A Arte de se Livrar de Gente Indigesta
Faz mais ou menos uma semana que me livrei de uma pessoa indigesta em minha vida. E foi tão simples, tão rápido, tão eficiente. Bastou clicar no botão de bloquear de uma famosa rede social, a do passarinho azul. Pronto, bloqueado o tal sujeito parou de me importunar. Pra falar a verdade depois disso nem mesmo me peguei pensando nele - só agora estou lembrando, para meu alívio.
Ter pessoas tóxicas ao redor é uma lástima, um fardo, um peso. Livre-se disso. Na primeira oportunidade se liberte de amigos tóxicos. Não agregam em nada e só atrapalham. Como eu escrevi certa vez não há nada pior do que ter falsos amigos em que você precisa justificar coisas de sua vida. Mande essas pessoas para bem longe. Como dizia os pensadores árabes: "A palavra é de prata, o silêncio é de ouro!". Silencia essa gente chata. Bloqueie sem dó e nem piedade. Seja mais livre!
Talvez você já esteja um pouco velho para ter novos amigos. Bom, na juventude e na adolescência queremos ter muitos amigos. Depois de alguns anos você entenderá que quantidade jamais será qualidade. Em tempos de internet você pode participar de fóruns de temas que lhe interessa e fazer amigos lá. Deixe tudo no virtual. Nada de ficar com gente fuçando sua vida, jogando toxicidade em seus planos. Repense suas prioridades. Quem curte ambiente tóxico deveria ir morar em Chernobyl. Definitivamente não é o meu caso!
Uma Questão de (falta) de fé
Eu sempre me considerei um católico. Não muito entusiasmado, devo dizer, mas que ainda tinha sua certa dose de fé. Isso foi em meus anos de juventude. Hoje, mais velho, perto dos 50 anos de idade, revejo muitos dos velhos valores que um dia acreditei sem nem piscar. Com a idade fui ficando mais racional e lógico. E a religião, seja ela qual for, acaba sempre fugindo da racionalidade e da razão. Há sempre muitas doses de fantasia e mundo mágico nas narrativas religiosas. E se formos pensar pela pura lógica veremos que muitas coisas não fazem o menor sentido.
Por exemplo... Como um homem que viveu há 2 mil anos, que foi morto pelos romanos em uma cruz (um instrumento bárbaro de tortura) iria influenciar em minha vida nos dias de hoje? Ou na vida de alguém? E que sentido faz saber que esse homem foi morto, mesmo se dizendo ser divino? Será que era divino mesmo ou era tudo fruto de muita superstição daquelas pessoas que viveram aquela época hoje já tão distante? E o que dizer das contradições dos evangelhos? É complicado confiar em tais textos sabendo-se que o mais antigo deles foi escrito praticamente 70 anos depois da morte do Jesus (ou Yeshua) da história original? É complicado.
O curioso é que quanto mais eu vou lendo sobre ciência, sobre os astros do universo, os grandes temas como o buraco negro, a energia escura, mais distante vou ficando do pensamento religioso. A ciência não se propõe a responder todas as perguntas, mas as que responde as faz com lógica e racionalidade. E eu sempre tive um pensamento racional, não tem jeito. Religião muitas vezes parece apenas um monte de contos da carochinha, histórias feitas para acalmar pessoas que ficam apavoradas ao saber que um dia vão deixar de existir, que vão morrer e que isso será o fim de tudo. Sem céu, sem inferno, sem nada.
Jesus pode ter sido um homem muito à frente de seu tempo, pelas coisas que falava e pregava, mas outros personagens históricos também eram assim. E eles não foram deuses. Aliás o próprio conceito da existência de deuses hoje em dia soa como pura mitologia, um tipo de pensamento de povos antigos, submetidos a um tempo de brutalidade e desespero. Afinal você acreditaria em Zeus ou em Osíris? São apenas personagens de literatura, da mente humana e nada mais. Invenções da mente humana, não se esqueça disso! E o que dizer das pessoas religiosas dos dias atuais? Existe gente com mentalidade mais atrasada, retrógrada e preconceituosa que essa gente? Eu desconheço. Por isso estou, aos poucos, me afastando desse tipo de pensamento mágico. Se olharmos bem para as narrativas religiosas claramente vamos chegar na conclusão de que elas não fazem o menor sentido.
Ando cético!
Pois é, meus caros leitores, ando cético. Tenho estudado mais essas questões do sobrenatural e tenho chegado na conclusão que esse é o campo natural onde charlatães chafurdam na lama As mais diversas técnicas para enganar os desprevenidos, como a leitura quente e a leitura fria, já são bem conhecidas. E não podemos nos esquecer dos truques de mágica. Aliás muitos mágicos estão seguindo o exemplo do grande Houdini. Saindo das sombras, eles estão desmascarando muitos espertalhões por aí. O Houdini inclusive foi o terror dos médiuns em sua época. Na França ele desmascarou a muitos. Não é à toa que o espiritismo morreu naquele país e há muito tempo.
A crentice estúpida e o fanatismo geram lucro, não se engane sobre isso. Onde há dinheiro jorrando, pode ter (quase) certeza que há charlatanismo por trás. E os casos se multiplicam, inclusive no Brasil onde as pessoas já possuem uma predisposição para acreditar no sobrenatural. Aliás os eventos ditos sobrenaturais parecem nascer e morrer apenas em nossas mentes. Não há fantasmas correndo por aí. Nem lobisomens, nem vampiros. É tudo fruto do lado mágico da mente humana. Faz parte da evolução do homem desde os primórdios. A mente humana tem também seu lado imaginativo e isso praticamente explica muita coisa.
Puxando pelo lado da razão e da racionalidade eu sempre percebi o lado ridículo das crenças, das religiões. Inclusive já deixei claro por aqui que a religião consegue enlouquecer qualquer pessoa caso essa afunde sem senso crítico ou bom senso em suas doutrinas e teorias. E por trás de todos os deuses sempre existe esse fator de pensamento mágico, não tem jeito. Muitas religiões foram fundadas em bases puramente literárias. Literatura de fantasia, é bom salientar. Assim encerro essa breve crônica me lembrando do pensamento de Carl Sagan. Certa vez ele disse: "Somos como borboletas que voam por um dia e acham que é para sempre." Nada é para sempre, não existem almas imortais, eternas.
Como é difundida no Brasil a cultura dos crimes de opinião. Difamação, Calúnia, injúria, está na boca da maioria dos brasileiros. Os vídeos mais assistidos costumam ser dessa natureza. Todos se ofendem, todos difamam, todos caluniam. É uma coisa horrorosa. E tudo é sintoma também de uma alma doente. O Brasil tem uma alma doente. Não se enganem sobre isso. Mesmo dentro das famílias vemos esse tipo de coisa acontecer com uma frequência assustadora.
E nem a religião consegue superar isso. Vejo vídeos de pastores difamando, caluniando, injuriando... mentindo! É inacreditável. Deve existir casos isolados como esse em outros países, mas tão comuns como aqui no Brasil eu realmente tenho sérias dúvidas. Sabe aquela coisa de afirmar que o brasileiro é um ser boa praça, camarada? Esquece isso. Além de ser um dos povos mais violentos do mundo (se duvida, veja os números), o brasileiro se destaca nessa coisa de transformar crimes comuns em conversa de botequim.
Dizem que a Rainha Vitória certa vez recebeu a Rainha de Portugal, D. Maria II (filha de D. Pedro I). Quando ela saiu, Vitória afirmou que ficou surpresa com a falta de educação de Maria. Deve ter sido mesmo. O brasileiro peca pela falta de educação. Nem na elite encontramos bons exemplos, pelo contrário, geralmente os mais ricos são os mais infames, mal-educados, bocas de esgoto a céu aberto. Como diria um conhecido colunista e articulador de nossa imprensa, a elite brasileira é uma das piores do mundo. Elite pé de chinelo, rastaquera, mesquinha, mequetrefe. Não é para menos que se use tanto essas expressões caluniosas em nosso país.
Pablo Aluísio.
Breves Crônicas 4
ResponderExcluirPablo Aluísio.