domingo, 7 de maio de 2023

Tulsa King

Título no Brasil: Tulsa King
Título Original: Tulsa King
Ano de Lançamento: 2022
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount +
Direção: Taylor Sheridan
Roteiro: Taylor Sheridan
Elenco: Sylvester Stallone, Andrea Savage, Martin Starr, Domenick Lombardozzi, Vincent Piazza, Jay Will

Sinopse:
O ator Sylvester Stallone interpreta um mafioso veterano de Nova Iorque que ficou anos preso. Depois de cumprir sua pena, ele volta para a liberdade e acaba sendo enviado para a cidade de Tulsa, para reorganizar as atividades da máfia naquela região. Só que no fundo mesmo os mafiosos de Nova Iorque querem se livrar dele de todas as maneiras. 

Comentários:
Stallone aderiu ao mundo das séries. Em momento complicado de sua vida pessoal e profissional, ele parece não ter gostado muito da transição do mundo do cinema para o mundo das séries. Ele sempre se considerou um ator de cinema. Tão irritado anda ultimamente que chegou inclusive a anunciar que esse seria seu último trabalho, que depois dessa série não iria mais voltar a atuar. Fim da carreira. Não dá para acreditar muito, mas suas declarações deixam claro seu estado nesses últimos meses. Eu assisti toda a primeira temporada (que provavelmente também seja a última) e achei uma série apenas mediana. O que fica evidente é uma certa frouxidão nessa história que parece nunca decolar. Sempre fica no quase... Os vilões também são genéricos e o próprio personagem do Stallone não é muito bem desenvolvido. E o final que parece ser o definitivo, também não vai agradar todo mundo, muito menos os fãs do Stallone. E que final foi esse? Bem, o personagem do Stallone termina novamente atrás das grades, o que mostra que o ator nunca vai deixar seu bom mocismo ser arranhado, mesmo fora do cinema. Criminoso tem que terminar preso, em sua opinião. The End.

Pablo Aluísio.

Morte Súbita

Título no Brasil: Morte Súbita
Título Original: Sudden Death
Ano de Lançamento: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Peter Hyams
Roteiro: Karen Elise Baldwin, Gene Quintano
Elenco: Jean-Claude Van Damme, Powers Boothe, Raymond J. Barry, Dorian Harewood, Ross Malinger, Whittni Wright

Sinopse:
Darren McCord (Jean-Claude Van Damme) leva seus dois filhos para um jogo de Hockey, sem saber que a arena esportiva foi tomada por terroristas, que estão segurando o vice-presidente dos Estados Unidos, bem como muitos outros oficiais de alto escalão. São Reféns dos criminosos. Darren mais tarde se torna o único que está ciente da situação. E as apostas aumentam quando os terroristas anunciam que vão explodir o prédio no final do jogo. 

Comentários:
Quando o ator Jean-Claude Van Damme fez esse filme ele já era considerado um astro em Hollywood; Os dias de filmes modestos, produções B, tinham ficado para trás. Tanto isso é verdade que aqui ele contou com uma produção de primeira linha, providenciada pelo tradicional estúdio da Universal, considerado um dos cinco maiores estúdios de cinema de Hollywood. E o filme não decepciona. É muito bem produzido, contando inclusive com um roteiro caprichado que investe não apenas nas cenas de ação, mas igualmente em bem boladas situações de suspense e tensão. Aqui ele já estava dentro do jogo dos nomes de ponta na capital mundial do cinema. E o filme foi bem sucedido tanto nos cinemas como nas locadoras de vídeo, considerado o grande mercado na época para os filmes do ator e lutador belga. 

Pablo Aluísio.

sábado, 6 de maio de 2023

O Exorcista do Papa

Título no Brasil: O Exorcista do Papa
Título Original: The Pope's Exorcist
Ano de Lançamento: 2023
País: Estados Unidos
Estúdio: Screen Gems
Direção: Julius Avery
Roteiro: Michael Petroni, Evan Spiliotopoulos
Elenco: Russell Crowe, Franco Nero, Peter DeSouza-Feighoney, Daniel Zovatto, Laurel Marsden, Alex Essoe

Sinopse:
Uma família norte-americana se muda para um imóvel que no passado foi uma abadia usada pela inquisição durante os anos mais terríveis de tortura e caça aos hereges em solo europeu. A mãe, viúva, quer reformar o lugar para vender, mas antes disso o seu filho caçula começa a mostrar sinais de possessão demoníaca. O Vaticano então envia um padre exorcista para resolver espiritualmente a situação.

Comentários:
Esse tipo de filme sobre exorcismo está bem saturado. Ainda existem filmes que tentam tratar da luta do bem contra o mal no mundo espiritual de forma mais inteligente, mais sutil, de maneira mais intelectualizada. Esses se salvam da mediocridade. Entretanto existem filmes com roteiros mais rasteiros que mostram tudo na base da pancadaria, do quebra-pau generalizado. Infelizmente é o caso desse filme onde a sutileza e o suspense passaram longe. O roteiro até apresenta uma boa narrativa sobre o passado desse demônio Asmodeus com a inquisição espanhola, mas tudo superficial. A impressão que tive foi que os roteiristas acreditam que o público que vai assistir ao filme não tem muita inteligência. Tudo é bem explicadinho para a tal geração Marvel entender tudinho, sem problemas... Com isso nem mesmo essa ideia original se sustenta muito. Em termos de elenco o mais curioso foi ver o ator Franco Nero (O Django do western spaghetti) interpretando o Papa. O roteiro não o nomea por respeito, mas fica bem óbvio que se trataria do Papa João Paulo II. Pena que nem sua presença é melhor aproveitada. Assim o saldo é negativo. Esse é um filme que não me provocou nada, nem muito interesse e nem muito menos o que um filme de terror deveria despertar em seu público, o medo. O velho e bom padre Gabriele Amorth merecia coisa melhor.

Pablo Aluísio.

O Palhaço Assassino

Título no Brasil: O Palhaço Assassino
Título Original: The John Wayne Gacy Tapes
Ano de Lançamento: 2022
País: Estados Unidos
Estúdio: Netflix
Direção: Joe Berlinger
Roteiro: Joe Berlinger
Elenco: John Wayne Gacy, Sam Amirante, Mike Albrecht, Terry Sullivan, Steve Nemmers, Kim Byers-Lund

Sinopse:
Documentário que mostra a vida do psicopata John Wayne Gacy. Ele era dono de uma empresa de construção civil e em determinado momento de sua vida começou a matar jovens que iam em sua empresa atrás de emprego. Criava armadilhas para esses jovens desempregados, os matava com requintes de crueldade e extrema violência e depois enterrava os corpos no porão de sua casa.

Comentários:
"Conversando com um Serial Killer: O Palhaço Assassino" é um bom documentário que está disponível na Netflix. Esse tipo de serial killer muitas vezes surge por causa do meio social em que nasceu e cresceu. O pai do John Wayne Gacy era um sujeito truculento e violento que espancava e o humilhava quando era garoto. A mente humana acaba desenvolvendo sequelas e traumas desse tipo de criação abusiva. Monstros assassinos geralmente nascem porque foram criados por pais abusivos e violentos. Penso que foi o caso desse criminoso. Ele era gordinho na infância e provavelmente já demonstrava sinais de homossexualidade. Por isso era espancado pelo pai repressor. E os traumas explodiram em sua vida adulta quando começou a matar sem freios sociais. Acontece muito, como nos ensina a criminologia. No caso, seus crimes ficaram muito conhecidos por causa de sua fantasia de palhaço que usava quando estava em sua roupagem de homem de bem, cidadão de respeito, religioso e tudo mais. Esse tipo costuma mesmo ser o mais perigoso, escondendo verdadeiros psicopatas por trãs desssa falsa imagem impecável. 

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 5 de maio de 2023

Os Espíritos

Título no Brasil: Os Espíritos 
Título Original: The Frighteners
Ano de Lançamento: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Peter Jackson
Roteiro: Fran Walsh, Peter Jackson
Elenco: Michael J. Fox, Trini Alvarado, Peter Dobson, R. Lee Ermey, John Astin, Angela Bloomfield

Sinopse:
Depois de um acidente de carro no qual sua esposa foi morta e ele ficou ferido, Frank Bannister (Michael J. Fox) desenvolve habilidades psíquicas que lhe permitem ver, ouvir e se comunicar com fantasmas. Essa nova forma de ver o mundo ao seu redor vai lhe colocar em situações delicadas e perigosas, inclusive ao enfrentar uma entidade do mal vinda das profundezas do inferno. 

Comentários:
Eu nunca consegui gostar desse filme e olha que tentei muito. As premissas eram as melhores. Sempre gostei do Michael J. Fox, isso desde os tempos da franquia "De Volta Para o Futuro". Também apreciava o diretor Peter Jackson, por essa época em uma fase em que ele sequer sonhava em dirigir os filmes baseados no clássico da literatura "O Senhor dos Anéis". Mesmo com tanta gente boa envolvida o filme não funcionou. Cheio de efeitos visuais de última geração (para a época, claro) o que estragou o filme foi realmente seu roteiro. A história é fraca, chata, sem personagens carismáticos e cativantes. Eu estava com tanta vontade de ver o filme que fui ao cinema para conferir. Acabei mesmo me decepcionando. Parece uma coisa infantil, mas ao mesmo tempo não produzido com essa intenção. Enfim, minhas expectativas positivas se evaporaram no ar como os fantasmas que aparecem no filme. 

Pablo Aluísio.

Atração Explosiva

Título no Brasil: Atração Explosiva
Título Original: Fair Game
Ano de Lançamento: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Andrew Sipes
Roteiro: Paula Gosling, Charlie Fletcher
Elenco: William Baldwin, Cindy Crawford, Salma Hayek, Steven Berkoff, Christopher McDonald, Miguel Sandoval

Sinopse:
Uma organização criminosa internacional planeja a morte de uma advogada e para isso não vai medir esforços em explodir tudo pelos ares. Apenas a proteção de um policial experiente deixará esse alvo a salvo depois de todos os atentados promovidos contra ela. 

Comentários:
Cindy Crawford foi a maior top model dos anos 90. Cachês milionários, capas em todas as mais importantes revistas de moda, sucesso absoluto. Então tiveram a má ideia de fazer um filme com ela. O problema é que Cindy Crawford não sabia atuar, nunca havia sido atriz na vida. O resultado disso se vê na tela. Embora esteja linda em cena, o que era de se esperar, a moça não conseguia falar um diálogo com o mínimo de qualidade. E ter o irmão mais insosso do clã Baldwin atuando ao seu lado não melhorava muito a situação. Diante de tudo isso o filme flopou nas bilheterias. Custou 50 milhões de dólares para ser produzido e não conseguiu recuperar nem seu custo nas bilheterias. De fato foi o primeiro fracasso comercial dessa modelo que era tão bem sucedida nas passarelas. Com isso ela decidiu, de forma inteligente, se afastar do cinema para sempre! Sábia decisão! 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 4 de maio de 2023

Ninho do Terror

Título no Brasil: Ninho do Terror
Título Original: The Nest
Ano de Lançamento: 1987
País: Estados Unidos
Estúdio: Concorde Pictures
Direção: Terence H. Winkless
Roteiro: Robert King, Eli Cantor
Elenco: Robert Lansing, Lisa Langlois, Franc Luz, Stephen Davies, Jack Collins, Nancy Morgan

Sinopse:
Pequena cidade do interior dos Estados Unidos sofre com uma infestação de pragas e é invadida por baratas que espalham o terror entre os moradores da região. Os insetos são fruto de uma experiência genética e destroem tudo o que encontram pela frente. 

Comentários:
Você é uma daquelas pessoas que odeiam baratas, aqueles insetos pretos e asquerosos que invadem as casas vindos dos ralos de esgoto? Ora, então esse é o seu filme, para sofrer muito e ter pesadelos à noite. Nos anos 80 com a popularidade das locadoras de vídeos VHS a produção dos filmes de terror teve um boom como nunca se viu antes. Qualquer roteiro ganhava aprovação de produtores porque mesmo que o filme não rendesse nada nos cinemas, ele certamente iria gerar lucros no mercado de vídeo. Esse filme aqui veio nessa onda. É uma produção barata sobre baratas (gostou do trocadilho infame?). Muito curioso de se ver hoje em dia para entender que nos anos 80 não havia preocupação com o politicamente correto. Para assustar valia de tudo, até ter baratas voadoras gigantes atacando os mais pacatos cidadãos. Em tempo: esse filme iria inspirar o diretor Guilhermo Del Toro anos depois em seu filme "Mutação".

Pablo Aluísio.

Depois do Fim do Mundo

Título no Brasil: Depois do Fim do Mundo
Título Original: DEFCON-4
Ano de Lançamento: 1985
País: Estados Unidos
Estúdio: New World Pictures
Direção: Paul Donovan, Digby Cook
Roteiro: Paul Donovan
Elenco: Lenore Zann, Maury Chaykin, Kate Lynch, Tim Choate, Florence Paterson, Alan MacGillivray

Sinopse:
Três astronautas que orbitam a Terra assistem impotentes à erupção da Terceira Guerra Mundial. Depois de fazer um pouso forçado de emergência, um dos astronautas fica inconsciente enquanto outro é arrastado para fora da nave. Agora vão ter que sobreviver em um planeta devastado pela guerra nuclear. 

Comentários:
Eu ainda me lembro de ver esse filme pegando poeiroa nas locadoras durante a década de 80. Era um dos muitos filmes da época que procuravam seguir os passos de Mad Max. Pois é, aquele filme australiano estrelado por Mel Gibson fez mesmo escola, dando origem a dezenas de produções que iam pelo mesmo caminho, partiam sempre da mesma premissa, de um mundo destruído por uma grande guerra nuclear, o tal mundo pós-apocalíptico. Esse aqui começa até bem. A primeira meia hora do filme foi bem elogiada, só que os roteiristas deixaram a criatividade nessa parte inicial do filme. Depois sucumbiram à preguiça, fazendo com que o filme se revelasse bem genérico e sem novidades. Pena, pois foi uma boa ideia desperdiçada. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 3 de maio de 2023

Elvis e a Balada Sangrenta

Elvis e a Balada Sangrenta
Sempre muito elogiado, o último filme de Elvis nos anos 50, o famoso King Creole (Balada Sangrenta, no Brasil) merece algumas reflexões adicionais. Não nego que seja um filme muito bom, entretanto afirmar que estaria no mesmo patamar de alguns filmes de Marlon Brando ou até mesmo do ídolo de Elvis, James Dean, já me soa um pouco exagerado. 

Perceba que inicialmente foi um roteiro escrito justamente para os dois rebeldes máximos de Hollywood naquela década. Só que Brando recusou o papel afirmando que já tinha passado da idade (e ele tinha razão sobre isso) e James Dean, que parecia condenado logo no começo de sua carreira a interpretar jovens encucados e confusos, morreu antes de aceitar o papel. Assim o roteiro ficou órfão e a Paramount Pictures entendeu que Elvis poderia ser uma boa opção. O roqueiro rebolador de cabelos de brilhantina poderia salvar aquele projeto. 

Não me entenda mal, acredito que Elvis não se saiu mal, mas vamos falar a verdade dos fatos, ele novamente foi salvo por sua música. Se o filme fosse inteiramente dramático, como originalmente foi concebido, penso que Elvis estaria em apuros. Ele não era ator profissional, apenas enganava bem e tinha boa presença de cena, mas na real não era Marlon Brando e nem James Dean. Havia um Actors Studio de distância entre eles! 

Além disso o filme, apesar de seus inegáveis méritos artísticos, não foge muito da fórmula dos chamados filmes de Elvis. O que isso quer dizer? Bom, tem muitas cenas musicais, duas mulheres disputando seu coração (sendo uma mais jovem boazinha e uma mais velha, do tipo mulher fatal) e claro um vilão, aqui sendo interpretado pelo Walter Matthau, que convenceu bem como mafioso, mas que fez sua carreira praticamente toda interpretando rabugentos em filmes cômicos. Brando é que se consagrou como o mais perfeito padrinho das famílias da cosa nostra. 

Então é isso. Michael Curtiz teve sua experiência diferenciada e Elvis também teve a chance de ser Brando Dean por um dia. Um filme mais do que interessante para quem aprecia a história do cinema, mas ainda longe dos grandes filmes de Hollywood em sua era de ouro. 

Pablo Aluísio. 

A América que não amava os Beatles

A América que não amava os Beatles
Quando os Beatles gravaram suas novas músicas e as lançaram no single "She Loves You / I'll Get You" eles acreditaram que tinham acertado em cheio. Afinal o compacto lançado na Inglaterra e em diversos países da Europa imediatamente fez um belo sucesso. Número 1 em diversas paradas. John Lennon acreditou que finalmente essa música seria lançada na América pelo selo Capitol com toda a publicidade que tinha direito. Só que isso não aconteceu! 

Para surpresa completa de John e dos demais Beatles, a Capitol recusou a música. O diretor musical da gravadora americana afirmou que a música era muito fraca e que não faria sucesso nenhum nas rádios americanas. Claro que ele estava muito enganado sobre isso, mas seu veto valeu. A Capitol arquivou o single e ficou esperando por algo melhor vindo daqueles cabeludos ingleses. 

John Lennon ficou muito chateado. Como Paul McCartney diria anos depois, os Beatles compunham suas músicas nessa fase pensando no sucesso comercial. Eles queriam o sucesso e nada seria mais consagrador do que fazer sucesso nos Estados Unidos e na América. Com as portas fechadas daquele jeito, iria ser complicado. Curiosamente o single finalmente seria lançado, só que meses mais tarde quando a Beatlemania tomava conta dos Estados Unidos durante a primeira turnê do grupo naquele país. Para John Lennon aquilo só podia ser piada. Afinal a rejeição inicial lhe deixou bem chateado. 

Já o lado B era bem conhecido dos brasileiros. Isso mesmo, o público brasileiro ouviu essas músicas primeiro do que os americanos. E I'll Get You fazia parte do repertório do disco brazuca "The Beatles Again" que só saiu no Brasil. Com capa medonha de feia, esse disco tinha uma excelente seleção musical, provando que pelo menos na EMI brasileira eles sabiam muito bem o que estavam fazendo. 

Pablo Aluísio.