quarta-feira, 5 de novembro de 2025

Arquivo 81

Título no Brasil: Arquivo 81
Título Original: Archive 81
Ano de Lançamento: 2022
País: Estados Unidos
Estúdio: Atomic Monster Productions
Direção: Rebecca Thomas
Roteiro: Rebecca Sonnenshine, Paul Harris Boardman
Elenco: Mamoudou Athie, Dina Shihabi, Evan Jonigkeit, Martin Donovan, Julia Chan, Ariana Neal

Sinopse:
Dan Turner, um arquivista especializado em restaurar fitas de vídeo danificadas, aceita um trabalho misterioso para reconstruir uma coleção de gravações de 1994. À medida que restaura o material, ele descobre a história de uma documentarista que investigava um culto perigoso — e acaba se envolvendo em um enigma que conecta passado e presente, realidade e sobrenatural.

Comentários:
Achei mais esquisito do que qualquer outra coisa e isso não é um elogio. Um rapaz negro é contratado para tomar conta de uma velha estação onde existem várias fitas magnéticas antigas. Através delas ele toma contato com o passado, mas não apenas em sentido figurado. Ele chega a interagir com o passado, se envolvendo com uma mulher que teve um destino trágico. Só que agora ele pretende mudar o rumo dos acontecimentos. No quadro geral não gostei muito. A série, muitas vezes, cai no marasmo, no mais cansativo tédio. Eu cheguei no final para ver onde tudo aquilo iria dar, mas pra falar a verdade poderia ter largado no meio do caminho. Não perderia grande coisa! No meio do tédio reinante nem todas as boas ideias iniciais são devidamente aproveitadas. 

Pablo Aluísio. 

terça-feira, 4 de novembro de 2025

Colt 45

Colt 45
Mais um bom faroeste estrelado por Randolph Scott. No filme ele interpreta Steve Farrell, um vendedor de armas da fábrica Colt que é roubado em pleno escritório do xerife por um bandido perigoso chamado Jason Brett (Zachary Scott). Em posse dessas armas roubadas, o criminoso forma um bando que fica conhecido como a "Quadrilha do Colt" e começa a assaltar diligências, bancos e moradores da região. O que ninguém poderia desconfiar é que Steve Farrell não era apenas um vendedor de armas no velho oeste, mas também um ás do gatilho, que está disposto a recuperar todos os armamentos que lhe afinal de contas lhe pertence. Esse western foi produzido pela companhia cinematográfica Warner Bros. O filme foi estrelado por Randolph Scott em pleno auge de sua popularidade. O filme é o que se pode chamar de Western B, pois o roteiro realmente foca na ação e nos tiroteios, na pura diversão das matinês, sem se preocupar muito em se tornar uma obra prima ou algo parecido. A fita é curtinha (72 minutos) e foi feita assim visando aumentar as exibições nas sessões dos cinemas dos anos 50. O roteiro é bem simples e vai direto ao ponto, sem firulas.

O elenco de Colt .45 chama atenção por causa da presença de Lloyde Bridges (o pai de Beau e Jeff Bridges). Seu papel é um tanto secundário, mas ele se esforça para ser notado. Como sua esposa a estrelinha Ruth Roman, amiga pessoal de Randolph Scott que apesar da extensa filmografia (mais de cem filmes!) nunca conseguiu se tornar uma estrela de primeira grandeza. O diretor Edwin L. Marin era muito produtivo, mas morreu pouco tempo depois da realização desse filme. Era um diretor de estúdio e fazia o que lhe era pedido pelos produtores. Realizador competente, conseguiu bons resultados mesmo em produções B como essa. Já Randolph Scott mais uma vez assina a produção, já que ele percebeu que ganharia muito mais produzindo seus próprios filmes do que trabalhando para outros produtores. Acabou ficando muito rico com essa ideia, até porque na época nenhum gênero cinematográfico era mais popular e lucrativo do que o faroeste. Enfim, temos aqui um western bem no estilo bangue-bangue. É uma fita muito boa, eficiente e divertida. Vale a pena assistir. Para os nostálgicos então, é programa praticamente obrigatório.

Colt .45 (Colt .45, Estados Unidos, 1950) Estúdio: Warner Bros / Direção: Edwin L. Marin / Roteiro: Thomas W. Blackburn / Elenco: Randolph Scott, Ruth Roman, Lloyde Bridges, Zachary Scott, Alan Hale, Ian MacDonald / Sinopse: Vendedor de armas da marca Colt é assaltado no escritório de um xerife do velho oeste. Agora ele vai precisar recuperar todas as armas, mesmo que para isso tenha que enfrentar uma perigosa quadrilha de bandidos.

Pablo Aluísio. 

 

O Rei do Laço

O Rei do Laço 
Comédia com dupla Jerry Lewis e Dean Martin, só que dessa vez passada no velho oeste. Como na década de 1950 o western estava na moda, com centenas de filmes sendo produzidos todos os anos, era mesmo de se esperar que mais cedo ou mais tarde fosse criada uma sátira em torno dos clichês do gênero. Esse “O Rei do Laço” não é tão mordaz com o faroeste como era de se supor. Ao invés disso prefere brincar com o estilo de forma muito mais pueril, diria até mesmo inocente. Na história Jerry Lewis faz um filhinho de mamãe que sonha um dia ir para o velho oeste tal como seu pai, morto há muitos anos, defendendo suas terras contra bandidos mascarados. O problema é que sua mãe não quer que ele tome contato com a região e por isso o proíbe de ir. Para piorar ainda mais, quer que ele se case com uma moça escolhida por ela – sem direito a reclamação! Disposto a ir para o Oeste Selvagem, Jerry se alia então a Dean Martin e juntos vão para a antiga fazenda onde seu pai viveu. Atrapalhado e cheio de maneirismos, ele acaba caindo nas graças do povo da cidade que acaba o elegendo, imaginem só, o xerife da região!

“O Rei do Laço” foi o penúltimo filme da dupla Martin / Lewis. Na Na época das filmagens dessa produção já havia muita tensão entre a dupla que tanto sucesso havia feito no cinema com seus filmes anteriores. Dean Martin sentia-se muito subestimado dentro dos scripts dos filmes que fazia ao lado de Lewis. No fundo os personagens que interpretava não passavam de mera escada para Jerry desfilar seu repertório de palhaçadas. Entre uma cena e outra ele cantava alguma canção. O curioso é que Dean Martin era um sujeito tranquilo e cool, mas que infelizmente sucumbiu às opiniões (equivocadas ao meu ver) de sua esposa na época. Ela colocou na cabeça de Martin que ele não estava tendo o destaque merecido! Uma bobagem. De fato Dean Martin não tinha do que reclamar. Sempre havia espaço para sua música nos filmes e ele sem muito esforço se tornou um homem muito rico em sua parceria com Jerry Lewis (que o adorava e ficou muito deprimido após Martin romper com ele).

Um exemplo do que digo pode ser conferido aqui mesmo em “O Rei do Laço”. Dean Martin tem a oportunidade de cantar não um, nem duas músicas, mas cinco canções ao longo do filme!!! Acredito que mais espaço do que isso seria impossível. Infelizmente, apesar de ser um dos melhores cantores dos Estados Unidos, aqui Dean Martin não contava com bom material, pois as músicas não eram tão boas e nem marcantes – apelando mais para uma linha bem infantil e descartável. Na equipe técnica desse filme temos duas curiosidades interessantes: a presença na direção de Norman Taurog (que faria uma série de filmes ao lado de Elvis Presley) e a participação no roteiro do famoso escritor Sidney Sheldon (que só se consagraria mesmo anos depois). Enfim é isso. Uma pena que Jerry Lewis e Dean Martin tenham rompido tão cedo pois seus filmes, apesar de não serem obras primas do cinema, divertiam bastante o público em geral (pra falar a verdade ainda hoje divertem).

O Rei do Laço (Pardners, Estados Unidos, 1956) Direção: Norman Taurog / Roteiro: Sidney Sheldon, Jerry Davis / Elenco: Dean Martin, Jerry Lewis, Lori Nelson / Sinopse: Filhinho de mamãe (Lewis) resolve ir para o Oeste Selvagem em busca de emoções. Lá se torna xerife de uma cidadezinha aterrorizada por um grupo de bandidos mascarados.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 3 de novembro de 2025

Profanação

Título no Brasil: Profanação
Título Original: Phaedra
Ano de Lançamento: 1962
País: Grécia, Estados Unidos
Estúdio: Lopert Pictures Corporation
Direção: Jules Dassin
Roteiro: Jules Dassin, Margarita Liberaki
Elenco: Melina Mercouri, Anthony Perkins, Raf Vallone, Waly Cox, Roberto Bisacco, Olympia Papadouka

Sinopse:
Inspirado na tragédia grega de Eurípides e na peça “Fedra” de Jean Racine, o filme conta a história de Fedra (Melina Mercouri), esposa de um rico armador grego, que se apaixona perdidamente por Alexis (Anthony Perkins), o filho de seu marido. O amor proibido entre os dois leva a um relacionamento destrutivo, marcado por culpa, ciúme e tragédia. Ambientado entre a Grécia e Paris, o filme mistura drama psicológico, paixão e moralidade dentro do contexto moderno da alta sociedade europeia dos anos 1960. 

Comentários: 
Esse filme clássico também é conhecido como "Fedra". É uma adaptação moderna para um clássico da literatura e da mitologia. Saem os monarcas do texto original e entra uma família de magnatas, todos corroídos pela luxúria, culpa e prazeres mórbidos. Para o Ator Anthony Perkins foi uma tentativa de se livrar do personagem de Norman Bates de "Psicose". Como todos sabemos ele jamais conseguiu isso, tendo a carreira prejudicada por causa de personagem ícone desse suspense no cinema. O filme foi todo filmado em locações na Grécia e na França. O público europeu, por essa razão, gostou do filme que fez boa bilheteria por lá. Já nos Estados Unidos o filme fracassou completamente. O público americano muito mais puritano não comprou a ideia central do filme. Apesar disso, a crítica americana, por outro lado, apreciou o resultado artístico do filme, tecendo elogios nos jornais e revistas da época. Até mesmo em relação a aspectos, digamos, secundários da produção, como a trilha sonora assinada por Mikis Theodorakis, que trouxe toda uma atmosfera sonora única para o filme como um todo. 

Pablo Aluísio. 

O Gigante de Maratona

Título no Brasil: O Gigante de Maratona
Título Original: La battaglia di Maratona
Ano de Lançamento: 1958 
País: Itália, França
Estúdio: Titanus Film
Direção: Jacques Tourneur e Bruno Vailati
Roteiro: Ennio De Concini, Bruno Vailati
Elenco: Steve Reeves, Mylène Demongeot, Daniela Rocca, Sergio Fantoni, Alberto Lupo, Daniele Varga

Sinopse:
Em 490 a.C., o herói grego Philippides, campeão olímpico e soldado ateniense, se vê envolvido em uma trama política e amorosa enquanto os persas ameaçam invadir a Grécia. Quando a cidade de Atenas é traída internamente, Philippides lidera os soldados atenienses contra o poderoso exército persa na histórica Batalha de Maratona. Entre combates, intrigas e um amor dividido entre dever e paixão, ele se torna o símbolo da coragem grega na defesa da liberdade.

Comentários: 
Clássico do estilo sandálias e espadas estrelado pelo "Hércules" Steve Reeves, com direção de uma trinca de diretores: Jacques Tourneur, Bruno Vailati e Mario Bava. Na época foi um dos filmes mais caros produzidos na Itália, com um orçamento que rivalizava com os grandes épicos de Hollywood! Grande parte desses recursos foram usados nas grandes cenas de batalha marítima e terrestre. A Titanus investiu pesado para competir com os épicos de Hollywood e não media recursos para atingir esse objetivo. O ator Steve Reeves dispensou os dublês na maioria das cenas, decidindo fazer, por sua conta e risco, as cenas mais perigosas, fato amplamente divulgado pela imprensa italiana na época de lançamento do filme. Ele queria passar credibilidade ao seu público que fosse ao cinema conferir suas novas aventuras e foi bastante elogiado pela coragem e ousadia. O roteiro, por sua vez, tentava mostrar as origens do que hoje conhecemos como corridas de maratona, algo que se originou na Grécia antiga, em relatos e contos que misturavam histórias reais com mitologia desses povos do passado. 

Pablo Aluísio.

domingo, 2 de novembro de 2025

Gilmore Girls

Título no Brasil: Tal Mãe, Tal Filha
Título Original: Gilmore Girls
Ano de Lançamento: 2000 
País: Estados Unidos
Estúdio / Produção: Warner Bros
Criação / Direção: Amy Sherman-Palladino
Roteiro: Amy Sherman-Palladino, Daniel Palladino
Elenco: Lauren Graham, Alexis Bledel, Scott Patterson, Kelly Bishop, Edward Herrmann, Melissa McCarthy

Sinopse
Ambientada na charmosa cidade fictícia de Stars Hollow, Connecticut, Gilmore Girls acompanha a vida de Lorelai Gilmore, uma mãe solteira espirituosa e independente, e de sua filha adolescente Rory, com quem mantém uma relação mais de amizade do que qualquer outra coisa. A série explora o vínculo entre as duas, seus conflitos familiares com os ricos pais de Lorelai, Emily e Richard, e os desafios de Rory em busca de sucesso acadêmico e pessoal.

Comentários: 
Outra serie que também gostava muito nos anos 2000. Outra série do canal Warner em seus bons tempos. Assisti muito, praticamente todas os episódios! E isso antes de ter TV a cabo em minha casa. Se as minhas lembranças não me enganam essa série muito boa era exibida nas manhãs de sábado pelo SBT. Eu estava sempre em busca de fugir da mediocridade da TV aberta então essas séries que passavam nesse horário ganhavam minha audiência. E Gilmore Girls por ser uma série dramática romântica ganhou meu gosto pessoal. A história de mãe e filha, vivendo numa bela cidade do interior, era tudo de bom. Eu sempre terei lembranças ternas e nostálgicas dessa época em minha vida. Boas recordações de um tempo em que as séries tinham realmente muita qualidade, rivalizando até mesmo com os filmes de cinema!

Pablo Aluísio. 

Everwood

Título no Brasil: Everwood - Uma Segunda Chance 
Título Original: Everwood 
Ano de Lançamento: 2002
País: Estados Unidos 
Estúdio / Produção: Warner Bros
Direção / Criador: Greg Berlanti 
Roteiro: Greg Berlanti, Michael Green 
Elenco: Treat Williams (Dr. Andy Brown), Gregory Smith (Ephram Brown), Vivien Cardone (Delia Brown), Emily VanCamp (Amy Abbott), Tom Amandes (Dr. Harold Abbott), Chris Pratt (Bright Abbott) 

Sinopse
Dr. Andy Brown, um renomado neurocirurgião de Nova York, fica viúvo e decide recomeçar sua vida mudando-se com os filhos Ephram e Delia para a pequena e pitoresca cidade de Everwood, no Colorado, conforme o desejo de sua esposa falecida. Lá, ele abre uma clínica comunitária e tenta se reconectar com os filhos enquanto lida com os desafios de adaptação, rivalidades médicas locais, amores adolescentes, perda e cura emocional

Comentários:
Quando finalmente instalamos TV a cabo em nossa casa passamos a acompahar de perto essa série que era exibida pelo Warner Channel. Uma série muito boa! O elenco era ótimo, com o Treat Williams, a linda loira Emily VanCamp como a adolescente encantadora e o Gregory Smith como o carinha meio apaixonado por ela. Essa série que eu acompanhei bem, durou de 2002 a 2006! Gente como o tempo passou rápido nessa minha vida, fica até complicado de acreditar que faz tanto tempo! Eu até hoje tenho saudades de séries como essa! Além disso fico abismado de como o canal da Warner virou essa porcaria hoje em dia - sem nada para assistir! É realmente uma pena pois era um dos melhores canais a cabo para ver séries dramáticas. Hoje em dia não sobrou nada! 

Pablo Aluísio.

sábado, 1 de novembro de 2025

Apocalipse nos Trópicos

Título no Brasil: Apocalipse nos Trópicos
Título Original: Apocalypse in the Tropics 
Ano de Lançamento: 2024 
País: Brasil
Estúdio: Busca Vida Filmes 
Direção: Petra Costa 
Roteiro: Petra Costa, Alessandra Orofino 
Elenco: Petra Costa, Jair Messias Bolsonaro, Luiz Inácio Lula da Silva, Silas Malafaia (em arquivos de imagens). 

Sinopse:
Uma investigação em forma de documentário da diretora Petra Costa sobre como o movimento evangélico ganhou força na política brasileira nas últimas décadas, explorando o papel de líderes religiosos e políticos no processo de transformação da democracia, com acesso a figuras como Lula, Bolsonaro e Silas Malafaia.

Comentários:
O Brasil foi assolado por um delírio coletivo após as últimas eleições presidenciais. Uma turba de fanáticos ignorantes enlouquecidos decidiu destruir tudo por onde passavam, fazendo vandalismo nos prédios que representam os três poderes constitucionais em nossa nação. Como foi possível uma loucura insana dessas acontecer? A violência que se viu ficou marcado dentro da memória nacional. Pessoas foram presas e pegaram penas pesadas por seus atos (de forma bem merecida, aliás). Esse documentário procura entender as origens de toda essa insanidade violenta. O resultado que se vê nas telas é muito bom e desfaz mais uma mentira, a de que os baderneiros violentos e fanáticos eram velhinhas com bíblias na mão. Pura cascata! Se quiser entender de vez o que de fato aconteceu não deixe de ver esse documentário que foi muito falado e premiado no exterior em diversos festivais de cinema mundo afora. 

Pablo Aluísio. 

Roberto Carlos em Ritmo de Aventura

Título no Brasil: Roberto Carlos em Ritmo de Aventura
Título Original: Roberto Carlos em Ritmo de Aventura
Ano de Lançamento: 1968
País: Brasil
Estúdio: Herbert Richers
Direção: Roberto Farias
Roteiro: Roberto Farias, Bráulio Pedroso
Elenco: Roberto Carlos, Erasmo Carlos, Wanderléa, Reginaldo Faria, José Lewgoy, José Carlos de Andrade

Sinopse:
Roberto Carlos interpreta a si mesmo em uma aventura repleta de ação, música e humor. Perseguido por uma quadrilha de criminosos interessados em explorá-lo comercialmente, o cantor tenta escapar com a ajuda dos amigos Erasmo Carlos e Wanderléa. Entre perseguições, belas paisagens e canções marcantes, o filme celebra a Jovem Guarda e o carisma do "Rei" em uma mistura de comédia, romance e musical.

Comentários: 
Esse filme foi produzido nos anos 60. O Roberto Carlos já era um dos cantores mais populares do Brasil, então ir para o cinema parecia ser um caminho natural a seguir. Roberto, que nunca se considerou um ator, pediu que o filme fosse algo na linha dos filmes dos Beatles, ou seja, muita música, muita diversão, mas sem essa de trazer um roteiro pretensioso ou algo do tipo. E esse filme foi bem nessa linha mesmo. A história não faz muito sentido, sendo apenas uma desculpa para o Roberto Carlos sair cantando cada uma das músicas da trilha sonora (sendo algumas delas clássicas do repertório do cantor, é bom frisar). Enfim, se você é fã do artista não deixe de ver, agora se essa não for sua praia, bicho, procure por alguma outra coisa para ver. É uma brasa, mora! 

Pablo Aluísio. 

Minha Vida de Cinéfilo - Texto I

Minha Vida de Cinéfilo - Texto I
Eu sempre gostei de assistir a filmes, mas nos anos 70 eu era apenas uma criança que via os filmes do Jerry Lewis e do Elvis Presley na Sessão da Tarde. Não tenho muitas lembranças desse tempo, mas eu tenho recordações vivas de ter assistido a alguns filmes como "A Fantástica Fábrica de Chocolates" e de ter amado esse filme. Até hoje a trilha sonora quase me faz chorar!

Também tenho vagas recordações de Superman I e algum filme dos Trapalhões. Não me lembro se vi no cinema mesmo! Provavelmente fui ao cinema nessa idade, bem jovem, ainda morando no interior de SP, mas o tempo apagou essa recordação. Sequer tenho lembranças das salas de cinema na cidade onde nasci! Eu não tenho lembranças, nos anos 70, de nenhum outro filme mais marcante ou de ter conhecido algum ator americano de cinema pelo nome. A minha paixão por cinema só iria surgir mesmo nos anos 80. 

Eu saí da infância provavelmente por volta de 1985. Mesma época em que começou a explodir a febre do videocassete no Brasil! A primeiro locadora que entrei ficava no centro da minha cidade. Era uma produtora de vídeo que também alugava filmes. Na época eu nem entendia direito como esse novo comércio iria funcionar. Havia fichas técnicas na parede da locadora. Daí você puxava a fichinha e lia o nome dos atores, do diretor e do elenco, além da sinopse claro. Acho que essa locadora se chamava Comvideo. 

Eu fui ter videocassete bem mais tarde. Acho que no ano de 1986. Não era um VHS, mas um Betamax! A alegria de ter um videocassete em casa ficou meio na metade, porque só havia uma locadora Betamax na minha cidade. De VHS havia dezenas de locadoras. Então eu sempre ia na locadora e saía de lá sem nada, porque os bons filmes já tinham sido alugados. Era meio complicado. Só que eu não desistia, ia quase todo dia na locadora com a farda do colégio Marista e a bolsa no ombro! 

Só que havia uma questão que eu só fui descobrir depois. O Betamax como tecnologia era melhor do que o VHS. A fita era menor, mais portátil e tinha muita qualidade. O problema é que a Sony monopolizou o Beta, então todas as outras fabricantes foram para o VHS. O egoísmo da Sony meio que destruiu seu próprio formato! 

Pablo Aluísio.