sexta-feira, 16 de junho de 2006

O Quarto Cavaleiro

Título no Brasil: O Quarto Cavaleiro
Título Original: The Fourth Horseman
Ano de Produção: 1932
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Hamilton MacFadden
Roteiro: Nina Wilcox Putnam
Elenco: Tom Mix. Margaret Lindsay, Fred Kohler, Donald Kirke, Raymond Hatton, Buddy Roosevelt

Sinopse:
Tom Martin (Tom Mix) é um cowboy de boa índole que precisa sobreviver ao confronto com toda uma quadrilha de bandoleiros que assola a pequena cidade de Stillwell, no velho oeste americano. E esse duelo vai determinar quem vai mandar na região. 

Comentários:
Tom Mix foi o primeiro grande astro do western americano. Na década de 1930 ele foi contratado por um novo estúdio, a Universal Pictures. A companhia estava tão determinada a investir pesado nos filmes de Tom Mix que comprou um grande rancho nos arredores de Los Angeles onde os filmes poderiam ser feitos. Também construiu toda uma cidade cinematográfica. E o resultado se pode conferir nesse sucesso de bilheteria de Tom Mix. Tudo é muito bem produzido, principalmente se formos pensar na época em que o filme foi rodado. E a título de curiosidade o próprio Tom Mix mandou creditar seu cavalo no elenco do filme. Quando esse começa lá está o nome de Tony, The Horse (Tony, o cavalo) interpretando... White, o cavalo de Tom Mix. Ok então! Sempre é bom reconhecer o valor dos animais na construção da mitologia do western.

Pablo Aluísio.

O Chicote do Zorro

Título no Brasil: O Chicote do Zorro
Título Original: Zorro's Black Whip
Ano de Produção: 1944
País: Estados Unidos
Estúdio: Republic Pictures
Direção: Spencer Gordon Bennet
Roteiro: Basil Dickey
Elenco: George J. Lewis, Linda Stirling, Lucien Littlefield

Sinopse:
Hammond, dono da linha de diligências da cidade e um cidadão importante, se opõe a Idaho se tornar um estado e mata Randolph Meredith, dono do jornal da cidade, por endossá-lo. A irmã de Meredith, Bárbara, especialista em chicote e pistola, veste fantasia e máscara pretas e parte para a vingança.

Comentários:
Um filme curioso e obscuro. É curioso porque o Zorro é interpretado por uma atriz! Imagine algo assim em plenos anos 40. Obscuro porque pouca gente conhece essa película. Esse filme foi produzido pela Republic, estúdio de cinema que foi a falência nos anos 1950, por isso grande parte de seu acervo ou se perdeu para sempre ou dos filmes que restaram poucos foram preservados na sua integridade. É um filme que obviamente sentiu o passar dos anos, afinal é um filme muito antigo. Mesmo assim fica a dica para quem deseja conhecer algo bem diferente, fora mesmo dos padrões.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 15 de junho de 2006

Mar de Fogo

Título no Brasil: Mar de Fogo
Título Original: Hidalgo
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Joe Johnston
Roteiro: John Fusco
Elenco: Viggo Mortensen, Omar Sharif, C. Thomas Howell, Zuleikha Robinson, Floyd 'Red Crow' Westerman

Sinopse:
Um cowboy americano chamado Frank Hopkins (Viggo Mortensen) aceita o desafio de participar de uma grande corrida onde ele correrá com seu cavalo normal, um mustang. Do outro lado terá que enfrentar animais pura raça, de linhagem árabe. Quem vencerá o desafio?

Comentários:
Esse filme foi até bem elogiado pela crítica em seu lançamento original. Eu me lembro perfeitamente das resenhas, jogando a qualidade cinematográfica do filme lá nas alturas. Quando assisti vi que não era para tanto. Não me entenda mal, não é um filme ruim, mas ao mesmo tempo passou longe de ser aquela maravilha toda como estava afirmando os críticos de cinema. O filme inclusive tem uma quebra de ritmo absurda lá pelo meio, o que me chegou a causar sono (péssimo sinal para qualquer filme, mas ainda mais para um que tenha temática baseada em heroísmo). Outro ponto a se destacar é que essa é uma produção da Touchstone Pictures, empresa do grupo Disney. E o que isso significa? Significa que o teor dramático é pequeno, que o roteiro passa longe de ter cenas fortes ou de explorar temas polêmicos. Tudo muito ao estilo "family friendly" então não espere por um filme forte, marcante (apesar do título do filme sugerir bem o contrário disso tudo).

Pablo Aluísio.

Arizona Colt

Torrez Gordo (Fernando Sancho) é um bandido procurado em vários estados pelos mais variados tipos de crimes. Foragido no meio do deserto ele decide formar uma quadrilha só com os piores bandidos que encontra pela frente. Quem se recusa a entrar em sua quadrilha logo é morto e tem seu corpo jogado nas areias do deserto, para virar comida de abutres. Um dos que se recusam a entrar nesse grupo de facínoras é o pistoleiro Arizona Colt (Giuliano Gemma). Por isso logo vira alvo dos homens de Gordo. Após um assassinato extremamente covarde, Arizona Colt decide que é hora de agir, de matar todos os bandidos, deixando para último o próprio Gordo que vai sofrer as consquências de seus crimes hediondos.

Filme de faroeste italiano estrelado por Giuliano Gemma. O Western Spaghetti foi extremamente popular, inclusive no Brasil onde reinava absoluto nos chamados pequenos cinemas de bairro por todo o país. Arizona Colt pode ser considerado da segunda safra do western italiano, uma vez que o estilo nasceu ali por volta do final dos anos 1950. E Giuliano Gemma logo se tornou um dos astros mais famosos desse nicho. E esse filme aqui certamente vai agradar aos seus fãs.

Arizona Colt (Arizona Colt, Itália, 1966) Direção: Michele Lupo / Roteiro: Ernesto Gastaldi / Elenco: Giuliano Gemma, Fernando Sancho, Corinne Marchand, Nello Pazzafini, Roberto Camardiel, José Manuel Martín / Sinopse: Um pistoleiro conhecido como Arizona Colt (Giuliano Gemma) decide fazer justiça com as próprias mãos, enfrentando uma quadrilha violenta liderada por um bandido chamado Gordo. Esses criminosos estão aterrorizando pequenas cidades e vilas localizados bem no meio do deserto, nos tempos do velho oeste.

Pablo Aluísio.

Cine Western - Randolph Scott - Terra do Inferno




quarta-feira, 14 de junho de 2006

Gentil Tirano

Mais um filme contando a história de Billy The Kid. Até hoje os historiadores americanos debatem as razões que levaram esse criminoso a ser tão conhecido ainda nos dias de hoje. De certo modo ele virou uma lenda do velho oeste. Acontece que Billy já havia sido notabilizado em sua própria época, pela forma como ele fugiu da cadeia, enfrentando vários homens da lei, saindo praticamente pela porta da frente. Também o fez ficar muito conhecido a verdadeira caçada humana que foi montada para capturá-lo. Na vida real ele foi apenas um jovem sem eira nem beira que vagava pelo oeste e que entrou na mira da justiça ao se envolver na chamada guerra do condado de Lincoln.

Depois que morreu virou lenda mesmo, sempre presente em livros de bolso, contos de faroeste e todo tipo de cultura pop B daqueles tempos. E com a chegada do cinema, a sétima arte, ele voltou ao centro do palco. Esse filme aqui, como era de se esperar, mais uma vez romantiza sua vida de crimes. Muitas vezes retratado como um injustiçado, a verdade histórica pura e simples é que Billy, The Kid (Billy, o garoto) não passou de um criminoos astuto, um assassino que de uma forma ou outra acabou pagando por seus crimes. Morreu jovem e talvez por isso também tenha se imortalizado no inconsciente coletivo da história dos Estados Unidos da América.

Gentil Tirano (Billy the Kid, Estados Unidos, 1941) Direção: David Miller / Roteiro: Gene Fowler / Elenco: Robert Taylor, Brian Donlevy, Ian Hunter / Sinopse: O filme romantiza a história do pistoleiro Billy, the kid, famoso por enfrentar homens da lei. Após ser preso ele consegue uma fuga espetacular da cadeia de Lincoln, se tornando um fugitivo procurado em vários estados.

Pablo Aluísio.

O Renegado

Título no Brasil: O Renegado
Título Original: Hudson's Bay
Ano de Produção: 1940
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century
Direção: Irving Pichel
Roteiro: Lamar Trotti
Elenco: Paul Muni, Gene Tierney, Laird Cregar, John Sutton, Virginia Field, Vincent Price

Sinopse:
 O caçador e explorador Pierre Esprit Radisson (Paul Muni) planeja construir um pequeno império em torno da Baía de Hudson. Ele faz amizade com os índios, luta contra os franceses e convence o rei Carlos II a patrocinar uma expedição de conquista.

Comentários:
A história do filme parece ser baseada em fatos históricos reais, mas apenas parece. O que se vê no filme todo é puramente ficção. O ator Paul Muni era uma figura popular por aqueles tempos, mas foi criticado por não acertar direito o sotaque de seu personagem, algo que não passou em branco para os canadenses, já que a história do filme se passava nos primórdios da colonização do Canadá. Outro ponto interessante é que o filme traz Vincent Price como um monarca, o Rei Carlos II. Pois é, antes de se consagrar em tantos filmes de terror ele fez esse faroeste diferenciado.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 13 de junho de 2006

A Amazona de Tucson

Título no Brasil: A Amazona de Tucson
Título Original: Arizona
Ano de Produção: 1940
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Wesley Ruggles
Roteiro: Claude Binyon, Clarence Budington
Elenco: Jean Arthur, William Holden, Warren William. Porter Hall, Edgar Buchanan, Paul Harvey  

Sinopse:
Durante a década de 1860 em Tucson, uma mulher pioneira luta para ter sucesso no negócio de carga e gado enquanto corre risco nas mãos de homens de negócios locais corruptos e violentos e índios furiosos.

Comentários:
Filme bem interessante, colocando uma protagonista mulher em um faroeste, provavelmente o gênero cinematográfico mais masculino de todos os tempos. E a atriz Jean Arthur brilha no filme, muito carismática e talentosa. Na época em que o filme foi lançado se comentou muito que o astro Gary Cooper havia sido convidado para atuar no filme, mas pulou fora do barco ao perceber que o roteiro iria dar muito mais espaço para a personagem de Jean Arthur. Ele não queria ficar na sombra dela. Sobrou para William Holden atuar no filme, nesse que foi seu primeiro filme de faroeste. Na época ele era contratado pela Columbia e não podia dizer não. Acabou que se saiu muito bem em cena desse bom faroeste feminista dos anos 1940.

Pablo Aluísio.