Christopher Plummer só melhorou com o passar dos anos. Pelo menos essa é a impressão de muitos cinéfilos e críticos de cinema ao redor do mundo. Hoje em dia podemos dizer inclusive que ele está no melhor momento de sua carreira e isso após quase 70 anos de carreira e mais de 200 filmes no currículo! Não é pouca coisa, meus caros. Há dois dias ele completou 89 anos de idade e nem pensa em se aposentar!
O interessante é que ele só veio mesmo a ser considerado um grande ator, de primeira grandeza, há relativamente pouco tempo. Para quem está há tantos anos na estrada não deixa de ser uma grande injustiça. Finalmente Plummer está tendo o reconhecimento que sempre mereceu, mesmo quando atuava em papéis menores, de personagens secundários, algo que ele fez com muita dignidade quando sua carreira começava a entrar numa fase morna, sem sucessos de bilheteria.
Durante muitas décadas ele foi considerado apenas um galâ elegante, ideal para interpretar personagens aristocráticos, sofisticados, da alta classe. O Oscar só veio em 2017, por sua atuação em "Toda Forma de Amor". Tarde demais? Não, diria que antes tarde do que nunca! Pessoalmente confesso que de certa maneira também nunca havia prestado muito atenção nele até meados dos anos 80. Uma das minhas referências mais óbvias quando ouvia falar em Christopher Plummer era seu bom desempenho como Sherlock Holmes em "Assassinato por Decreto". Ele interpretou um Sherlock bem fiel aos livros originais, bem clássico, bem de acordo com as páginas da literatura. E isso me causou uma excelente impressão.
Dizem que os galãs geralmente possuem prazo de validade. Quando a idade chega eles tendem a ser esquecidos. No caso de Plummer isso não aconteceu. Ele passou a ter um outro momento em sua vida artística. Penso que nem foi algo planejado pelo ator. Ele simplesmente aceitou bons papéis que iam surgindo, geralmente de pessoas na terceira idade. Eram bons roteiros e isso o elevou de novo ao primeiro time de Hollywood. "O Mundo Imaginário do Doutor Parnassus", "A Última Estação", "Elsa e Fred - Um Amor de Paixão", "O Homem Que Inventou o Natal", "Todo o Dinheiro do Mundo", "A Exceção" "Limites" e "Não Olhe Para Trás" são filmes representativos desse seu novo momento na sua filmografia, que é sempre bom lembrar, é cheia de clássicos do passado.
Pablo Aluísio.
Christopher Plummer
ResponderExcluirPablo Aluísio.
Acho que a perenidade do Christopher Plummer no cinema se deve ao fato dele ter sido um jovem bonito (A Noviça Rebelde) e continuar um velho bonito até hoje, a bem da verdade, um dos que envelheceu melhor em todos os tempos. O cinema, antes de tudo, vive de imagem.
ResponderExcluirÉ um fator a se considerar, sem dúvida...
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