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segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024

Brutalidade Mortal

Título no Brasil: Brutalidade Mortal
Título Original: Brute Force
Ano de Lançamento: 1947
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Jules Dassin
Roteiro: Richard Brooks, Robert Patterson
Elenco: Burt Lancaster, Hume Cronyn, Yvonne De Carlo, Charles Bickford, Ella Raines, Sam Levene

Sinopse:
Na superlotada Penitenciária de Westgate, onde a violência e o medo são normas e o diretor tem menos poder do que os guardas e os principais prisioneiros, a violência explode a todo momento. O condenado violento, durão e obstinado Joe Collins (Lancaster) quer revanche contra o chefe da guarda, Capitão Munsey, um pequeno ditador que se orgulha do poder absoluto. Depois de muitas infrações, Joe e seus companheiros de cela são colocados no temido cano de esgoto; provocando um esquema de fuga que tem todas as chances de se transformar em um banho de sangue.

Comentários:
Esse segundo filme da carreira do ator Burt Lancaster foi considerado muito visceral e brutal, fazendo jus ao seu título. A história se passa dentro de uma prisão onde os condenados vivem praticamente como bestas, como animais enjaulados. Para Lancaster o filme foi muito adequado. Jovem, atlético e musculoso, mas ainda não muito experiente como ator, ele conseguiu se sobressair nas cenas de lutas e pancadaria. Só com o tempo é que esse ex-trapezista de circo iria finalmente se desenvolver como bom intérprete de papéis dramáticos, afinal tudo tem seu tempo e momento de acontecer. De uma forma ou outra uma coisa não se pode negar, até hoje impressiona pela força de suas imagens. E pensar que um filme com uma história tão atroz assim foi lançado nos anos 1940. Pois é, o cinema americano já estava em seu auge por essa época. Obs: Esse filme também é conhecido no Brasil apenas como "Brutalidade", pois foi exibido com esse nome em algumas reprises na madrugadas televisivas dos canais abertos nacionais. 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Rififi

Quando em 1952 o diretor americano Jules Dassim resolveu fugir dos Estados Unidos devido às perseguições do macartismo e adotar Paris como seu novo lar, mal sabia que estava prestes a dirigir um dos maiores clássicos do estilo "noir" de todos os tempos:  "Rififi" (1955). Baseado na obra homônima de Auguste Le Breton, o longa, um dos maiores orgulhos do cinema francês , discorre sobre a história do bandidão Tony que depois de passar cinco anos na prisão, volta à vida normal e descobre que sua mulher, Mado o está traindo, e pior: vivendo com um dono de cabaret num prostíbulo. Embalado pela linda música tema de Georges Auric que ressoa no cabaré "L'Âge d'Or", Tony, reune-se com seus antigos comparsas e, sem dinheiro, aceita a proposta para voltar ao crime e realizar um dos maiores assaltos da história de Paris: o roubo à joalheria Mappin&Webb

No período que segue entre a preparação do assalto e a sua execução, Dassim passeia durante o dia com sua câmera pelo centro e subúrbios de Paris dos anos 50, mostrando pessoas comuns, modas e paisagens menos famosas. Sua câmera vai às ruas, vielas, becos e pequenos bares onde o preto e branco das imagens mostram a realidade do dia a dia parisiense. O longa tem dois momentos antológicos: o treinamento detalhado da gangue para silenciar o sistema de alarme da joalheria e a famosa sequência do roubo que dura, exatos, trinta e dois minutos, em completo silêncio, sem diálogos, sem música e que entrou para a história do cinema. Uma obra prima do cinema noir.

Rififi (Du Rififi Chez Les Hommes, França, 1955) Direção: Jules Dassin / Roteiro: Jules Dassin, René Wheeler, Auguste Le Breton baseado na novela "Du rififi chez les hommes" de Auguste Le Breton / Elenco: Jean Servais, Carl Möhner, Robert Manuel, Janine Darcey, Pierre Grasset / Sinopse: O criminoso Tony (Jean Servais) depois de passar cinco anos na prisão, volta à vida normal e descobre que sua mulher, Mado (Marie Sabouretm) o está traindo, e pior: vivendo com um dono de cabaret num prostíbulo. Junto a um grupo de comparsas passa então a se dedicar aos planos de um grande roubo em Paris

Telmo Vilela.