"Caminho da Perdição", o último filme de Audie Murphy na década de 1940, era um drama sobre delinquentes juvenis dirigido por Kurt Neumann. O elenco era formado praticamente todo por jovens desconhecidos, a única exceção era a presença de Jane Wyatt. Passava longe de ser um grande filme, indo mais para o lado do cinema B, porém serviu como mais um teste para Murphy como ator. De quebra ele conseguiu mais publicidade, mesmo que esse drama não fosse grande coisa. O simples fato de trazê-lo no poster já era um bom começo.
A década de 1950 começou e finalmente Audie Murphy encontrou seu caminho em Hollywood. O filme se chamava "Duelo Sangrento" e era a produção ideal que Murphy tanto esperava. Nesse western que tinha o título original de "The Kid from Texas", Murphy interpretava nada mais, nada menos do que um dos personagens históricos mais famosos da mitologia do velho oeste, o pistoleiro William Bonney, mais conhecido como 'Billy the Kid'. É curioso que quando a Universal contratou o diretor Kurt Neumann para dirigir o faroeste esse indicou ao estúdio o próprio Audie Murphy com quem havia trabalhado no filme anterior. Não haveria ninguém melhor para atuar como Kid.
A crítica de um modo geral gostou do filme. Para muitos seria um "bom pequeno filme". Outra atração é que ele foi lançado em cores, considerado ainda na época como um sinal de capricho, de que a produção era realmente boa e que o estúdio confiava no sucesso. Historicamente o filme não era muito preciso. Billy The Kid não nasceu no Texas, como fazia supor o roteiro, ele havia nascido em Nova Iorque. Porém de uma maneira em geral aspectos históricos da história de Kid foram mantidos, como seu envolvimento na guerra do condado de Lincoln.
Nesse mesmo ano Audie Murphy surgiria nas telas com mais um western intitulado no Brasil de "Serras Sangrentas". Originalmente o filme se chamava "Sierra" e era dirigido por Alfred E. Green. Baseado na novela escrita por Stuart Hardy, a estória mostrava a luta de pai e filho tentando sobreviver nas montanhas em uma época em que a lei e a ordem eram apenas esperanças vãs de surgir naquelas regiões perdidas do velho oeste. Curiosamente esse faroeste era estrelado por uma atriz, a bela Wanda Hendrix. Audie Murphy era apenas o segundo nome do elenco, mostrando que ele estava disposto a ceder espaço em prol de atuar em bons filmes, com roteiros mais bem escritos.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 9 de agosto de 2022
O Rebelde
Título no Brasil: O Rebelde
Título Original: The Rebel
Ano de Produção: 1959 - 1961
País: Estados Unidos
Estúdio: American Broadcasting Company (ABC)
Direção: Irvin Kershner, Bernard L. Kowalski
Roteiro: Andrew J. Fenady, Nick Adams
Elenco: Nick Adams, Ross Sturlin, Chuck Hamilton
Sinopse:
Johnny Yuma (Nick Adams) é um bravo jovem, ex-soldado do Exército Confederado, à deriva através de uma existência aparentemente sem sentido na década de 1860, no velho oeste. A guerra civil chegou ao final e ele ainda não encontrou seu lugar no mundo. Para sobreviver começa a trabalhar como segurança de caravanas contra ataques de tribos selvagens hostis e cowboy de aluguel para fazendeiros da região. Seu grande sonho é um dia comprar um rancho para criar gado e viver dele até o fim de seus dias.
Comentários:
O ator Nick Adams (1931 - 1968) ficou mais famoso em Hollywood por suas amizades do que propriamente por seu talento dramático. Ele inicialmente fez parte da turminha de Jimmy Dean nos anos 1950 e após sua morte ficou muito próximo e amigo de outro mito, só que dessa vez da música, o rei do rock Elvis Presley. Para esse último serviu não apenas de colega de profissão mas também como guia orientador de atuação, uma vez que Elvis não tinha nenhuma experiência como ator e precisava de alguém que lhe desse dicas de como atuar bem. Dentro de sua carreira o auge para Nick Adams veio quando foi indicado ao Oscar por sua atuação em "O Crime é Homicídio". Depois disso infelizmente as ofertas foram ficando cada vez mais raras e para não ficar sem trabalho Adams resolveu aderir à televisão. O problema é que havia uma mentalidade preconceituosa entre astros de cinema daquela época que dizia que quando um ator ia para a TV ele estava acabado no cinema. Nick também pensava assim e sentia-se frustrado por ter que aparecer em um seriado de faroeste transmitido pela ABC no horário vespertino (visando obviamente ganhar a audiência do público mais jovem).
Título Original: The Rebel
Ano de Produção: 1959 - 1961
País: Estados Unidos
Estúdio: American Broadcasting Company (ABC)
Direção: Irvin Kershner, Bernard L. Kowalski
Roteiro: Andrew J. Fenady, Nick Adams
Elenco: Nick Adams, Ross Sturlin, Chuck Hamilton
Sinopse:
Johnny Yuma (Nick Adams) é um bravo jovem, ex-soldado do Exército Confederado, à deriva através de uma existência aparentemente sem sentido na década de 1860, no velho oeste. A guerra civil chegou ao final e ele ainda não encontrou seu lugar no mundo. Para sobreviver começa a trabalhar como segurança de caravanas contra ataques de tribos selvagens hostis e cowboy de aluguel para fazendeiros da região. Seu grande sonho é um dia comprar um rancho para criar gado e viver dele até o fim de seus dias.
Comentários:
O ator Nick Adams (1931 - 1968) ficou mais famoso em Hollywood por suas amizades do que propriamente por seu talento dramático. Ele inicialmente fez parte da turminha de Jimmy Dean nos anos 1950 e após sua morte ficou muito próximo e amigo de outro mito, só que dessa vez da música, o rei do rock Elvis Presley. Para esse último serviu não apenas de colega de profissão mas também como guia orientador de atuação, uma vez que Elvis não tinha nenhuma experiência como ator e precisava de alguém que lhe desse dicas de como atuar bem. Dentro de sua carreira o auge para Nick Adams veio quando foi indicado ao Oscar por sua atuação em "O Crime é Homicídio". Depois disso infelizmente as ofertas foram ficando cada vez mais raras e para não ficar sem trabalho Adams resolveu aderir à televisão. O problema é que havia uma mentalidade preconceituosa entre astros de cinema daquela época que dizia que quando um ator ia para a TV ele estava acabado no cinema. Nick também pensava assim e sentia-se frustrado por ter que aparecer em um seriado de faroeste transmitido pela ABC no horário vespertino (visando obviamente ganhar a audiência do público mais jovem).
De fato ele até chegou a se empolgar durante um certo período, colaborando na criação e nos roteiros dos episódios, mas isso era pouco para suas ambições profissionais. Uma bobagem sem tamanho mas que retratava a forma de pensar dos atores daquele tempo. O seriado fez sucesso, tanto que ficou três temporadas no ar, mas em 1961 Adams achou que era de voltar para o cinema. Seu retorno porém não deu certo e o ator ficou sem a série e nem bons filmes para estrelar (para se ter uma ideia chegou até mesmo a aparecer em produções trash de terror para sobreviver). Talvez a queda tenha sido demais para ele e sete anos depois o ator seria encontrado morto por uma overdose de drogas em seu apartamento. Um triste fim para esse cowboy das matinês que embalou e levou diversão para a garotada no começo dos anos 1960 nos Estados Unidos.
Pablo Aluísio.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 8 de agosto de 2022
A Ponte do Rio Kwai
"A Ponte do Rio Kwai" é considerado um dos maiores clássicos de guerra da história de Hollywood. Dirigido pelo mestre David Lean, o filme mantém seu status de grande obra cinematográfica mesmo após tantos anos de seu lançamento original. O enredo (parcialmente inspirado em fatos reais) mostra um regimento do exército inglês que é feito prisioneiro pelos japoneses durante a II Guerra Mundial. Os soldados e oficiais passam então a servir como mão de obra escrava para a construção de pontes e estradas de ferro para o Japão imperial. Quando um novo grupo de prisioneiros ingleses é enviado para o Rio Kwai com o objetivo de construir uma ponte para passagem férrea, um corajoso e orgulhoso coronel britânico, Mr. Nicholson (interpretado pelo ótimo Alec Guiness), começa a criar problemas para o Coronel japonês Saito (Sessue Hayakawa), responsável pela obra. O oficial inglês exige que a convenção de Genebra seja cumprida à risca, enquanto Saito não está disposto a abrir mão de seus métodos violentos e até sádicos de lidar com prisioneiros inimigos de guerra. Após o primeiro conflito de opiniões o Coronel inglês é enviado para o "buraco", uma minúscula caixa exposta ao sol ardente da região. Apesar da tortura ele não dá o braço a torcer. Ao mesmo tempo seus homens deixam claro que não irão se submeter a nenhum tipo de ordem enquanto os seus próprios termos não forem aceitos. Começa então um jogo psicológico entre ingleses e japoneses pelo controle da situação.
O outro personagem central do filme é interpretado pelo ator William Holden. Ele dá vida a um oficial da Marinha americana que também está feito prisioneiro de Saito. Ao contrário do Coronel Nicholson porém ele quer mesmo é colocar em prática um ousado plano de fuga para escapar daquele inferno. O Rio Kwai se situava na Birmânia, um pequeno país do sudeste asiático, assolado por doenças tropicais. A maioria dos prisioneiros acabavam morrendo de doenças típicas daquelas florestas, o que aumentava ainda mais o desespero de ser um prisioneiro de guerra do Japão. David Lean não mostra impaciência e nem pressa em desenvolver a trama de seu filme. Esse cineasta se caracterizou por tecer uma narrativa bem sofisticada para todos os filmes que dirigiu. Esse aqui não é exceção.
O curioso é que o personagem de Guiness acaba desenvolvendo um sentimento dúbio para com os japoneses. demonstrando a eles não apenas a fibra do soldado inglês como também sua capacidade de vencer desafios nos momentos mais conturbados. Em suas próprias palavras ele quer humilhar os japoneses construindo uma ponte firme e forte que dure gerações. Isso acaba deixando seus colegas oficiais meio que surpresos, já que construir uma ponte tecnicamente perfeita seria também ajudar, mesmo que de forma indireta, o inimigo! O clímax, a cena final, explora excepcionalmente bem essa dualidade pois o Coronel de Guiness fica dividido em cumprir as ordens de destruir a ponte ou ao contrário disso preservar aquela obra que para ele se torna motivo de orgulho pessoal. Como se pode perceber Lean nunca era óbvio com seus personagens, procurando sempre extrair uma personalidade complexa de cada um deles. Coisa de gênio da sétima arte realmente. "The Bridge on the River Kwai" é mais uma prova de seu talento e legado inigualáveis.
A Ponte do Rio Kwai (The Bridge on the River Kwai, Estados Unidos, Inglaterra, 1957) Direção: David Lean / Roteiro: Carl Foreman, baseado no livro de Pierre Boulle / Elenco: William Holden, Alec Guinness, Sessue Hayakawa, Jack Hawkins / Sinopse: Um grupo de prisioneiros ingleses durante a II Guerra Mundial é levado pelos japoneses até uma floresta da Birmânia com o objetivo de construir uma ponte que será usada pelas tropas imperiais. Logo começa a haver um choque de personalidades entre o Coronel Inglês Nicholson (Guiness) e o Coronel japonês, o disciplinador Saito (Hayakawa). Filme vencedor do Oscar nas categorias de Melhor Filme, Melhor Ator (Alec Guinness), Melhor Direção (David Lean), Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Fotografia (Jack Hildyard), Melhor Edição (Peter Taylor) e Melhor Música (Malcolm Arnold). Indicado ao Oscar na categoria de Melhor Ator Coadjuvante (Sessue Hayakawa). Também vencedor do Globo de Ouro nas categorias de Melhor Fiime - Drama, Melhor Ator (Alec Guinness) e Melhor Direção (David Lean).
Pablo Aluísio.
O outro personagem central do filme é interpretado pelo ator William Holden. Ele dá vida a um oficial da Marinha americana que também está feito prisioneiro de Saito. Ao contrário do Coronel Nicholson porém ele quer mesmo é colocar em prática um ousado plano de fuga para escapar daquele inferno. O Rio Kwai se situava na Birmânia, um pequeno país do sudeste asiático, assolado por doenças tropicais. A maioria dos prisioneiros acabavam morrendo de doenças típicas daquelas florestas, o que aumentava ainda mais o desespero de ser um prisioneiro de guerra do Japão. David Lean não mostra impaciência e nem pressa em desenvolver a trama de seu filme. Esse cineasta se caracterizou por tecer uma narrativa bem sofisticada para todos os filmes que dirigiu. Esse aqui não é exceção.
O curioso é que o personagem de Guiness acaba desenvolvendo um sentimento dúbio para com os japoneses. demonstrando a eles não apenas a fibra do soldado inglês como também sua capacidade de vencer desafios nos momentos mais conturbados. Em suas próprias palavras ele quer humilhar os japoneses construindo uma ponte firme e forte que dure gerações. Isso acaba deixando seus colegas oficiais meio que surpresos, já que construir uma ponte tecnicamente perfeita seria também ajudar, mesmo que de forma indireta, o inimigo! O clímax, a cena final, explora excepcionalmente bem essa dualidade pois o Coronel de Guiness fica dividido em cumprir as ordens de destruir a ponte ou ao contrário disso preservar aquela obra que para ele se torna motivo de orgulho pessoal. Como se pode perceber Lean nunca era óbvio com seus personagens, procurando sempre extrair uma personalidade complexa de cada um deles. Coisa de gênio da sétima arte realmente. "The Bridge on the River Kwai" é mais uma prova de seu talento e legado inigualáveis.
A Ponte do Rio Kwai (The Bridge on the River Kwai, Estados Unidos, Inglaterra, 1957) Direção: David Lean / Roteiro: Carl Foreman, baseado no livro de Pierre Boulle / Elenco: William Holden, Alec Guinness, Sessue Hayakawa, Jack Hawkins / Sinopse: Um grupo de prisioneiros ingleses durante a II Guerra Mundial é levado pelos japoneses até uma floresta da Birmânia com o objetivo de construir uma ponte que será usada pelas tropas imperiais. Logo começa a haver um choque de personalidades entre o Coronel Inglês Nicholson (Guiness) e o Coronel japonês, o disciplinador Saito (Hayakawa). Filme vencedor do Oscar nas categorias de Melhor Filme, Melhor Ator (Alec Guinness), Melhor Direção (David Lean), Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Fotografia (Jack Hildyard), Melhor Edição (Peter Taylor) e Melhor Música (Malcolm Arnold). Indicado ao Oscar na categoria de Melhor Ator Coadjuvante (Sessue Hayakawa). Também vencedor do Globo de Ouro nas categorias de Melhor Fiime - Drama, Melhor Ator (Alec Guinness) e Melhor Direção (David Lean).
Pablo Aluísio.
Balas ou Votos
Título no Brasil: Balas ou Votos
Título Original: Bullets or Ballots
Ano de Produção: 1936
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Brothers
Direção: William Keighley
Roteiro: Seton I. Miller, Martin Mooney
Elenco: Edward G. Robinson, Humphrey Bogart, Joan Blondell, Barton MacLane, Frank McHugh, Joe King
Sinopse:
Após a nomeação do novo comissário de polícia de Nova Iorque, o ex-detetive Johnny Blake (Edward G. Robinson) afirma ter provas que ele no passado foi corrompido pelo gângster 'Bugs' Fenner (Humphrey Bogart), causando tensão e violência pelas ruas da cidade.
Comentários:
Um filme de gângster dos anos 30 com Edward G. Robinson e Humphrey Bogart já é motivo suficiente para qualquer cinéfilo se interessar. Afinal os dois atores foram os mais expressivos astros desse subgênero policial cinematográfico. Some-se a isso o fato de que o criminoso (da vida real) Bugsy Siegel ter ficado muito incomodado com o personagem de Bogart chamado 'Bugs' Fenner e você terá o cardápio completo. Na verdade o gângster retratado nas telas era mesmo uma provocação, uma paródia de Bugsy, naquele período organizando a jogatina do que seria Las Vegas nos anos seguintes. Membro da máfia, ele era conhecido por subornar autoridades públicas, principalmente policiais. Por isso era no mínimo constrangedor ter um filme o retratando fazendo nas telas o que fazia em sua vida de crimes. Boatos na época diziam que ele iria explodir os cinemas onde estava sendo exibido o filme, mas provavelmente recuou por causa das reações indignadas do público. Já Bogart diria anos depois que depois que o filme chegou nos cinemas ele passou a ser mais cuidadoso em sua vida pessoal. Afinal aquela era a era em que os gângsters reinavam e um passo em falso poderia significar a morte certa.
Pablo Aluísio.
Título Original: Bullets or Ballots
Ano de Produção: 1936
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Brothers
Direção: William Keighley
Roteiro: Seton I. Miller, Martin Mooney
Elenco: Edward G. Robinson, Humphrey Bogart, Joan Blondell, Barton MacLane, Frank McHugh, Joe King
Sinopse:
Após a nomeação do novo comissário de polícia de Nova Iorque, o ex-detetive Johnny Blake (Edward G. Robinson) afirma ter provas que ele no passado foi corrompido pelo gângster 'Bugs' Fenner (Humphrey Bogart), causando tensão e violência pelas ruas da cidade.
Comentários:
Um filme de gângster dos anos 30 com Edward G. Robinson e Humphrey Bogart já é motivo suficiente para qualquer cinéfilo se interessar. Afinal os dois atores foram os mais expressivos astros desse subgênero policial cinematográfico. Some-se a isso o fato de que o criminoso (da vida real) Bugsy Siegel ter ficado muito incomodado com o personagem de Bogart chamado 'Bugs' Fenner e você terá o cardápio completo. Na verdade o gângster retratado nas telas era mesmo uma provocação, uma paródia de Bugsy, naquele período organizando a jogatina do que seria Las Vegas nos anos seguintes. Membro da máfia, ele era conhecido por subornar autoridades públicas, principalmente policiais. Por isso era no mínimo constrangedor ter um filme o retratando fazendo nas telas o que fazia em sua vida de crimes. Boatos na época diziam que ele iria explodir os cinemas onde estava sendo exibido o filme, mas provavelmente recuou por causa das reações indignadas do público. Já Bogart diria anos depois que depois que o filme chegou nos cinemas ele passou a ser mais cuidadoso em sua vida pessoal. Afinal aquela era a era em que os gângsters reinavam e um passo em falso poderia significar a morte certa.
Pablo Aluísio.
domingo, 7 de agosto de 2022
Minions 2
Título Original: Minions - The Rise of Gru
Ano de Lançamento: 2022
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Kyle Balda, Brad Ableson, Jonathan del Val
Roteiro: Matthew Fogel, Brian Lynch
Elenco: Steve Carell, Pierre Coffin, Alan Arkin, Julie Andrews, Jean-Claude Van Damme, Dolph Lundgren, Danny Trejo
Sinopse:
O sonho do garotinho Gru é de se tornar algum dia um grande vilão e ele percebe que sua hora chegou ao ser convidado para fazer um teste como novo integrante de um sexteto de vilões, só que a coisa toda da errado quando ele rouba um amuleto especial e passa a ser seguido por esses mesmos vilões!
Comentários:
O mundo da animação vai muito bem, obrigado. Veja o caso desse novo filme dos Minions. Tudo começou com a animação "Meu Malvado Favorito" e desde então vários filmes foram lançados. Muitos achavam que essa franquia estava esgotada. Ledo engano. Esse filme foi um tremendo sucesso de bilheteria esse ano, já tendo faturado mais de 700 milhões de dólares mundo afora. É muita grana mesmo, realmente de impressionar. E isso sem contar o quanto vão ganhar com a venda de brinquedos, licenças de produtos e tudo mais. Os Minions se tornaram uma máquina de fazer dinheiro, tornando multimilionários os seus criadores! Em termos artísticos o que eu achei interessante foi que a história se passa nos anos 1970, dando oportunidade para o roteiro tirar uma onda com a época, com as roupas, com o estilo daqueles tempos da discoteca. Diante disso, a trilha sonora se destaca, trazendo de volta músicas antigas que vão ser referência para os pais que vão levar suas crianças ao cinema. No geral temos aqui uma diversão muito boa, que a criançada certamente vai adorar.
Pablo Aluísio.
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Julie Andrews,
Kyle Balda,
Pierre Coffin,
Steve Carell
Men
Título Original: Men
Ano de Lançamento: 2022
País: Reino Unido
Estúdio: DNA Films
Direção: Alex Garland
Roteiro: Alex Garland
Elenco: Jessie Buckley, Rory Kinnear, Paapa Essiedu, Gayle Rankin, Sarah Twomey, Zak Rothera-Oxley
Sinopse:
Após a morte trágica de seu marido que cometeu suicídio, uma jovem viúva decide alugar uma casa isolada no campo do interior da Inglaterra. Uma vez lá, começa a perceber que está sendo observada por tipos estranhos, figuras completamente bizarras.
Comentários:
Esse é um novo filme de terror inglês recentemente lançado. Aliás uma primeira observação seria sobre sua classificação, uma vez que não é um terror convencional, seria melhor defini-lo como um filme de suspense psicológico. A protagonista tenta superar um trauma após a morte do seu marido que se suicidou. No vilarejo de campo ela encontra pessoas estranhas, os tais homens do título original inglês. São tipos variados de pura esquisitice, como um padre que tortura psicologicamente quem lhe pede conselhos e um zelador que por trás de um sorriso amigável esconde algo sinistro. E o que dizer do homem nu que insiste em invadir seu jardim? O que mais vai chocar as pessoas no filme é o final dessa história. Uma cena praticamente irracional e escatológica. O que essa cena final significa? Em meu ponto de vista ela traz o verdadeiro renascimento psicológico da personagem principal, algo muito visceral, o que para muitas pessoas vai soar de muito mau gosto. Esse no final das contas se revela ser um filme bem interessante, justamente por fugir de convencional. A estranheza também tem seu valor.
Pablo Aluísio.
sábado, 6 de agosto de 2022
Agente Oculto
Título Original: The Gray Man
Ano de Lançamento: 2022
País: Estados Unidos
Estúdio: Netflix
Direção: Anthony Russo, Joe Russo
Roteiro: Joe Russo, Chistopher Marcus
Elenco: Ryan Gosling, Chris Evans, Ana de Armas, Billy Bob Thornton, Jessica Henwick, Alfre Woodard
Sinopse:
A CIA retira da prisão um assassino condenado para atuar em missões não oficiais, para fazer o serviço sujo que seus agentes não podem realizar. Quando isso foge de controle é hora de eliminar o tal agente oculto antes que ele cause mais problemas. Apenas os mais fortes vão sobreviver.
Comentários:
No marketing de lançamento desse filme se promoveu que ele seria a mais cara produção da história da Netflix. Realmente temos aqui uma produção classe A, filmada em diversas cidades da Europa de cartão postal. Os dois atores principais são carismáticos e estão no topo da cadeia alimentar em Hollywood. As cenas de ação são bem realizadas, inclusive em suas bem inspiradas coreografias. O filme é realmente um símbolo do poder atual das grandes plataformas de streaming, um passo a mais, um outro nível. Com tudo isso a favor por que não gostei plenamente do que assisti? Em meu ponto de vista faltou um roteiro melhor escrito. A história contada é muito genérica, mais do mesmo, um jogo previsível de gato e rato envolvendo dois assassinos profissionais. Quantas vezes você ja não viu isso antes? Com essa falha central todos os demais elementos cinematográficos do filme se perdem no lugar comum. E o que sobra no final desse menu já tão bem manjado? Apenas um entretenimento passageiro, meramente descartável.
Pablo Aluísio.
Rei Charles III
Título Original: King Charles III
Ano de Lançamento: 2017
País: Inglaterra
Estúdio: Masterpiece
Direção: Rupert Goold
Roteiro: Mike Bartlett
Elenco: Tim Pigott-Smith, Oliver Chris, Richard Goulding, Charlotte Riley, Richard Goulding, Adam James
Sinopse:
Após várias décadas como rainha, Elizabeth II falece. Seu filho mais velho, Charles, assume o trono e não demora a entrar em rota de colisão com o parlamento inglês, criando uma verdadeira crise constitucional e institucional no sistema jurídico do Reino Unido.
Comentários:
O roteiro desse filme faz um interessante jogo de futurologia ao tentar prever como será o reinado do príncipe Charles. Na história aqui contada ele não se conforma em ser apenas uma figura decorativa para turista ver, mas sim um monarca que realmente governa sua nação, o que o coloca em choque com o primeiro ministro e todo o sistema parlamentar de governo. E o roteiro teve a ousadia de explorar um fantasma da princesa Diana assombrando os corredores e salas luxuosas da família real. Um filme que é no mínimo curioso pelo tema que explora, o que certamente trouxe para si todas as antipatias dos verdadeiros membros da família real, o que não é de surpreender. Assim deixo a dica para quem gosta desse tema da monarquia inglesa, um filme certamente bem diferente do que se costuma ver por aí.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 5 de agosto de 2022
O Homem de Galveston
Título no Brasil: O Homem de Galveston
Título Original: The Man from Galveston
Ano de Produção: 1963
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: William Conrad
Roteiro: Dean Riesner, Michael S. Zagor
Elenco: Jeffrey Hunter, Preston Foster, James Coburn
Sinopse:
Timothy Higgins (Jeffrey Hunter) é um advogado de Nova Iorque que vai até a distante Galveston no oeste americano para defender sua ex-namorada, que agora luta para escapar da pena de morte após ser acusada de matar um chantagista que estaria extorquindo seu dinheiro em troca de não revelar segredos de seu passado distante.
Comentários:
Um filme de faroeste diferente, onde o foco se concentra em um julgamento de uma mulher acusada de assassinato. O interessante é que o roteiro aos poucos vai recriando os eventos do crime em flashbacks, enquanto o espectador é apresentado a testemunhas e depoimentos de pessoas que supostamente acompanharam parte dos acontecimentos. O personagem de Jeffrey Hunter é do tipo honesto e íntegro que confia plenamente na palavra de sua cliente, que inclusive teve um caso amoroso com ele no passado. A questão inteligente que o argumento trabalha é justamente em sua culpabilidade ou não - seria ela realmente inocente ou apenas uma astuta manipuladora de pessoas e fatos? Em termos de produção não há com o que se preocupar pois o tão conhecido padrão de qualidade Warner está em cada momento do filme. Tudo parece muito bem realizado, inclusive com bela reconstituição histórica do sistema legal da época. Um ótimo programa para quem gosta de filmes de western e tribunal.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Man from Galveston
Ano de Produção: 1963
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: William Conrad
Roteiro: Dean Riesner, Michael S. Zagor
Elenco: Jeffrey Hunter, Preston Foster, James Coburn
Sinopse:
Timothy Higgins (Jeffrey Hunter) é um advogado de Nova Iorque que vai até a distante Galveston no oeste americano para defender sua ex-namorada, que agora luta para escapar da pena de morte após ser acusada de matar um chantagista que estaria extorquindo seu dinheiro em troca de não revelar segredos de seu passado distante.
Comentários:
Um filme de faroeste diferente, onde o foco se concentra em um julgamento de uma mulher acusada de assassinato. O interessante é que o roteiro aos poucos vai recriando os eventos do crime em flashbacks, enquanto o espectador é apresentado a testemunhas e depoimentos de pessoas que supostamente acompanharam parte dos acontecimentos. O personagem de Jeffrey Hunter é do tipo honesto e íntegro que confia plenamente na palavra de sua cliente, que inclusive teve um caso amoroso com ele no passado. A questão inteligente que o argumento trabalha é justamente em sua culpabilidade ou não - seria ela realmente inocente ou apenas uma astuta manipuladora de pessoas e fatos? Em termos de produção não há com o que se preocupar pois o tão conhecido padrão de qualidade Warner está em cada momento do filme. Tudo parece muito bem realizado, inclusive com bela reconstituição histórica do sistema legal da época. Um ótimo programa para quem gosta de filmes de western e tribunal.
Pablo Aluísio.
Macho Callahan
Título no Brasil: Macho Callahan
Título Original: Macho Callahan
Ano de Produção: 1970
País: Estados Unidos, México
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Bernard L. Kowalski
Roteiro: Richard Carr, Cliff Gould
Elenco: David Janssen, Jean Seberg, Lee J. Cobb, David Carradine
Sinopse:
Diego Callahan (David Janssen) é um cowboy forçado a se alistar no exército confederado durante a guerra civil americana. Acusado injustamente de traição é jogado numa das mais infames prisões da guerra. Após fugir vai atrás de todos aqueles que o colocaram naquela situação de vida ou morte. Sua sede de vingança porém não será tão facilmente saciada pois um perigoso caçador de recompensas sai em seu encalço pelos desertos do velho oeste americano.
Comentários:
"Macho Callahan" ficou bem popular no Brasil porque foi lançado em VHS pela Globo Filmes em meados dos anos 1980. É uma produção entre Estados Unidos e México que procura reprisar alguns temas caros aos filmes italianos de faroeste, naquela altura em sua fase de maior popularidade. Isso não deixa de ser muito curioso, pois em última instância era um filme americano que procurava imitar os Westerns Spaghettis, que por sua vez eram imitações mais violentas dos filmes ianques. No meio desse rocambole todo fica até complicado entender quem no final das contas estaria imitando quem! Deixando isso de lado temos que dar crédito ao filme em si, que realmente é bom, diria até acima da média em termos de elenco - embora David Janssen não seja tão conhecido hoje em dia o elenco coadjuvante era de fato um destaque, em especial David Carradine no papel de David Mountford. Enfim, vale a pena conhecer ou rever para matar as saudades da era do VHS no Brasil.
Pablo Aluísio.
Título Original: Macho Callahan
Ano de Produção: 1970
País: Estados Unidos, México
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Bernard L. Kowalski
Roteiro: Richard Carr, Cliff Gould
Elenco: David Janssen, Jean Seberg, Lee J. Cobb, David Carradine
Sinopse:
Diego Callahan (David Janssen) é um cowboy forçado a se alistar no exército confederado durante a guerra civil americana. Acusado injustamente de traição é jogado numa das mais infames prisões da guerra. Após fugir vai atrás de todos aqueles que o colocaram naquela situação de vida ou morte. Sua sede de vingança porém não será tão facilmente saciada pois um perigoso caçador de recompensas sai em seu encalço pelos desertos do velho oeste americano.
Comentários:
"Macho Callahan" ficou bem popular no Brasil porque foi lançado em VHS pela Globo Filmes em meados dos anos 1980. É uma produção entre Estados Unidos e México que procura reprisar alguns temas caros aos filmes italianos de faroeste, naquela altura em sua fase de maior popularidade. Isso não deixa de ser muito curioso, pois em última instância era um filme americano que procurava imitar os Westerns Spaghettis, que por sua vez eram imitações mais violentas dos filmes ianques. No meio desse rocambole todo fica até complicado entender quem no final das contas estaria imitando quem! Deixando isso de lado temos que dar crédito ao filme em si, que realmente é bom, diria até acima da média em termos de elenco - embora David Janssen não seja tão conhecido hoje em dia o elenco coadjuvante era de fato um destaque, em especial David Carradine no papel de David Mountford. Enfim, vale a pena conhecer ou rever para matar as saudades da era do VHS no Brasil.
Pablo Aluísio.
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