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quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Garotas e Mais Garotas

Título no Brasil: Garotas e Mais Garotas
Título Original: Girls! Girls! Girls!
Ano de Produção: 1962
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Norman Taurog
Roteiro: Allan Weiss, Edward Anhalt
Elenco: Elvis Presley, Stella Stevens, Jeremy Slate, Laurel Goodwin, Benson Fong, Robert Strauss

Sinopse:

O sonho de Ross Carpenter (Elvis Presley) é ter seu próprio barco de pesca, onde ele poderá finalmente ter uma renda fixa e segura. A oportunidade surge quando seu ex-patrão resolve colocar algumas embarcações à venda. Ross porém não tem ainda o dinheiro suficiente, que ele espera levantar cantando nos bares e nightclubs locais.

Comentários:
Mais uma comédia romântica musical com Elvis Presley nos anos 60. Esse tipo de filme fazia bastante sucesso e Elvis conseguia não apenas emplacar sucessos de bilhterias como também discos nas paradas musicais, pois nessa época suas trilhas sonoras faziam bastante sucesso. A fórmula era basicamente a mesma: Elvis interpreta um sujeita boa pinta que geralmente era disputado por duas mulheres (uma mais jovem e uma mais velha) enquanto desfilava seus sucessos em cenas de canto e dança. Esse "Girls! Girls! Girls!" foi filmado no mesmo estúdio, com o mesmo diretor e roteirista de "Feitiço Havaiano", o grande sucesso de Elvis nos cinemas. A trilha sonora trazia uma sonoridade mais caribenha, apesar do filme ter sido todo filmado nas ilhas havaianas (em lugares que deram uma bonita fotografia à produção). De quebra ainda trouxe alguns his como "Return to Sender" (que vendeu milhões de cópias de seu single) e o tema principal, um cover do grupo The Drifters. Por fim um detalhe curioso e interessante: esse filme acabou sendo indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Filme - Musical do ano. Algo que era até bem raro em termos de filmografia de Elvis Presley. 

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

O Bacana do Volante

Quando "Speedway" pintou nos cinemas em junho de 1968 Elvis Presley já estava com um pé fora de Hollywood. Ele tinha planos para retornar em um grande especial de TV na NBC e posteriormente voltar para a estrada, para aquilo que mais gostava de fazer, realizar shows ao vivo. Sua carreira em Hollywood havia entrado em um beco sem saída e assim todos já sabiam de antemão que ele tinha dois caminhos a seguir: ou continuava a tentar emplacar ano após ano com esse tipo de filme ou então voltar para a música de forma definitiva. "O Bacana do Volante" foi produzido pela MGM. Nesse estúdio Elvis amargou seus piores filmes. Ao contrário da Paramount que sempre procurava fazer algo no mínimo decente para ser lançado, na Metro, em sua eterna crise financeira, valia tudo ou quase tudo. Filmes rodados em duas semanas, sem capricho, sem cuidado com pobre qualidade técnica. "Speedway" não chega a ficar entre os piores filmes de Elvis nesse estúdio mas também não fica entre os melhores. Não há como negar que o roteiro é bem derivativo, copiado inclusive de outras fitas de Elvis no próprio estúdio. De fato há pouca coisa que separa esse filme de "Spinout", por exemplo. A trama era quase sempre a mesma: Elvis como piloto de corridas, se apaixona por alguma starlet, cantas algumas músicas e The End. Tudo muito leve e inofensivo.

O filme custou 1 milhão e meio de dólares e não deu prejuízo. Lançado no Sul dos EUA inicialmente, em pequenas cidades onde Elvis tinha seu público mais fiel, o filme logo recuperou seu investimento em poucas semanas. A estréia ocorreu na mesma cidade onde foram realizadas quase todas as cenas externas de corrida. Essas sequências foram realizadas por uma segunda unidade em Charlotte na Carolina do Norte onde todos os anos a cidade promovia uma famosa corrida de Stock Car. Todos os pilotos foram devidamente creditados, mostrando respeito dos produtores com esses profissionais. Só depois o estúdio finalmente o colocou em cartaz nos grandes centros (Nova Iorque, Los Angeles, etc) onde como sempre o filme foi impiedosamente malhado pela crítica especializada. Dividindo a tela com Elvis surge aqui Nancy Sinatra. Muito longe do carisma e o talento de uma Ann-Margret, Nancy fez o que foi possível para se tornar um boa partner para Elvis Presley. Dança, canta e tenta trazer alguma veracidade para o romance. Ela interpreta uma fiscal do imposto de renda que está atrás do piloto Steve Grayson (Elvis Presley) por sonegação. 

Já Elvis aqui apenas passeia em cena. Algumas canções são até boas - a própria "Speedway" tem bom ritmo e fluência, embora a letra seja fraca - mas ele visivelmente não se esforça muito. Em alguns momentos transparece até mesmo estar entediado. De qualquer modo o famoso cantor desfila um figurino interessante que anos depois seria parcialmente copiada pelos criadores do desenho animado Speed Racer. Em conclusão podemos dizer que "Speedway" até mesmo tem alguns bons momentos mas no geral a produção realmente deixa a desejar seja como musical, seja como comédia romântica. Revisto hoje em dia realmente o único interesse que sobrevive é a própria presença de Elvis Presley, que como todo mito tinha um carisma fora do normal, que o fazia sair ileso até mesmo de filmes como esse. Fora isso realmente não temos nada de muito marcante.

O Bacana do Volante (Speedway, EUA, 1968) Direção: Norman Taurog / Roteiro: Phil Shuken / Elenco: Elvis Presley, Nancy Sinatra, Bill Bixby, Gale Gordon / Sinopse: Susan Jacks (Nancy Sinatra) é uma agente fiscal do governo americano que vai no encalço de um piloto de corridas, Steve Grayson (Elvis Presley), que não pagou seu imposto de renda. Não demora muito para ela ficar completamente apaixonada pelo carismático corredor..

Pablo Aluísio.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Feitiço Havaiano

Chad Gates (Elvis Presley) dá baixa no exército e volta para o Havaí, onde mora com seus pais. Ao retornar o jovem deseja trilhar seu próprio caminho sem precisar ir trabalhar na empresa de frutas tropicais de seu pai. Ao lado da namorada (Joan Blackman) ele resolve abrir uma empresa de guia de turismo nas ilhas. "Feitiço Havaiano" foi um dos maiores sucessos de Elvis Presley nos cinemas. Seu empresário o Coronel Tom Parker chamava o filme de "o produto perfeito". A trilha sonora vendeu horrores e o compacto simples com "Can´t Help Falling in Love" foi um dos discos mais vendidos do ano. Com "Blue Hawaii" Elvis finalmente encontrou seu nicho em Hollywood. A partir daí ele basicamente iria fazer esse filme várias e várias vezes novamente. O roteiro era basicamente uma desculpa para que Elvis fosse apresentando uma música atrás da outra nas cenas, o que nesse caso era muito bem-vindo aos fãs pois há vários clássicos do astro na trilha como a música título, "No More" e "Hawaiian Wedding Song" (que ele levaria aos palcos nos anos 70 em Las Vegas). Já a trama desse musical é leve, simples e como pano de fundo traz a beleza natural do próprio Havaí.

Além do grande sucesso "Feitiço Havaiano" também ficou conhecido entre os fãs por outro fato curioso. Foi nas ilhas havaianas, enquanto filmava o filme, que Elvis realizou um dos poucos shows ao vivo que fez durante a década de 60. Ele se apresentou para arrecadar fundos para o monumento do navio Arizona que afundou durante o ataque japonês ao porto de Pearl Harbor. Elvis visitou o local e realizou a apresentação. Com o dinheiro o monumento finalmente foi finalizado. O diretor do filme era velho conhecido de Elvis, Norman Taurog, veterano que iria dirigir várias produções de Hal Wallis com o cantor. A parceira deu certo e juntos acabaram emplacando alguns dos grandes sucessos do Rei do Rock no cinema. O filme inicialmente seria estrelado por Juliet Prowse, que já havia dividido a cena com Elvis em "Saudades de um Pracinha". Cinco dias antes do começo das filmagens porém ela entrou em atrito com o produtor Wallis. Exigiu tratamento de estrela, com despesas pagas para profissionais próprios (maquiadoras, esteticistas, etc) que ela queria levar ao Havaí. O produtor não concordou e Prowse abandonou o filme. Depois do incidente, às pressas, foi convocada a linda atriz Joan Blackman, uma bela morena de olhos verdes que trouxe muita beleza ao já bonito filme. Enfim, "Feitiço Havaiano" é isso, música, praia e diversão. Um filme de verão típico dos anos 60.

Feitiço Havaiano (Blue Hawaii, EUA, 1961) / Direção de Norman Taurog / Roteiiro de Allan Weiss e Hal Kanter / Com Elvis Presley, Joan Blackman, Angela Lansbury / Sinopse: Chad Gates (Elvis Presley) dá baixa no exército e volta para o Havaí, onde mora com seus pais. Ao retornar o jovem deseja trilhar seu próprio caminho sem precisar ir trabalhar na empresa de frutas tropicais de seu pai. Ao lado da namorada (Joan Blackman) ele resolve abrir uma empresa de guia de turismo nas ilhas.

Pablo Aluísio.

sábado, 28 de abril de 2007

O Meninão

Título no Brasil: O Meninão
Título Original: You're Never Too Young
Ano de Produção: 1955
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Norman Taurog
Roteiro: Sidney Sheldon, Edward Childs Carpenter
Elenco: Dean Martin, Jerry Lewis, Diana Lynn, Nina Foch, Raymond Burr, Mitzi McCall

Sinopse:
Wilbur Hoolick (Jerry Lewis) é um sujeito desastrado e sem sorte. Aspirante à barbeiro ele acaba se envolvendo sem querer com uma quadrilha que roubou um valioso diamante. Agora para fugir ele precisa se passar por uma garoto de 12 anos de idade, algo que não será nada fácil. Para isso contará com a ajuda de seu amigo Bob Miles (Dean Martin).

Comentários:
Acabei revendo hoje "O Meninão" (You're Never Too Young, 1955). Essa é mais uma deliciosa comédia da dupla Jerry Lewis e Dean Martin. Eu muito provavelmente já havia assistido o filme em algum momento da minha vida mas isso certamente fazia tantos anos que me lembrava de pouca coisa. A principal lembrança certamente veio das preguiçosas tardes assistindo a famosa "Sessão da Tarde" da Globo ainda quando era apenas um adolescente. Foi justamente lá que me tornei fã do humor de Jerry Lewis. Eu particularmente não tenho receios de afirmar que considero o Jerry Lewis um tremendo de um talento, um comediante realmente engraçado que até hoje não teve o reconhecimento devido! Essa produção ainda é da fase da dupla Martin e Lewis que eram tão populares na época quanto qualquer outro grande astro de Hollywood. Infelizmente poucos anos depois eles iriam se separar mas as boas lembranças de suas películas juntos ficarão eternamente na mente dos fãs. Embora envelhecido o filme vale muito pela nostalgia envolvida. Sempre é muito bacana rever essa dupla.

Pablo Aluísio.

domingo, 12 de março de 2006

O Rei do Laço

Comédia com dupla Jerry Lewis e Dean Martin, só que dessa vez passada no velho oeste. Como na década de 1950 o western estava na moda, com centenas de filmes sendo produzidos todos os anos, era mesmo de se esperar que mais cedo ou mais tarde fosse criada uma sátira em torno dos clichês do gênero. Esse “O Rei do Laço” não é tão mordaz com o faroeste como era de se supor. Ao invés disso prefere brincar com o estilo de forma muito mais pueril, diria até mesmo inocente. Na história Jerry Lewis faz um filhinho de mamãe que sonha um dia ir para o velho oeste tal como seu pai, morto há muitos anos, defendendo suas terras contra bandidos mascarados. O problema é que sua mãe não quer que ele tome contato com a região e por isso o proíbe de ir. Para piorar ainda mais, quer que ele se case com uma moça escolhida por ela – sem direito a reclamação! Disposto a ir para o Oeste Selvagem, Jerry se alia então a Dean Martin e juntos vão para a antiga fazenda onde seu pai viveu. Atrapalhado e cheio de maneirismos, ele acaba caindo nas graças do povo da cidade que acaba o elegendo, imaginem só, o xerife da região!

“O Rei do Laço” foi o penúltimo filme da dupla Martin / Lewis. Na Na época das filmagens dessa produção já havia muita tensão entre a dupla que tanto sucesso havia feito no cinema com seus filmes anteriores. Dean Martin sentia-se muito subestimado dentro dos scripts dos filmes que fazia ao lado de Lewis. No fundo os personagens que interpretava não passavam de mera escada para Jerry desfilar seu repertório de palhaçadas. Entre uma cena e outra ele cantava alguma canção. O curioso é que Dean Martin era um sujeito tranquilo e cool, mas que infelizmente sucumbiu às opiniões (equivocadas ao meu ver) de sua esposa na época. Ela colocou na cabeça de Martin que ele não estava tendo o destaque merecido! Uma bobagem. De fato Dean Martin não tinha do que reclamar. Sempre havia espaço para sua música nos filmes e ele sem muito esforço se tornou um homem muito rico em sua parceria com Jerry Lewis (que o adorava e ficou muito deprimido após Martin romper com ele).

Um exemplo do que digo pode ser conferido aqui mesmo em “O Rei do Laço”. Dean Martin tem a oportunidade de cantar não um, nem duas músicas, mas cinco canções ao longo do filme!!! Acredito que mais espaço do que isso seria impossível. Infelizmente, apesar de ser um dos melhores cantores dos Estados Unidos, aqui Dean Martin não contava com bom material, pois as músicas não eram tão boas e nem marcantes – apelando mais para uma linha bem infantil e descartável. Na equipe técnica desse filme temos duas curiosidades interessantes: a presença na direção de Norman Taurog (que faria uma série de filmes ao lado de Elvis Presley) e a participação no roteiro do famoso escritor Sidney Sheldon (que só se consagraria mesmo anos depois). Enfim é isso. Uma pena que Jerry Lewis e Dean Martin tenham rompido tão cedo pois seus filmes, apesar de não serem obras primas do cinema, divertiam bastante o público em geral (pra falar a verdade ainda hoje divertem).

O Rei do Laço (Pardners, Estados Unidos, 1956) Direção: Norman Taurog / Roteiro: Sidney Sheldon, Jerry Davis / Elenco: Dean Martin, Jerry Lewis, Lori Nelson / Sinopse: Filhinho de mamãe (Lewis) resolve ir para o Oeste Selvagem em busca de emoções. Lá se torna xerife de uma cidadezinha aterrorizada por um grupo de bandidos mascarados.

Pablo Aluísio.