domingo, 6 de janeiro de 2019

A Noiva

Qual foi a última vez que você assistiu a um filme russo de terror? Provavelmente há muito tempo ou nunca! Pois bem aqui está uma oportunidade para fazer isso. "A Noiva" é uma produção de horror feito na Rússia, mas seguindo a linha dos filmes de terror dos Estados Unidos. Pois é, em tempos globalizados isso é algo previsível de acontecer. O roteiro é um pouco confuso, não explicando direito o mecanismo que faz com que uma mulher do século XIX tenha sempre que procurar por um novo corpo para continuar vivendo. Ela era noiva de um fotógrafo que dizia ter encontrado uma forma de capturar a alma de pessoas mortas através do negativos de seus filmes. Quando a querida noiva morre um dia antes de seu casamento ele se revolta com a situação, a trazendo de volta do mundo dos mortos. Péssima ideia.

Depois dessa introdução no passado o filme vai para os dias atuais. Encontramos uma jovenzinha feliz por estar se casando com o homem que ama. Ele a leva para a casa de sua família, uma velha casa no interior. O que a garota não sabe é que seu noivo é descendente do fotógrafo que trouxe a sua noiva da morte décadas antes. É a mesma família, que está amaldiçoada. Tecnicamente falando o filme é bem realizado, com bom jogo de luz, sombras e sustos. Os russos aprenderam direitinho com os americanos como se fazer um filme moderno de terror. O que atrapalha, como já escrevi, é o roteiro, que nem sempre dá as respostas necessárias ao espectador. Assim sobra de bom os sustos e a criatura (a tal noiva), muito bem feita tecnicamente falando. A maquiagem também é de primeira. Fora isso, claro, está a curiosidade de conferir um terrorzão feito na gelada Rússia. Espero que eles sigam em frente na produção desse tipo de filme.

A Noiva (Nevesta, Rússia, 2017) Direção: Svyatoslav Podgaevskiy / Roteiro: Svyatoslav Podgaevskiy / Elenco: Viktoriya Agalakova, Vyacheslav Chepurchenko, Aleksandra Rebenok / Sinopse: No século XIX um fotógrafo decide trazer sua noiva falecida de volta à vida, usando para isso seu equipamento de trabalho. Ele acredita que o negativo de suas fotografias captura a alma das pessoas. No final seu ato de desespero acaba amaldiçoando sua família para todo o sempre.

Pablo Aluísio.

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