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domingo, 25 de novembro de 2012

A Lenda dos Guardiões

Por mais incrível que isso possa parecer a verdade é que "A Lenda dos Guardiões" é uma animação sobre a II Guerra Mundial. Explico. O roteiro é totalmente inspirado nos eventos da Grande Guerra que abalou o mundo nos anos 40. Na verdade essa animação é uma alegoria daqueles acontecimentos. Senão vejamos: existem dois grandes grupos de aves. O primeiro grupo é formado por corujas que se consideram "Puras" (tal qual os nazistas e sua teoria da raça superior, os arianos). Esse grupo do "mal" também tem um líder carismático que escraviza e doutrina as corujinhas mais jovens (juventude Hitlerista) e as usam nos campos de batalha. Existe também toda aquela ideologia que já conhecemos bem dos regimes ditatoriais.

Já o outro grupo, chamado de "Guardiões" tem um personagem que é obviamente inspirado no primeiro ministro inglês durante a II Guerra: Winston Churchill. É um velho turrão, com passado de glórias no campo de batalha. Para completar assim como Churchill o personagem do filme também escreveu suas memórias contando as suas lutas do passado, inspirando a jovem corujinha do filme. O mais curioso dessa animação é que ela tenta passar simpatia e humanidade pelas corujas, um bicho que não tem quase nenhuma tradição nos personagens animados. Em algumas regiões do Brasil inclusive as pobres corujinhas são símbolos de forças do mal e até mesmo mal agouro (azar ou maldição). Por isso é bastante interessante o trabalho desenvolvido aqui. Um bom passatempo e uma boa alegoria sobre o maior conflito armado da humanidade. Em poucas palavras: World War II for Kids!

A Lenda dos Guardiões (Legend of the Guardians: The Owls of Ga'Hoole, Estados Unidos, 2010) Direção:  Zack Snyder / Roteiro: John Orloff, John Collee / Elenco (vozes): Emilie de Ravin, Hugo Weaving, Ryan Kwanten, Helen Mirren, Geoffrey Rush / Sinopse: Soren é uma jovem coruja que adora histórias de guerra contadas por seu pai. Ele lhe coloca a par sobre a lenda dos guardiões, guerreiros da mitologia que lutaram contra as forças do mal.  Soren nem desconfia que em breve estará envolvido em grandes aventuras com o mitológico grupo alado..

Pablo Aluísio.

sábado, 20 de outubro de 2012

Candy

Acho Candy tão injustamente subestimado. Todos sempre citam o brilhante trabalho de Heath Ledger em Batman mas muitos poucos lembram dessa sua inspirada atuação. Talvez pelo fato do filme ser pequeno, discreto, com jeito de cinema independente, muitos sequer tenham visto a produção. Bom, nunca é tarde para corrigir essa lacuna. Candy tem uma estrutura nada convencional e se baseia na vida de um casal formado por Candy (Abbie Cornish) e Dan (Heath Ledger). Ambos são jovens, promissores, vivendo a melhor fase de suas vidas. São amorosos e realmente se querem bem. O problema é que Dan tem um série problema com o abuso freqüento de drogas, em especial a famigerada cocaína. Cometendo um erro que é mais comum do que se pensa Candy, sua namorada, também resolve experimentar a droga. Não tarda para se viciar completamente. O que antes parecia um conto de fadas, um romance dos sonhos, rapidamente se torna uma roleta russa e um abismo é criado ao redor dos jovens namorados, agora transformados em meras sombras do que um dia foram.

O roteiro é marcante porque mostra as armadilhas que podem surgir na vida de pessoas que tentaram apenas levar uma vida fora dos padrões estabelecidos, levando uma existência mais boêmia, poética e livre das amarras sociais. Nada de errado há nisso. O problema é que saem de uma arapuca para caírem em outra. O usuário de drogas geralmente pensa que está livre, agindo por conta própria. A verdade dos fatos porém é que ele ao consumir drogas acaba se tornando mais prisioneiro do que era antes. Uma falsa sensação de liberdade que leva a pessoa para a mais terrível das prisões, a do vício e da dependência química. O filme joga muito bem com essa realidade que infelizmente atinge milhões de pessoas ao redor do mundo. O roteiro porém procura evitar discursos de moralidade ou falsas lições de moral. Ao invés disso se limite a mostrar o esfacelamento gradual do casal. Quando assisti Candy pela primeira vez o ator Heath Ledger ainda estava vivo e sua atuação, pela primeira vez, me chamou  realmente a atenção. Não deixa de ser tristemente irônico saber que o ator morreria justamente por uso de drogas. Uma ironia do destino que torna Candy ainda mais interessante. Não deixe de assistir e descubra como Ledger foi muito além do Coringa.

Candy (Candy, Estados Unidos, 2006) Direção: Neil Armfield / Roteiro: Neil Armfield / Elenco: Abbie Cornish, Heath Ledger, Geoffrey Rush, Tom Budge, Roberto Meza Mont, Tony Martin, Noni Hazlehurst, Holly Austin, Craig Moraghan./ Sinopse: Jovem casal vive feliz e em clima de harmonia em seu sólido e estável relacionamento. Tudo porém começa a ruir após ambos consumirem drogas de forma descontrolada.

Pablo Aluísio.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

O Discurso do Rei

Adorei esse filme. Além de gostar de filmes históricos o tema, que é universal, diz respeito a todos àqueles que tentam superar algum problema ou adversidade em sua vida. No caso de "O Discurso do Rei" temos a história do Rei inglês George VI que após a abdicação de seu irmão mais velho se vê diante do grande desafio de se tornar rei da Grã Bretanha, justamente nos meses que antecedem à II Guerra Mundial. Ao contrário de seu adversário, Adolf Hitler, que era um grande orador, George VI tinha um sério problema: era gago e tímido! Como inflamar seu povo no meio do conflito com esse tipo de limitação? É justamente nesse ponto que entra em cena o ator Geoffrey Rush e seu carismático personagem que tenta amenizar os problemas do rei.

Apesar de Rush estar ótimo em sua caracterização o filme pertence mesmo a Colin Firth. O seu papel é extremamente perigoso pois ele correria o sério risco de virar caricato, transformando o próprio Rei e sua gagueira numa piada involuntária. Caso isso acontecesse o filme afundaria em suas pretensões. Porém graças ao talento de Firth isso definitivamente não acontece. Ao invés de rirmos do Rei, torcemos por ele, para que supere suas limitações vocais. Sua interpretação é seguramente digna do Oscar que venceu. Não sei se o filme irá agradar a todos, pois ele tem um ritmo próprio, cadenciado, que destoa um pouco do que é produzido atualmente. De qualquer maneira seu estilo e elegância superam todos esses problemas transformando "O Discurso do Rei" em um belíssimo filme. Se ainda não assistiu não deixe de conferir.

O Discurso do Rei (The King's Speech, Estados Unidos, 2010) Direção: Tom Hooper / Roteiro: David Seidler / Elenco: Colin Firth, Geoffrey Rush, Helena Bonham Carter / Sinopse: O filme é baseado na história real do rei inglês George VI (Colin Firth) que procura tratamento contra seus problemas de fala com um exótico terapeuta (Geofrey Rush).

Pablo Aluísio.