Ringo matava. Era isso o que ele fazia. Alguns trabalhavam com gado. Outros vendiam couro e peles. Havia os que tentavam tirar algum alimento daquelas terras desérticas. Famílias viviam em ranchos, uma vida dura que piorava a cada ano. Criavam gado ou cavalos, mas o clima da região não ajudava em nada. Era muito seco e muito quente. Ter uma criação era penoso e caro. Ringo matava. Era mais prático e mais fácil de ganhar dinheiro. Nada mais do que isso.
Ele havia sido cowboy no passado. Porém o dinheiro obviamente ficava todo com os grandes fazendeiros. O cowboy ficava com migalhas. Ringo então percebeu que matar lhe daria mais dinheiro. No começo ele tentou se fazer de caçador de recompensas. Matar assassinos profissionais, ladrões e bandidos poderia ser bem complicado. Por isso ele decidiu virar ele mesmo um pistoleiro profissional.
Em seu encalço sempre havia um xerife ou algum grupo de cavaleiros em ronda para prende-lo. Era um caminho sem volta. A partir do momento em que seu rosto e seu nome surgiam em cartazes do tipo "Procurado vivo ou morto" não havia como voltar atrás. A caçada havia começado. Só iria parar quando a tampa do caixão fosse fechado em seu rosto morto. Era a lei do velho oeste. Viver ou morrer. Sobreviver para contar história ou ter sua história contada por aqueles que o mataram.
O próximo trabalho de Ringo era político, ou quase isso. Ele deveria localizar um líder político de uma cidade chamada Culver City. O prefeito estava com medo de perder as eleições. Então era melhor matar seu concorrente. Ringo era o nome a se chamar nessas situações. Ele havia tirado a barba para não ser mais tão facilmente reconhecido. Era questão de se camuflar, se esconder.
Seu contratante também havia lhe dito que era melhor chegar no sábado em que haveria uma grande feira de gado, assim Ringo poderia se misturar no meio da multidão. Para todos os efeitos ele estaria lá para comprar gado, nada mais. Um forasteiro comercial e não um matador profissional. O vereador que seria seu alvo se chamava John Westmoreland. Homem honesto e íntegro. Nada a ver com Ringo e seu caráter de bandido. Era um duelo de opostos.
Cap. II - O Serviço
No dia marcado Ringo chegou a cavalo. Havia mesmo muitas pessoas em Culver City. O gado de lá era considerado bom e de boa qualidade. Ringo olhou sobre os ombros. Foi até uma viela e lá recebeu parte do dinheiro. 2 mil dólares; Era um adiantamento. Depois haveria mais 2 mil dólares pelo crime consumado. Ringo conferiu o tambor de seu revólver. Seis balas, tudo certo. Ele então caminhou pela rua principal e avistou o vereador abraçando alguns futuros eleitores e cidadãos em geral. Ringo colocou um cigarro entre os dentes e seguiu em frente.
Matar ele ali seria muito perigoso. Por isso esperou a noite chegar. O vereador Westmoreland tinha também suas falhas. Ele não resistia a um bom jogo de cartas. Ringo sabia disso. Assim o encontrou no saloon numa mesa de cartas. Esperou pacientemente o político jogar tudo, perder tudo, até seu juízo. Quando o relógio bateu 3 horas da manhã ele finalmente se levantou. Ringo seguiu seus passos pela rua. O sujeito não havia bebido. Se estivesse bêbado seria mais fácil.
Então ele entrou numa rua lateral. Iluminação zero. Lugar ideal. Ringo tirou sua arma do coldre. Rodou o tambor. Então chamou o homem. "Ei, Westmoreland, tudo bem? Deixe-me apertar a mão do futuro prefeito da cidade". O político parou, se virou e abriu um sorriso em direção a Ringo. Esse nem pensou duas vezes e atirou. Dois tiros certeiros no peito. O velho político colocou suas mãos nos buracos feitos pelas balas. Sentiu a morte chegando. Caiu com o rosto no chão. Poeira na língua. Ringo se abaixou. Conferiu se estava morto. Hora de ir embora. O barulho dos tiros chamou a atenção de algumas pessoas. Ele se esquivou e sumiu pelas sombras da noite. Trabalho feito.
No outro dia, perto da estação recebeu o dinheiro pelo trabalho feito. Ringo iria usar a grana para comprar um rifle Winchester novo, último modelo. Ossos do ofício. Ainda com os moradores da cidade em choque ele montou seu cavalo. Saiu da cidade como chegou, sem chamar muita atenção. Mais um serviço concluído. Nada mais a reclamar. Apenas rumar para a próxima cidade, para o próximo contrato manchado de vermelho sangue. Era a vida de Ringo.
Cap. III - Francis
Armstrong Rooker era um velho homem da lei. Xerife há quase 15 anos no lugar. Ele não tinha nada de muito importante para dizer a Francis. O assassinato aconteceu durante a madrugada, não havia nenhuma testemunha dos tiros, ninguém viu o assassino. Era complicado, mas seu inquérito policial estava em um beco sem saída. O que ele poderia dizer é que tudo levava a crer que se tratava de um crime planejado, provavelmente executado por um profissional. Isso era tudo.
Francis não gostou do que ouviu. Ele queria justiça por parte das autoridades, mas se fosse necessário ele faria justiça pelas próprias mãos, outro nome para a conhecida vingança. Ao sair da delegacia se deparou com Billy Joe, o jovem assistente do xerife. Se o velho homem da estrela já estava cansado daquela vida, Joe tinha a vontade dos que estavam começando, dos que queriam subir na carreira. Ele chamou Francis de lado e disse que tinha algumas informações que poderiam lhe interessar.
No dia da morte de seu pai o conhecido pistoleiro Ringo Sinclair havia aparecido por lá. Ele dizia a quem encontrava que estava em Culver City para negociar cabeças de gado. Não convenceu praticamente ninguém. Era um assassino profissional. Claro, não havia nenhuma prova de que ele havia matado o vereador, nisso o xerife tinha razão, porém só a sua presença ali já era sinal de algo estava sendo escondido. Ringo não voltou a ser visto pelas ruas após a morte do vereador. Não havia como ligar seu nome ao crime, mas na falta de pistas aquilo poderia ser um começo. Francis ficou muito interessado em tudo o que ouviu. Eram apenas indícios, mas parecia ser uma boa aposta. Mal ele sabia que aquilo era mesmo um tiro no alvo, certeiro.
Cap. IV - Silver Rock City
Ringo não se relacionava com mulheres, não pelo estilo mais normal de ser. Ele preferia as damas de companhia. Era um jogo honesto de certo modo. Ele pagava as ladys, fazia sexo com elas, recebia um pouco de carinho e quando a noite terminava o contrato estava cumprido. Nada de sermões, cobranças, ameaças, etc. Ringo queria as mulheres para satisfazer seu libido, não para se casar com elas. Ter um filho então... nem pensar! Era a última coisa que ele poderia pensar em fazer. Um assassino profissional tinha como um de seus trunfos a agilidade de se mudar rapidamente de cidade, algo que ele não poderia fazer se fosse um pai de família. Além disso Ringo preferia ter mulheres diferentes a cada lugar que visitava. Sem essa coisa de cultivar valores tradicionais.
Depois da noite de amor comprado, Ringo foi até o saloon. Ele até gostava de beber um bom whisky, mas não era como os demais clientes desses lugares. Jamais bebia a ponto de ficar embriagado. Sabia que sua vida dependia disso. Desconfiado por natureza, sabia que qualquer um naquele ambiente poderia estar ali para matá-lo. Ter disciplina na vida poderia lhe poupar de ser executado quando perdia a razão de seus pensamentos. Bebia, mas com limites claros. O mesmo poderia ser dito em relação ao jogo de cartas. Era um bom carteador, mas nunca perdia o que não poderia perder em uma rodada de jogos de baralho. Se entrava em um saloon sabia exatamente o quanto poderia gastar bebendo e jogando. Nem um centavo de dólar a mais era gasto nessas ocasiões.
Seus únicos gastos mais extravagantes eram usados em armas e cavalos. Ringo tinha um conhecimento de expert no que dizia respeito a armas de fogo. Sabia o calibre de todas, seu funcionamento e as novidades no mercado. Quando descobria que suas armas estavam ficando obsoletas ia até a capital do estado para comprar os mais novos modelos. Não era sábio estar com pistolas e rifles velhos. Afinal seu ofício era matar. Armas nada mais eram que instrumentos de seu trabalho. Também era zeloso no que dizia respeito a cavalos. Ele jamais se afeiçoara a um animal desses. Eram apenas meios de transporte, não seus animais de estimação. Por isso Ringo fazia questão de ter apenas cavalos jovens, fortes e robustos, que aguentassem situações extremas, como atravessar o deserto do Arizona. Um matador que sabia exatamente do que precisava ou não para viver. Esse era Ringo naquela fase de sua vida de pistoleiro.
Cap. V - O Deserto
Claro que Francis não poderia simplesmente chegar ali, perguntar por Ringo e puxar seu colt. Não seria sensato. Ainda mais em se tratando de um matador profissional. Ele tinha que ser sagaz. Por isso pensou em um nome falso. Assim que entrasse na cidade as pessoas de lá iriam perguntar seu nome. Ele então pensou em usar o nome de Mike. Mike O´Hara. Afinal ele tinha um pouco de sangue irlandês. Iria colar, Aquele caipiras iriam acreditar.
Assim que entrou na cidade foi direto para o saloon. Como todo bar de pulgas do velho oeste ali se concentrava todos os tipos de pessoas, desde trabalhadores locais, mineiros em busca do ouro e assassinos profissionais como Ringo. Assim ele entrou no saloon, tirou um pouco de poeira de sua camisa e calças e pediu um whisky. A bebida era a pior possível. Um whisky vagabundo de milho, quente como o inferno. Teor alcoólico absurdo. Ele não iria reclamar porém. Aqueles caras durões que ali estavam, bebiam exatamente isso. Uma palavra mal colocada ali naquele ambiente e todos irian entender que ele vinha do leste. Que era um almofadinha de Nova Iorque ou algo pior. Que não era um cowboy do oeste autêntico. A barba por fazer ajudava na caracterização de alguém que vinha do deserto e que lá vivia.
Ele olhou ao redor e teve uma ideia dos tipos que circulavam por ali. Todos sujos, com péssima aparência, barba de semanas, alguns fedendo. Provavelmente nunca tinham tomado um banho na vida. Fediam a cavalos suados. "Malditos guarniceiros" - pensou Feancis consigo mesmo.
Ringo estava em uma mesa a poucos metros. Ele estava jogando cartas com um grupo de sujeitos mal encarados. Como Francis iria chegar até ele? Foi então que uma ideia passou pela sua cabeça. Ele estava com uma bela Winchester, rifle de precisão, último modelo. Coisa fina comprada em Nova Iorque. Bom, aquele poderia ser um começo. Ele então virou-se ao balconista e disse:
- Eu tenho uma arma para vender aqui. É um rifle Winchester. Veja, muito nova. Sem arranhões e nem sinais de uso.. Quero vender por 400 dólares.
- Eu não acredito que você vai conseguir vender isso por aqui. A maioria dessas pessoas não teria esse dinheiro...apenas Ringo poderia fazer uma oferta.
- E quem é Ringo? - Francis disfarçado de Mike sabia muito bem quem era Ringo, mas não iria entregar o jogo. Pelo contrário, ele iria jogar, até surgir a oportunidade de enfiar uma bala na cabeça do assassino de seu pai.
- Aquele cara de casaco cinza e calças pretas é o Ringo! - apontou o barman - Ei Ringo, venha aqui por um minuto...
Ringo olhou com as abas do chapéu abaixadas. O palito de dentes que estava na sua boca deslizou. lentamente, de um lado para o outro. Ele fitou e viu Francis. Não parecia alguém de todo desconhecido. Calmamente alisou o gatilho de seu revólver. Seria alguém atrás de mais um sangrento acerto de contas? Só o tempo iria dizer...
Só que Ringo também era ardiloso. Ele não iria deixar passar esse pensamento para o forasteiro. Ele iria fingir que estava tudo certo. Era um teatro marcado e ele iria participar dele como um dos atores. Ele já sabia o final dessa peça. Geralmente acabava com o cano fumegante de uma arma, ou melhor dizendo, de duas. Só que a outra (que ele esprava não ser o seu Colt) estaria nas mãos de um cadáver frio deitado no chão, com a boca cheia de poeira do deserto.
Ringo então mandou o estranho se aproximar. Ele lhe deu o rifle Winchester e ele inspecionou a arma. Aquela era uma boa arma de fogo. Ele tinha interesse. A depender do preço ela seria sua.
- Então forasteiro... o que você quer? - Disse Ringo sem expressar emoções.
- Olá, meu nome é...
- Eu não quero saber seu nome! Eu quero saber seu preço - foi logo cortando o papa furado. Pistoleiros como Ringo não querem perder tempo com falsas cortesias de trato social.
- 400 dólares.. esse é preço.
- Eu acredito que o preço vai dificultar a venda dessa arma nessas pradarias. Não digo que a arma não valha isso. Ela está em ótimas condições, mas... essa é uma terra rude, de homens brutos. Mineradores, bandoleiros, vagabundos e pistoleiros. Não acredito que você vai vender - Ringo terminou a frase tomando mais um gole daquele whisky pegando fogo pelo clima árido do deserto...
- Bom, faça sua oferta - desafiou o forasteiro sem nome para Ringo.
- Eu posso dar 240 dólares por ela...
- É muito pouco...
- 260... minha última cartada - disse Ringo.
- Olha, é um pouco baixo, mas estou precisando mesmo de dinheiro, então...
Nem houve tempo para terminar a frase. Ringo jogou os 260 dólares sobre a mesa, sem falar mais nada. Ele apenas olhou para o Winchester, se levantou e se dirigiu para a porta. Havia sido uma pechincha. Aquele rifle certamente iria lhe ajudar nos próximos "serviços". Ele já estava mesmo de partida para a próxima cidade onde mandaria mais um alvo para o fundo de uma cova rasa e quente.
Ele montou em seu cavalo e sem olhar para trás começou a cavalgada para fora da cidade. O forasteiro foi para a porta do saloon e ficou observando enquanto seu perfil contra o sol foi desaparecendo no horizonte. Esse foi um primeiro contato, a primeira vez que ele encontrava Ringo. Na próxima vez ele estaria pronto para algo mais sério...
Cap. VI - O Acerto de Contas
Ringo parou e desceu de seu cavalo. Já era cinco da tarde. Ele fingiu que iria começar a procurar galhos e gravetos para fazer uma fogueira. Era uma encenação. Ringo na verdade estava providenciando uma armadilha. Ele iria dar a entender a seu perseguidor do deserto que ele estava calmamente descansando. Iria até mesmo fingir estar dormindo. Quando seu algoz surgisse, seria o seu fim.
E assim foi. Anoiteceu e Ringo comeu um pouco e ficou ali ao lado da fogueira, completamente sozinho. Suas armas estavam todas à mão, engatilhadas, mas parecia que Ringo estava despreocupado, aproveitando sua caça. Então ele ouviu um pequeno ruído. Era nitidamente alguém se aproximando. Ringo havia arrumado um lugar para pular, um ponto cego no meio da escuridão, assim que o forasteiro se aproximasse. Quando ele viu que o sujeito estava próximo demais, ele pegou seu copo de café e foi se afastando lentamente da luz do fogo. E então, como havia planejado, desapareceu na escuridão.
Quando o sujeito chegou na fogueira, com a arma em punho, não encontrou mais Ringo. Ele estava atrás dele, já com o rifle apontado para sua cabeça. Assassinos profissionais sabem destrinchar situações perigosas como essa. Então o forasteiro sentiu o cano do rifle Winchester de Ringo contra sua cabeça.
- Levante as mãos após jogar seu revólver no chão... - Ordenou Ringo, já com o controle da situação.
- Calma, eu...
- Agora! Jogue a arma no chão, caso contrário vou estourar seus miolos nos próximos segundos...
Não havia como reagir. Ele estava completamente rendido. Então jogou a arma fora. Que situação! Desarmado e à mercê de um matador. Francis McCarthy jamais poderia imaginar que seus planos fossem dar dão errado. O velho oeste tinha suas próprias artimanhas, que ele seguramente não conhecia. Ringo pegou a arma de Francis. Depois mandou ele se virar de costas.
- Espere, não me mate! Está havendo um erro... - Nitidamente ficou com medo de levar um tiro pelas costas.
- Cale-se! Só fale quando eu perguntar algo. Sua vida agora está em minhas mãos. - Bom, se havia uma verdade, era essa. Realmente Ringo poderia acabar com a vida dele quando bem entendesse. Porém Ringo também era um profissional frio em busca de respostas. E ele as teria ali, pelo bem ou pelo mal.
- Ok, comece a falar! Quem é você? De onde me conhece?
- Eu nunca ouvi falar de você...
Ringo não hesitou e deu um tiro certeiro no joelho do forasteiro. Um grito foi ouvido ao longe. Ele caiu ao chão.
- Ok, seu idiota. O próximo tiro pode pegar uma artéria! E você morrerá, com absoluta certeza.
- Eu já lhe disse, eu não te conheço - o sangue misturado ao suor lhe deu uma palpitação no coração que Francis jamais poderia imaginar... ele sentia que seu fim estava próximo.
- Não, tudo bem... - Ele levantou a mão ao perceber que Ringo engatilhava seu Colt.
- Eu sou filho de um homem que você matou...
- Quem era esse homem?
- Um político de... - Ele não precisou terminar a frase, Ringo sabia de quem se tratava...
- Olha, eu faço meu serviço. Nada pessoal. Você deveria procurar o cliente que me contratou. Eu sou apenas a mão que puxa o gatilho. O verdadeiro assassino de seu pai é outra pessoa... - Assim, de forma bem estranha, Ringo via seu "ofício" de matar.
- Seu desgraçado... você matou meu pai... desgraça...
Não houve tempo para terminar a frase. Ringo acertou um tiro certeiro na cabeça de Francis. Ele caiu pesadamente na areia do deserto e deu seu últimos suspiro... estava morto!
Ringo olhou a cena. Colocou seu revólver de volta ao seu cinturão. Aquele tipo de coisa não o agradava. Era um efeito colateral de ser um matador profissional. Algumas vezes pessoas surgiam para uma vingança. Ringo não se abalava, estava preparado sempre para esse tipo de situação. Ele parou por alguns segundos diante do cadáver de Francis, pegou um pouco de areia e jogou por cima de seu rosto, tal como se fosse uma espécie de funeral improvisado no meio do deserto.
O corpo de Francis ficaria ali para sempre. Em pouco tempo começaria a servir de alimento para os animais da região, para os abutres. Seria encontrado algum dia? Naquele meio do nada, dificilmente. Seria dado como desaparecido. Jamais seria encontrado. O deserto seria seu lar de repouso eterno.
Pablo Aluísio.
Um Winchester para Ringo
ResponderExcluirConto de Faroeste
Pablo Aluísio.