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segunda-feira, 19 de julho de 2021

Vicky Cristina Barcelona

Esse filme é uma espécie de "novela latina" dentro da filmografia de Woody Allen. Duvida dessa percepção? Então basta dar uma olhada rápida na história. Duas amigas americanas, Vicky (Rebecca Hall) e Cristina (Scarlett Johansson) vão passar férias em Barcelona, na Espanha. Durante um jantar elas conhecem o pintor espanhol Juan Antonio (Javier Bardem), um autêntico "Latin Lover" que as convida para fazer uma viagem a três em Oviedo, uma pequena e bucólica cidade do interior. E deixa claro para as duas que tem intenção de levá-las para a cama! Vicky, a mais certinha, noiva, prestes a se casar, acha um absurdo o convite. Vicky, liberal e sem compromissos, acha tudo normal. Ela gosta do convite. E elas acabam viajando com o galanteador latino, cheio de sensualidade.

Para completar o quadro de puro folhetim, Vicky acaba ficando apaixonada por Juan Antonio, apesar do noivo que passa a levar chifres em série. Cristina nem pensa duas vezes, se atira na cama do conquistador. Só que há mais um elemento envolvido nesse triângulo amoroso, a ex-esposa do pintor, uma mulher escandalosa, dada a gritos e gestos extremos, Maria Elena (Penélope Cruz) que não consegue esquecer o ex-marido! Lendo esse resumo da história não lhe pareceu tudo uma grande novela? Pois é isso mesmo. Woody Allen aqui deixou de lado seus papos intelectuais de lado e partiu para algo bem de acordo com a tradição do folhetim, que tanto agrada aos latinos em geral. Eu também gostei do filme, apesar de sua proposta mais modesta de apenas contar uma boa história. Algumas vezes isso já basta.

Vicky Cristina Barcelona (Estados Unidos, Espanha, 2008) Direção: Woody Allen / Roteiro: Woody Allen / Elenco: Rebecca Hall, Scarlett Johansson, Javier Bardem, Penélope Cruz / Sinopse: Duas amigas americanas, uma delas noiva e prestes a se casar, sucumbem aos galanteios de um amante latino durante suas férias em Barcelona. O problema vai ser superar a ex-esposa do sujeito, uma espanhola com um gênio forte e acostumada a fazer muitos escândalos.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Professor Marston e as Mulheres-Maravilhas

Título no Brasil: Professor Marston e as Mulheres-Maravilhas
Título Original: Professor Marston and the Wonder Women
Ano de Produção: 2017
País: Estados Unidos
Estúdio: Opposite Field Pictures
Direção: Angela Robinson
Roteiro: Angela Robinson
Elenco: Luke Evans, Rebecca Hall, Bella Heathcote, Connie Britton, Monica Giordano, Chris Conroy

Sinopse:
William Moulton Marston (Luke Evans) é um professor de psicologia que acaba se envolvendo com duas mulheres ao mesmo tempo, uma delas a sua própria aluna. Por causa disso acaba sendo demitido. Desempregado e precisando sobreviver ele começa a trabalhar em várias direções, uma delas no estudo do primeiro detector de mentiras. Também decide entrar no ramo dos quadrinhos criando uma nova heroína para os gibis da época. Ela é uma amazona, chamada Diana, que passa a ser conhecida como Mulher-Maravilha. Após ouvir algumas recusas finalmente consegue que sua nova personagem seja publicada por uma editora de Nova Iorque.

Comentários:
Filme que vale muito por causa da curiosidade histórica de se conhecer a história real do criador da Mulher-Maravilha. Realmente eu desconhecia as origens da personagem e de seu autor. O professor Marston por si só já era uma figura bem interessante. Formado em Harvard, ele viu sua carreira afundar na academia por causa dos escândalos envolvendo sua vida pessoal. Ele se relacionou com uma aluna, a levou para casa, teve filhos com ela e isso tudo já sendo um homem casado há vários anos! Imagine o tamanho dos problemas que ele precisou enfrentar, por causa da sociedade moralista da época. Tecnicamente nunca cometeu o crime de bigamia, pois não se casou com essa jovem, porém vivia com duas mulheres em sua casa, com filhos, etc. Sempre que seu segredo pessoal era descoberto o mundo parecia desabar em sua cabeça. Quando foi demitido o jeito foi se virar e daí surgiu a ideia de escrever para histórias em quadrinhos. Acabou criando uma das personagens mais icônicas desse universo, usando para isso elementos e aspectos de sua vida pessoal. Ao assistir ao filme você entenderá de onde veio o laço da verdade, o avião invisível, os braceletes e o figurino da heroína. Sua imagem é mais do que conhecida, o que ninguém sabia era de onde vinha cada elemento. Para quem gosta e curte comics e o mundo dos super-heróis, especialmente da DC, o filme então se torna item obrigatório. Não deixe passar em branco.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Uma Promessa

Título no Brasil: Uma Promessa
Título Original: A Promise
Ano de Produção: 2013
País: França, Bélgica
Estúdio: Fidélité Films, Wild Bunch
Direção: Patrice Leconte
Roteiro: Patrice Leconte, Jérôme Tonnerre
Elenco: Rebecca Hall, Alan Rickman, Richard Madden
  
Sinopse:
Alemanha, 1912. Depois de passar por uma infância complicada, criado em orfanatos do Estado, finalmente o jovem Friedrich Zeitz (Richard Madden) consegue seu primeiro emprego. Engenheiro recém-formado, o melhor aluno de sua classe na universidade, ele começa a trabalhar na siderúrgica do rico industrial Karl Hoffmeister (Alan Rickman). Aos poucos Friedrich começa a se destacar dentro da empresa e cai nas graças de seu patrão que o transforma em seu secretário particular. Desfrutando da vida pessoal e doméstica do seu empregador, Friedrich conhece a jovem esposa dele, a bela Lotte Hoffmeister (Rebecca Hall). Começa assim a sentir um sentimento verdadeiro e também proibido em relação a ela. Filme vencedor do Beijing Film Festival na categoria de Melhor Ator Coadjuvante (Alan Rickman). Também indicado ao Magritte Awards.

Comentários:
Romance de época que conta um amor entre um jovem e aplicado empregado e a esposa de seu patrão. Poderia ser banal, mas o cineasta Patrice Leconte resolveu criar uma obra mais intimista e sofisticada. O amor entre uma mulher casada e um rapaz empregado de seu próprio marido poderia causar uma certa indignação no público mais conservador, porém o diretor foi inteligente o suficiente para nunca cair na vulgaridade ou no lado mais visceral desse tipo de romance, optando ao contrário disso por valorizar um outro lado, justamente o mais nobre, o do amor verdadeiro que o casal nutre entre si. Nada acontece antes de seu devido tempo. É uma obra que valoriza os pequenos momentos, os menores detalhes. A trama se desenvolve sem pressa e sem atropelos. Tudo de muito bom gosto. Em termos de elenco quem mais se destaca é o ator Alan Rickman. Ele interpreta esse velho industrial, já no fim de sua vida, que entende em seu íntimo as várias nuances de se manter um casamento com uma mulher bem mais jovem do que ele. No fundo sabe que seu relacionamento muito provavelmente não passe de uma união de pura conveniência financeira e econômica, que pouco tenha a ver com um sentimento real, verdadeiro. Ele é um bom homem, mas não consegue passar um calor mais humano e sentimental em relação à sua esposa e seu pequeno filho, que é apaixonado por brinquedos caros, como uma pequena ferrovia em miniatura. O roteiro dá uma pequena reviravolta em seu terço final, levando os apaixonados a serem separados por um oceano e pelo mais implacável opositor das grandes paixões, o tempo. Tudo como um teste de permanência e prova desse romance. Um filme que nos deixou bem satisfeitos pela lição que tenta passar ao espectador. Sua mensagem principal tenta afirmar que o verdadeiro amor resiste a praticamente tudo, desde que seja realmente sincero e profundo.

Pablo Aluísio.