quarta-feira, 22 de maio de 2024

Friends: A Reunião

Título no Brasil: Friends: A Reunião
Título Original: Friends: The Reunion
Ano de Lançamento: 2021
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Russell Norman, Ben Winston
Roteiro: David Crane, Marta Kauffman
Elenco: Jennifer Aniston, Courteney Cox, Lisa Kudrow, Matt LeBlanc, Matthew Perry, David Schwimmer

Sinopse:
Quase 20 anos depois, o elenco da série de grande sucesso de audiência Friends volta a se reunir no mesmo estúdio onde os episódios foram gravados no passado. E eles também acabam concedendo uma entrevista relembrando os velhos tempos. 

Comentários:
Durante muitos anos se especulou se haveria um filme de Friends para o cinema. A Warner queria lançar esse filme, afinal o potencial de bilheteria era gigantesco, mas parte do elenco da série recusou o convite. Eles queriam que aquele final, exibido no último episódio da série, fosse o definitivo. Nada de retornar para continuar a história daqueles seis amigos que moravam em Nova Iorque. Como o filme não saiu do papel resolveu-se promover essa reunião do elenco original. É a tal coisa, esse tipo de reunião sempre resulta nas mesmas coisas. Eles estão agora maduros, coroas, então há um choque quando imagens da série são exibidos, afinal eles eram todos jovens radiantes nos anos 90. E esse tipo de comparação cruel se torna ainda mais complicada para Matthew Perry. Visivelmente doente e inchado, ele realmente não estava nada bem, muito pelo contrário. Então é isso, não achei muito bom, na realidade achei até bem melancólico e com um certo toque meio depressivo também, apesar deles tentarem investir em uma piada atrás da outra. De qualquer forma serviu como uma espécie de despedida final, até porque Matthew Perry morreria algum tempo depois. Sob esse ponto de vista pelo menos serviu para alguma coisa. 

Pablo Aluísio.

A Morte de Matthew Perry

Matthew Perry
O ator Matthew Perry escreveu um livro muito relevante antes de morrer. Intitulado "Amigos, Amores e Aquela Coisa Terrível" ele contou sobre aspectos dramáticos de sua vida. A maioria das pessoas o conhecem por causa da série "Friends". Aliás foi nesse programa que ele atingiu o ápice de sua carreira, se tornando rico e famoso. Chegou ao ponto de ganhar mais de 1 milhão de dólares por episódio. Porém nada disso parecia fazer diferença pois ele era dependente químico. A dependência de drogas e álcool é justamente o que ele chamou de "Aquela Coisa Terrível" que faz parte do título de seu livro. 

O texto foi uma forma de terapia e encorajamento para todos os que passavam pelos mesmos problemas que ele passou. O abuso de drogas e bebidas acabou com sua saúde física e mental. Ele tentava superar todos esses dramas quando escreveu o livro e estava convicto que iria vencer, mas infelizemnte como todos sabemos, não foi bem isso que aconteceu no final de tudo. 

Perry admite que as drogas afastaram os amigos, destruiu seus relacionamos amorosos e por fim o levou a ter muitos problemas de saúde. Ele chegou a ficar com o coração parado por cinco minutos numa dessas graves crises e só não morreu porque gastou muito em tratamentos hospitalares. Ele afirma no livro que apenas seus internamentos lhe custaram mais de 7 milhões de dólares! Ainda assim ele não descreve como boas as experiências que teve nessas clínicas de alto custo nos Estados Unidos. 

De qualquer forma a verdade é que ele nunca superou o problema com as drogas. Seu vício era tão grande que ele chegou a perder quase todos os dentes da boca. Isso para um ator que vivia de sua imagem deve ter sido uma experiência traumática demais. Em uma das suas últimas aparições em "Friends: A Reunião" que reuniu os seis atores da série, podemos perceber como ele estava mal. Visivelmente inchado, fazendo força para aparentar bem no filme, algo que não conseguiu. 

A batalha de Matthew Perry contra as drogas acabou na sua casa. Ele tinha uma grande banheiras de hidromassagem e estava tao drogado ao entrar nela que acabou perdendo a consciência, afundando, morrendo afogado. A autópsia revelou todos esses detalhes recentemente. Ele morreu não apenas pelo afogamento, mas também pela grande quantidade de drogas, de um tipo fortíssimo, inclusive usado para fins veterinários. Foi um triste fim para um ator que parecia ter tudo, mas que no final das contas foi vencido pelas drogas. 

Pablo Aluísio. 

terça-feira, 21 de maio de 2024

Godzilla e Kong: O Novo Império

Título no Brasil: Godzilla e Kong: O Novo Império
Título Original: Godzilla x Kong: The New Empire
Ano de Lançamento: 2024
País: Estados Unidos
Estúdio: Legendary Entertainment
Direção: Adam Wingard
Roteiro: Terry Rossio, Adam Wingard
Elenco: Rebecca Hall, Brian Tyree Henry, Dan Stevens

Sinopse:
Algo está abalando o mundo. O Titã Godzilla reaparece, pronto para enfrentar um novo desafio, outro monstro gigantesco. Enquanto isso King Kong também está inquieto. De uma espécie sociável, ele precisa de outros gorilas gigantes e sai em busca disso, algo que vai mudar o equilíbrio entre os Titãs, colocando em risco o próprio planeta Terra. 

Comentários:
Esses filmes dessa franquia são ruins... não chego em outra conclusão. Eu sei que juntar esses dois monstros é algo irresistível para quem curte esse tipo de filme. Não me entendam mal, eu também gosto de ver esses filmes de vez em quando. O problema é o roteiro. Inventaram uma mitologia sem pé e nem cabeça para encher linguiça nos filmes que torna tudo muito indigesto. É uma tal de Terra oca (só faltou a tal da Terra Plana), um monte de esquisitices que só atrapalham o desenvolvimento da ação. E vamos convir, esse tipo de filme é aquele em que os espectadores querem ver a porrada entre os dois monstros. Basicamente isso. Só que aqui encheram o filme com outros monstros de segundo escalão, uns personagens bobocas (como aquela tribo zen que vive dentro da Terra oca!) e outras tolices em série. Não, assim não dá. Eu nem consegui gostar do primeiro filme e esse segundo me pareceu bem pior. Nem a briga entre os dois Titãs se salva! Assim não dá mesmo pra ser feliz...

Pablo Aluísio.

Lua de Mel a Três

Título no Brasil: Lua de Mel a Três
Título Original: Honeymoon in Vegas
Ano de Lançamento: 1992
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Andrew Bergman
Roteiro: Andrew Bergman
Elenco: Nicolas Cage, Sarah Jessica Parker, James Caan
 
Sinopse:
Detetive particular meio tonto e sem noção vai para Las Vegas para finalmente se casar com sua noiva. Ele pretende cumprir sua palavra pois prometeu que se casaria com ela algum dia. Só que em uma Vegas cheia de imitadores de Elvis, ele acaba se envolvendo em muitos problemas, inclusive com um violento mafioso local. 

Comentários:
Assisti a esse filme ainda nos anos 90 quando ele chegou nas locadoras de vídeo. É uma comédia até bem tolinha, sem maiores pretensões artísticas. E isso é curioso porque naquela época o Nicolas Cage até tinha um certo status de ator cult, só fazendo filmes bem artísticos. De repente ele surgiu nessa comédia romântica meio boboca. Um produto totalmente comercial, bem diferente do que ele vinha apresentando nos cinemas. Para não dizer que foi apenas um filme sem nenhuma importância até que tem lá suas curiosidades. Uma delas, mais estética do que qualquer outra coisa, foi ver o Cage com fantasia de cover de Elvis Presley. Logo ele que alguns anos depois iria se casar com a filha do cantor, Lisa Marie Presley.  Voltas que o destino dá; Fora isso realmente nada demais. Você vai dar algumas risadinhas amarelas e tudo vai ficar por aí mesmo. Enfim, uma bola fora do Cage. 

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 20 de maio de 2024

Zona de Interesse

Título no Brasil: Zona de Interesse
Título Original: The Zone of Interest
Ano de Lançamento: 2023
País: Reino Unido
Estúdio: A24
Direção: Jonathan Glazer
Roteiro: Jonathan Glazer, Martin Amis
Elenco: Christian Friedel, Sandra Hüller, Johann Karthaus, Luis Noah Witte, Nele Ahrensmeier, Anastazja Drobniak

Sinopse:
O filme recria a estranha e bizarra atmosfera do cotidiano, do dia a dia da família do comandante do campo de concentração de Auschwitz, o oficial da SS Rudolf Höss. Sua casa ficava bem ao lado dos muros do campo de extermínio da Alemanha Nazista. Filme  vencedor do Oscar nas categorias de Melhor Filme Estrangeiro e Melhor Som. 

Comentários:
Esse filme mostra bem a demência nazista. Tudo o que o espectador vê é uma incômoda normalidade do dia a dia de uma família alemã. Tudo estaria normal se a casa deles não ficasse ao lado do campo de concentração de Auschwitz. O pai era o comandante do campo. Enquanto ele conversa com a esposa e filhos ouvimos ao fundo o furor dos grandes fornos crematórios para onde eram enviados os corpos dos judeus mortos nas câmeras de gás. Algo realmente terrível. Também se ouve ao fundo, meio abafado, tiros e gritos vindos do campo. Esse excelente trabalho de ambientação sonora acabaria levando o Oscar na categoria de melhor som, sendo que o filme também foi premiado como o melhor filme estrangeiro do ano. Dois prêmios mais do que merecidos. Ambientação sonora perfeita! Enquanto o horror do holocausto acontece por trás dos muros a esposa do comandante fica trocando figurinhas de futilidade com sua mãe, mostrando toda a perversidade psicótica daquela gente. É realmente assustador. E por essa razão esse filme é realmente especial. Uma enorme lição de história mostrando que o ser humano é capaz de ignorar até mesmo o sofrimento de milhares de vítimas na maior atrocidade já ocorrida na história da humanidade, desde que isso venha de alguma forma em benefício de seus próprios interesses pessoais. 

Pablo Aluísio.

Batman: Morte em Família

Título no Brasil: Batman: Morte em Família
Título Original: Death in the Family
Ano de Lançamento: 2020
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros, DC Comics
Direção: Brandon Vietti
Roteiro: Jim Aparo, Bob Brown
Elenco: Bruce Greenwood, Vincent Martella, John DiMaggio

Sinopse:
Várias histórias envolvendo personagens da galeria da editora em quadrinhos DC Comics, em especial o primeiro conto, mostrando a terrível morte do Robin, quando o Batman enfrenta uma série de criminosos perigosos! 

Comentários:
Para quem não acompanha quadrinhos vai ser até mesmo uma surpresa saber que um dos jovens que vestiram o uniforme do Robin foi morto em campo de combate. Essa é a primeira história mostrada nesse verdadeiro mix da DC Comics em forma de animação. Esse primeiro desenho é muito bom, bem interessante, entretanto eu destacaria mesmo a última história. Ela mostra um jovem pintor fracassado que não consegue vender nenhum quadro de sua arte pessoal. Então um dia ele recebe uma visita mais do que mórbida, mais do que sombria. É a própria morte! Eu achei uma história e tanto, muito bem escrita. Assim acabei achando essa a melhor animação, apesar do Batman obviamente ser o chamariz principal para quem vai conferir essas animações em série. 

Pablo Aluísio.

domingo, 19 de maio de 2024

Imperador Romano Trajano

Imperador Romano Trajano
Trajano foi escolhido para ser o sucessor pelo próprio Imperador Nerva. Ele o adotou e determinou que assim que morresse, Trajano seria o novo imperador. Uma decisão que iria se revelar sábia com o passar dos anos pois certamente Trajano foi um dos imperadores romanos mais marcantes da história. Trajano foi desde o começo que subiu ao poder um imperador ponderado, racional, que não se arriscava em aventuras ou em maluquices como tinha acontecido com imperadores loucos como Nero ou Calígula. Ao contrário disso Trajano valorizava o Senado e as instituições romanos e por isso acabou se tornando muito bem sucedido. 

Trajano começou seu império tentando seguir os passos de seu antecessor Nerva. Ele investiu em melhorias na própria Roma, restaurando antigos edifícios públicos, revitalizando o fórum romano, considerado o verdadeiro coração político do império e também mandou reconstruir antigas pontes e estradas romanas que estavam em mal estado. Nesse aspecto acabou conquistando a aprovação do povo pois havia fatos concretos provando a competência do novo imperador. 

De formação militar Trajano também precisou enfrentar diversas rebeliões por todo o império. A mais complicada de resolver foi na província da Dácia, onde um líder rebelde se revoltou contra os romanos, chamando o império para uma guerra frontal. Foi uma rebelião complicada de sufocar, ceifando a vida de milhares de legionários. A Dácia se localizava na região onde hoje se encontra um país chamado Romênia. Foi tão grave a guerra travada ali que Trajano elaborou um plano de colonização com romanos após a vitória. Por essa razão a Dácia passou a se chamar România, algo como a pequena Roma. 

De rebelião sufocada em rebelião controlada as tropas de Trajano foram parar muito longe. Após conquistar o Oriente Médio, com a destruição dos exércitos árabes rebeldes, Trajano foi parar na fronteira com reinos indianos. Era o mesmo local onde um dia Alexandre, o Grande havia estado. Mostrando a grandiosidade do Império Romano, que naquele momento histórico se encontrava em sua expansão territorial máxima! 

Trajano até cogitou em tentar tomar a Índia, mas tal como Alexandre, ficou doente. Até hoje se especula o que teria acontecido com o Imperador. Uma das teses afirma que ele contraiu Malária, outra que foi envenenado após um banquete. Acamado, fervendo em febre, Trajano ordenou que seus legionários o levassem de volta para Roma, sua cidade querida, onde queria morrer. Não houve tempo, o grande imperador Trajano morreu no meio da viagem e nunca mais reviu com seus olhos a cidade eterna. 

Pablo Aluísio. 

Rainha Nefertiti

Rainha Nefertiti
Nerfetiti foi rainha do Egito Antigo há três milênios. Ela era a esposa do Faraó Amenofis IV que acabaria sendo mais conhecido na História pelo segundo nome que adotou, Akhenaton. O que fascina em relação a essa rainha é que um busto de sua época, em excelente estado de conservação, foi descoberto nas areias de um antigo templo e levado para um importante museu de Berlim. Até hoje a arte impressiona os visitantes. E impressiona ainda mais a beleza dessa Rainha do passado. 

O curioso é que os historiadores não sabem muito sobre essa Rainha. Nefertiti, cujo nome significa "A Bela Chegou" pode ter sido uma princesa estrangeira pelo qual o jovem Faraó do Egito se apaixonou. Com ela teve seis filhos. Dizia-se que era tão bela que muitos a consideravam a encarnação da Deusa da Beleza na mitologia do Egito. A mesma Deusa que promovia a cheia do Rio Nilo, 

Ainda hoje se debate se o rei Tutancâmon era o sétimo filho de Nerfertiti. Embora ela fosse a Rainha consorte do Faraó, esse como todo Rei da Antiguidade tinha muitas esposas secundárias. Assim O Rei Tut poderia ser muito bem filho de algumas dessas outras mulheres. Ou também é provável que ele fosse filho de Nefertiti. Como a Múmia e a Tumba dessa Rainha ainda não foi descoberta só um exame de DNA confirmaria ela como a mãe do chamado Faraó Menino. 

Nerfetiti foi tragada pelo caos que tomou o Egito Antigo após o seu marido, o Faraó Akhenaton ter abolido todos os antigos deuses do panteão da religião do Egito. Ele determinou que haveria apenas um Deus, o Deus Sol, Aton, que ele venerava. Isso enfureceu a classe de sacerdotes que após alguns anos finalmente conseguiu destruir o governo desse Faraó. A partir daí a Rainha também desapareceu dos registros antigos. Não se sabe qual foi seu final, mas uma coisa é certa, ela se tornou eterna por causa da beleza do busto que foi descoberto nas areias perdidas do Egito. 

Pablo Aluísio. 

sábado, 18 de maio de 2024

The Beatles - A Hard Day's Night - Parte 1

The Beatles - A Hard Day's Night - Parte 1
Esse álbum foi lançado bem no auge da Beatlemania. Para as fãs que gritavam pelo grupo nos shows foi um deleite ter à disposição 13 novas canções inéditas, todas elas escritas pela dupla Lennon e McCartney. De fato foi um dos álbuns mais vendidos dos Beatles, até porque as vendas foram impulsionadas pelo sucesso do filme. O público via os Beatles nas telas de cinema e depois comprava essa trilha sonora nas lojas de discos. Era a dobradinha comercial perfeita na visão do empresário Brian Epstein e da gravadora EMI.

E o disco vinha mesmo cheio de novidades interessantes, músicas que iam do mais puro rock, passando pelo pop, indo parar no lado mais romântico da banda. Na coleção de belas baladas nenhuma se comparava a "If I Fell", um dos grandes sucessos do álbum. Essa foi uma composição conjunta entre John e Paul. Essa balada ganhou bastante destaque no filme, em uma boa cena, bem elaborada pelo diretor Richard Lester. O cineasta quis trazer algo de casual, como se os Beatles ainda estivessem se preparando para a apresentação, numa espécie de ensaio, onde John ao violão dava os primeiros acordes enquanto Ringo ainda motava sua bateria. Funcionou, embora os Beatles não fossem atores profissionais conseguiram fazer a cena sem problemas, sem doses excessivas de canastrice.

Outra música escrita por Paul que fez muito sucesso foi "Can't Buy Me Love". Na edição original ela vinha como a última faixa do Lado A do disco, por isso não se esperava muito dela em termos de sucesso nas rádios. Só que nos Estados Unidos ela foi escolhida praticamente como o carro-chefe do disco, se tornando um dos grandes hits dos Beatles na terra do Tio Sam.  Os executivos da Capitol (a gravadora americana que lançava os discos dos Beatles na América) tinham uma visão mais apurada de seu mercado do que os ingleses. John Lennon chegou a colaborar em sua criação, porém em pequenas doses, conforme ele mesmo diria anos depois numa entrevista. Para Paul foi gratificante ver seu sucesso no outro lado do Atlântico. Era a prova de que ele sabia fazer, mesmo sem querer, grandes sucessos, aquelas músicas que não cansavam de tocar nas rádios. Um hit perfeito.

E mostrando que Paul realmente dominou em termos de composições para esse álbum, vale destacar outra bela canção romântica chamada "And I Love Her". Era uma criação de Paul McCartney, o eterno romântico dos Beatles. A bonita letra foi escrita para Jane Asher, a namorada de Paul, a garota ruiva que todos pensavam iria se tornar sua esposa em poucos anos. É incrível que seu relacionamento com Jane, que serviu de inspiração para tantas músicas românticas dos Beatles, não tenha se transformado em casamento. Em algum momento a coisa desandou entre o casal, para decepção de muita gente que vivia ao lado deles naquela época. O próprio John Lennon (que já era casado) tinha certeza que isso iria acontecer. Outra composição que Paul McCartney fez praticamente sozinho, levando ela praticamente pronta para os estúdios de Abbey Road em Londres. Essa rotina de Paul levar novas músicas de amor já compostas integralmente levou John Lennon anos depois a pensar sobre esse período, essa fase dos Beatles. Ele disse: "Parecia que Paul sempre surgia como o Beatle romântico, com alma de veludo e que eu só tinha rocks vibrantes para apresentar ao grupo. Era algo natural que acontecia. Eu tinha que fazer um contrabalanço a Paul. Já que ele compunha muitas canções românticas eu tinha que cuidar do lado mais roqueiro dos discos. Por isso fiquei com essa imagem nos primeiros LPs dos Beatles".

Pablo Aluísio.

Frank Sinatra - Songs for Swingin' Lovers!

Frank Sinatra - Songs for Swingin' Lovers!
Em 1956 o Rock explodiu nas paradas de sucesso de todo o mundo. Artistas como Elvis Presley, Bill Haley e Chuck Berry dominavam a programação dos rádios. Os jovens também compravam os discos desses cantores, colocando seus álbuns entre os mais vendidos. Frank Sinatra sentiu a mudança e não gostou! Era um novo ritmo musical que ele nem entendia direito. Sinatra ficou rabugento, dando declarações ofensivas ao rock. Chegou a afirmar que o Rock nada mais era do que o hino de todos os delinquentes do planeta. No fundo o cantor, que havia reinado sozinho nas paradas de sucesso até então, estava enciumado. Ele não gostava de rock, achava uma barulheira infernal e não estava disposto a ser polido, falando para quem quisesse ouvir que ele odiava esse novo estilo musical. 

E foi no meio desse turbilhão de acontecimentos que a Capitol produziu esse álbum. Os executivos da gravadora da Califórnia estavam preocupados, pois Sinatra corria o risco de virar rapidamente um artista ultrapassado, coisa de gente velha. E de certa maneira essa era uma mudança inevitável mesmo. Então a Capitol optou por um repertório alegre, dançante, com o melhor do swing e do jazz. O disco não caiu nas graças do público em geral. Em parte por causa do jeito nada educado de Sinatra, de suas declarações mal humoradas e em parte porque o próprio estilo musical do disco trazia uma sonoridade que já não agradava aos jovens dos anos 50. O principal sucesso do disco, "You Make Me Feel So Young", por exemplo, era uma música cuja letra refletia o pensamento de um coroa que se apaixonava por uma mulher mais jovem! Sinatra tinha mesmo virado coisa de velho! De qualquer forma uma coisa é certa, esse é um excelente ábum e fez jus ao grande talento do cantor. Item de colecionador, sem dúvida. 

Frank Sinatra - Songs for Swingin' Lovers! (1956)
You Make Me Feel So Young
It Happened in Monterey
You're Getting to Be a Habit with Me
You Brought a New Kind of Love to Me
Too Marvelous for Words
Old Devil Moon
Pennies from Heaven
Love Is Here to Stay
I've Got You Under My Skin
I Thought About You
We'll Be Together Again
Makin' Whoopee
Swingin' Down the Lane
Anything Goes
How About You?

Pablo Aluísio.