Esse foi o segundo filme de Tarzan com o ator Gordon Scott como o Rei das Selvas. Também foi o primeiro filme do personagem em cores, o que na época de seu lançamento original foi considerado um atrativo a mais para o público ir aos cinemas. O interessante é que não se trata de uma produção americana, mas sim inglesa, com parte filmada em um bem elaborado estúdio em Londres que tentava imitar nos menores detalhes uma selva selvagem africana. Até mesmo uma enorme piscina foi construída dentro do estúdio para reproduzir um lago onde Tarzan nadava, flertava com mulheres e esfaqueava um crocodilo, que aliás era todo mecânico, pouco convincente, mas que o diretor soube colocar poucos segundos na tela para não dar muita bandeira.
O enredo é simples. Um avião com gente rica a bordo, fazendo uma espécie de "safári aéreo" pela África, acaba caindo ao se chocar com aves. Os sobreviventes acabam sendo salvos por Tarzan que imediatamente tenta ajudar a todos. Um grande caçador branco também aparece, mas esse esconde o jogo o tempo todo, pois na verdade pretende levar os passageiros até uma aldeia de selvagens, onde todos eles serão sacrificados em um ritual de uma antiga tribo pagã. Como não poderia faltar, o filme também traz a Chita, servindo como alívio cômico. Claro, o que temos aqui é um típico filme de pura diversão das matinês dos anos 50. O Gordon Scott foi provavelmente o mais forte de todos os atores que interpretaram Tarzan. Ele era halterofilista e estava em ótima forma física quando fez o filme. Ao todo fez seis filmes, sendo considerado o mais regular Tarzan do cinema, logo atrás de Johnny Weissmuller.
Tarzan e a Expedição Perdida (Tarzan and the Lost Safari, Inglaterra, 1957) Direção: H. Bruce Humberstone / Roteiro: Montgomery Pittman, Lillie Hayward / Elenco: Gordon Scott, Robert Beatty, Yolande Donlan / Sinopse: Tarzan (Scott) ajuda um grupo de pessoas que se acidentaram em uma queda de avião no meio da selva. Ele precisa também protegê-los de um caçador branco que deseja enviar todo o grupo para uma tribo selvagem de nativos.
Pablo Aluísio.
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