É um, digamos assim, clássico do cinema musical da década de 80. O enredo é simpático e o filme até hoje tem seus admiradores, a ponto inclusive de se produzir um remake recente (horrendo, por sinal). A estória foi levemente baseada em um fato real ocorrido numa cidadezinha do meio oeste americano. Após a morte de jovens numa noite de bebedeiras e farras o pastor local conseguiu convencer a comunidade a adotar uma atitude radical: proibir toda e qualquer festa com música entre jovens. Embora fosse obviamente um ato sem a menor base jurídica (basicamente uma afronta aos direitos individuais da juventude local) o fato é que a cidade comprou a idéia e assim a música, a dança e as festas públicas foram definitivamente banidas do local.
Footloose começa justamente quando um jovem de Detroit chega para morar na cidadezinha. Farrista, bom dançarino, ele logo fica espantado com a proibição e começa um movimento dentro da comunidade para a organização de uma grande festa, um baile de formatura. Bom, já deu para perceber que o roteiro abre muito espaço para música – e a trilha sonora se aproveita bem disso numa bela seleção de sucessos que estouraram nas rádios FMs em todo o mundo (inclusive no Brasil onde várias canções entraram nas principais paradas, marcando época para dizer a verdade). Footloose se tornou o primeiro grande sucesso da carreira do ator Kevin Bacon. Na época ele era apenas um notório desconhecido mas depois desse musical abriu seu próprio caminho dentro da indústria do cinema, estrelando ou participando como coadjuvante de grandes filmes e sucessos de bilheteria. Assim fica a dica de “Footloose” que ao lado de “Dirty Dancing” e “Flashdance” foi um dos maiores símbolos do cinema dançante da década de 80.
Footloose – Ritmo Louco (Footloose, Estados Unidos, 1984) Direção: Herbert Ross / Roteiro: Dean Pitchford / Elenco: Kevin Bacon, Lori Singer, John Lithgow / Sinopse: Jovem recém chegado numa pequena cidade tenta colocar abaixo uma proibição do pastor da comunidade que impede a realização de festas e danças entre jovens.
Pablo Aluísio.
domingo, 7 de setembro de 2025
Xanadu
Título no Brasil: Xanadu
Título Original: Xanadu
Ano de Produção: 1980
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Robert Greenwald
Roteiro: Richard Christian Danus, Marc Reid Rubel
Elenco: Olivia Newton-John, Gene Kelly, Michael Beck
Sinopse:
Musas gregas do Olimpo descem até a Terra em busca de diversão. Durante sua estadia entre os mortais uma delas chamada Kira (Olivia Newton-John) acaba se envolvendo com um artista, algo que não será de agrado dos grandes deuses como Zeus e cia! Musical símbolo dos anos 80.
Comentários:
Hoje em dia o filme vai soar tão estranho como um Deus Grego caminhando pelas ruas! De fato quando "Xanadu" foi lançado o mundo pop era bem diferente. A discoteca dava seus últimos suspiros e a última moda era andar de patins! Tudo isso hoje soa bem datado (e é mesmo!) mas talvez esteja aí o grande charme de rever o musical nos dias atuais. Afinal tudo é tão exageradamente inocente que vai parecer mesmo uma relíquia histórica. Em termos de elenco o grande atrativo é a presença da atriz sensação (na época, claro) Olivia Newton-John. Além de atriz era uma cantora talentosa e por isso virou símbolo para as garotas daqueles anos que a imitavam no penteado, nas roupas e no estilo. Gene Kelly, ator símbolo dos antigos musicais da MGM também está presente mas sua participação não é muito relevante. Vale mais como uma homenagem do que qualquer outra coisa. Os efeitos de Xanadu hoje em dia vão soar completamente sem noção, mais parecendo um videogame da Atari mas releve tudo isso e caia na dança cantando o refrão eterno (e ultra, mega pegajoso) da canção tema do filme! Os saudosistas agradecem!
Pablo Aluísio.
Título Original: Xanadu
Ano de Produção: 1980
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Robert Greenwald
Roteiro: Richard Christian Danus, Marc Reid Rubel
Elenco: Olivia Newton-John, Gene Kelly, Michael Beck
Sinopse:
Musas gregas do Olimpo descem até a Terra em busca de diversão. Durante sua estadia entre os mortais uma delas chamada Kira (Olivia Newton-John) acaba se envolvendo com um artista, algo que não será de agrado dos grandes deuses como Zeus e cia! Musical símbolo dos anos 80.
Comentários:
Hoje em dia o filme vai soar tão estranho como um Deus Grego caminhando pelas ruas! De fato quando "Xanadu" foi lançado o mundo pop era bem diferente. A discoteca dava seus últimos suspiros e a última moda era andar de patins! Tudo isso hoje soa bem datado (e é mesmo!) mas talvez esteja aí o grande charme de rever o musical nos dias atuais. Afinal tudo é tão exageradamente inocente que vai parecer mesmo uma relíquia histórica. Em termos de elenco o grande atrativo é a presença da atriz sensação (na época, claro) Olivia Newton-John. Além de atriz era uma cantora talentosa e por isso virou símbolo para as garotas daqueles anos que a imitavam no penteado, nas roupas e no estilo. Gene Kelly, ator símbolo dos antigos musicais da MGM também está presente mas sua participação não é muito relevante. Vale mais como uma homenagem do que qualquer outra coisa. Os efeitos de Xanadu hoje em dia vão soar completamente sem noção, mais parecendo um videogame da Atari mas releve tudo isso e caia na dança cantando o refrão eterno (e ultra, mega pegajoso) da canção tema do filme! Os saudosistas agradecem!
Pablo Aluísio.
sábado, 6 de setembro de 2025
O Regime
Nessa altura de sua carreira a atriz Kate Winslet não precisava de uma bobagem como essa em seu currículo de tantos bons filmes. Nessa minissérie ela interpreta uma ditadora de uma pequena republiqueta no leste europeu. O modelo é claramente inspirado em uma daquelas ex-repúblicas soviéticas que surgiram após a queda do muro de Berlim. Sua personagem é a de uma figura exagerada, populista e bizarra, cheia de manias estranhas. O povo não aguenta mais aquele regime, mas ela segue em frente com muita repressão e propaganda política. E as coisas logo saem do controle quando ela se apaixona por um de seus guardas palacianos, um tipo rude e dado a ataques de violência irracional.
Fica claro desde os primeiros episódios que a proposta seria a de fazer uma série com muito humor, mas a realidade é que tudo é bem sem graça. A Kate Winslet não tem talento para esse tipo de papel. A praia dela é bem outra. Além disso, essa tentativa de ridicularizar outros países, com seus ditadores ridículos, soa no mínimo incoerente nos dias atuais. Em tempos de Donald Trump, os americanos perderam toda a moral para passar lições aos outros países do mundo nesse aspecto. Atualmente nenhum líder mundial é mais ridículo do que o presidente bizarro deles!
O Regime (The Regime, Estados Unidos, 2024) Direção: Stephen Frears, Jessica Hobbs / Roteiro: Will Tracy, Sarah DeLappe / Elenco: Kate Winslet, Matthias Schoenaerts, Guillaume Gallienne / Sinopse: Elena Vernham (Kate Winslet) é a ditadora de uma pequena republiqueta localizada entre a Europa e a Ásia. Além dos inimigos políticos internos, ela precisa também abafar um novo escândalo em sua vida pessoal. Mesmo casada, acaba se envolvendo loucamente com um dos guardas de seu palácio, para desespero de seus ministros de Estado.
Pablo Aluísio.
Programa de Domingo - A História de Ed Sullivan
Documentário da Netflix que se propõe a contar a história do apresentador Ed Sullivan (o mais popular nome dos programas de variedades dos Estados Unidos). Ao longo de décadas ele apresentou um programa de TV que foi campeão absoluto de audiência nas noites de domingo. Pois é, qualquer semelhança com o nosso Silvio Santos definitivamente não é mera coincidência.
A intenção e a ideia do documentário são muito boas, mas devo dizer que o resultado final é bem fraco. Sim, aparecem pequenos trechos das apresentações dos Beatles, Elvis Presley e Rolling Stones no programa, mas fora disso, nada de muito espetacular é revelado sobre Ed Sullivan. Apenas que ele veio do rádio, se deu muito bem na novata televisão, não tinha preconceitos contra artistas negros e nada muito além disso. Diante da história do Sullivan e de sua importância dentro da história da TV dos Estados Unidos, realmente a coisa toda ficou pelo meio do caminho. Como se costuma dizer, esse documentário não se mostrou à altura do personagem que procurou desvendar.
Programa de Domingo - A História de Ed Sullivan (Sunday Best, Estados Unidos, 2025) Direção:
Sacha Jenkins / Roteiro: Sacha Jenkins / Elenco: Ed Sullivan, The Beatles, Elvis Presley, entre outros artistas (em arquivos de imagens) / Sinopse: Documentário da Netflix que conta a trajetória do radialista, jornalista e apresentador de televisão Ed Sullivan que foi um dos maiores líderes de audiência da televisão norte-americana de sua época.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 5 de setembro de 2025
Amores Materialistas
Que filme bom! Uma daquelas histórias que quando terminam nos deixa com um sorriso no rosto! Ouso dizer inclusive que esse pode ser considerado o melhor filme da carreira da atriz Dakota Johnson. Ela interpreta Lucy, uma agente de casamentos em Nova Iorque. Seu trabalho consiste basicamente em arranjar bons partidos para mulheres solteironas da cidade. Trabalho complicado, conforme logo vamos perceber. Quando ela acerta, tudo dá muito certo. A agência ganha muito dinheiro e suas clientes se casam. Seus critérios para escolher o homem ideal para sua exigente clientela são bem materialistas. O cara tem que ser rico, alta renda, de família milionária, alto, um partidão, como se dizia antigamente.
Só que Lucy, em sua vida pessoal, não aplica os mesmos valores (ou a falta deles). Ela até conhece um sujeito com muito potencial, um homem rico, inteligente, que fica muito a fim dela. Interpretado por Pedro Pascal, esse é o tipo de homem que ela chama de "unicórnio", por ser um tipo desejado e raro na praça. E ele nem esconde que quer namorar com ela! Só que ao invés de seguir em frente nesse promissor novo romance, ela vai atrás mesmo de sua antiga paixão, um cara complicado, pobretão ao extremo. O personagem de Chris Evans ainda não acertou na vida. Sempre quis ser ator em Nova Iorque, mas nunca conseguiu dar certo. Para viver, trabalha como garçom. Imagine a Lucy (Dakota) nessa situação. Ela que classifica todos os solteiros de Manhattan de acordo com seus critérios puramente materiais e de grana, joga tudo isso fora na hora de escolher o homem de sua vida! O coração tem razões que a própria razão desconhece!
Não é uma comédia romântica, do tipo daquelas que assistíamos nos anos 90. Tem certo humor, mas bem contido. Está mais para um excelente filme romântico, mostrando que os critérios de escolha para um casamento feliz não podem ser simplesmente financeiros, mas acima de tudo, emocionais. O garçom de Chris Evans no fundo não tem nada a oferecer a ela em termos de grana e status social, mas a ama do fundo do coração! Quem precisa de algo a mais do que isso em um relacionamento para ser verdadeiramente feliz?
Amores Materialistas (Materialists, Estados Unidos, 2025) Direção: Celine Song / Roteiro: Celine Song / Elenco: Dakota Johnson, Chris Evans, Pedro Pascal / Sinopse: Agente de casamentos em Manhattan é extremamente exigente na escolha dos solteiros que irá apresentar para suas clientes. Eles precisam ser ricos, altos, com status social. Uma regra que ela não consegue levar para sua vida pessoal pois no fundo nunca conseguiu superar uma grande paixão que tem por seu antigo namorado, um pobretão!
Pablo Aluísio.
A Guerra dos Roses
Título no Brasil: A Guerra dos Roses
Título Original: The War of the Roses
Ano de Produção: 1989
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Danny DeVito
Roteiro: Warren Adler, Michael Leeson
Elenco: Michael Douglas, Kathleen Turner, Danny DeVito, Marianne Sägebrecht, Sean Astin, Heather Fairfield
Sinopse:
Oliver Rose (Michael Douglas) é casado com Barbara Rose (Kathleen Turner). Após muitos anos de casamento a vida em comum começa a se tornar insuportável. E aí que surge o advogado Gavin D'Amato (Danny DeVito) pronto para se colocar no meio da guerra que surge entre o casal.
Comentários:
Danny DeVito dirigiu e atuou nesse filme e chamou para participar seu amigo de longa data Michael Douglas. Era uma comédia no fundo, indo para um lado mais de humor negro, mas que funcionou muito bem. Na realidade o roteiro é um longo "estudo" sobre os motivos e as razões que podem levar ao fim de um casamento. O marasmo, o tédio, o dia a dia massacrante que destrói todo tipo de paixão e amor que um dia havia existido no relacionamento do casal. O curioso é que o roteiro tem também espaço para momentos bem pastelão como pratos voando, socos, gente caindo pela escada. A trilha sonora apela para o vintage, para o clássico, com destaque para a música "Only You" do grupo The Platters, só que aqui sendo usada não em seu efeito romântico, mas como uma ironia do que poderia ser um grande amor, mas que termina em desastre completo. Filme indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Atriz (Kathleen Turner) e Melhor Ator (Michael Douglas).
Pablo Aluísio.
Título Original: The War of the Roses
Ano de Produção: 1989
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Danny DeVito
Roteiro: Warren Adler, Michael Leeson
Elenco: Michael Douglas, Kathleen Turner, Danny DeVito, Marianne Sägebrecht, Sean Astin, Heather Fairfield
Sinopse:
Oliver Rose (Michael Douglas) é casado com Barbara Rose (Kathleen Turner). Após muitos anos de casamento a vida em comum começa a se tornar insuportável. E aí que surge o advogado Gavin D'Amato (Danny DeVito) pronto para se colocar no meio da guerra que surge entre o casal.
Comentários:
Danny DeVito dirigiu e atuou nesse filme e chamou para participar seu amigo de longa data Michael Douglas. Era uma comédia no fundo, indo para um lado mais de humor negro, mas que funcionou muito bem. Na realidade o roteiro é um longo "estudo" sobre os motivos e as razões que podem levar ao fim de um casamento. O marasmo, o tédio, o dia a dia massacrante que destrói todo tipo de paixão e amor que um dia havia existido no relacionamento do casal. O curioso é que o roteiro tem também espaço para momentos bem pastelão como pratos voando, socos, gente caindo pela escada. A trilha sonora apela para o vintage, para o clássico, com destaque para a música "Only You" do grupo The Platters, só que aqui sendo usada não em seu efeito romântico, mas como uma ironia do que poderia ser um grande amor, mas que termina em desastre completo. Filme indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Atriz (Kathleen Turner) e Melhor Ator (Michael Douglas).
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 4 de setembro de 2025
Abaixo da Superfície
Filmes sobre submarinos podem se tornar bem chatos se não tiverem o roteiro certo, com boas atuações do elenco. Isso acontece por uma razão bem simples de entender, esses filmes se passam todos em ambientes confinados (os próprios submarinos), com os marinheiros todos concentrados em um ambiente pequeno e por demais sufocante. O que salvou esse novo filme de submarinos é seu contexto histórico. Se trata de uma história real, de um submarino da Marinha de guerra da Polônia, cuja tripulação foi reconhecida por sua bravura contra a Alemanha Nazista. Essa aliás era a maior frota de submarinos da guerra, até porque todas as suas táticas navais eram baseadas basicamente nesse tipo de equipamento bélico.
Pois bem, esse filme apresenta, além de uma boa carga de tensão, quando o submarino é atacado por navios de guerra de Hitler, uma outra cena que me chamou a atenção. Acontece quando o submarino polonês sobe para consertos. Ali, na superfície do oceano, ele se torna visível dos navios inimigos. Então uma intensa troca de tiros acontece entre o submarino da Polônia e um navio de guerra da Alemanha. Ótima cena, muito bem editada e com excelentes efeitos especiais. Em meu ponto de vista a melhor cena de todo o filme que, dentro de seu nicho, ainda pode ser considerado um boa produção cinematográfica sobre o tema.
Abaixo da Superfície (Orzel. Ostatni patrol, Polônia, 2022) Direção: Jacek Blawut / Roteiro: Jacek Blawut / Elenco: Tomasz Zietek, Mateusz Kosciukiewicz, Antoni Pawlicki / Sinopse: Durante a II Guerra Mundial, um submarino polonês enfrenta, no Mar do Norte, uma esquadra de navios de guerra da Alemanha Nazista.
Pablo Aluísio.
K-19: The Widowmaker
K-19: The Widowmaker
Apesar de não ter dirigido o filme esse foi um dos projetos mais pessoais de Harrison Ford. Ele entrou depois que o estúdio já havia começado a pré-produção do filme mas assim que aceitou participar do elenco começou também a exigir mudanças. As primeiras foram no roteiro que não agradavam a Ford. O texto original era baseado em um fato real ocorrido com um submarino nuclear soviético perto da costa dos Estados Unidos. Um fato histórico que quase levou as duas nações a um conflito armado. Ford porém não gostou desse enfoque e pediu que alterações fossem feitas. Nessa modificação certamente “K-19” perdeu em realidade e fidelidade histórica mas também ganhou em aventura e agilidade. Outro problema surgiu quando Harrison Ford decidiu que interpretaria seu personagem, um oficial da marinha vermelha, com forte sotaque russo! O estúdio não concordava com a decisão pois isso poderia prejudicar o filme comercialmente, mas Ford não deu ouvidos.
No meio de tantas intervenções do astro principal no filme (ele chegou até mesmo a implicar com o material promocional do filme), o estúdio não teve outra alternativa a não ser aceitar tudo de forma passiva. Afinal Harrison Ford era um dos maiores campeões de bilheteria da história do cinema americano e tinha certamente força para fazer impor sua vontade. Quando o filme finalmente foi lançado porém as expectativas logo se transformaram em decepções. O público não comprou a idéia do filme e “K-19”, assim como o submarino que retratava em seu enredo, afundou de forma desastrosa nas bilheterias. A verdade é que o filme não empolga, não convence. Ford está especialmente ruim em sua caracterização mais parecendo um lunático do que um oficial graduado das forças armadas soviéticas. Junte-se a isso os problemas de ritmo e as forçadas de barra do roteiro. “K-19” também foi alvo de criticas por parte dos familiares dos marinheiros mortos no evento real e dos veteranos da marinha que acharam tudo um grande desrespeito. Definitivamente foi uma película de guerra que não deu muito certo.
K-19: The Widowmaker (Idem, Estados Unidos, 2002) Direção: Kathryn Bigelow / Roteiro: Louis Nowra, Christopher Kyle / Elenco: Harrison Ford, Liam Neeson, Sam Spruell, Peter Stebbings, Christian Camargo / Sinopse: Submarino das forças armadas russas é levado a uma missão onde testará todos os seus limites, colocando EUA e o império vermelho em rota de colisão. Baseado em fatos reais.
Pablo Aluísio.
No meio de tantas intervenções do astro principal no filme (ele chegou até mesmo a implicar com o material promocional do filme), o estúdio não teve outra alternativa a não ser aceitar tudo de forma passiva. Afinal Harrison Ford era um dos maiores campeões de bilheteria da história do cinema americano e tinha certamente força para fazer impor sua vontade. Quando o filme finalmente foi lançado porém as expectativas logo se transformaram em decepções. O público não comprou a idéia do filme e “K-19”, assim como o submarino que retratava em seu enredo, afundou de forma desastrosa nas bilheterias. A verdade é que o filme não empolga, não convence. Ford está especialmente ruim em sua caracterização mais parecendo um lunático do que um oficial graduado das forças armadas soviéticas. Junte-se a isso os problemas de ritmo e as forçadas de barra do roteiro. “K-19” também foi alvo de criticas por parte dos familiares dos marinheiros mortos no evento real e dos veteranos da marinha que acharam tudo um grande desrespeito. Definitivamente foi uma película de guerra que não deu muito certo.
K-19: The Widowmaker (Idem, Estados Unidos, 2002) Direção: Kathryn Bigelow / Roteiro: Louis Nowra, Christopher Kyle / Elenco: Harrison Ford, Liam Neeson, Sam Spruell, Peter Stebbings, Christian Camargo / Sinopse: Submarino das forças armadas russas é levado a uma missão onde testará todos os seus limites, colocando EUA e o império vermelho em rota de colisão. Baseado em fatos reais.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 3 de setembro de 2025
Frankenstein e o Monstro do Inferno
O ator Peter Cushing, nas décadas de 1960 e 1970, fez muitos filmes na Hammer interpretando o Barão Victor Frankenstein. Esse é mais um deles. Embora possa ser assistido de forma independente, essa produção é na verdade uma continuação do filme anterior chamado "Frankenstein Tem que Ser Destruído". No final do filme anterior o Barão é enviado para a prisão. Quando esse filme começa ele já está perfeitamente à vontade no sistema prisional. De intelecto superior, manda e desmanda em todo mundo lá dentro, até mesmo no diretor da prisão! Então, após ser condenado, chega um jovem médico para lhe fazer companhia. Ele conhece o Barão pois sua fama o precede. O que o jovem médico jamais desconfiaria é que o Barão Frankenstein criou, ali mesmo, atrás das grades, o seu próprio laboratório para avançar em suas pesquisas.
O ambiente da prisão lhe dá muita matéria prima para suas pesquisas. Os corpos dos prisioneiros mortos em suas celas vira o seu insumo para a criação de novos monstros. Assim o Barão e seu novo assistente criam uma nova criatura, unindo a mente de um senhor que há muitos anos estava preso, mas que era sensível ao ponto de tocar violino, com o corpo brutalizado de um assassino em série! Imagine o quão explosivo isso poderia se tornar. O novo monstro não tem o design clássico da criatura dos antigos filmes. Parece mais um gorilão insano, mas ainda assim satisfaz o que pedia o roteiro do filme. A história é boa e o filme bem produzido, ou seja, duas marcas registradas da Hammer. E o Peter Cushing novamente faz a festa dos filmes do terror clássico. Assim, tudo está em seus devidos eixos, até mesmo os olhos arrancados das vítimas do terrível Barão Frankenstein!
Frankenstein e o Monstro do Inferno (Frankenstein and the Monster from Hell, Reino Unido, 1974) Direção: Terence Fisher / Roteiro: Anthony Hinds, baseado na obra de Mary Shelley / Elenco: Peter Cushing, Shane Briant, Madeline Smith / Sinopse: Mesmo preso, o Barão Frankenstein segue cometendo seus crimes! Agora, com a entrada de um novo prisioneiro, ele terá chance de colocar seus planos em frente!
Pablo Aluísio.
Mortos que Matam
Grande filme. Provavelmente Vincent Price nunca esteve melhor do que aqui nessa fita de terror diferente. Ele interpreta literalmente o último homem sobre a Terra. Um vírus se espalhou pela humanidade, infectando praticamente todas as pessoas. As que não morreram imediatamente se tornaram zumbis, embora ecos de vampirismo também estejam presentes. O cientista Dr. Robert Morgan (Price) parece ter sido o último a ficar sadio, sem sinais de contaminação. Em um flashback ficamos sabendo que ele era um homem feliz, com esposa e filha adoráveis. Depois da disseminação da praga tudo acabou. Ele agora vive sozinho numa casa. Durante o dia ainda consegue andar pela cidade em busca de mantimentos, combustível e objetos necessários para sua sobrevivência. Porém ao anoitecer isso se torna impossível pois os infectados ganham as ruas, rastejando em busca de seres humanos e animais indefesos. Apenas uma estaca enfiada no coração consegue aniquilar essas criaturas. A luta pela sobrevivência é travada dia após dia, sem esperanças.
O roteiro é muito bom. Jogando inclusive com o lado mais psicológico do protagonista. Quando o filme começa ele já está há três anos isolado, vivendo completamente sozinho. A mente começa assim a torturar seus pensamentos. O filme se desenvolve muito bem e tem um desfecho que achei bem surpreendente, na cena da igreja. Com ecos de terror e também sci-fi dos anos 50, esse "Mortos que Matam" conseguiu vencer a barreira do tempo por causa de seu enredo muito original e inteligente. E quando tinha um bom material em mãos, o mestre Vincent Price brilhava com todo o seu talento.
Mortos que Matam (The Last Man on Earth, Estados Unidos, 1964) Direção: Ubaldo Ragona, Sidney Salkow / Roteiro: William F. Leicester, Richard Matheson / Elenco: Vincent Price, Franca Bettoia, Emma Danieli / Sinopse: Vincent Price interpreta o último homem na Terra. Um cientista que após a morte da família e a destruição da civilização por um vírus mortal, tenta viver um dia de cada vez, enquanto é cada vez mais cercado por zumbis infectados pela estranha doença altamente contagiosa.
Pablo Aluísio.
O roteiro é muito bom. Jogando inclusive com o lado mais psicológico do protagonista. Quando o filme começa ele já está há três anos isolado, vivendo completamente sozinho. A mente começa assim a torturar seus pensamentos. O filme se desenvolve muito bem e tem um desfecho que achei bem surpreendente, na cena da igreja. Com ecos de terror e também sci-fi dos anos 50, esse "Mortos que Matam" conseguiu vencer a barreira do tempo por causa de seu enredo muito original e inteligente. E quando tinha um bom material em mãos, o mestre Vincent Price brilhava com todo o seu talento.
Mortos que Matam (The Last Man on Earth, Estados Unidos, 1964) Direção: Ubaldo Ragona, Sidney Salkow / Roteiro: William F. Leicester, Richard Matheson / Elenco: Vincent Price, Franca Bettoia, Emma Danieli / Sinopse: Vincent Price interpreta o último homem na Terra. Um cientista que após a morte da família e a destruição da civilização por um vírus mortal, tenta viver um dia de cada vez, enquanto é cada vez mais cercado por zumbis infectados pela estranha doença altamente contagiosa.
Pablo Aluísio.
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