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sábado, 6 de maio de 2023

O Exorcista do Papa

Título no Brasil: O Exorcista do Papa
Título Original: The Pope's Exorcist
Ano de Lançamento: 2023
País: Estados Unidos
Estúdio: Screen Gems
Direção: Julius Avery
Roteiro: Michael Petroni, Evan Spiliotopoulos
Elenco: Russell Crowe, Franco Nero, Peter DeSouza-Feighoney, Daniel Zovatto, Laurel Marsden, Alex Essoe

Sinopse:
Uma família norte-americana se muda para um imóvel que no passado foi uma abadia usada pela inquisição durante os anos mais terríveis de tortura e caça aos hereges em solo europeu. A mãe, viúva, quer reformar o lugar para vender, mas antes disso o seu filho caçula começa a mostrar sinais de possessão demoníaca. O Vaticano então envia um padre exorcista para resolver espiritualmente a situação.

Comentários:
Esse tipo de filme sobre exorcismo está bem saturado. Ainda existem filmes que tentam tratar da luta do bem contra o mal no mundo espiritual de forma mais inteligente, mais sutil, de maneira mais intelectualizada. Esses se salvam da mediocridade. Entretanto existem filmes com roteiros mais rasteiros que mostram tudo na base da pancadaria, do quebra-pau generalizado. Infelizmente é o caso desse filme onde a sutileza e o suspense passaram longe. O roteiro até apresenta uma boa narrativa sobre o passado desse demônio Asmodeus com a inquisição espanhola, mas tudo superficial. A impressão que tive foi que os roteiristas acreditam que o público que vai assistir ao filme não tem muita inteligência. Tudo é bem explicadinho para a tal geração Marvel entender tudinho, sem problemas... Com isso nem mesmo essa ideia original se sustenta muito. Em termos de elenco o mais curioso foi ver o ator Franco Nero (O Django do western spaghetti) interpretando o Papa. O roteiro não o nomea por respeito, mas fica bem óbvio que se trataria do Papa João Paulo II. Pena que nem sua presença é melhor aproveitada. Assim o saldo é negativo. Esse é um filme que não me provocou nada, nem muito interesse e nem muito menos o que um filme de terror deveria despertar em seu público, o medo. O velho e bom padre Gabriele Amorth merecia coisa melhor.

Pablo Aluísio.

domingo, 4 de setembro de 2022

Samaritano

Esse novo filme de Sylvester Stallone percorreu um caminho interessante. Ele foi inicialmente produzido para ser lançado no cinema. Só que a MGM foi comprada por uma plataforma de streaming. E assim os novos produtores decidiram que o filme não seria lançado mais em circuito comercial nos cinemas, e sim na própria plataforma de filmes da empresa. Dessa maneira, o filme chega para os fãs de Stallone, que ainda se mantém em forma. O filme foi criticado por certos setores da imprensa especializada, mas eu acredito que são críticas injustas. Dentro de sua modestas pretensões, o filme funciona até que muito bem. Além disso, é bom que Stallone esteja no seu tipo habitual, o tipo de personagem em que ele se sai melhor. 

Ele interpreta um sujeito comum, que vai levando uma vida simples. Trabalha como lixeiro na suja cidade onde vive. Um lugar degradado pelo caos urbano. Até que um garoto que é louco por super heróis o descobre. O menino acredita que ele é um herói chamado Samaritano que há muitos anos está desaparecido. Supõe-se que ele morreu numa feroz luta contra seu inimigo. Mas será mesmo que isso teria algum fundo de verdade? Esse aqui é um filme que eu diria é que é sobretudo eficiente. Não é uma produção de encher os olhos, isso é certo. Entretanto, conta muito bem sua história. Samaritano é um filme que, mesmo com produção modesta, se revela muito mais interessante do que muita porcaria por aí que está sendo lançado atualmente pela Marvel. Também notei que há uma certa dose de nostalgia neste roteiro, lembrando até mesmo os filmes de Stallone de antigamente. Assim eu digo que é um filme que vai agradar aos velhos fãs do ator. Por meios tortuosos, ele acabou acertando mais uma vez.

Samaritano (Samaritan, Estados Unidos, 2022) Direção: Julius Avery / Roteiro: Bragi F. Schut / Elenco: Sylvester Stallone, Javon 'Wanna' Walton, Pilou Asbæk / Sinopse: Garoto de uma região periférica e pobre de uma grande cidade, passa a acreditar que seu vizinho, que trabalha como lixeiro, na verdade é um super-herói há muito tempo desaparecido. 

Pablo Aluísio.

domingo, 1 de maio de 2016

Sangue Jovem

Título no Brasil: Sangue Jovem
Título Original: Son of a Gun
Ano de Produção: 2014
País: Austrália
Estúdio: Altitude Film Entertainment, Bridle Path Films
Direção: Julius Avery
Roteiro: Julius Avery, John Collee
Elenco: Ewan McGregor, Alicia Vikander, Brenton Thwaites
  
Sinopse:
O jovem JR (Brenton Thwaites) é sentenciado a uma pena de seis meses. Enviado a uma prisão de segurança máxima acaba conhecendo outro detento, Brendan (Ewan McGregor) que lhe promete proteção em troca de alguns servicinhos que ele deverá fazer quando for colocado em liberdade. Com receios de sofrer algum tipo de violência física JR aceita a proposta. Após ser solto resolve colocar em prática o plano que foi concebido por Brendan atrás das grades. Filme indicado ao Australian Screen Sound Guild na categoria de Melhor Trilha Sonora.

Comentários:
De maneira em geral é mais uma daquelas produções que procuram explorar o mundo do crime e seus desdobramentos. Ewan McGregor interpreta um sujeito durão que está preso, cumprindo uma pena pesada, de mais de 20 anos de reclusão, sem direito a condicional. Para alguém em sua situação a única alternativa é procurar uma forma de fugir, nada mais. Quando um jovem novato chega na Penitenciária onde ele está preso, logo vê uma chance de cair fora daquele lugar. O rapaz só vai ficar três meses preso e pode se tornar um elo de ligação com o mundo lá fora. Após salvá-lo de um grupo de estupradores ele firma um pacto com o jovem. A partir daí ele aceita participar de um plano de fuga no melhor estilo Fernandinho Beira-Mar, com direito a helicóptero e tudo mais. Uma vez lá fora McGregor não vê a hora de voltar à velha vida de crimes. Acontece que há uma usina de processamento de ouro, não muito segura, onde se forjam as barras de ouro maciço que depois vão para cofres de segurança. Uma vez lá dentro se torna até bem mais fácil colocar as mãos naquela fortuna. O plano tem tudo para dar certo mas... bom, se você já assistiu algum filme de roubo e assaltos na vida já saberá de antemão que nada sairá como inicialmente foi planejado. Embora tenha seus clichês e personagens pouco trabalhados o fato é que essa fita sobre criminosos, traições e violência consegue soar pelo menos satisfatória. E grande parte disso se deve a Ewan McGregor, um ator que consegue segurar qualquer tipo de filme nas costas. Seu jovem cúmplice é pouco talentoso e carismático, não convencendo nas cenas de amor e paixão que acaba tendo com uma garçonete de bar de strip tease. Assim sobra para McGregor segurar as pontas. Para alivio do espectador ele consegue essa proeza sem maiores problemas. "Son of a Gun" não é o melhor dos mundos em se tratando de filmes de ação, mas tampouco decepciona ou aborrece. Na escala geral merece ao menos ser conhecido.

Pablo Aluísio.