção de Paul Greengrass / Roteiro: Brian Helgeland baseado no livro de Rajiv Chandrasekaran / Elenco: Matt Damon, Jason Isaacs, Greg Kinnear / Sinopse: Oficial americano (Matt Damon) se envolve em complexa rede de espionagem e inteligência envolvendo a questão das chamadas Armas de Destruição em Massa.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Contágio

O filme parte da premissa do surgimento de um super vírus que se alastra com enorme rapidez, contaminando da China aos EUA, passando pela Europa e daí para o restante do mundo. O argumento é tipicamente de filme catástrofe só que sob uma roupagem de pseudo ciência. O problema de um roteiro como esse é que propõe um quase apocalipse para depois, faltando menos de 20 minutos de filme, se resolver tudo de forma tão fácil e sem graça que a situação criada vai por água abaixo. O curioso é que a produção não se fez de rogada e copiou muito dos filmes de zumbis, com todas aquelas grandes cidades desertas e os habitantes não contaminados agindo como verdadeiros animais, saqueando lojas e cometendo crimes. Enfim, pura bobagem. A produção ganhou uma promoção extra gratuita pois perto de seu lançamento os noticiários ao redor do mundo divulgaram os perigos de um novo vírus da gripe que fazia vítimas ao redor do planeta, inclusive aqui no Brasil. Curiosamente a tal nova gripe que rapidamente surgiu também desapareceu na mesma velocidade. Campanhas de vacinação em massa foram promovidas por diversos governos e assim o mal ficou praticamente erradicado. Isso veio demonstrar que no mundo real uma situação como a que vemos no filme dificilmente se tornaria realidade pois a ciência está muito desenvolvida em nossos dias. Os tempos de mortes em massa como ocorreu com a gripe espanhola no começo do século XX é coisa do passado.

O elenco conta com vários nomes conhecidos mas todos eles, sem exceção, são desperdiçados. Em essência não passam de coadjuvantes de luxo. Gwyneth Paltrow está creditada como a principal atriz do filme o que me deixa admirado pois sua participação não tem absolutamente nada demais. Ela aparece e em pouco tempo some do mapa. Já Matt Damon tinha tudo para se destacar mas seu papel é raso (e tolo) como todos os demais. Bancando o "paizão" o ator realmente não sai muito disso, ficando no controle remoto. Suas reações em vista de grandes tragédias também não convencem, quase sempre caindo na caricatura. Outro talento jogado para escanteio é Kate Winslet. Interpretando uma médica ela aparece, fala meia dúzia de diálogos e vai para a insignificância! Jude Law tem um papel melhor, a do típico blogueiro que escreve sobre teorias da conspiração. Infelizmente também não é desenvolvido adequadamente. Enfim esse "Contágio" não me cativou. Achei sensacionalista demais, pouco desenvolvido em relação aos personagens e com clímax banal e decepcionante. Eu esperava bem mais, muito mais desse filme.

Contágio (Contagion, Estados Unidos, 2011) Direção: Steven Soderbergh / Roteiro: Scott Z. Burns / Elenco: Gwyneth Paltrow, Matt Damon, Kate Winslet, Jude Law / Sinopse: Um vírus começa a se espalhar entre populações de diferentes países. Entre os contaminados estão um jovem americano, médicos e cientistas que tentam deter o avanço da nova doença contagiosa.

Pablo Aluísio.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Dogma

Dois anjos caídos (Matt Damon e o canastrão Ben Affleck) tentam retornar ao paraíso indo até New Jersey onde um cardeal da cidade promete a todos que atravessarem o portal de sua catedral o perdão de Deus para todos os seus pecados. Perdoados poderão retornar finalmente ao céu, após séculos de exílio em Wisconsin. Para impedir que isso aconteça uma pequena trupe formada por dois idiotas, uma descendente de Jesus Cristo, uma musa e um apóstolo negro (não citado no novo testamento) se unem para deter os anjos revoltosos. Kevin Smith, o diretor, quis com esse Dogma fazer piada sobre tudo o que diz respeito à doutrina cristã. Logo no começo do filme ele colocou um pequeno aviso para que as pessoas não se sentissem ofendidas com o teor do roteiro pois a produção não devia em nenhuma hipótese ser levada à sério. Realmente nesse ponto Smith tem razão. "Dogma" é apenas uma divertida sessão da tarde, dessas que se assiste e depois se esquece completamente (tanto que já tinha assistido anos antes mas me recordava realmente de pouca coisa).

O roteiro é bobo e por vezes disperso. Smith tenta fazer piada com tudo, com a cor do Cristo histórico, com a chamada imaculada concepção, com os apóstolos, demônios e anjos. Algumas piadas são divertidas e outras não. No geral o roteiro exige uma certa cumplicidade do espectador pois quem é completamente leigo em teologia certamente deixará passar batidas várias ironias do argumento. O que faz com que "Dogma" não seja uma perda de tempo completa é seu bom elenco. Além da dupla Damon e Affleck (é sempre divertido ver a falta de talento desse último) o filme ainda tem um curioso Jason Lee muito jovem (e com cabelos) fazendo um personagem endiabrado. Enfim, "Dogma" é indicado para nerds que gostam de debater sobre religião, se for o seu caso, aleluia! Faça bom proveito.

Dogma (Dogma, Estados Unidos, 1999) Direção de Kevin Smith / Roteiro de Kevin Smith / Com Ben Affleck, Matt Damon, Linda Fiorentino, George Carlin, Salma Hayek, Jason Lee, Jason Mewes, Kevin Smith./ Sinopse: Dois anjos caídos (Matt Damon e o canastrão Ben Affleck) tentam retornar ao paraíso indo até New Jersey onde um cardeal da cidade promete a todos que atravessarem o portal de sua catedral o perdão de Deus para todos os seus pecados. Perdoados poderão retornar finalmente ao céu, após séculos de exílio em Wisconsin. Para impedir que isso aconteça uma pequena trupe é formada.

Pablo Aluísio.