sexta-feira, 5 de julho de 2024

Wish Man

Wish Man
Esse filme conta a história real de um policial de Nevada que fundou uma organização não governamental (ONG) que buscava realizar o desejo de crianças em estado terminal. E tudo aconteceu meio por acaso. Ele era um patrulheiro rodoviário com alguns problemas na corregedoria. Havia sido acusado de agredir duas pessoas em uma de suas rondas. Na verdade a agressão havia sido feita por outro policial, que tentando escapar da justiça, acabou jogando a culpa em suas costas. Pois bem, afastado das rodovias ele passou a cumprir expediente interno na delegacia. 

Entre suas novas funções estava a de relações públicas. E ele acaba recebendo uma mãe e seu filhinho que está morrendo de câncer. O garoto amava a série CHIPS. Então os policiais decidem dar de presente a ele um uniforme completo, com distintivo, além da possibilidade de colocar o menino em cima das famosas motos dos patrulheiros. Esse acontecimento deu a ideia a esse homem de fundar uma organização que teria como objetivo esse mesmo, o de realizar o desejo de todas essas crianças. É uma organização muito conhecida nos Estados Unidos. Inclusive a esposa de Elvis, a Priscilla, também fez parte dela por alguns anos. Enfim, um bom filme, cheio de boas intenções. Vale a pena conhecer essa história tocante. 

Wish Man (Estados Unidos, 2019) Direção: Theo Davies / Roteiro: Theo Davies / Elenco: Andrew Steel, Kirby Bliss Blanton, Tom Sizemore, Danny Trejo, Larry Wilcox / Sinopse: O filme conta a história real de um policial de Nevada, nos Estados Unidos, que criou uma ONG cujo objetivo seria o de realizar os desejos de crianças com doenças terminais. 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 4 de julho de 2024

Meninas Malvadas

Meninas Malvadas (2024)
Tecnicamente seria um remake para celebrar os 20 anos do filme original, mas sinceramente eu considero isso aqui um novo filme, uma tentativa de readaptar do zero o material original. Até porque esse novo filme é um musical assumido, coisa que o filme original não era. Dessa maneira vou tratar como uma adaptação renovada e não apenas como um mero remake. Dito isso, vamos às considerações. Eu penso que esse enredo funcionou bem melhor no primeiro filme. Tinha mais fluidez, até porque filmes sobre adolescentes precisam mesmo de uma determinado ritmo narrativo para dar certo. Não combinou muito bem transformar em musical. Além disso a linguagem desse musical lembra até filmes bem antigos que os jovens atualmente sequer conhecem. Um filme feito pra jovens, mas que não tem bem a linguagem certa para isso. 

Agora de todos os problemas que detectei nesse filme, talvez o pior de todos seja mesmo o seu elenco. O elenco do primeiro filme era muito melhor do que esse. Aqueles eram de fato jovens atores com muito carisma e personalidade. Coisa que não encontrei nesse novo grupo de atores e atrizes jovens. Achei eles bem sem graça, alguns antipáticos. Essa tentativa de sempre e sempre trazer variedade na escolha dos atores é algo que não funciona em determinadas histórias. Eu respeito a tentativa de fazer isso, como Hollywood tem mostrado, mas nem sempre é o adequado para certas narrativas. Ficou forçado e falso. Enfim, apesar de ter assistido ao filme sem maiores aborrecimentos, penso também que deixou a desejar em vários aspectos. 

Meninas Malvadas (Mean Girls, Estados Unidos, 2021) Direção: Samantha Jayne, Arturo Perez Jr. / Roteiro: Tina Fey, Rosalind Wiseman / Elenco: Tina Fey, Angourie Rice, Reneé Rapp, Auli'i Cravalho / Sinopse: Garota novata vai estudar em uma nova escola nos Estados Unidos após morar na África. E ela descobre que o colegial é uma verdadeira selva! 

Pablo Aluísio.

Snoopy Apresenta: Seja Bem-vindo, Franklin!

Snoopy Apresenta: Seja Bem-vindo, Franklin! 
Sabe, assistir a essa animação me fez lembrar muito dos anos 80 quando eu assisti aos longas da turminha do Charlie Brown que eram exibidos nas tardes pelo canal SBT. Naquela época o criador de tudo, Charles M. Schulz, ainda estava vivo, participando ativamente da produção de todas aquelas animações inesquecíveis. Falecido há muitos anos, agora seus herdeiros resolveram seguir pelo mesmo caminho, fazendo longas que mesclam aquele clima de aventura com a nostalgia de uma infância há muito perdida no tempo. Funciona bem demais e eles foram bem fiéis ao espírito do criador original. Nesse aspecto não há o que reclamar. Ficou muito bom. 

Aqui nessa história eles apresentam um novo personagem, o Franklin. Ele é um menino negro que vai morar na vizinhança do Charlie Brown e acaba conhecendo toda a turma. Ele é filho de militar, por isso vive mudando de cidade em cidade, mas ali parece encontrar bons amigos - apesar de alguns serem bem esquisitos, como o próprio cachorrinho Snoopy que tem personalidade própria. E tudo fica ainda mais animado quando se descobre que haverá uma corrida de carrinhos no próximo fim de semana. Enfim, gostei de realmente tudo. Uma animação que mantém o espírito da obra de Schulz. Penso inclusive que ele iria gostar muito de assistir a essa animação se ainda fosse vivo. 

Snoopy Apresenta: Seja Bem-vindo, Franklin! (Snoopy Presents: Welcome Home, Franklin, Estados Unidos, 2024) Direção: Raymond S. Persi / Roteiro: Charles M. Schulz (Criador original dos personagens), Robb Armstrong, Scott Montgomery / Elenco: Caleb Bellavance, Etienne Kellici, Isabella Leo / Sinopse: O garotinho Franklin muda de cidade e vai morar perto de Charlie Brown. Tentando se entrosar, ele entra em sua equipe de velocidade para uma corrida de carrinhos de madeira que vai acontecer no próximo final de semana! 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 3 de julho de 2024

Godzilla Minus One

Título no Brasil: Godzilla Minus One 
Título Original: Gojira -1.0
Ano de Lançamento: 2023
País: Japão
Estúdio: Toho Studios
Direção: Takashi Yamazaki
Roteiro: Takashi Yamazaki
Elenco: Minami Hamabe, Ryunosuke Kamiki, Sakura Andô

Sinopse:
Em um Japão arrasado pelo fim da segunda guerra mundial, a população pobre do país tenta sobreviver de todas as formas, inclusive um jovem casal. E tudo fica ainda pior quando um monstro titã surge do oceano. Godzilla está de volta, arrasando as cidades japonesas já destruídas pela guerra. 

Comentários:
Esse filme foi produzido para celebrar os 70 anos do monstro Godzilla. Os japoneses, os verdadeiros criadores desse personagem, decidiram ignorar as versões americanas, voltando ao básico do filme original. E isso está em vários aspectos do filme, até mesmo no visual do monstro no melhor estilo de dublês vestindo roupas borrachudas. Faz parte do espírito trash que trouxe ao mundo esses filmes, vamos ser sinceros por aqui. E como sempre ele volta para destruir as cidades japonesas, que com o avanço da tecnologia digital já não são mais feitas com papelão e cola plástica como nos filmes pioneiros, mas sim com computadores de última geração. Eu confesso que achei bem exageradas as críticas positivas que foram feitas no lançamento desse filme. Li e ouvi muito exageros por aí. Cheguei a presenciar até marmanjo chorando na sessão do filme. Que coisa mais sem noção! Na opinião de pessoas assim existe muito mais fatores emocionais e nostálgicos do que uma visão objetiva e clara sobre o filme em si. Em meu ponto de vista o que temos aqui é apenas um filme OK. Nada demais, nenhuma obra-prima da sétima arte. E passa longe de ser o melhor filme já feito do Godzilla. É um filme mediano de nicho para quem curte o universo desse monstro e nada muito além disso. 

Pablo Aluísio.

Pray Away

Título no Brasil: Pray Away: A Ilusão da Cura Gay
Título Original: Pray Away
Ano de Lançamento: 2021
País: Estados Unidos
Estúdio: Blumhouse Productions
Direção: Kristine Stolakis
Roteiro: Kristine Stolakis
Elenco: Yvette Cantu Schneider, Michael Bussee, John Paulk

Sinopse:
O documentário resgata uma prática ilegal e proibida que foi promovida por igrejas evangélicas nos Estados Unidos. Jovens com propensão à homossexualidade eram submetidos a falsos tratamentos psicológicos para deixarem de seguir suas naturezas sexuais. 

Comentários:
Existe uma variedade de imbecilidades no meio evangélico que me chocam. Uma das piores é a tal da "Cura Gay", um terrorismo psicológico que é feito contra adolescentes e jovens homossexuais, tudo travestido como teologia e psicologia, só que no fundo não passa de fanatismo perverso. E o resultado, após muitos anos, é dos piores. Muitos desses jovens se mataram por não aguentarem a pressão a que foram submetidos. Algo nojento mesmo. Esse filme assim traz depoimentos de pessoas que passaram por esse verdadeiro terror promovido por igrejas e espeluncas da fé. E o interessante é que também traz a versão de quem  promovia a cura gay. A maioria deles gays enrustidos. Um show de horrores. Felizmente tal prática atualmente é proibida nos principais países do mundo civilizado. Para desgosto de pastores endinheirados e medievais que perderam assim a chance de ganhar mais uma grana com a fé alheia. Que gente escrota, vou te contar...

Pablo Aluísio.

terça-feira, 2 de julho de 2024

A Glória de um Covarde

Título no Brasil: A Glória de um Covarde
Título Original: The Red Badge of Courage
Ano de Produção: 1951
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: John Huston
Roteiro: John Huston
Elenco: Audie Murphy, Bill Mauldin, Douglas Dick

Sinopse:
Henry Fleming (Audie Murphy) é um jovem soldado ianque durante a guerra civil americana. Seu regimento se prepara há tempos para entrar em combate mas esse dia sempre é adiado. Ao contrário de seus colegas de tropa, Fleming teme por sua vida no campo de guerra. Durante sua primeira batalha ele entra em pânico e com medo de morrer sai correndo do front. Isso lhe traz uma crise de consciência terrível que faz com que ele volte para enfrentar o inimigo com uma bravura jamais vista no fogo cruzado entre os soldados do norte e seus inimigos, os confederados do sul. Indicado ao BAFTA Awards na categoria Melhor Filme.

Comentários:
Uma pequena obra prima assinada pelo mestre John Huston. O cineasta resolveu roteirizar o famoso livro de autoria de Stephen Crane que explora os medos e anseios de um soldado comum durante a guerra civil americana. A estória se passa em 1862 e o enredo se desenvolve todo em apenas dois dias na vida daqueles homens. O grande diferencial desse "The Red Badge of Courage" em relação a outros filmes sobre a guerra civil  da época é que ele desenvolve excepcionalmente bem a personalidade do jovem soldado, mostrando seus pensamentos, seu receio e o terror frente ao inimigo e por fim sua redenção gloriosa. Todos os membros do pelotão são muito bem desenvolvidos psicologicamente e isso mostra muito bem como Huston era um gênio do cinema, um diretor realmente diferenciado. Em uma época em que os filmes de western mostravam homens bravos, sem máculas, ele ousou realizar um filme mostrando um sujeito com muitas dúvidas, agindo até mesmo como um covarde, temeroso por sua vida e seu destino. Outro aspecto digno de nota é a interpretação do ator Audie Murphy. Ele mesmo um veterano de guerra, se mostra excepcional em cena, algo que vai surpreender a muitos que o consideravam apenas como um ator mediano de faroestes B. Enfim, temos mesmo aqui uma obra de arte com a assinatura do genial Huston. Um belo filme que vai agradar em cheio os admiradores do mais americano dos gêneros cinematográficos.

Pablo Aluísio.

Django Desafia Sartana

Título no Brasil: Django Desafia Sartana 
Título Original: Django sfida Sartana
Ano de Produção: 1970
País: Itália
Estúdio: BCR Produzioni Cinematografiche
Direção: Pasquale Squitieri
Roteiro: Pasquale Squitieri
Elenco: George Ardisson, Tony Kendall, José Torres, Bernard Farber, Salvatore Billa, Augusto Pescarini

Sinopse:
Acusado de assalto a banco, o assassino de recompensas e irmão do pistoleiro Django, Steve, é linchado pela população. Django surge em busca de vingança, perseguindo o bandoleiro Sartana, o suposto culpado pelo crime. Quem vencerá esse mortal duelo nas ruas daquele lugar esquecido por Deus?

Comentários:
Dois dos mais conhecidos pistoleiros do western spaghetti em um mesmo filme! Pois é, e você aí pensando que crossover era coisa recente do cinema atual. Que nada, antes, muitos anos atrás, já havia esse recurso para atrair bilheterias. O elenco apresentava o loiro George Ardisson no papel de Sartana, enquanto o moreno Tony Kendall interpretava o temido Django. Um aspecto a se considerar sobre eles é que apesar dos nomes americanizados eram dois atores italianos. Bons atores, é bom salientar, fizeram muitos filmes de faroeste spaghetti em suas carreiras. Nem preciso dizer que a jogada comercial de colocar os dois pistoleiros se enfrentando deu certo. O filme foi muito bem nas bilheterias da Europa, em especial Itália e Espanha. E esse sucesso todo o qualificou para ser lançado nos cinemas americanos. No Brasil também ganhou espaço em nosso circuito comercial, atraindo os que gostavam desse tipo de produção. 

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 1 de julho de 2024

Mares Violentos

Mares Violentos
John Wayne fazia questão de dizer que era um patriota e um conservador. Um americano acima de tudo. Chegava a ficar chato de tanto repetir isso. Por essa razão fiquei um tanto surpreso em ver ele nesse papel. No filme Wayne interpreta um capitão alemão durante a II Guerra Mundial. Isso por si só já fugia completamente do tipo de personagem padrão que era acostumado a interpretar. Mas havia mais. Como capitão desse navio mercante ele teria que levar uma espiã nazista de volta para a Alemanha. O problema é que ele passa a ser perseguido em sua jornada por um obstinado capitão inglês em seu navio de guerra. Antes da guerra eram até amigos próximos, mas com a declaração de guerra entre Inglaterra e Alemanha, a amizade ficava de lado, pois ambos agora eram inimigos. 

O filme é por demais interessante. O capitão interpretado por John Wayne não era um nazista convicto. E penso que isso foi colocado no roteiro como uma imposição do próprio ator. Ao invés disso era um velho lobo do mar que tinha que seguir ordens do III Reich, pois era acima de tudo um patriota alemão. Não aceitar ordens era o mesmo que trair sua pátria, na mentalidade desse velho marinheiro. 

Apesar do enredo parecer explosivo esse não é bem um filme de guerra com batalhas navais, etc. Está mais para um tipo de drama e romance em Alto-Mar. Até porque durante a viagem, o capitão de Wayne acaba se apaixonando pela espiã de Lana Turner, que já estava mais velha, mesmo que ainda mantivesse sua beleza do passado intacta na tela. Assim, entre perseguições navais e amores proibidos, o grandalhão Wayne defendeu seu personagem, um tipo fora do comum, pois apesar de ser alemão, não era um nazista e nem aceitava mentir em prol dos asseclas de Hitler. Um tipo de dilema moral e ético que o filme também traz em seu roteiro, mas sem se aprofundar muito sobre ele ao longo do filme. 

Mares Violentos (The Sea Chase, Estados Unidos, 1955) Direção: John Farrow / Roteiro: James Warner Bellah, John Twist, Andrew Geer / Elenco: John Wayne, Lana Turner, David Farrar / Sinopse: Nesse filme o ator John Wayne interpreta um capitão alemão da marinha, durante a segunda guerra mundial. Ele precisa lidar com um novo amor e o fim de uma velha amizade com um capitão inglês após o estouro do conflito entre seus dois países. 

Pablo Aluísio.