sexta-feira, 16 de junho de 2023

Paixão Assassina

Título no Brasil: Paixão Assassina
Título Original: Mother's Boys
Ano de Lançamento: 1993
País: Estados Unidos
Estúdio: Dimension Films 
Direção: Yves Simoneau
Roteiro: Bernard Taylor
Elenco: Jamie Lee Curtis, Peter Gallagher, Joanne Whalley, Vanessa Redgrave, Joey Zimmerman

Sinopse:
Jude Madigan abandona seu marido Robert e seus três filhos sem nenhuma explicação. Três anos depois, Jude inexplicavelmente retorna para reunir sua família. No entanto, Robert e sua nova amante Callie veem Jude como a verdadeira psicopata que ela é e fazem o possível para proteger seus filhos. 

Comentários:
A década de 90 foi o auge dos filmes desse estilo. Thriller de suspense. Havia dezenas de opções nas locadoras de vídeo VHS. Não é tão bom quanto outros filmes que realmente marcaram época. Mesmo assim, ainda tem alguns méritos cinematográficos. Um deles é trazer a chamada Rainha do grito. Sim, a atriz Jamie Lee Curtis ficou conhecida por essa alcunha. Isso porque ela sempre estava fazendo algum personagem gritando em filmes de terror. Aqui ela investe na figura da mulher enlouquecida. Sua personagem é uma mulher louca que não aceita que seu ex-marido tenha outra mulher. Assim, o que ela decide fazer? Destruir com tudo, matar o marido, matar a esposa dele... Tocar o terror na sua casa. Atrizes como Glenn Close se saem melhor nesse tipo de papel. Jamie Lee Curtis não está tão bem. Mesmo assim, o filme é assistivel. Dá para assistir. O saldo final? Apenas regular.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 15 de junho de 2023

Panamá

Panamá
Depois de assistir a esse filme cheguei na conclusão que a carreira do Mel Gibson realmente chegou ao seu fim. Que filme ruim! É complicado até mesmo achar algum elemento para elogiar. Tudo soa mal feito, quase amador e o pior é ver o ex-astro Mel Gibson envolvido em uma produção tão fraca como essa. No enredo mal explorado e mal desenvolvido vemos um ex-agente da CIA que aceita um serviço no Panamá durante os anos 80. Havia um ditador que os Estados Unidos queriam derrubar. Se trata do fortalecimento dos rebeldes naquela nação, conhecidos guerrilheiros da selva. Então a missão desse americano passa a ser ajudar esse grupo revolucionário, começando pela compra de um helicóptero de guerra russo que deve ser comprado e enviado para o esforço de guerra deles. 

O filme é todo ruim. Mel Gibson tem apenas 4 ou 5 cenas, todas péssimas. Pelo visto é outro ex-grande astro de Hollywood que coloca seu nome para aluguel. Já vimos isso acontecer muito com Bruce Willis. Ele faz poucas cenas, aceita um bom cachê e não se envove muito com o filme. É apenas a compra do direito de colocar seu nome famoso e sua imagem no cartaz do filme. Não deixa de ser uma forma de enganar o público consumidor. No fundo tudo não passa de uma grande picaretagem de marketing barato. Enfim, fuja desse filme. Não tem nada de bom por aqui. 

Panamá (Panama, Estados Unidos, 2022) Direção: Mark Neveldine / Roteiro: William Barber, Daniel Adams / Elenco: Cole Hauser, Mel Gibson, Mauricio Hénao / Sinopse: Ex-agente do serviço de inteligência dos Estados Unidos vai até o Panamá, durante os anos 80, para ajudar um grupo rebelde revolucionário que tenciona derrubar um ditador sanguinário, corrupto e assassino. 

Pablo Aluísio.

Austin Powers - O Agente 'Bond' Cama

Título no Brasil: Austin Powers - O Agente 'Bond' Cama
Título Original: Austin Powers - The Spy Who Shagged Me
Ano de Lançamento: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Jay Roach
Roteiro: Mike Myers, Michael McCullers
Elenco: Mike Myers, Heather Graham, Michael York, Robert Wagner, Rob Lowe, Elizabeth Hurley

Sinopse:
Um vilão caricato chamado Doutor Evil resolve voltar ao passado para mudar o rumo da história e acaba enfrentando uma agente todo especial dos anos 60, O agente Austin Powers que não vai deixar barato.

Comentários:
Nunca consegui gostar dessa tranqueira. Nos anos 90, esses filmes foram muito badalados pela crítica e pelo público em geral. Eu sempre achei uma grande porcaria. E olha que eu tinha tudo para gostar, porque eu gosto da cultura dos anos 60. Então, um filme que se propunha a ser uma sátira sobre aquele estilo de vida, aquelas roupas, e a música era para que eu gostasse. Mas não rolou. Eu acho o Mike Myers um dos comediantes mais forçados da história do cinema. Aquele tipo de sujeito que faz muita força para ter graça, e isso pra mim é o fim. O roteiro é bobo e o clima de sátira 007 não funciona. Esse filme é um dos piores que eu assistir na década de 90. Pouca coisa se salva. Até o título nacional ficou bizarro e totalmente caricato. Enfim, um filme, uma comédia para se esquecer, pelo menos no meu caso.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 14 de junho de 2023

Babilônia

Babilônia
Esse filme se propôs a ser uma crônica de Hollywood na virada dos anos 1920 a 1930, justamente naquela fase em que morria o cinema mudo e surgia o cinema falado com o sucesso do filme "O Cantor de Jazz". Nesse processo muitas carreiras desapareceram. O ator Brad Pitt interpreta um galã da era muda que vê sua carreira afundar no cinema falado. Ele era apenas um homem bonito e não tinha nenhum talento para atuar. Quando falou seus primeiros diálogos no cinema o público riu de sua falta de talento. Já Margot Robbie dá vida a uma típica starlet. Bonita, sensual e dançarina, ela também se dá muito bem nos filmes mudos. Só que era vulgar e tinha péssima dicção. Outra que viu sua carreira afundar quando abriu a boca em um filme sonoro. É a mesma história que foi contada no clássico musical "Cantando na Chuva" e o roteiro não ignora isso. Pelo contrário, nas cenas finais faz um excelente elo entre esses dois filmes. 

Eu gostei de "Babilônia" de modo geral, mas devo deixar algumas ressalvas. É um filme bem longo com mais de 3 horas de duração. Então o espectador deve reservar um tempo com calma e paciência para assisti-lo. Também se revela bem histérico em certos momentos como a grande festa e orgia das cenas iniciais e a festa com esnobes da Califórnia lá pela terça parte final do filme. Essa última cena aliás passa dos limites, caindo em um aspecto grotesco que deveria ter sido evitado. De qualquer forma o personagem de Brad Pitt vale muito a pena. Há uma cena em que ele se encontra com uma jornalista que havia escrito uma reportagem ofensiva a ele. O que ela diz ao Pitt é de certa forma a essência da imortalidade do cinema. Ótimo diálogo. Então é isso. Um filme com seus altos e baixos, mas que no conjunto da obra me agradou bastante.

Babilônia (Babylon, Estados Unidos, 2022) Direção: Damien Chazelle / Roteiro: Damien Chazelle / Elenco: Brad Pitt, Margot Robbie, Jean Smart, Olivia Wilde / Sinopse: O filme conta a história de um ator e uma atriz de sucesso do cinema mudo que acabam presenciando o fim de suas carreiras com a chegada do cinema sonoro. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor design de produção, melhor figurino e melhor música original. 

Pablo Aluísio.

Parceiros do Crime

Título no Brasil: Parceiros do Crime
Título Original: Killing Zoe
Ano de Lançamento: 1993
País: Estados Unidos
Estúdio: Davis-Films
Direção: Roger Avary
Roteiro: Roger Avary
Elenco: Eric Stoltz, Julie Delpy, Martin Raymond, Eric Pascal Chaltiel, Jean-Hugues Anglade, Salvator Xuereb

Sinopse:
Um americano arruma um encontro com uma garota de seu hotel em Paris. Ela é uma estudante de arte que presta serviços em um banco. Parece uma pessoa normal, mas na verdade se trata de um arrombador de cofres. Ele planeja roubar um grande banco na capital francesa.

Comentários:
Esse filme foi produzido por Quentin Tarantino. Essa informação por si só, já valeria para manter o interesse nessa produção dos anos 90. É um filme de rioubo a bancos. Não foge muito ao tradicional, mas mantém um certo grau de originalidade. Principalmente no uso da violência, que é bem explícita. O grupo de assaltantes é bem heterogêneo e eles usam máscaras que seriam mais adequadas a um filme de terror. Curiosamente, o filme foi esquecido com o passar do tempo. Vejo pouca referência a ele nos dias atuais. Ainda assim, é um dos bons momentos de Tarantino no cinema. Embora ele não assine a direção e nem o roteiro, sua influência fica óbvia durante o filme. O modo de ser dos personagens, os diálogos e as cenas violentas. Tudo remete ao diretor. Pensando bem, ele poderia ter assinado esse filme tranquilamente. Seria mais adequado.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 13 de junho de 2023

Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes

Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes
Já faz muito tempo que tentam acertar com "Dungeons & Dragons" nas telas, seja dos cinemas ou da televisão. Para quem não sabe essa marca englobou inclusive o desenho animado "A Caverna do Dragão" que fez muito sucesso no Brasil. No cinema eu me lembro de um péssimo filme com Jeremy Irons que ninguém gostou. Era bem mal feito mesmo, com roteiro abaixo da crítica. Agora os estúdios de Hollywood tentam mais uma vez. Com orçamento generoso de 150 milhões de dólares os produtores estavam decididos a fazer o melhor filme da franquia, o filme definitivo. Até que fez um sucesso apreciável, embora tenha ficado longe do que era esperado pelo estúdio que sonhava em faturar 1 bilhão de dólares. Não deu, ficou ali na faixa dos 300 milhões. É uma bilheteria muito boa, mas não do patamar que planejavam. Provavelmente depois dessa, "Dungeons & Dragons" volte para a geladeira em termos de cinema. 

O filme foi até bem elogiado pela crítica. Eu achei bem mais ou menos. Nao me empolgou em nada, mas devo dizer que é um filme muito bem realizado. Provavelmente eu não curti por dois motivos básicos. Primeiro, que passei da faixa etária do público para o qual esse filme é destinado, ou seja, é um filme de fantasia para adolescentes ali na faixa dos 14 aos 16 anos. Outra questão é que achei o roteiro muito cheio de clichês, mas isso talvez se explique porque esse RPG foi tão copiado nos cinemas nos últimos anos que o próprio material original se tornou obsoleto, derivativo. Acontece muito no mundo da cultura pop. Então é isso. Não gostei pessoalmente, mas devo dizer que os mais jovens muito provavelmente vão se divertir bem com o filme. 

Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes (Dungeons & Dragons: Honor Among Thieves, Estados Unidos, 2023) Direção: John Francis Daley, Jonathan Goldstein / Roteiro: Jonathan Goldstein, John Francis Daley, Michael Gilio / Elenco: Chris Pine, Michelle Rodriguez, Hugh Grant / Sinopse: Em um mundo de fantasia um grupo de amigos partem em busca de uma artefato mitológico que os fará recuperar algo que lhes é mais do que precioso. 

Pablo Aluísio.

Elvis - NBC Special

Título no Brasil: Elvis - NBC Special
Título Original: Elvis - '68 Comeback
Ano de Lançamento: 1968
País: Estados Unidos
Estúdio: NBC
Direção: Steve Binder
Roteiro: Allan Blye, Chris Bearde
Elenco: Elvis Presley, D.J. Fontana, Charlie Hodge, Scotty Moore, Fanita James, Darlene Love

Sinopse:
Depois de fazer filmes por muitos anos, Elvis Presley voltou a se apresentar ao vivo com sua antiga banda, nesse especial de retorno na televisão em 1968, Onde cantou seus velhos sucessos e também aproveitou para apresentar novas músicas ao seu público. Um grande êxito do aclamado rei do rock.

Comentários:
A ideia original do Coronel Parker era fazer um especial de Natal, daqueles bem bregas e cafonas. Para a sorte de Elvis, o diretor Steve Binder pensava muito diferente. Ele queria um revival aos anos iniciais da rebeldia de Elvis, uma volta aos anos do rock dos anos 1950. E também apresentar músicas novas, de qualidade. Um Elvis de acordo com os novos tempos. E o resultado não poderia ser melhor. O programa pode ser dividido em dois momentos. Em um primeiro, Elvis toca ao lado do seu grupo original, no tablado. Ele está de couro negro, cantando seus antigos sucessos. Fenomenal. No segundo, Elvis canta em alguns quadros coreografados. Nesse temos um destaque absoluto, quando ele sobe ao palco cantando com vocalistas negras. Em plena época de efervescência da luta dos direitos civis, foi um ato de apoio significativo. Depois dessa apresentação, Elvis decidiu que havia chegado o momento de retomar sua carreira musical e voltar à estrada. Sábia decisão! Enfim, esse programa foi um grande sucesso de audiência na TV Americana, mudando definitivamente a carreira de Elvis para melhor.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 12 de junho de 2023

Contra o Gelo

Contra o Gelo
Esse filme traz um fato histórico real mais do que interessante. No século XIX a Dinamarca e os Estados Unidos disputavam a legitimidade da posse da Groenlândia, uma grande ilha situada perto do Pólo Norte. Os americanos afirmavam por sua diplomacia que os dinamarqueses não tinham direito sobre aquelas terras. Então uma expedição foi organizada para ir até lá para coletar provas de uma antiga missão da Dinamarca que deixou documentos e vestígios em certas localidades daquela terra gelada. Isso provaria que a Dinamarca chegou lá primeiro. Logo quando a expedição chegou na enorme ilha enfrentou problemas. O oceano congelou deixando a grande nau que os trazia presa. O capitão e um marinheiro partem então em busca desses documentos, enfrentando todas as advrsidades de tempo, clima e animais selvagens como ursos polares. 

O filme retrata essa aventura, mostrando as dificuldades enfrentadas pelos dois homens nessa região que pode ser considerada uma das mais inóspitas do mundo. Um fato curioso é que eles ficaram por muitos anos presos na ilha, esperando um resgate que parecia nunca chegar. De qualquer forma hoje são considerados heróis do povo da Dinamarca pois essa expedição foi de vital importância para que o direito internacional finalmente reconhecesse a Groenlândia como parte do terriitório daquela nação. 

Contra o Gelo (Against the Ice, Islândia, Dinamarca, 2022) Direção: Peter Flinth / Roteiro: Nikolaj Coster-Waldau, Joe Derrick / Elenco: Nikolaj Coster-Waldau, Joe Cole, Heida Reed / Sinopse: Um capitão e um marinheiro dinamarqueses partem em busca de documentos e provas que foram deixadas por uma expedição anterior na Groenlândia. A busca é necessária para provar a posse legítima da Dinamarca daquela enorme ilha polar. 

Pablo Aluísio.

Elvis em Hollywood

Título no Brasil: Elvis em Hollywood
Título Original: Elvis in Hollywood
Ano de Lançamento: 1993
País: Estados Unidos
Estúdio: BMG Video
Direção: Frank Martin
Roteiro: Stuart A. Goldman, David Naylor
Elenco: Elvis Presley, Trude Forsher, June Juanico, Scotty Moore, Bill Black, DJ Fontana

Sinopse:
Este documentário, autorizado pelo espólio de Elvis Presley, examina os filmes feitos por Elvis antes de entrar no exército em 1958. São exibidos filmes caseiros, clipes dos filmes que ele fez durante esse período e entrevistas com amigos e colegas de trabalho.

Comentários:
Este documentário foi lançado no Brasil, em VHS. Tem pouco mais de 60 minutos, sendo um documentário bem escrito e bastante interessante para quem quer conhecer a história de Elvis em Hollywood. Só não espere que seja algo completo, porque o roteiro só prioriza os filmes que Elvis fez durante a década de 1950. E nesse aspecto, considero realmente um erro. Tudo bem que Elvis fez filmes ruins durante os anos 60, mas bons ou ruins, esses filmes fizeram parte de sua carreira. Um documentário mais abrangente, com mais ou menos 120 minutos, seria o ideal. Assim, esse filme iria também colocar em destaque alguns bons filmes que ele fez na década seguinte, como por exemplo, Estrela de fogo e Coração Rebelde. E até mesmo o sucesso Amor a toda velocidade. Do jeito que ficou, está incompleto. É bem realizado e de extremo bom gosto, mas a história fica pela metade. Até porque se formos pensar bem, Elvis fez mais filmes nos anos 60 do que nos anos 50. Se o documentário se chama Elvis em Hollywood, que fosse ao menos completo.

Pablo Aluísio.

domingo, 11 de junho de 2023

Alta Sociedade

Alta Sociedade
Tive o prazer de assistir nesses últimos dias a esse clássico musical da era de ouro em Hollywood. Basta ver os nomes envolvidos na produção para entender que se trata de um excelente filme. A atriz Grace Kelly aqui fez sua última atuação no cinema. Ela resolveu se casar com o príncipe de Mônaco e abandonou sua carreira em Hollywood. Que pena! Ainda era tão jovem e certamente teria muitos anos de atividade no cinema, mas enfim, cada um é dono de seu próprio destino. Na tela ela interpreta uma jovem mimada de família rica. Ela está prestes a se casar pela segunda vez na linda mansão da família. Tudo parece correr bem, mas logo problemas surgem no horizonte. 

Seu primeiro marido, interpretado pelo cantor Bing Crosby, decide aparecer em sua mansão nas vésperas do casamento de sua ex. Ele ainda a ama e não perde a oportunidade de relembrá-la dos bons momentos que viveram juntos, inclusive cantando o clássico "True Love" que foi um dos grandes sucesso da época em que o filme foi lançado. Outro cantor famoso, Frank Sinatra, interpreta um jornaista bisbilhoteiro que trabalha numa revista de fofocas. Ele quer descobrir tudo sobre as novas núpcias da protagonista. Cínico e petulante, aproveita também para ir apresentando suas canções entre uma cena e outra. E dois dos maiores cantores do século XX fazem um belo dueto juntos. Só isso já valeria pelo filme inteiro. Achou pouco? Que tal o talento de Louis Armstrong e sua banda como brinde? E não podemos esquecer que toda a trilha sonora foi composta pelo gênio Cole Porter. Nada mal, não é mesmo?

Um fato que me chamou atenção na despedida de Grace Kelly do cinema é que sua personagem saiu do tipo habitual do que ela costumava interpretar. Grace sempre interpretava loiras elegantes, quase gélidas. Sua personagem aqui tem muita personalidade, é espevitada, gosta de criar situações engraçadas e até mesmo toma um porre daqueles na noite anterior ao seu próprio casamento, claro dando um vexame enorme na frente dos convidados. Quem poderia imaginar algo assim? Enfim, um belo filme, lindamente fotografado, com trilha acima do sublime e cenários requintados e glamorosos. Pois é, esse tipo de classe, elegância, graça e glamour o cinema americano certamente perdeu com o passar dos anos. 

Alta Sociedade (High Society, Estados Unidos, 1956) Direção: Charles Walters / Roteiro: John Patrick, Philip Barry / Elenco: Bing Crosby, Grace Kelly, Frank Sinatra, Louis Armstrong, John Lund, Louis Calhern / Sinopse: Jovem mimada de família rica vai se casar pela segunda vez. Ela planeja uma grande festa, mas logo problemas surgem com a presença de seu ex-marido e de um jornalista que trabalha em uma revista de fofocas. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Música Original (True Love de Cole Porter) e Melhor Trilha Sonora (Cole Porter). 

Pablo Aluísio.